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Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Biológicas

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1 Universidade Federal de Minas Gerais

Instituto de Ciências Biológicas

Pós Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre

Comunidade Zooplanctônica da Região Litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho, (Parque Estadual do Rio Doce,MG)

JANAÍNA HORTA DE AZEVEDO LOPES

Belo Horizonte- MG

Dissertação apresentada ao Curso de Ecologia Conservação e Manejo de Vida Silvestre da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito à obtenção do título de Mestre em Ecologia.

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2 Julhho/2014

JANAÍNA HORTA DE AZEVEDO LOPES

Comunidade Zooplanctônica da Região Litorânea das Lagoas Carioca e Gambazinho,

(Parque Estadual do Rio Doce, MG)

Dissertação apresentada ao Curso de Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito à obtenção de título de Mestre em Ecologia. Orientadora: Profa. Dra. Paulina Maria Maia Barbosa

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3 Belo Horizonte- MG, Julho/2014

Dissertação defendida em __/__/____ e aprovada pela banca examinadora constituída pelos professores:

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4 Agradecimentos

Sou imensamente grata ao Espírito Santo, aos meus guias espirituais e todas formas de vida, por minha existência e aprendizados tristes ou alegres, mas passos a mais no despertar da minha consciência. Tão grande quanto é meu sentimento de gratidão para com meus amados Arthur de Azevedo Lopes Ferreira, Maria Josely Horta de Azevedo e Geraldo Elísio Machado Lopes, filho e pais preciosos. Grata também sou a toda minha família, que me acolhe e alimenta com sua alegria, especialmente às minhas doces vovós, Dulce (in memoriam) e Cândida, mulheres de força e fé.

Sou enormemente grata à Paulina Maria Maia Barbosa, minha orientadora, por seu carinho, paciência e dedicação e à todos os professores do Programa de Pós Graduação em Ecologia Conservação e Manejo de Vida Silvestre. Sou grata, especialmente, aos professores Arnola Rietzler, Eneida Eskinazi e Ricardo Mota Pinto Coelho, por tão gentilmente aceitarem ser da minha banca e contribuírem para a elaboração deste trabalho. Grata ao professor e curador do herbário da UFV, Pedro B. Schuwartsburd, pela gentileza em identificar as macrófitas. Manifesto ainda minha gratidão aos professores Reginaldo da Silva Romeiro. (in memoriam) e Walter Yoshizo Okano, por me iniciarem no caminho da ciência.

À Rosinha grata por todos os ensinamentos e paciência em me ensinar a identificar as espécies, e ser amiga tão gentil; ao Marcelo pelo carinho e disponibilidade em me instruir em tantas coisas; aos queridos colegas do LIMNEA pelo companheirismo, solidariedade e boas risadas, em especial Cínthia Tavares, Luisa Betim, Isabela Vas, Thécia Alfenas, Diego Pujoni, Daniel Maronesi e Mirla. Aos queridos Cris e Fred, pela amabilidade e boa disposição! Sou muito grata à Vinícius, Graziela, Xanda, Cláudio, Satyva, Tião e Canela, por me apoiarem no Parque Estadual do Rio Doce com tanto desprendimento.

Grata à todos os amigos que me apoiaram durante o mestrado, especialmente dona Efigênia, seu Luis, Virgínia, Rafaela, Rogério, Natália (Tchê) Fernanda Teixera e Michele; grata também a minha querida psicóloga Claudia Prates e ao Dr. Adauto. Grata à Universidade Federal de Pernambuco e aos amigos do curso de Ecologia da Caatinga, especialmente Zezinho, Fernanda, Felipe, Xavier e aos professores Inara Leal, Marcelo Tabarelli e Alan Andersen, pela gentileza e capacidade de doação, além de momentos divertidos.

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5 Grata à Universidade Federal de Minas Gerais, ao Programa de Pós Graduação em Ecologia Conservação e Manejo de Vida Silvestre, ao PELD, ao IEF, pela concessão de licença de coleta e à CAPES, pela concessão da bolsa. Muito obrigada!

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6 Índice

I. Resumo 7

II. Abstract 8

III. Introdução 9

IV. Material e métodos 15

V. Resultados 25

VI. Discussão 45

VII. Conclusão 62

VIII. Referências bibliográficas 64

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7 Resumo

Pesquisas em ecologia sobre a comunidade zooplanctônica na região litorânea de corpos de água dulcícolas são escassas na região tropical, quando em comparação com pesquisas realizadas na região pelágica de lagos. Considerando a importância da região litorânea, pela elevada riqueza e diversidade de espécies que esta apresenta, em especial quando colonizada por macrófita, este estudo teve como objetivo caracterizar a comunidade de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda quanto à abundância (org.m-3), riqueza Diversidade (Índice de Shannon) e distribuição de espécies na região marginal com e sem plantas aquáticas das lagoas Carioca (com peixes não nativos) e Gambazinho (com peixes nativos e exóticos), localizadas no Parque Estadual do Rio Doce, MG. Para tanto, coletas bimensais de zooplâncton foram realizadas de junho de 2011 à 12 de 2012 nas lagoas contempladas nesta pesquisa. As diferenças observadas na abundância de rotíferos e riqueza de espécies zooplanctônicas entre as lagoas é causada, possivelmente, pela maior disponibilidade de recursos alimentares na lagoa Carioca, que suportaria populações maiores e também um maior número de táxons quando comparada à lagoa Gambazinho. Não houve diferenças quanto à riqueza, Diversidade e abundância de espécies entre os habitas litorâneos com e sem plantas aquáticas, em ambas as lagoas, provavelmente pelo fato destes habitats apresentarem condições físico-químicas semelhantes e mesma disponibilidade de recursos algais (alimento para o zooplâncton herbívoro), além da provável dispersão de espécies por correntes na água no eixo horizontal, que promoveriam o intercâmbio de animais planctônicos nas áreas com e sem macrófita.

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8 Abstract

Ecological researches on zooplankton community in lake shoreline are scarce in tropics when compaired to the ones conducted at pelagic region. Taking in to account the importance of lakes shoreline due to its elevated species richness and Diversity, specially when colonized by macropHytes, This study means to characterize the Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera and Copepoda communities as for its abundance (org.m-3), Diversity (Shannon Index) and species distribution in lake shoreline colonized and not colonized by macropHytes. The research was conducted in lake Carioca (with exotic and native fish fauna) and in lake Gambazinho (with native fish fauna, merely), both based in Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais State, Southest Brazil. To this end, bimensal zooplankton sampling were donne from june/2011 up to December/2012 in these lakes. Observed differences on Rotifera abundance and specie reachness among lake Carioca and lake Gambazinho are probably due to more food disponibility, like algae and detritus, in lake Carioca, what could sustain bigger populations and a greater number of taxa than could do lake Gambazinho. There were no differences in relation to reachness, Diversity and species abundance between litoral habitats with and without macropHytes, what happened perhaps by the fact taht this environments presente the same pHisical-chemical conditions and food resources disponibility, or by species dispertion on water flow in horizontal axis from Wind, that could serve for plankton animal Exchange between areas with and without aquatic vegetation.

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9 Introdução

Lagos são corpos de água continentais lênticos, sem ligação imediata com o oceano, com baixas concentrações de íons em solução e curto tempo de vida, considerando a escala de tempo geológica, devido a sedimentação de material orgânico e inorgânico advindos da bacia de drenagem (Esteves, 1998). O ecossistema lacustre é dependente do ecossistema terrestre adjacente e pode ser impactado pelas atividades ocorrentes no meio terrestre circundante (Likens, 1992).

A maior parte dos lagos brasileiros é originária dos processos de erosão e sedimentação de rios, do mar e de corais, o que explica a localização de muitos lagos brasileiros em antigas áreas de drenagem de rios, cujos leitos se deslocaram, ou em regiões litorâneas. Visto que a maioria dos lagos permanentes brasileiros estão em áreas costeiras, são escassos aqueles oriundos exclusivamente de forças fluviais, como os lagos amazônicos, do Pantanal e do Rio Doce (Trindade, 1984).

Os corpos d’água continentais apresentam diversidade faunística elevada, com grupos exclusivos destes ambientes. Apesar disso, a riqueza de espécies contida em lagos, rios e riachos ainda não é totalmente conhecida (menos de 30%), sendo que a maioria dos artigos sobre a biota dulcícola trata da ictiofauna ou de espécies economicamente importantes (Frouin e Lacobellis, 2003).

Os invertebrados dulcícolas compõe um conjunto diversificado, que abrange vários filos, com participação ativa nas funções do ecossistema aquático (Purvis e Hector, 2000). No Brasil, 3.134 espécies foram já descritas, porém, segundo Rocha (2003), estima-se a existência de 8000 espécies ainda não registradas. Provavelmente, as lacunas no conhecimento da fauna planctônica brasileira são decorrentes do fato da maioria dos estudos focarem certas bacias hidrográficas, grupos taxonômicos específicos e serem realizados nos habitats límnicos de ambiente lênticos, desconhecendo a biota dos ambientes lóticos e região litorânea dos lagos (Eskinazi- Sant’ Anna et al, 2005).

Em um plano horizontal, o ecossistema lacustre pode ser dividido em dois compartimentos com morfologia, condições ambientais e comunidades biológicas distintas: região litorânea e limnética (ou pelágica). A região limnética abrange a porção interior do

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10 lago, com profundidades que, frequentemente, determinam gradientes na distribuição de luz, temperatura, concentração de oxigênio dissolvido e outras variáveis físicas e químicas (Moretto, 2001). Os organismos característicos dessa região são representados pelo nécton, notoriamente os peixes, e pelo plâncton (bacterio, fito e zooplâncton). As características destas comunidades, e as variações saregiãois e espaciais nos parâmetros físicos e químicos da região limnética tem sido relativamente bem estudadas (Esteves,1998 ).

A região marginal de lagos é o ecótono entre o corpo d’água e o ambiente terrestre adjacente (Wetzel, 1983; Pieczynska, 1990). É uma região geralmente pouco profunda que abriga uma riqueza enorme de espécies, especialmente quando coberta por macrófitas, pela diversidade de habitats, abrigos e recursos alimentares disponíveis (Green, 1986; Maia-Barbosa, 2008). Além disso, a região litorânea funciona como área de refugio para peixes jovens contra seus predadores (Straskraba et al, 1993). Estas características tornam estas áreas importantes para a preservação da biodiversidade.

De acordo com Straskraba et al (1993), são funções das margens de lagos: impedir a dissipação de matéria alóctone para a região limnética, atuando como região tampão; dispersar espécies para outros compartimentos lacustres; disponibilizar alimento e locais de reprodução para peixes e aves paludícolas, além de participar ativamente da ciclagem de nutrientes. A interação entre as regiões litorânea e limnética é dependente, do grau de sinuosidade da margem do lago, representado pela sua fragmentação e seu contorno, e mesurado pelo índice de desenvolvimento de margem (Kolasa e Zaleuski, 1995). Assim, lagos mais irregulares, ou com mais reentrâncias, normalmente apresentarão maior riqueza de espécies.

Estudos comparativos entre as regiões pelágica e litorânea de lagos (Pennak, 1966; Serrano e Toja, 1998; Lima et al, 2003), apontam maior diversidade zooplanctônica no habitats marginais, especialmente quando colonizados por macrófitas, devido à maior heterogeneidade ambiental, além de maior disponibilidade de alimento e nichos ecológicos.

Esteves (1998) classifica as cadeias tróficas do região litorânea como de dois tipos: cadeia trófica de herbivoria, onde os heterótrofos têm como fonte de energia a biomassa do fitoplâncton, do perifíton e das macrófitas, e a cadeia trófica de detritivoria, onde organismos heterótrofos têm como fonte energética a biomassa morta, alóctone (folhas, galhos e sedimento do ambiente terrestre adjacente) e autóctone (organismos aquáticos

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11 mortos, como algas, animais zooplanctônicos, macrófitas, bacterioplâncton), sendo esta a principal cadeia na região marginal. Em ambos os tipos de cadeia participam invertebrados zooplanctônicos, perifíticos e bentônicos, como Crustacea, Oligochaeta e estágios larvais de Insecta (Moretto, 2001)

A região marginal, por sua menor profundidade, geralmente recebe radiação solar da superfície ao fundo, favorecendo a fotossíntese e o desenvolvimento de várias espécies de algas e plantas aquáticas em toda a coluna d’água, sendo um pólo de retenção de energia e produção de matéria orgânica (Moretto, 2001). De acordo com as características da vegetação e a profundidade, o região litorânea é dividido em duas regiãos: eulitoral, onde se encontram macrófitas emergentes, e infralitoral, onde se encontram macrófitas submersas (Wetzel e Likens, 1991). Além dessa regiãos, nem sempre facilmente distinguíveis, existe uma terceira na qual as macrófitas não estão presentes, ou se estão não são abundantes. Áreas litorâneas sem macrófitas ocorrem geralmente onde a vegetação terrestre circundante provoca sombreamento na água, impedindo o desenvolvimento de plantas aquáticas (Esteves, 1998).

Por serem geralmente pequenos e rasos, lagos tropicais são susceptíveis à colonização por macrófitas de diversas espécies. A elevada concentração de nutrientes, originários do meio terrestre adjacente e do sedimento, possibilita o desenvolvimento de grandes bancos de macrófitas (Wetzel e Likens, 1991; Moretto, 2001) que servem de substrato e oferecem habitat para muitos organismos, sustentando populações consumidoras, de metabolismo rápido, que também contribuem para acelerar a ciclagem de nutrientes. Além disso, as plantas aquáticas enraizadas são eficientes como rede de transporte de nutrientes e energia entre o sedimento e a água, sendo mediadoras na alocação de nutrientes entre esses compartimentos (Granáli e Solander, 1988). Funcionam ainda como filtros importantes de retenção de detritos e poluentes das áreas adjacentes (Engelhardt e Ritchie 2001).

Variações na região litorânea podem ocorrer por flutuações no nível da água, alterações nas características físicas e químicas da água entre os períodos de chuva e seca, ventos, ondas, topografia e declividade da região (Wetzel e Likens, 1991; Henry, 2003). Estas variações determinam a eliminação e/ou substituição de espécies, alterando a estruturação das comunidades que ali vivem (Carvalho, 2003; Henry, 2003; Nogueira, 2003; Smith et al

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12 2003). Lagos naturais não conectados à rios, como aqueles do complexo lacustre do Médio Rio Doce, tendem a apresentar maior estabilidade temporal e espacial, tanto nas variáveis ambientais, como na diversidade de organismos e a relação destes entre si e com o meio. Esta estabilidade relativa é decorrente do maior tempo de residência e baixa turbulência da água, além de maior estabilidade do sedimento nas margens (Tundisi, 1990).

Dentre os fatores mais influentes no estabelecimento das espécies em uma comunidade, seja em ambiente lênticos ou lóticos, está a qualidade do habitat. A biota do ecossistema aquático é influenciada pelo meio físico do corpo: geomorfologia, velocidade da corrente, vazão de água, tempo de retenção (Tate e Heiny,1995).

No ecossistema lacustre é comum a predominância, em abundância, de uma ou poucas populações dentre um grupo taxonômico ou dentre a comunidade. Tal dominância pode ser dependente dos parâmetros físicos da água, visto que a eficiência na utilização de recursos difere entre os organismos sendo uns favorecidos por condições ambientais específicas, bióticas, como a ausência de competidores e predadores, e abióticas, como a concentração de oxigênio dissolvido na água e o pH (Moretto, 2001). Alterações nas variáveis limnológicas podem, então, influenciar não só na qualidade e quantidade do alimento disponível, como nas condições do habitat “ideais” para as diferentes espécies, explicando a sucessão entre elas (Chapman et al, 1985).

As macrófitas podem determinar a estrutura e a dinâmica das comunidades alterando padrões de riqueza, abundância e distribuição de espécies zooplanctônicas. Sua presença no meio aumenta a heterogeneidade ambiental, fornecendo alimento pela produção de matéria orgânica, substrato para o perifíton e refúgio para os animais zooplanctônicos (Greco e Dabés, 2001; Maia-Barbosa et al, 2008; Pinto-Coelho et al, 2008; Maia-Barbosa et al, 2010).

O conhecimento a respeito do funcionamento da região litorânea em ambientes tropicais e sua importância ecológica é ainda pequeno, embora recentemente, algumas pesquisas tenham revelado o papel crucial desta área na manutenção da diversidade biológica (Thomaz, 1998; Moretto, 2001, Brito, 2003; Maia-Barbosa, 2008, Mormul et al, 2010). No Brasil dois sistemas têm sido estudados sistematicamente, principalmente após a implantação dos Programas de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), incluindo levantamentos em áreas litorâneas: a bacia de inundação do Rio Paraná (ex: Lansac-Tôha et

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13 al, 1997; Velho et al, 1999; Rossa et al, 2001; Lima et al, 2003; Fulone, 2008) e o complexo lacustre do Rio Doce (Moretto, 2001; Maia Barbosa et al, 2008; Maia-Barbosa et al, 2010; Aoki, 2010).

Maia-Barbosa e colaboradores (2008) trabalhando em bancos de macrófitas no lago Dom Helvécio no Parque Estadual do Rio Doce (PERD) registraram 130 novas ocorrências de espécies zooplanctônicas para a região, demonstrando a importância de estudos que contemplem a região litorânea para o conhecimento da biodiversidade de um lago. Outro estudo que também comparou a diversidade de espécies da comunidade zooplanctônica em bancos de macrófitas e na região limnética foi desenvolvido na lagoa dos Patos (PERD) e registrou 228 e 51 espécies respectivamente, demostrando mais uma vez, a importância das macrófitas para a maior riqueza de espécies (Aoki, 2010).

Para melhor conhecimento da biota e compreensão do funcionamento do ecossistema lacustre as pesquisas devem incluir todos os compartimentos do lago, visto que a biodiversidade geralmente tem grande variação entre os mesmos (Moretto, 2001). A variabilidade temporal da comunidade zooplanctônica é caracterizada por alterações na riqueza, abundância, diversidade, composição e densidade das espécies e seu estudo é essencial para a compreensão do funcionamento do ecossistema. O acompanhamento das variações nas comunidades é um meio eficaz de compreender como os sistemas naturais respondem aos distúrbios, naturais ou antrópicos (Simões, 2010), como por exemplo, a introdução de espécies exóticas.

A introdução de espécies exóticas é um problema global e tem sido considerada a segunda causa de extinção de espécies, perdendo somente para a destruição de habitat (Primack e Rodrigues, 2001).

Em lagos, o estabelecimento de espécies não nativas pode ter como consequências, em consonância com a biologia da espécie introduzida e os processos ecológicos característicos do local de introdução, alterações nas cadeias alimentares, diminuição ou mesmo extinção de populações nativas, causadas por alterações estruturais dos habitats, mudanças nas taxas de predação e competição entre as espécies, além do estabelecimento de parasitas e patógenos alóctones (Welcomme, 1988).

No PERD a introdução de espécies é também um problema, e dificulta muito o cumprimento de um dos principais objetivos de uma unidade de conservação, que é a

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14 preservação da biodiversidade local e regional. No parque, um dos grupos que se destaca pelo maior número de espécies introduzidas é o de peixes: Pygocentrus nattereri (piranha), Cichla kelberi (tucunaré), Clarias gariepinus (bagre africano), Astronotus ocellatus (apaiari) e Hoplosternum littorale (tamboatá) (Rebouças et al, 2006). Estudos têm demonstrado que, pelo menos na lagoa Carioca, a presença de algumas destas espécies pode ser considerada a principal causa de extinção local de peixes nativos (Godinho et al., 1994; Godinho, 1996, Latini e Petrere, 2004 ). Da mesma forma, alterações na cadeia trófica decorrentes da introdução de peixes não nativos foram apontadas por Pinto-Coelho et al (2008).

O objetivo desta pesquisa foi caracterizar e comparar a estrutura da comunidade zooplanctônica quanto à riqueza, diversidade, abundância e distribuição de organismos, na região litorânea, colonizada e não colonizada por macrófitas em duas lagoas tropicais sediadas no Parque Estadual do Rio Doce (PERD, MG), uma com ictiofauna nativa (lagoa Gambazinho) e a outra com ictiofauna nativa e exótica (lagoa Carioca).

Objetivos específicos

 Caracterizar a comunidade zooplanctônica (Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda) das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), considerando a riqueza, diversidade, abundância e distribuição das espécies;

 Comparar a comunidade zooplanctônica entre as lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) quanto aos mesmos parâmetros citados acima;Comparar, na região litorânea de cada lagoa, a comunidade zooplanctônica entre os habitats colonizados e não colonizados por macrófitas Comparar a comunidade zooplanctônica na região litorânea (colonizada e não colonizada por macrófita) entre os meses chuvosos e secos.

Predições

 Haverá diferenças quanto à riqueza, diversidade, abundância e distribuição das espécies de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda entre as lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG)

 Haverá diferenças quanto à riqueza, diversidade, abundância e distribuição das espécies de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda entre os habitats colonizados e não colonizados por macrófitas na região litorânea.

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 Haverá diferenças quanto à riqueza, diversidade, abundância e distribuição das espécies de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda entre os períodos de chuva e seca nos habitats litorâneos, colonizado e não colonizado por macrófitas. Hipóteses

 A lagoa Gambazinho apresentará maior riqueza, diversidade e abundância de espécies zooplanctônicas do que a lagoa Carioca devido à menor pressão de predação por peixes e invertebrados sobre o zooplâncton.

 Na região litorânea das duas lagoas os valores de riqueza, diversidade e abundância de espécies zooplanctônicas serão mais elevados, principalmente quando colonizadas por macrófitas, devido à maior disponibilidade de habitats e recursos alimentares para o zooplâncton

 No período chuvoso, os valores de riqueza, diversidade e abundância de espécies serão maiores nas duas lagoas, devido à maior disponibilidade de nutrientes carreados pela chuva, maiores temperaturas e consequentemente maior produção algal.

Material e Métodos

Área de Estudo

O vale do médio Rio Doce (MG) abriga mais de 60% da biodiversidade da Mata Atlântica, incluindo uma porcentagem ainda maior das espécies endêmicas desse bioma, que é um dos mais ameaçados do Brasil e de maior diversidade do mundo. A Mata Atlântica do vale do Rio Doce foi reduzida a 4-5% de sua extensão original na região, e seu maior remanescente, no Estado de Minas Gerais, encontra-se preservado no Parque Estadual do Rio Doce (PERD) - 36.000 ha de florestas, predominantemente secundárias, entremeadas por um sistema lacustre com 153 lagos nos mais variados estágios de evolução (Barbosa e Moreno, 2002).

Segundo Setti (1996) os principais problemas decorrentes de atividades antrópicas na Bacia do Rio Doce são: baixa qualidade da água, devido ao seu desvio e input de poluentes e

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16 contaminação por substâncias inorgânicas, emitidas pela atividade siderúrgica e descarga de efluentes domésticos de grandes cidades, como Governador Valadares. Além desses problemas, outras fontes degradantes da Bacia do Rio Doce são as indústrias de celulose e carvão, que substituíram grande parte da vegetação nativa por eucaliptais (Tundisi et al, 1997).

A bacia hidrográfica do Rio Doce situa-se no sudeste de Minas Gerais e abrange uma área de drenagem de 83.400 km2, sendo 86% da área pertencente ao Estado de Minas Gerais e o restante ao Estado do Espírito Santo. A Região é ocupada por 3,1 milhões de habitantes em 222 municípios (Mello, 1997). Os principais tributários do Rio Doce são os rios Santo Antônio, Piracicaba, Matipó e Casca (Moretto, 2001).

Um complexo hídrico com aproximadamente 160 lagoas ocorre na região entre o Rio Piracicaba e o Rio Doce (Mello, 1997). Esses corpos d’água se originaram no período Pleistoceno – Holoceno pela deposição de material carreado pelo Rio Doce, que acabou por formar barragens que represavam a água de seus afluentes (Tundisi et al, 1997). Visto que este rio teve seu leito deslocado diversas vezes, a maioria das lagoas encontradas em sua bacia não estão próximas do leito atual do rio. Nos meses chuvosos é possível que ocorra comunicação entre as lagoas entre si e também com rios tributários, favorecendo o intercâmbio de espécies, inclusive aquelas alóctones (Godinho, 1996).

O sistema lacustre do vale do Rio Doce é utilizado pela população de cidades vizinhas para abastecimento, pesca e lazer. A vegetação nativa, Floresta Tropical Úmida, do tipo Mata Atlântica foi, em grande parte, substituída por cultivo de eucalipto destinado à produção de carvão vegetal para as indústrias siderúrgicas do Vale do Aço. Além disso, há no entorno do parque grandes áreas de secagem de arroz, cultivado nas áreas alagadas e lagoas assoreadas (Moretto, 2001).

O Parque Estadual do Rio Doce PERD (19º 29’24’’- 19º 48’ 18’’ S; 42º 28’18’’- 42º 38’30’’ W, fig. 1), maior reserva de Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais, abriga um dos três grandes sistemas lacustres do Brasil. As temperaturas médias anuais oscilam entre 20 e 22º C. As chuvas concentram-se nos meses de verão e atingem, em média, 1.250mm, podendo chegar até 1.500mm (De Meis, 1977), com meses de déficit hídrico de maio à setembro (Minas Gerais, 1980). A cobertura vegetal nesta área é de floresta tropical úmida, do tipo “Mata Atlântica”. O relevo é do tipo ondulado a montanhoso sendo o latossolo

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17 vermelho-amarelo o tipo de solo predominante (Camargo et al., 1966). O PERD abrange os municípios de Mariléia, Timóteo e Dionísio, na área denominada como Vale do Aço. O parque é administrado pelo Instituto Estadual de Floresta de Minas Gerais (IEF-MG) e abriga cerca de 50 lagoas, ou seja, 6% de sua área (Moretto, 2001).

As lagoas do PERD, sediadas entre morros, formam um mosaico crucial para a preservação da biodiversidade regional, sendo que cada lagoa pode ser considerada uma ilha em termos de biodiversidade, sendo um dos fatores responsáveis por este fato as diferentes profundidades dos corpos de água, ou seja, características topográficas dos mesmos (Meis e Tundisi, 1997). A tabela 1 resume as principais características das lagoas Carioca e Gambazinho, segundo Barros (2010), protegidas pelo PERD e contempladas neste estudo.

Figura 1: Mapa do Parque Estadual do Rio Doce, com algumas de suas lagoas preservadas por esta Unidade de Conservação, e a inserção do parque no Estado de Minas Gerais.

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18 A lagoa Carioca (19° 45’ 26,0”S e 0,42° 37’ 06,2”W, figs. 2 e 3), classificada como mesotrófica, apresenta um curto período de circulação durante o inverno (junho a agosto), permanecendo estratificada durante os outros meses, o que a caracteriza como um lago monomítico quente (Barbosa e Tundisi, 1989). Sua ictiofauna apresentou grandes alterações desde a introdução do tucunaré (Cichla ocelaris). Atualmente predominam o tucunaré (Cichla ocelaris) e a piranha (Pygocentrus nattereri) (Brito, 2003). Esta lagoa apresenta parte das margens colonizadas por macrófitas emersas, submersas, e flutuantes sendo as principais) Eleocharis interstincta (EupHorbiaceae); Mayaca fluviatilis Aubl. (Mayaceae); NympHaea elegans (NympHaeaceae) e NympHoides indica (Menyanthaeceae) (Tavares, 2003)

As primeiras informações sobre a comunidade zooplanctônica desta lagoa foram levantadas por Santos (1980), que comparou a composição e flutuação saregiãol de cladóceros em cinco lagos em diferentes estágios de evolução, dentre eles a lagoa Carioca, e Matsumura-Tundisi e Tundisi (1980), que apresentaram dados sobre a biomassa e abundância de algumas espécies de cladóceros e copépodes. Apesar do volume grande de informações sobre esta lagoa, coletados deste então, a região litorânea ainda foi pouco explorada. Altitude (m) Profundidade (m) DL Área (km2) Área da bacia (km2) AB/AL 1,28 0,13 0,67 5,1 10 2,9 0,09 0,11 1,31

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

270 260

10

Tabela 1: Altitude, profundidade, índice de desenvolvimento de margem (DL, segundo Hakanson, 2004) área (km2), área da bacia (km2) e AB/AL das lagoas Carioca e Gambazinho, PERD, MG, segundo Barros, 2010.

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19 A lagoa Gambazinho (19° 47’ 07,7”S e 042° 34’ 45,5” W, figs. 4 e 5) não apresenta estratificação térmica e é considerada oligotrófica. Segundo Ferreira et al, 2010, esta lagoa, já a 6m da margem alcança profundidade de 1,3m, causando instabilidade do sedimento e

Figura 3: Foto da lagoa Carioca (PERD, MG)

1 2 3 4 5 6

Figura 2: Mapa da lagoa Carioca (PERD, MG) e os pontos de coleta: 1,3 e5 na região litorânea colonizada por macrófita 2,4 e 6 na região litorânea não colonizada por macrófita.

(20)

20 dificuldades para a permanência de macrófitas a longo prazo, principalmente as plantas enraizadas, forma biológica mais frequente.

De acordo com os autores, nesta lagoa foram registradas 18 espécies de macrófitas pertencentes à 14 famílias, a saber: (1) anfíbias: Eupatorium sp (Asteraceae), Andropogon bicornis L., Panicum helobium Mej ex Henrard (Poaceae) e Borreria sp (Rubiaceae).(2) Emersas: Eleocharis interstincta (Vahl) Roem. e Schult, Oxycoryum cubense (Popp. E Kunth) Palla, Scleria melaleuca Rchb. Ex Schltr e Cham. (Cyperaeae), Caperonia castaneifolia (L.)a. St. Hil (EupHorbiaceae), Hyptis lorentziana O. Hoffm.(Lamiaceae), Lycopodiella camporum B. Ollg e P.G. Windisch (Lycopodiaceae), Rhynchanthera novemneria DC., Tococa sp (Melastomataceae), Saweagesia erecta L. (Ochnaceae), Ludwigia sp (Onagraceae), Xyris jupicae (Xyridaceae). (3) Submersa livre: Utricularia gibba L. (Lentibulariaceae). (4) Submersa fixa: Mayaca fluviatilis Aubl. (Mayaceae) e (5) Flutuante fixa: NympHaea caerulea Sawigny (NympHaeaceae). As figuras 6 (a, b, c, d, e, f) são registros fotográficos de macrófitas observadas, durante as coletas, nas lagoas Carioca e Gambazinho e gentilmente identificadas, através de fotos, pelo professor Pedro B. Schuartsburd, também curador do Herbário da Universidade Federal de Viçosa. Para identificação das plantas, também foi consultado o livro Plantas aquáticas do Pantanal (Pott e Pott, 2000).

Dentre os 42 lagos avaliados por Latini e colaboradores (2004) apenas 3 não apresentavam espécies exóticas de peixes, sendo um deles a lagoa Gambazinho. Esta lagoa mantém entre sua fauna íctica espécies como Oligosarcus solitarius, Moenkausia doceana, Astyanax taeniatus, Cichla somafacetum e GeopHagus brasiliensis (Latini e Petrere, 2004), possíveis predadoras de zooplâncton, além de Hoplias malabaricus e Leporinus steindachneri. As figuras 7 (a, b, c, d, e, f) são fotografias dos peixes nativos e exóticos observados nas lagoas estudadas.

(21)

21 Cínthia Tavares 1 2 3 4 5 6

Figura 4: Mapa da lagoa Gambazinho (PERD, MG) e os pontos de coleta: 1, 3 e 5 na região litorânea colonizada por macrófita; 2, 4 e 6 na região litorânea não colonizada por macrófitas.

Figura 5: Foto da lagoa Gambazinho (PERD, MG).

(22)

22 Figura 6a: Ludwigia sedoides (H.B.K.)Hara. Nome

popular: Cruz de Malta. Família: Onagraceae. Macrófita observada na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Figura 6b: Eleocharis interstincta (Vahl) Roem. e Schult. Nome popular: junco. Família: Cyperaceae. Macrófita observada na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Figura 6c: Nymphoides sp. Nome popular: lagartixa. Família: Menyanthaceae. Macrófita observada na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Figura 6d: Rhynchospora sp. Nome popular: capim navalha. Família: Cyperaceae. Macrófita observada na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Figura 6e: Salvinia auriculata. Aubl. Nome popular: orelha de onça. Família: Salvinaceae. Macrófita observada na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Figura 6f: Nymphaea caerulea.Sawigyni. Nome popular: ninféia. Família: Nymphaeaceae. Macrófita observada na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Foto: Janaína Lopes Foto: Janaína Lopes

Foto: Janaína Lopes Foto: Janaína Lopes

Foto: Janaína Lopes Foto: Janaína Lopes

(23)

23

Foto: Cínthia Tavares

a

Figuras 7 (a e b): Pygocentrus nattereri (Piranha) e Cichla kelberi (Tucunaré,) espécies introduzidas e registradas na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Foto: Cínthia Tavares Foto: Cínthia Tavares

b

d c

Figuras 7 (c e d): Hoplosternum littorale (Tamboatá) espécie introduzida e registrada na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) e Astyanax aff. bimaculatus (Lambari), espécie nativa registrada nas lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

Foto: Cínthia Tavares

Foto: Cínthia Tavares Foto: Cínthia Tavares

Figuras 7 (e e f): Hoplias malabaricus (Traíra) e Moenkhausia doceana(Lambari), espécies nativas registradas na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG) e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

e f

(24)

24 Coleta de dados

As coletas (pH, condutividade, temperatura da água, clorofila-a e concentração de oxigênio dissolvido) foram realizadas bimensalmente, de junho de 2011 à dezembro de 2012, pela manhã, em seis pontos da região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (3 em margem colonizada por macrófita, 3 em margem não colonizada por macrófita). Os pontos de coleta foram estabelecidos na região litorânea, em profundidade de até 1,5 m.

Para a coleta de zooplâncton foram filtrados, em cada ponto, 100L de água da sub-superfície com o auxílio de um balde e rede de plâncton de 45µc de abertura de malha. As amostras foram fixadas em formalina 8 % neutralizada e coradas com Rosa de Bengala. Em laboratório, os indivíduos foram identificados e contados sob microscópio óptico, em câmara Sedgewik-Rafter, até que 200 indivíduos da espécie dominante fossem identificados. Amostras com baixa densidade de organismos foram contadas na totalidade. As seguintes chaves para identificação das espécies foram utilizadas: Edmondson (1959), Ruttner-Kolisko (1974), Rocha e Matsumura-Tundisi (1976), Koste (1978), Sendacz e Kubo (1982), Reid (1985), Paggi (1995), Segers (1995), El Moor-Loureiro (1997) e Souza (2008).

Amostras de água foram coletadas na sub-superfície para medição, em laboratório, da condutividade elétrica (condutivímetro Tecnal, modelo TEC4MP) e pH (peagâmetro Tecnal, modelo TEC5). A concentração de oxigênio dissolvido na água (mg.L-1) foi determinada segundo Winckler (1888) e a concentração de clorofila-a segundo metodologia proposta por Lorenzen (1967). A temperatura da água (ºC) foi medida in situ com um termômetro manual (Incoterm).

Análises estatísticas

Para cálculo da diversidade de espécies foi utilizado o índice de Shannon para cada ponto de amostragem em cada um dos meses em que foram realizadas as coletas. Também foram calculados o índice de Equitabilidade, ambos pelo software PAST, e a riqueza de

2

4

5

(25)

25 espécies (somatório do número de táxons identificados nos pontos de amostragem nos meses em que as coletas foram feitas). Para comparação da fauna zooplanctônica registrada nas regiões litorâneas colonizada e não colonizada por macrófitas foi feita uma análise de agrupamento (Cluster), por meio da abundância relativa das espécies, sendo as diferenças expressas por meio da distância euclidiana. Para esta comparação também foram utilizados os teste T e de Wilcoxon, sendo o teste paramétrico aplicado quando os dados apresentavam distribuição normal, e o teste não paramétrico usado quando a distribuição dos dados não se enquadrava à distribuição normal. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Os testes foram realizados no software R e para todos adotou-se nível de significância de 5%.

Resultados

Variáveis abióticas

Lagoa Carioca X Lagoa Gambazinho

A tabela 2 apresenta, resumidamente, os valores máximo, médio e mínimo registrados para as variáveis limnológicas mesuradas na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. Dentre tais variáveis, as que apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre as lagoas foram: pH (fig. 8), condutividade elétrica (fig.9) e concentração de clorofila-a (fig. 10), maiores na lagoa Carioca. Os resultados dos testes T e de Wilcoxon estão resumidos na tabela 3.

Tabela 2: pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1) registrados na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012. As variáveis limnológicas marcadas com * apresentaram diferença estatisticamente significativa entre as lagoas

variáveis limnológicas valores mês lagoa Carioca mês lagoa Gambazinho

pH * máximo out/12 7,85 ago/11 7,34

médio 6,95 6,68

mínimo fev/12 6,67 jun/11 4,95

temperatura (°C) máximo out/12 35 dez/12 31,5

médio 28,13 28,12

mínimo jun/11 22,1 jun/11 23,4

condutividade (µS.cm-1) * máximo out/12 33,3 out/12 21,87

médio 27,75 14,09

mínimo dez/11 24,33 ago/12 12,31 oxigênio (mg.L-1) máximo ago/12 9,4 ago/12 9,1

médio 7,7 7,37

mínimo abr,12 6,16 jun/11 5,02

clorofila-a (mg.L-1) * máximo abr,12 48,65 jun/12 50,79

médio 22,03 17,96

mínimo out/12 14,43 out/11 3,2

(26)

26 Tabela 3: Resultados dos testes T e de Wilcoxon para a comparação entre as variáveis limnológicas (pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1)) na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo p<0,05 representado por *

Figura 8: pH na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) observado no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012,

pH nas lagoas Carioca e Gambazinho

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

teste p-valor lagoa Carioca lagoa Gambazinho

pH Wilcoxon * 0,22 0,47

temperatura(°C) T 0,98 3,03 2,16

condutividade (µS.cm-1) T * 1,47 1,33

oxigênio dissolvido (mg.L-1) Wilcoxon 0,05 0,83 0,87

clorofila-a (mg.L-1) T * 8,44 9,73

Lagoa Carioca X lagoa Gambazinho

(27)

27 Figura 9: Condutividade elétrica (µS.cm-1) na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) observada no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012,

Condutividade elétrica nas lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG)

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

C o n d u ti vi d ad e el ét ri ca (µ S*c m -1 )

Concentração de clorofila-a nas lagoas Carioca e Gambazinho, (PERD, MG)

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

C o n cent raç ão d e cl o ro fi la -a (m g. L -1 )

Figura 10: Concentração de clorofila-a (mg.L-1)na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) observada no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012,

(28)

28 Lagoas Carioca e Gambazinho, habitats litorâneos colonizado X não colonizado por macrófita

A tabela 4 apresenta os valores máximo, médio e mínimo das variáveis limnológicas avaliadas na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita das lagoas Carioca e Gambazinho. Nenhuma das variáveis, tanto na lagoa Carioca como na lagoa Gambazinho, apresentou diferença estatisticamente significativa entre os habitats colonizado e não colonizado por macrófita (tabelas 5 e 6).

Tabela 4: pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L.-1) registrados na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.

variáveis limnológicas valores mês mês

com macrófita sem macrófita com macrófita sem macrófita

pH máximo out/12 7,24 7,29 ago/11 7,43 7,25

médio 7,18 7,16 6,73 6,69

mínimo fev/12 6,67 6,77 jun/11 4,95 4,99

temperatura (°C) máximo out/12 35 34 dez/12 31,5 31,5

médio 27,12 27,25 27,83 27,7

mínimo jun/11 22,7 22 jun/11 23,4 23,7

condutividade (µS.cm-1) máximo out/12 33,3 31,01 out/12 21,87 21,87

médio 28,34 27,61 14,5 13,38

mínimo dez/11 25,07 24,33 ago/12 12,31 12,31

oxigênio (mg.L-1) máximo ago/12 9,27 9,27 ago/12 8,97 8,57

médio 7,49 7,61 7,64 7,65

mínimo abr,12 6,08 6,28 jun/11 6,23 6,59

clorofila-a (mg.L-1) máximo abr,12 48,65 52,39 jun/12 48,65 50,79

médio 27 25,06 20,5 21,95

mínimo out/12 14,7 14,43 out/11 14,7 3,21

lagoa Carioca lagoa Gambazinho

(29)

29 Saregiãolidade: períodos de chuva e seca

Na região marginal colonizada e não colonizada por macrófita, tanto da lagoa Carioca como na lagoa Gambazinho, a única variável limnológica que apresentou diferença estatisticamente significativa entre os meses de chuva e seca foi temperatura (figs. 11, a, b, c e d), maior nos meses com chuva. As tabelas 7 e 8 apresentam os valores médios das variáveis limnológicas medidas nos períodos de chuva e seca na região litorânea, colonizada e não colonizada por macrófitas, das lagoas Carioca e Gambazinho, respectivamente, dentre

Tabela 5: Resultado dos testes T e de Wilcoxon para a comparação entre as variáveis limnológicas (pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1)) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo p<0,05 representado por *

Tabela 6: Resultados do teste T e de Wilcoxon para a comparação entre as variáveis limnológicas (pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1)) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo p<0,05 representado por *

teste p-valor com macrófita sem macrófita

pH T 0,89 1 0

temperatura(°C) Wilcoxon 1 2 2,26

condutividade (µS.cm-1) T 0,5 0,98 0,5

oxigênio dissolvido (mg.L-1) Wilcoxon 0,05 0,7 0,53

clorofila-a (mg.L-1) Wilcoxon 0,76 9,16 9,35

Lagoa Gambazinho: habitats colonizado X não colonizado por macrófita

desvio padrão

teste p-valor com macrófita sem macrófita

pH Wilcoxon 0,38 0 0

temperatura(°C) Wilcoxon 0,75 3 3,10

condutividade (µS.cm-1) Wilcoxon 0,17 1,98 1,46

oxigênio dissolvido (mg.L-1) Wilcoxon 0,95 0,9 0,59

clorofila-a (mg.L-1) T 0,54 8,72 8,13

desvio padrão Lagoa Carioca: habitats colonizado X não colonizado por macrófita

(30)

30 6/2011 à 12/2012. As tabelas 9 e 10 resumem os resultados dos testes T e de Wilcoxon para comparação entre tais variáveis nos meses chuvosos e secos.

Tabela 7:Valores médios de pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1) registrados na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Carioca nos meses chuvosos e secos do período compreendido entre 6/2011 a 12/2012. As variáveis sinalizadas com * diferiram entre os meses chuvosos e secos.

Tabela 8:Valores médios de pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1) registrados na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Gambazinho nos meses chuvosos e secos do período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. As variáveis sinalizadas com * diferiram entre os meses chuvosos e secos.

Tabela 9: Resultados do teste T e de Wilcoxon para a comparação entre as variáveis limnológicas (pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1)) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Carioca no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo p<0,05 representado por *

variável com macrófita sem macrófita com macrófita sem macrófita

pH 7,27 6,73 7,19 6,12

temperatura (°C)* 30,27 25,82 30,3 23,89

condutividade (µS.cm-1) 27,99 26,1 26,75 23,77

oxigênio (mg.L-1) 7,65 7,76 7,58 7,22

clorofila-a (mg.L-1) * 23,87 31,56 22,35 29

Médias das variáveis limnológicas na região litorânea da lagoa Carioca (PERD, MG)

variável com macrófita sem macrófita com macrófita sem macrófita

pH 6,73 6,61 6,67 6,19

temperatura (°C)* 39,5 26,76 25,53 26,56

condutividade (µS.cm-1) 14,67 12,45 13,43 11,49

oxigênio (mg.L-1) 7,17 7,49 7,26 7,02

clorofila-a (mg.L-1) * 30,34 13,46 30,82 15,81

(31)

31 Tabela 10: Resultados do teste T e de Wilcoxon para a comparação entre as variáveis limnológicas (pH, temperatura (°C), condutividade elétrica (µS.cm-1), concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) e concentração de clorofila-a (mg.L-1)) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Gambazinho no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo p<0,05 representado por *

b a Tem p e rat u ra (° C )

Período chuvoso período seco

Temperatura na região litorânea colonizada por macrófitas da lagoa Gambazinho

Figuras 11: temperatura (°C) na região litorânea colonizada (a e c) e não colonizada (b e d) por macrófitas na região marginal das lagoas Carioca e Gambazinho nos meses chuvosos e secos do período compreendido entre 6/2011 à 12/2012

c d Tem p erat u ra (° C )

Temperatura na região litorânea não colonizada por macrófitas da lagoa Gambazinho

Tem p erat u ra (° C )

Período chuvoso período seco período seco período chuvoso

Tem p erat u ra (° C )

Período chuvoso período seco d

(32)

32 Zooplâncton

Lagoa Carioca X Lagoa Gambazinho

Um total de 133 espécies foi identificado na região litorânea da lagoa Carioca, sendo 47 de Amoeba Testacea, 60 de Rotifera, 20 de Cladocera e 5 de Copepoda, mais larvas do Díptera Chaoborus sp. Na lagoa Gambazinho, um número menor de espécies foi registrado, 122 (incluindo a larva de Chaoborus sp),sendo que as espécies se distribuem da seguinte forma entre os grupos: Amoeba Testacea (46), Rotifera (39), Cladocera (21) e Copepoda(6). A tabela 11 resume o número de táxons identificados, por grupo e família, na região litorânea destas lagoas.

grupo família

lagoa Carioca (PERD,MG) lagoa Gambazinho (PERD,MG)

Amoeba Testacea Arcellidae * 14 15

Centropiyxidae 6 5 Difflugidae * 24 25 Euglyphidae 2 4 Rotifera Brachionidae * 11 9 Lecanidae * 16 13 Lepadellidae 6 4 Trichotriidae 1 1 Mytilinidae 1 1 Monomattidae 1 1 Notomattidae 1 2 Synchaetidae 1 2 Flosculariidae 2 2 Testudinellidae 1 1 Trichocercidae 4 4 Cladocera Chydoridae * 9 10 Bosminidae 3 3 Daphniidae 3 4 Sididae 1 1 Ilyocryptidae 1 1 Macrothricidae 4 4 Copepoda Cyclopidae * 5 6 Diaptomidae 0 1 número de espécies

Número de espécies identificadas (por grupo e família) no compartimento litorâneo

Tabela 11: Número de espécies (por grupo e família) de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. As famílias marcadas com * foram as dominantes, em termos de riqueza de espécies.

C o n cent raç ão d e cl o ro fi la -a (m g. L -1 ) c

(33)

33 As espécies exclusivas da lagoa Carioca são: Lepadella inopinata, Lecane signifera, Lecane copeis, Keratella tropica, Lepadella acuminata (Rotifera), Centropyxis spinosa, Difflugia gramen e Difflugia lobostoma (Amoeba testacea). Já as espécies exclusivas da lagoa Gambazinho são: Difflugia kempnyi, Arcella dentata (Amoeba Testacea), Lecane proiecta, Notommata sp, Polyarthhra vulgaris (Rotifera), Notodiaptomus isabellae (Copepoda) Streblocerus pigmaeus, Alona guttata e Dadaya macrops (Cladocera).

Em ambas as lagoas, as espécies dominantes, quando considerados os indivíduos adultos, foram de rotíferos. A tabela 12 apresenta a abundância dos táxons numericamente mais importantes na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho no período estudado. Uma lista de todas as espécies registradas, sua abundância (org.m-³) e participação (%) na comunidade zooplanctônica das lagoas encontra-se nas tabelas 1, 2, 3 e 4, em anexo.

Observa-se diferença estatisticamente significativa entre a comunidade de Rotifera, quando se considera a abundância de indivíduos, entre as lagoas Carioca e Gambazinho, sendo o grupo mais abundante na lagoa Carioca (fig. 12). Devido ao fato de serem bons competidores e predadores do zooplâncton, o copépode Thermocyclops minutus e a larva de Chaoborus sp mereceram destaque nesta pesquisa. Comparando as lagoas, nota-se que a população de T. minutus (figs. 13 e 14) foi maior na lagoa Carioca, o mesmo não ocorrendo com a larva do díptera. A tabela 13 apresenta os resultados dos Testes T e de Wilcoxon aplicados para comparação da comunidade zooplanctônica entre as lagoas estudadas.

Tabela 12: Espécies zooplanctônicas mais abundantes na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. As espécies marcadas com * foram dominantes apenas na lagoa Gambazinho, espécies marcadas com ** o foram apenas na lagoa Carioca.

Táxon lagoa Carioca lagoa Gambazinho

Polyarthra dolycoptera ** 548.732 993 Ptygura libera 562.213 427.267 Trichocerca pusilla 193.07 28.937 Trichocerca similis * 280 26.918 Lecane lunaris 35.69 7.025 Lecane quadridentata 88.652 7.025 Lepadella cristata * 354 12.237

(34)

34 Tabela 13: Resultados dos Testes T e de Wilcoxon aplicados para comparação da abundância (org.m-3) de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda, além de Thermocyclops minutus e Chaoborus sp entre as lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.Também nesta tabela encontram-se os resultados da comparação entre as lagoas quanto à riqueza, Diversidade (índice de Shannon) e Equitabilidade da comunidade zooplanctônica. Para todos os testes, foi adotado nível de significância de 5%, sendo os resultados significativos assinalados por *.

Figura 12: Abundância de Rotifera (org.m-3) na região litorânea das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.

variável teste p-valor

lagoa Carioca lagoa Gambazinho

Amoeba Testacea (org.m-3) T 0,16 6.174,18 3.738

Rotifera (org.m-3) T * 72.225,61 24.376,28 Cladocera (org.m-3) T 0,52 18.489,62 10.001,98 Copepoda (org.m-3) T 0,16 57.030,37 399.194,44 Chaoborus sp (org.m-3) T 0,32 69,09 573,2 T. minutus (org.m-3) T * 4.660,60 1003,61 Riqueza Wilcoxon 0,07 11,57 11,21

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,35 0,51 0,61

Equitabilidade Wilcoxon 0,63 0,14 0,15

desvio padrão lagoa Carioca X lagoa Gambazinho

Lagoa Carioca Lagoa Gambazinho

A b u n d ân ci a d e Ro ti fera (o rg .m -3 )

(35)

35 Náuplios e copepodidos, das sub-ordens Cyclopoida e Calanoida, não diferiram, quanto a densidade populacional, entre as duas lagoas (p>0,05).

Figuras 13 e 14: Abundância de Thermocyclops minutus (org.m3) na região litorânea das lagoas Carioca (a) e Gambazinho (b) (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 a 12/2012.

Lagoa Carioca A b u n d ân ci a d e Th erm o cy cl o p s m in u tu s (o rg .m -3 )_ 13 14 A b u n d ân ci a d e Th ermo cyc lo p s m in u tu s (o rg .m -3 )_ Lagoa Gambazinho

(36)

36 Habitats litorâneos colonizados X não colonizados por macrófitas

Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à abundância de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera e Copepoda entre os habitats litorâneos colonizado e não colonizado por macrófitas, tanto na lagoa Carioca, como na lagoa Gambazinho, porém foi observada diferença quanto à riqueza de espécies zooplanctônicas entre estes habitats na lagoa Carioca, o mesmo não acontecendo com Diversidade e Equitabilidade entre as comunidades zooplanctônicas das regiões marginal com e sem plantas aquáticas desta lagoa. Na lagoa Gambazinho, riqueza, Diversidade e Equitabilidade não diferiram entre as regiões litorânea colonizada e não colonizada por macrófita.

Em relação aos náuplios e copepodidos Cyclopoida, tanto na lagoa Carioca como na lagoa Gambazinho, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os habitats litorâneos com e sem macrófitas, o mesmo ocorrendo com os indivíduos jovens de Calanoida (tabela 14). Considerando a abundância das populações de T. minutus e Chaoborus sp nos habitats litorâneos em ambas as lagoas, também não se vê diferenças entre as regiões com e sem vegetação marginal. Nas tabelas 15 e 16 estão os resultados dos testes T e de Wilcoxon, usados para comparação da comunidade zooplanctônica da região litorânea com e sem plantas aquáticas de ambas as lagoas.

Tabela 14: Abundância de náuplios e copepodidos, Cyclopoida e Calanoida, na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

com macrófita sem macrófita com macrófita sem macrófita

náuplio Cyclopoida 1.429.496 1.170.432 286.243.456 1.244.880

copepodido Cyclopoida 321.898 334.343 451.259 286.353

náuplio Calanoida 25.815 0 615.330 590.018

copepodido Calanoida 7.833 130 44.045 25.118

Abundância (org.m-3) de copépodes jovens no compartimento litorâneo das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG)

(37)

37 Tabela 15: resultados dos testes T e de wilcoxon aplicados para comparação da abundância de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera, Copepoda, além de riqueza, Diversidade e Equitabilidade na comunidade zooplanctônica entre os habitats litorâneos colonizado e não colonizado por macrófita na lagoa Carioca (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. A tabela também mostra os resultados do mesmo teste para comparação entre a abundância de Thermocyclops minutus, Chaoborus sp, náuplios e copepodidos entre a região marginal com e sem plantas aquáticas.

teste p-valor com macrófita sem macrófita

Amoeba Testacea (org.m-3) Wilcoxon 0,55 5.050 654

Rotifera (org.m-3) T 0,19 28.606 19.157

Cladocera (org.m-3) T 0,5 7.623 12.161,10

Copepoda (org.m-3) Wilcoxon 0,41 55.908.816 46.434,40

Chaoborus sp (org.m-3) T 0,39 629,91 519,69

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,67 918,02 1.100,78

Riqueza Wilcoxon 0,75 12,36 10,07

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,2 0,54 0,56

Equitabilidade Wilcoxon 0,13 0,16 0,13

náuplio Cyclopoida (org.m-3) T 0,16 55.869.973 29.126,06

copepodido Cyclopoida (org.m-3) T 0,13 24.880,54 7.532,14

náuplio Calanoida (org.m-3) T 0,49 23.915,19 16.178,52

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,12 2.601,44 992,62

Lagoa Gambazinho: habitats colonizado X não colonizado por macrófita

desvio padrão

Tabela 16: resultados dos testes T e de Wilcoxon aplicados para comparação da abundância de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera, Copepoda, além de riqueza, Diversidade e Equitabilidade na comunidade zooplanctônica entre os habitats litorâneos colonizado e não colonizado por macrófita na lagoa Gambazinho (PERD, MG) no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012. A tabela também mostra os resultados do mesmo teste para comparação entre a abundância de Thermocyclops minutus, Chaoborus sp, náuplios e copepodidos entre a região marginal com e sem plantas aquáticas.

teste p-valor com macrófita sem macrófita

Amoeba Testacea (org.m-3) T 0,62 3.732 4.036

Rotifera (org.m-3) T 0,61 71.773 59.407

Cladocera (org.m-3) T 0,23 24.247 4.768,57

Copepoda (org.m-3) T 0,27 61.615 40.995,04

Chaoborus sp (org.m-3) T 0,69 448,96 373,70

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,39 4.994,17 3.347,61

Riqueza Wilcoxon * 8,56 10,12

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,21 0,51 0,54

Equitabilidade Wilcoxon 0,43 0,13 0,14

náuplio Cyclopoida (org.m-3) T 0,27 54.916,23 28.571,09

copepodido Cyclopoida (org.m-3) T 0,55 13.756,75 16.045,41

náuplio Calanoida (org.m-3) T 0,11 3.992,24 0

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,18 579,36 9,98

Lagoa Carioca: habitats colonizado X não colonizado por macrófita

(38)

38 As espécies exclusivas da região litorânea colonizada por macrófita, não colonizada por plantas aquáticas e comuns a ambos os habitats litorâneos nas lagoas Carioca e Gambazinho, e suas respectivas abundâncias, estão listadas nas tabelas 1, 2, 3 e 4. em anexo.

As figuras 15 (a, b, c, d, e, f) são os resultados das análises de cluster, expressos como dendrogramas, para a comparação entre a abundância de espécies dos grupos Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera, Copepoda, além da abundância de larvas de Chaoborus e Thermocyclops minutus entre os habitats litorâneos colonizado e não colonizado por macrófitas nas lagoas estudadas. As figuras 16 (a, b, c e d) são referentes à participação (em porcentagem) dos animais zooplanctônicos dentre guildas, cujos critérios para inclusão em determinado grupo foram: tipo de teca para Amoeba Testacea (quitinosa, silicosa e de detritos), morfologia do trofe para Rotifera (vergado, uncinado, maleoramado, incudado, ramado), modo de alimentação para Cladocera (raspadores e filtradores) e hábito alimentar para Copepoda (onívoros e fitoplanctônicos)

Amoeba Testacea (org.m-3) Rotifera (org.m-3)

a b D ist ân ci a Eu cl id ian a D ist ân ci a Eu cl id ian a

Figuras 15: comparação entre as comunidades de Amoeba Testacea (a) e Rotifera (b) entre os habitats litorâneos colonizados e não colonizados por macrófitas das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), entre 6/2011 à 12/2012.

(39)

39 D ist ân ci a euc lid ian a

Cladocera (org.m-3) Copepoda (org.m-3)

c d D ist ân ci a Eu cl id ian a D ist ân ci a Eu cl id ian a

Figuras 15: comparação entre as comunidades de Cladocera(c) Copepoda (d), Chaoborus sp (e) e

Thermocyclops minutus (f) entre os habitats litorâneos colonizados e não colonizados por macrófitas das

lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), entre 6/2011 à 12/2012.

Chaoborus sp (org.m-3) Thermocyclops minutus (org.m-3)

e f D ist ân ci a Eu cl id ian a D ist ân ci a Eu cl id ian a

(40)

40 82,90 87,32 85,02 74,98 0,31 0,46 4,27 7,33 16,79 12,22 10,70 17,69 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 lagoa Carioca, com macrófita lagoa Carioca, sem macrófita lagoa Gambazinho, com macrófita lagoa Gambazinho, sem macrófita teca de detritos teca silicosa teca quitinosa 1,79 1,31 4,10 2,43 35,71 42,45 47,49 37,01 26,31 21,47 14,54 15,14 36,10 34,14 33,79 45,39 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 lagoa Carioca, com macrófita lagoa Carioca, sem macrófita lagoa Gambazinho, com macrófita lagoa Gambazinho, sem macrófita maleoramado uncinado incudado vergado maleado ramado 19,45 9,38 59,80 14,41 80,55 90,62 40,20 85,59 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 lagoa Carioca, com macrófita lagoa Carioca, sem macrófita lagoa Gambazinho, com macrófita lagoa Gambazinho, sem macrófita cladóceros filtradores cladóceros raspadores

Figuras 16: Participação (%) de Amoeba Testacea (a, teca quitinosa, silicosa e de detritos), Rotifera (b, com trophi maleado, vergado, uncinado, incudado, ramado e maleoramado) e Cladocera (c, filtradores e raspadores) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófitas das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

a

b

(41)

41 Sazolidade: período chuvoso X período seco

Na região litorânea colonizada por macrófita da lagoa Carioca, considerando a abundância dos indivíduos entre os grupos zooplanctônicos estudados, observa-se que os rotíferos (fig. 17) e riqueza de espécies zooplanctônicas (fig. 18) foram mais numerosos nos meses chuvosos, não ocorrendo nenhuma diferença significativa no ambiente litorâneo sem macrófitas desta lagoa. Na lagoa Gambazinho, a população de Chaoborus sp (fig. 19 a) foi maior nos meses com chuva na região litorânea com plantas aquáticas, acontecendo o mesmo com a população do díptera (fig. 19 b) na região litorânea sem essas plantas. Os resultados dos testes T e de Wilcoxon aplicados para se comparar a comunidade zooplanctônica entre os meses de chuva e seca estão resumidos nas tabelas 17 e 18 (lagoa Carioca) e 19 e 20 (lagoa Gambazinho)

100 100 84,94 83,81 0 0 15,06 16,19 75 80 85 90 95 100 105 lagoa Carioca, com macrófita lagoa Carioca, sem macrófita lagoa Gambazinho, com macrófita lagoa Gambazinho, sem macrófita ´copépodes fitoplanctófagos copépodes onívoros

Figuras 16 (d): Participação (%) de Copépoda (onívoros e herbívoros) na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófitas das lagoas Carioca e Gambazinho (PERD, MG), no período compreendido entre 6/2011 à 12/2012.

(42)

42 Tabelas 17 e 18: resultados dos testes T e de Wilcoxon aplicados para comparação da abundância de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera, Copepoda, além de riqueza, Diversidade e Equitabilidade na comunidade zooplanctônica entre os períodos de chuva e seca na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófita da lagoa Carioca (PERD, MG), entre 6/2011 à 12/2012. A tabela também mostra os resultados dos mesmos testes para comparação entre a abundância de Thermocyclops minutus,

Chaoborus sp, náuplios e copepodidos entre os meses chuvosos e secos.

Tabela 17

Tabela 18

teste p-valor período chuvoso período seco

Amoeba Testacea (org.m-3) T 0,74 3.604,19 2.205,57

Rotifera (org.m-3) Wilcoxon 0,08 78.424,35 37.820,76

Cladocera (org.m-3) T 0,89 1.100,91 3.450,84

Copepoda (org.m-3) Wilcoxon 0,19 50.251,66 42.299,81

Chaoborus sp (org.m-3) Wilcoxon 0,83 317,41 209,38

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,45 4.169,67 3.090,44

Riqueza Wilcoxon 0,24 17,71 5,17

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,66 0,59 0,45

Equitabilidade Wilcoxon 0,89 0,14 0,13

náuplio Cyclopoida (org.m-3) Wilcoxon 0,9 26.073,25 38.967,77 copepodido Cyclopoida (org.m-3) T 0,29 15.662,54 11.326,81

náuplio Calanoida (org.m-3) x x x x

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,83 0 36,05

Lagoa Carioca,sem macrófita: período chuvoso X período seco desvio padrão

teste p-valor período chuvoso período seco Amoeba Testacea (org.m-3) T 0,27 4.010,76 3.531,32

Rotifera (org.m-3) T * 73.671,19 53.536,09

Cladocera (org.m-3) T 0,83 5.444,22 33.885,61

Copepoda (org.m-3) T 0,13 66.872,68 54.915,14

Chaoborus sp (org.m-3) T 0,16 103.995,10 76.678,93

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,4 5.811,54 4.247,91

Riqueza Wilcoxon * 9,14 6,51

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,66 0,59 0,45

Equitabilidade Wilcoxon 0,89 0,14 0,13

náuplio Cyclopoida (org.m-3) T 0,89 45.379,93 61.669,58 copepodido Cyclopoida (org.m-3) T 0,41 14.712,14 13.306,21

náuplio Calanoida (org.m-3) T 0,88 0 5.574

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,83 0 2.172,48

desvio padrão Lagoa Carioca, com macrófita: período chuvoso X período seco

(43)

43 Tabelas 19 e 20: resultados dos testes T e de wilcoxon aplicados para comparação da abundância de Amoeba Testacea, Rotifera, Cladocera, Copepoda, além de riqueza, Diversidade e Equitabilidade na comunidade zooplanctônica entre os períodos de chuva e seca na região litorânea colonizada e não colonizada por macrófitas da lagoa Gambazinho (PERD, MG), entre 6/2011 à 12/2012. A tabela também mostra os resultados dos mesmos testes para comparação entre a abundância de Thermocyclops minutus,

Chaoborus sp, náuplios e copepodidos entre os meses chuvosos e secos.

teste p-valor período chuvoso período seco

Amoeba Testacea (org.m-3) T 0,39 5.928,91 4.218,83

Rotifera (org.m-3) Wilcoxon 0,54 13.204,88 37.800,58

Cladocera (org.m-3) T 0,68 4.613,10 10.019,83

Copepoda (org.m-3) Wilcoxon 0,08 57.738,95 79.067.468,00

Chaoborus sp (org.m-3) T * 775,67 75,22

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,08 1.153,00 526,28

Riqueza Wilcoxon 0,12 13 11,27

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,06 0,61 0,71

Equitabilidade Wilcoxon 0,12 0,13 0,18

náuplio Cyclopoida (org.m-3) T 0,17 38.778,54 79.014.675,00 copepodido Cyclopoida (org.m-3) T 0,14 31.304,76 15.639,47

náuplio Calanoida (org.m-3) T 0,09 79.014.675 38.779

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,7 2.731,11 2.543,98

Lagoa Gambazinho, com macrófita: período chuvoso X período seco desvio padrão

Tabela 19

Tabela 20

teste p-valor período chuvoso período seco

Amoeba Testacea (org.m-3) Wilcoxon 0,67 616,77 542,44

Rotifera (org.m-3) Wilcoxon 0,47 11.842,26 19.490,94

Cladocera (org.m-3) T 0,09 16.233,36 1.576,56

Copepoda (org.m-3) Wilcoxon 0,21 51.694,33 36.675,29

Chaoborus sp (org.m-3) Wilcoxon * 489,17 10,37

Thermocyclops minutus (org.m-3) T 0,06 1.405,57 174,58

Riqueza Wilcoxon 0,19 9,29 9

Diversidade (Shannon) Wilcoxon 0,2 0,55 0,37

Equitabilidade Wilcoxon 0,27 0,13 0,09

náuplio Cyclopoida (org.m-3) Wilcoxon 0,98 40.457.958,00 41.420,48 copepodido Cyclopoida (org.m-3) Wilcoxon 0,25 18.442 10.914,88 náuplio Calanoida (org.m-3) Wilcoxon 0,12 21.614,60 12.234,20

copepodido Calanoida (org.m-3) T 0,82 1.964,86 1.415,63

Lagoa Gambazinho,sem macrófita: período chuvoso X período seco desvio padrão

Referências

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