Mediunidade, Metapsíquica, Parapsicologia - GELAC

Mediunidade, Metapsíquica, Parapsicologia - GELAC

Ø No fenômeno mediúnico, o papel do médium é de quem se apassiva para permitir a manifestação do desencarnado, funcionando como instrumento de comunicação. • Psicografia • Cura • Audiência

Ø No fenômeno anímico, o médium é um observador direto e tem um papel ativo ao relatar uma experiência pessoal de contato com a realidade espiritual. • Dupla vista “O que tu chamas segunda vista é ainda o Espírito que está mais livre, ainda que o corpo não esteja adormecido. A segunda vista é a vista da alma”. Questão 447 de O Livro dos Espíritos. • Emancipação da alma o Libertação relativa da alma do corpo 2. Jesus, o médium de Deus

Ø “Sua alma, presa ao corpo estritamente pelos laços indispensáveis, devia dar-lhe uma dupla vista não somente permanente, mas de uma penetração excepcional e bem superior que a dos homens comuns”. Ø “Não era médium no significado simples do termo, pois que Espírito ousaria insuflar-Lhe seus próprios pensamentos e encarrega-Lo de transmiti-los? Segundo a definição dada por um Espírito, era ele o próprio médium de Deus”.

Livro A Gênese, por Allan Kardec, cap XV Os milagres do Evangelho – Superioridade da natureza de Jesus 3. Metapsíquica Ø O que está além do psiquismo individual psicologicamente conhecido Ø Criptestesia ou percepção extrassensorial Ø Manifesta-se no ser, mas não é intelectualmente do ser. 4. Parapsicologia Ø O que está além do ser psicológico 5. Charles Robert Richet (1850) o Médico francês o Estudo com médiuns e portadores de transtornos mentais o Prêmio Nobel de Medicina em 1913 o Escreveu o Tratado de Metapsíquica

“Todos os portadores das vossas graças levaram as sementes da Verdade divina à sua poderosa organização psíquica, apelando para o seu coração, a fim de que ele afirmasse as realidades de sobrevivência; povoaram-lhe as noites de severas meditações, com as imagens maravilhosas das verdades divinas, porém só conseguiram que ele escrevesse o Tratado de Metapsíquica (...).

Oitenta e cinco anos se passaram, sem que sua honestidade reconhecesse a imortalidade e sem que a fé desabrochasse em seu coração”. Carta de Humberto de Campos, 1936. § Fenômenos Metapsíquicos Objetivos • Mediunidade de efeitos físicos (telecinesia – mover objetos com a mente, ectoplasmia – materializar objetos com o fluido do médium)

• Fenômenos materiais que a mecânica conhecida não explica

§ Fenômenos metapsíquicos subjetivos

• Mediunidade de efeitos inteligentes (telepatia, clarividência, clariaudiência, xenoglossia, psicografia)

• Fenômenos mentais, sensibilidades ocultas e percepções desconhecidas

6. Criptestesia – presciência

o Sensibilidade oculta que faculta adquirir conhecimentos supranormais. o Fenômenos visuais e auditivos tidos como alucinatórios (do latim “alucinatio”, engano) 7. Prováveis causas o Disfunsão física o Distúrbios psíquicos (esquizofrenia)

o Ação de substâncias alucinógenas e entorpecentes Ø Metapsíquica

o Ciência que tem por objetivo a produção de fenômenos mecânicos ou psicológicos devido a forças que parecem ser inteligentes ou a poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana. Ø Tratado de Metapsíquica

“Os espíritas receberam meu Tratado de Metapsíquica com grande frieza (...) Eles julgam já possuir uma explicação adequada para todos os fenômenos (...) A ciência é, acima de tudo, a soberana mestra do futuro. Não será por meio de preces, nem por atos de fé nem por convicções irrefletidas, que ela irá tomar corpo: é unicamente por meio de investigações exatas, multiplicadas. E, sem receio de repetição, direi que é necessário ser também tão audacioso na hipótese como rigoroso na experimentação”. Charles Richet Ø Charles Tart (1937) o Psicólogo e parapsicólogo norte-americano “Quem quer que pense que o cérebro é a resposta total é ignorante”. o Estados Alterados de Consciência o Experiência Anômala – Parapsicologia ou experiências Psi § Santo Antônio de Pádua (Itália / Lisboa) § Mozart § Compositor italiano Vincenzo Bellini § Dante Alighieri, na Divina Comédia Ø Parapsicologia ou Experiências anômalas o Max Dessoir, 1889

o Aplicação de métodos científicos para explicar fenômenos sobrenaturais

Ø Fenômenos extrassensoriais o Psi-Kapa (levitação e transporte de objetos) o Psi-Gama (telepatia, clarividência, clariaudiência) o Psi-Teta (fenômenos mediúnicos)

Ø Livro No Mundo Maior, por André Luiz, cap 9 Mediunidade - Calderaro “O médium, para ser instrumento relativamente exato (transmitindo comunicações menos anímicas e mais mediúnicas), (...) faz-se mister o refúgio frequente à “moradia dos princípios superiores””.

“Moisés desempenhou sua tarefa, recebendo os sublimes princípios do Decálogo, mas ao mesmo tempo que transmite o “não matarás”, mantém sua doutrina embora venerável, ainda muito baseada no temor”.

• Ex. Temer a Deus (um dos 613 mandamentos da Torá)

“Jesus mantém-se em permanente contato com o Pai através da própria consciência, transmitindo a revelação divina e vivendo-a em si mesmo”. 8. Mediunidade ou loucura? HIPÓTESES: o Acesso pelo inconsciente a uma de suas encarnações pregressas

o Fantasia sobre uma personalidade fictícia, reproduzindo-a com impressionante realismo

o Atuação como instrumento à manifestação mediúnica de um espírito desencarnado

“Alucinação é a percepção aparente de objeto externo não presente no momento, algumas vezes sintoma de desequilíbrio mental”. (Aurélio) Ø Se outrem não pode ver, implica que não existe? Livro A Memória e o Tempo, por Hermínio C. Miranda, cap V Freud, item 25 Presença da Mediunidade. “Não nos esqueçamos que os vídeo-teipes das nossas vivências estão guardados ordenadamente nos arquivos secretos da memória integral. A qualquer momento, ante o estímulo próprio, podem ser localizados e “lidos” pelos dispositivos de playback. Que estímulo? Uma palavra-chave, um reecontro inesperado, a visão de um local específico, onde parece que já estivemos, uma situação peculiar que parece reproduzir vivências passadas”. 10. Consciente e inconsciente

Ø Livro No Mundo Maior, por André Luiz, cap 3 A casa mental - Calderaro “Nosso cérebro assemelha-se a um castelo de três andares: - No primeiro (cérebro inicial), temos a residência de nossos impulsos automáticos – subconsciente; - No segundo (córtex motor, entre os lobos frontais e nervos), temos o domicílio das conquistas atuais - consciente;

- No terceiro (lobos frontais), temos a casa das noções superiores -

superconsciente. - Comportamento e personalidade - Análise e reflexão de ações futuras - Dimensões pessoais e sociais do raciocínio Ø Livro O Consolador, cap. 2.3.2. Intelectualismo, item 205 (Grupo Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo)

“A capacidade intelectual do homem terrestre é excessivamente reduzida em vista dos elevados poderes da personalidade espiritual (...) Os elos da

reencarnação funcionam como quebra-luz sobre todas as conquistas anteriores do Espírito reencarnado. Nessa sombra, reside o acervo de

lembranças vagas e vocações inatas, a que chamais subconsciência”. Ø Livro A Memória e o Tempo, Hermínio C. Miranda, cap V Freud, item 23 Psicanálise em espíritos

“Tal como um encarnado, o espírito desencarnado também tem seu inconsciente e também procura deliberadamente esquecer ou ignorar tudo aquilo que o perturba e mantém conflitado”.

Ø Livro Pesquisas sobre Mediunidade, de Gabriel Delane, Primeira Parte – O Fenômeno Espírita e a escrita automática dos histéricos – item 2 Estudos sobre a personalidade e a escrita dos histéricos

“Os estados de consciência não são fogos fátuos que se acendem e se apagam alternadamente; há alguma coisa que os une e que é a expressão subjetiva da sua coordenação objetiva (...) O que dela (personalidade) emerge até a consciência é pouco diante do que permanece enterrado, embora atuante. A personalidade consciente é só uma parte insignificante da personalidade física”.

“O inconsciente visa armazenar todos os conhecimentos adquiridos, bem como outros registros, cuja quantidade na consciência tornaria insuperável o funcionamento da inteligência; estado latente e não esquecimento”. “Existe, enfim, uma última causa, e talvez a mais importante, que enriquece o inconsciente: é o trabalho do espírito durante o repouso do corpo”. 11. Mediunidade Vs Diagnóstico psicopatológico da psicose a. Ausência de transtornos mentais b. Ausência de comorbidades psiquiátricas

c. Falta de prejuízos biopsicossociais 12. Desdobramentos negativos da Mediunidade mal conduzida Ø Obra Nas Fronteiras da Loucura, por Manoel Filomeno de Miranda “Podia perceber que, não obstante a iluminação forte, pairava uma nuvem espessa onde se agitava outra multidão, porém, de desencarnados, mesclando-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada, que se tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra faixa de convivência”. Ø Obra Tormentos da obsessão, por Manoel Filomeno de Miranda, cap 2 O Sanatório Esperança:

“Formando verdadeiras legiões de alienados mentais, que se agrediam, uns aos outros, chafurdando em paisagens de sombra e angústia, constituídas por abismos de sofrimentos insuportáveis,

condoeu-se particularmente, por identificar que muitos deles haviam recebido o patrimônio da mediunidade iluminada pelas lições libertadoras do Espiritismo, mas preferiram enveredar

pelos dédalos da irresponsabilidade, utilizando-se da superior concessão para o deleite de si mesmos e das paixões mais vis que passaram a cultivar. 13. Charles Richet e os médiuns “Os médiuns são, pois, indivíduos, com inconsciência parcial ou total, que pronunciam palavras, acompanhadas de atos, fazem gestos- palavra, gestos, atos que parecem estar à revelia de sua vontade e parecem ser independentes de sua inteligência. Sem embargo, esses fenômenos inconscientes são inteligentes, sistemáticos, algumas vezes coordenados com maravilhosa penetração. Então, trata-se logo em seguida de se saber se os fenômenos inconscientes são devidos a uma inteligência humana ou a uma inteligência sobre-humana.” Ø Chanelling

o Canalização de uma informação ou expressão artística recebida mentalmente, de forma da mente consciente do receptor o Beethoven, Carta de 1801 ao amigo Wegeler:

“Tive que viver sozinho e se estou com alguém fico com uma enorme ansiedade do medo de correr o risco de se notar a minha condição. Provei desta humilhação quando um aluno que estava ao meu lado ouvia o som de uma flauta e eu não, ouvia o canto de um pastor e eu nada. Quase coloquei fim à minha vida algumas vezes. Foi a música que me entreteve. Me parecia impossível abandonar este mundo antes de criar todas as óperas que sentia imperiosa necessidade de compor. Esta foi minha vida, angustiosa.” Ø Mediunidade e psicopatologia, Hughes:

“Enquanto que para os portadores de desordens de personalidade múltipla a dissociação com co-consciência é idiossincrática e compulsiva, para os médiuns de transe a experiência dissociativa acompanhada de co-consciência é contextualizada culturalmente e está sob o controle da consciência do praticante”.

Ø NEPER – Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos, atualmente denominado ProSER – Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade, Do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 1999

o O indivíduo não se constrange com a experiência vivida o Os transes não geram incapacidade social ou

ocupacional o A experiência tem curta duração o Há discernimento com relação à experiência o Compatibilidade religiosa o Ausência de comorbidades psiquiátricas o Controle sobre a experiência

o Experiência positiva: crescimento pessoal e auxílio a outrem

Ø Dr. Jaider Rodrigues de Paulo, psiquiatra – “Saúde Mental: relatos do dia a dia de um psiquiatra espírita”:

“Temos observado que inúmeras internações em hospitais psiquiátricos se dão por uma falta de conhecimento dos aspectos mediúnicos e obsessivos, tratando por meio da psiquiatria pacientes que não são doentes mentais. Também observamos pacientes mentais com patologias claras e definidas sendo tratados como médiuns, o que provoca resultados insatisfatórios, diminuindo a oportunidade de mais cedo buscarem ajuda efetiva de profissionais da área”. A PRECE DO PUBLICANO E DO FARISEU (LUCAS, 18:10 a 14)

“Eram chamados publicanos, na Roma antiga, os cavaleiros arrendatários das taxas públicas, encarregados da cobrança dos impostos e das rendas de toda espécie, fosse na própria Roma ou em outras partes do Império”.

“A seita dos Fariseus ensinava que a fé só era dada pelas Escrituras. Desempenhavam papel ativo nas controvérsias religiosas, mas sob as aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho e excessivo desejo de dominação”.

Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, III Notícias Históricas “Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu; e o outro, publicano. O fariseu, de pé, orava dizendo a si mesmo estas coisas: Ó Deus, eu te dou graças porque não sou como os demais homens, exploradores, injustos e adúlteros, nem também como este publicano. Jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo quanto adquiro. O publicano, porém, de pé, à distância, não queria nem levantar os olhos para o céu, mas batia no seu peito, dizendo: Ó Deus, tem compaixão de mim, pecador. Digo-vos: Este desceu para casa justificado. Porque todo aquele que exalta a si mesmo será diminuído, e aquele que diminui a si mesmo será exaltado.