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Adriano Flexa Leite (UEPA) Jonnys Atilla Modesto Sales (UEPA)

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APLICAÇÃO DO METHODS-TIME

MEASUREMENT - MTM NA

DETERMINAÇÃO DO TEMPO PADRÃO

DE MONTAGEM DE UM MINI-BUNDLES

DE PISO DE MADEIRA: UMA ANÁLISE

PRÁTICA DE UM DOS MÉTODOS DE

TEMPOS SINTÉTICOS.

Adriano Flexa Leite (UEPA)

flexaleite@hotmail.com

Jonnys Atilla Modesto Sales (UEPA)

jonnys_sales@hotmail.com

Este artigo tem como objetivo predeterminar o tempo padrão da atividade de montagem de mini-bundles (pequenos lotes) de piso de madeira através da aplicação do methods-time measurement - MTM. Este método consiste na utilização de tempos sinntéticos, ou predeterminados, para definir o tempo padrão de uma atividade, sem fazer uso de cronometragens diretas, possibilitando uma análise rápida e precisa do tempo e capacidade do processo, bem como qualitativa do método de execução da atividade para o trabalhador, a qual, não será abordada no referido artigo.

Palavras-chaves: MTM, Tempos Sintéticos ou Predeterminados, Estudo de Micromovimentos.

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2

1. Introdução

É importante que todo o gestor possua dados suficientes para controlar e melhorar seu sistema produtivo, de acordo com suas necessidades de custo, qualidade, preço e tempo. A determinação do dado “tempo” na execução de um processo ou atividade é de grande importância para a programação da produção de um produto ou realização de um serviço. Informações sobre tempo nos processos produtivos podem permitir que se aloquem recursos de atividades com folgas para atividades críticas; são capazes de determinar a capacidade produtiva da empresa ou de setor específico dela e diagnosticar gargalos de produção; são capazes ainda de estimar a capacidade e tempo de execução de atividades que ainda estão no papel, ou seja, em projeto de planejamento.

Neste último caso, existem duas maneiras de estimar o tempo das atividades: através de cronometragem direta do tempo de um processo similar ou através da determinação dos tempos sintéticos de produção.

O referido artigo apresenta a aplicação dos conceitos de estudos dos movimentos para estimar o tempo padrão do processo de montagem de mini-bundles, que são pequenos lotes de réguas de piso de madeira tipo americano (flooring). A empresa estudada, localizada no distrito industrial da cidade de Ananindeua-PA, atuante no ramo de beneficiamento da madeira (moabi, orelha de macaco, andiroba, etc.). Toda a sua produção é destinada ao mercado externo, 30% para os Estados Unidos, 30% para a Holanda, 20% para França e 10% para a Bélgica, os 10 % restantes, decorrentes de sobras, destinam-se ao mercado nacional, em específico ao Estado do Pará.

O intuito é oferecer à empresa um estudo rápido e eficiente de mensuração de tempo, permitindo que a mesma crie informações iniciais importantes à gestão de todo o processo. O mesmo estudo poderá ser aplicado nos demais processos da empresa, necessitando ou não de auxílio do estudo de tempos cronometrados.

2. MTM (methods-time measurement)

O estudo de micromovimentos é o estudo dos elementos fundamentais de uma operação (BARNES, 1977). Este estudo proposto por Frank Gilbreth e sua esposa Lilian Gilbreth, tinha como objetivo estudar os movimentos dos operários e encontrar o melhor método de se executar uma determinada tarefa. A idéia era substituir movimentos longos e cansativos por outros curtos e menos fatigantes (BARNES, 1977). Segundo Gilbreth, é possível subdividir as operações em micromovimentos e aplicar valores tabelados dos tempos gastos em cada micromovimento.

A partir deste estudo surgiram vários tipos de sistemas que utilizam os chamados tempos sintéticos ou predeterminados para predeterminar os tempos padrão de tarefas e atividades. Segundo Martins & Laugeni (2006), por exemplo, é possível calcular um tempo padrão para um trabalho ainda não realizado. De acordo ainda com os autores, essa é maior vantagem dos tempos sintéticos em relação à cronometragem direta.

Um dos sistemas que utiliza os tempos sintéticos para determinar os tempos padrão é o methods-time measurement (MTM), onde, para cada micromovimento, foram determinados tempos em função da distância e da dificuldade do movimento (MARTINS & LAUGENI, 2006). Este método analisa os movimentos básicos na execução das tarefas, associando-lhes um tempo sintético, de acordo com sua natureza e condições de execução (BARNES, 1977).

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3 Os movimentos básicos são tipificados em Alcançar, Movimentar, Girar, Agarrar, Posicionar, Soltar, Desmontar, Tempo para os olhos e Movimentos do corpo, perna e pé. Estes dois últimos não serão descritos neste artigo.

Alcançar: Levar a mão ou um dedo a um destino (objeto, botão, etc.), possuindo 5 casos Caso A: Para alcançar um objeto em posição definida (fixa), para outra mão ou sobre a

qual a outra mão descansa

Caso B: Para um objeto cuja posição pode variar ligeiramente em cada ciclo Caso C: Para um objeto situado em um grupo de objetos

Caso D: Para um objeto muito pequeno ou quando for necessário precisão Caso E: Para um objeto em posição não definida

Movimentar: Mover um objeto a um destino (transportar), possuindo 3 casos Caso A: Movimentar objeto para outra mão ou de encontro a um batente Caso B: Para uma localização aproximada ou indefinida

Caso C: Para uma localização exata

Girar: Girar a mão, vazia ou carregada, tendo o antebraço como eixo

Agarrar: Agarrar um ou mais objetos com os dedos ou com a mão

Posicionar: Posicionar, alinhar, orientar ou montar um objeto

Soltar: Soltar um objeto em um destino

Desmontar: Desmontar um objeto ou encerrar o contato entre dois objetos

Cada movimento básico é afetado por determinados fatores. As Tabelas 1 à 7 representam esses fatores, bem como seus tempos em TMU (time measurement unit – unidade de medida de tempo), equivalente à 0,00006min ou 0,00001h. O tempo padrão será obtido através da soma dos TMU’s da atividade (MARTINS & LAUGENI, 2006).

Distância (polegada)

TMU

Caso A Caso B Caso C Caso D Caso E

1 2,5 2,5 3,6 3,6 2,4 2 4,0 4,0 5,9 5,9 3,8 4 6,1 6,4 8,4 8,4 6,8 8 7,9 10,1 11,5 11,5 9,3 12 9,6 12,9 14,2 14,2 11,8 16 11,4 15,8 17,0 17,0 14,2 20 13,1 18,6 19,8 19,8 16,7

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 1 – Tabela do movimento “Alcançar”

Distância (polegada)

TMU

Caso A Caso B Caso C

1 2,5 2,9 3,4

2 3,6 4,6 5,2

4 6,1 6,9 8,0

(4)

4

12 12,9 13,4 14,2

16 16,0 15,8 18,7

20 19,2 18,2 22,1

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 2 – Tabela do movimento “Movimentar”

Peso Tempo TMU para grau de giro

30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º Pequeno – 0 à 2 lb 2,8 3,5 4,1 4,8 5,4 6,1 6,8 7,4 8,1 8,7 9,4 Médio – 2,1 à 10 lb 4,4 5,5 6,5 7,5 8,5 9,6 10,6 11,6 12,7 13,7 14,8 Grande – 10,1 à 35 lb 8,4 10,5 12,3 14,4 16,2 18,3 20,4 22,2 24,3 26,1 28,2 Fonte: Barnes, 1977.

Tabela 3 – Tabela do movimento “Girar”

Caso TMU Descrição

1A 2,0 Objetos facilmente agarrados

1B 3,5 Objetos muito pequenos

4A 7,3 Objetos misturados com outros (é necessário procurar)

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 4 – Tabela do movimento “Agarrar”

Classe de ajuste TMU

Fácil manuseio Difícil manuseio

1. Frouxo 5,6 11,2

2. Justo 16,2 21,8

3. Exato 43,0 48,6

Fonte: Adaptado de Barnes, 1977.

Tabela 5 – Tabela do movimento “Posicionar”

Caso TMU

Normal 2,0

Por contato 0,0

Fonte: Martins & Laugeni, 2006. Tabela 6 – Tabela do movimento “Soltar”

Classe de ajuste Descrição TMU

Fácil manuseio Difícil manuseio

1. Frouxo Pouco esforço, encaixe com movimento 4,0 5,7

2. Justo Esforço normal 7,5 11,8

3. Apertado Esforço considerável 22,9 34,7

(5)

5

Tabela 7 – Tabela do movimento “Desmontar”

Os tempos em TMU para cada classe de ajuste das Tabelas 5 e 7 podem ser usados como limites inferiores e superiores de tempos, isto é, dependendo da análise do observador sobre a facilidade ou dificuldade de manuseio, podem-se arbitrar valores entre os tabelados. (CLEMENTINO, 2007). No caso de valores acima da distância máxima tabelada para os movimentos de “Alcançar” e “Movimentar” deve-se multiplicar a distância obtida pelo TMU da última distância tabela e dividir esse produto pela mesma distância tabelada, uma regra de três simples.

Outra vantagem em utilizar o MTM, bem como em outros métodos que fazem uso dos tempos sintéticos, é a análise qualitativa da execução da atividade pelo trabalhador. É possível elaborar métodos de trabalho que busquem a saúde e o bem-estar dos colaboradores através da análise dos micromovimentos, os quais podem estar empregando esforços, pressões, giros, apoios, etc. de forma nociva ao trabalhador. Conheçamos, então, o processo a ser estudado.

3. Processo Produtivo do Piso Flooring

A empresa em estudo é uma produtora de pisos de madeira e componentes para portas e janelas na região metropolitana de Belém. O objeto de estudo é a produção do piso flooring 3/4 x 31/4, o qual é vendido em um lote para exportação contendo 52 (cinquenta e dois) mini-bundles.

Existem 12 (doze) tamanhos de réguas de flooring: 1, 11/2, 2, 21/2, 3, 31/2, 4, 41/2, 5, 51/2, 6 e 7 ft, produzidos aleatoriamente em uma mesma linha de produção.

Um mini-bundles deve possuir réguas de flooring que somem 7 ft em comprimento (por exemplo 5 e 2 ft; 4 e 3 ft; 1, 11/2 e 31/2 ft; 6 e 1 ft), 3 (três) réguas de largura e 4 (quatro) de altura. “Seria o equivalente a 12 peças de 7 ft”, citou o gerente de produção da empresa.

Figura 1 – Organização das réguas no mini-bundles

O processo de montagem desse pequeno lote é unicamente manual e a escolha das réguas de flooring, que devem somar 12 ft, é aleatória, feita pelo próprio montador. Observou-se então que em cada mini-bundles são colocadas em média 25 (vinte e cinco) réguas de tamanhos diversos. O processo de montagem do mini-bundles para o lote de exportação, será nosso objeto de estudo.

O beneficiamento da madeira é simples: a régua, ainda bruta, é aplainada nos padrões de largura e espessura; em seguida é moldada nas partes superior e inferior (criação das conexões “macho e fêmea” – molde feito nas extremidades da régua tornando-as encaixáveis uma nas outras); na seqüência é classificada para retirar partes da madeira que tenham manchas, “bichos”, furos, rachaduras, torções, etc., deixando suas partes úteis com os tamanhos padrões de régua; esta régua útil é, então, refilada (criação das conexões “macho e fêmea” nas

(6)

6 extremidades); e finalmente é feita a montagem do mini-bundles com os vários tamanhos de peças (ver Tabela 8).

Símbolo Descrição Responsável

Réguas de 7 ft perto da máquina de aplainar Empilhadeira

Aplainar réguas de 7 ft Máquina multilâmina

Conferir se há réguas tortas Funcionário 1

Separar réguas boas em um lote ao lado da máquina Funcionário 2

Esperar empilhadeira

Para a máquina moldureira Empilhadeira

Moldar as réguas de 7 ft Máquina moldureira

Classificar as peças de acordo com a qualidade (madeiras com furos, com

manchas, com rachaduras e etc.) Funcionário 3

Réguas de 7 ft ao lado da máquina de moldar Funcionário 4

Esperar empilhadeira

Para área da máquina "traçador" Empilhadeira

Cortar réguas de 7 ft em peças menores Máquina traçador

Verificar as peças que estão dentro dos padrões Funcionário 5

Movimentar para os respectivos espaços (cada tamanho de peça tem um

local, no qual é armazenado em pilhas) Funcionário 6

Movimentar réguas de determinado tamanho para a máquina refiladeira Funcionário 7

Processar réguas na refiladeira Máquina Refiladeira

Armazenar em pequenos lotes de 5 peças para empilhar na área que servirá

para montagem mini-bundles Funcionário 8

Movimentar para a área de montagem Funcionário 9

Abastecer a mesa com vários tamanhos de peças Funcionário 10

Montar mini-bundles e verificar retirar peças que não encaixam Funcionário 11

Colocar lacre no mini-bundles Máquina de lacre

Transportar para pátio de armazenagem Funcionário 12

Armazenar junto a outros mini-bundles Funcionário 13

Armazenamento Operação e inspeção

Legenda Operação Inspeção

Transporte Demora

Fonte: Leite, et. al., 2009.

Tabela 8 - Fluxograma geral do processo de fabricação de mini-bundles para o lote de exportação 4. Tempo Sintético do Processo de Montagem

(7)

7 Os tempos determinados são utilizados em operações manuais, porém podem ser complementados com cronometragens diretas quando parte da operação analisada não for manual. O processo de montagem do mini-bundles, por possuir esta característica de operação manual, torna-se o objeto de estudo deste artigo.

O processo será subdividido em três atividades: (1) transporte das réguas à mesa de montagem, (2) montagem e (3) finalização. Este último refere-se a colocação dos lacres e ao carregamento do mini-bundles ao lote de exportação.

Para determinar o tempo sintético da operação, cada atividade será minudenciada em seus micromovimentos. As atividades (1) e (2) ocorrem, em sua maioria, simultaneamente. No entanto, será considerado o sequenciamento das atividades, ou seja, a não simultaneidade, onde todos os trabalhadores deste setor (montadores, funcionários da máquina de lacre e carregadores) realizam primeiramente a atividade (1) para preencher a mesa de montagem e em seguida iniciar a (2), normalizando então as funções de cada trabalhador. O padrão será o abastecimento da mesa de montagem, posteriormente a montagem e então a finalização.

4.1 Abastecimento da mesa de montagem

Para a determinação do tempo sintético desta atividade, deve-se estabelecer as rotas, distâncias, número de funcionários e de vezes que cada um executará a atividade. A Figura 2 mostra as rotas usuais, as distâncias e que há locais diferentes para mesmos tamanhos de régua, dentre os quais escolheram-se os locais mais próximos à mesa, pois quando o pátio está cheio, os funcionários não percorrem as distâncias mais longas.

(8)

8 6 1 5 ,5 1 ,5 5 2 4 ,5 2 ,5 4 3 7 6 1 7 5 ,5 1 ,5 5 2 4 ,5 2 ,5 1 1 ,5 3 ,5 1 1 ,5 3 ,5 3 4 6 1 6 1 10,80 m 5,30 m 4,10 m 3,40 m 3,40 m 8,50 m 10,40 m 13,60 m 14,60 m 13,30 m 12,90 m 11,70 m

Figura 2 – Rotas de abastecimento da mesa de montagem

Tomam-se como medidas os movimentos executados pelos funcionários ao levarem todos os tamanhos de régua do pátio à mesa. Esse tempo sintético encontrado é dividido pelos cinco funcionários que atuam nesta atividade, pois todos realizam os mesmos micro-movimentos. É necessário ainda observar que o trasporte das réguas é influenciado pelo seu tamanho e por sua quantidade na mesa: de 5 à 7 ft são levadas em pilhas de 10 unidades até completar o montante de 50 unidades, as restantes, em pilhas de 20 até completar 40 unidades. A disposição das réguas e do montador na mesa de montagem é apresentada na Figura 3.

Desta maneira, à cada funcionário são necessárias cinco voltas – ida e retorno – para abastecer a mesa com as réguas maiores, para as menores, se fazem necessárias somente duas voltas. Portanto, o tempo em TMU dos pisos maiores serão multiplicados por 5 e dos menores por 2.

(9)

9 7 f t 5 ,5 f t 6 f t 5 f t 4 ,5 f t 4 f t 3 f t 3 ,5 f t Á re a d e M o n ta g e m 2,5 ft 1,5 ft 2 ft 1 ft

Figura 3 – Disposição das réguas e do trabalhador na mesa de montagem dos mini-bundles

O tempo sintético da atividade é calculado ao descreverem-se seus micro-movimentos e à eles atribuir seus valores tabelados. A soma desses valores determina o tempo síntetico. A Tabela 10 descreve os micro-movimentos e atribui-lhes seus respectivos tempos.

Movimentos Caso Dist. em cm Dist. em polegadas Valor tabelado TMU

respectivo TMU final

Alcançar lote de 7 ft A 1080 425,20 20 13,1 278,50

Agarrar lote de 7 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 7 ft C 1080 425,20 20 22,1 469,84

Posicionar lote de 7 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 7 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 1 (x5) 3860,73

Alcançar lote de 6 ft A 580 228,35 20 13,1 149,57

Agarrar lote de 6 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 6 ft C 580 228,35 20 22,1 252,32

Posicionar lote de 6 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 6 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 2 (x5) 2128,45

Alcançar lote de 51/2 ft A 410 161,42 20 13,1 105,73

Agarrar lote de 51/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 51/2 ft C 410 161,42 20 22,1 178,37

Posicionar lote de 51/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 51/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 3 (x5) 1539,47

Alcançar lote de 5 ft A 340 133,86 20 13,1 87,68

Agarrar lote de 5 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 5 ft C 340 133,86 20 22,1 147,91

(10)

10

Soltar lote de 5 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 4 (x5) 1296,95

Alcançar lote de 41/2 ft A 355 139,76 20 13,1 91,55

Agarrar lote de 41/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 41/2 ft C 355 139,76 20 22,1 154,44

Posicionar lote de 41/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 41/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 5 (x2) 539,57

Alcançar lote de 4 ft A 850 334,65 20 13,1 219,19

Agarrar lote de 4 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 4 ft C 850 334,65 20 22,1 369,78

Posicionar lote de 4 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 4 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 6 (x2) 1225,55

Alcançar lote de 31/2 ft A 1360 535,43 20 13,1 350,71

Agarrar lote de 31/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 31/2 ft C 1360 535,43 20 22,1 591,65

Posicionar lote de 31/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 31/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 7 (x2) 1932,32

Alcançar lote de 3 ft A 1040 409,45 20 13,1 268,19

Agarrar lote de 3 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 3 ft C 1040 409,45 20 22,1 452,44

Posicionar lote de 3 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 3 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 8 (x2) 1488,86

Alcançar lote de 21/2 ft A 1170 460,63 20 13,1 301,71

Agarrar lote de 21/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 21/2 ft C 1170 460,63 20 22,1 509,00

Posicionar lote de 21/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 21/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 9 (x2) 1669,02

Alcançar lote de 2 ft A 1290 507,87 20 13,1 332,66

Agarrar lote de 2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 2 ft C 1290 507,87 20 22,1 561,20

Posicionar lote de 2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 10 (x2) 1835,32

Alcançar lote de 11/2 ft A 1330 523,62 20 13,1 342,97

Agarrar lote de 11/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 11/2 ft C 1330 523,62 20 22,1 578,60

Posicionar lote de 11/2 ft JUSTO - - - - 21,80

(11)

11

Subtotal 11 (x2) 1890,75

Alcançar lote de 1 ft A 1460 574,80 20 13,1 376,50

Agarrar lote de 1 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 1 ft C 1460 574,80 20 22,1 635,16

Posicionar lote de 1 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 1 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 12 (x2) 2070,91 Total 21477,90

Tabela 10 – Micro-movimentos e tempo sintético do abastecimento da mesa de montagem

O tempo final de 21477,90 TMU foi dividido pelos cinco funcionários, onde obteve-se 4295,58 TMU, equivalente a 2,58 minutos, tempo padrão desta atividade. Isso indica que 5 funcionários trabalhando ininterruptamente levam cerca de 3 minutos para abastecer uma mesa de montagem.

4.2 Montagem na mesa

A atividade de montagem não oferece grandes distâncias a serem percorridas, no entanto, pelo fato de cada mini-bundles possuir em média 25 réguas de tamanhos variados, o montador faz o movimento de alcançar as réguas nas diferentes pilhas cerca de 25 vezes de maneira aleatória. O montador estica os braços há uma distância média de 50cm do seu corpo e as encaixa. Não se pode precisar as distâncias pela aleatoriedade da atividade.

A Tabela 11 descreve os micro-movimentos desta atividade e seus respectivos valores. Devido a repetição do movimento o TMU encontrado será multiplicado por 25.

Movimentos Caso Dist. em cm Dist. em polegadas Valor tabelado TMU

respectivo TMU final

Alcançar a régua A 50 19,69 20 13,1 12,89

Agarrar a régua 1A - - - - 2

Movimentar a régua C 50 19,69 20 22,1 21,75

Posicionar a régua JUSTO - - - - 21,8

Soltar a régua POR CONTATO - - - - 0

Total 58,45

Tabela 11 – Micro-movimentos e tempo sintético da montagem na mesa

O tempo encontrado foi de 58,45 TMU, 0,03507 minutos, aproximadamente 2,1s, que se refere ao tempo em que um funcionário coloca uma régua do mini-bundles. Desta forma, multiplicando por 25, tem-se o tempo padrão da montagem de 52,6s.

4.3 Finalização

O atividade de finalização possui um pequeno diferencial, dois tempos de GAP, ou seja atividades não tabeladas que devem ser arbitradas ou cronometradas, por exemplo o ciclo de uma máquina, um período de inspeção etc. Neste caso, o GAP 1 é o tempo necessário para o montador empurrar o lote à máquina de lacre, o GAP 2 é a própria atividade de lacrar feita por

(12)

12 uma máquina. Os micro-movimentos, GAP’s e tempos sintéticos são mostrados na Tabela 4. Uma dupla de funcionários segura e posiciona o mini-bundles para que a máquina possa passar o lacre em três pontos do lote, em seguida o transportam à um local específico para formar um lote de exportação composto por 52 mini-bundles.

Movimentos Caso Dist. em cm

Dist. em polegadas

Valor

tabelado TMU final

GAP em segundos GAP 1 - - - - 4 GAP 2 - - - - 6 Agarrar o mini-bundles 1A - - - 2,00 Movimentar mini-bundles C 410 161,42 20 178,37

Posicionar mini-bundles JUSTO 21,8

Total 202,17 10

Tabela 12 – Micro-movimentos e tempo sintético da finalização

O resultado final aponta 202,17 TMU, correspondendo a 7,3s. Somando aos 10s de GAP, tem-se o tempo padrão totalizando 17,3s.

5. Conclusão

Os tempos sintéticos são uma maneira de se obter o tempo das atividades de forma rápida, eficiênte e próxima do real. As atividades “montagem na mesa” e “finalização”, por exemplo, foram cronometradas obtendo um tempo aproximado de 75s, se comparados à soma dos tempos sintéticos obtidos nas mesmas atividades, 52,6s e 17,3s respectivamente, encontra-se o valor de 70s. Uma diferença bem pequena se observada a dimensão das unidades.

Desta maneira o MTM se torna uma ferramenta de fácil utilização e bom grau de confiança nos dados gerados, oferecendo um leque de possibilidades, como por exemplo, prever o tempo de excecução de uma atividade que ainda não existe, prederterminar os tempos de processos já existentes ou até mesmo simular a eficiência de uma possível alteração em um modelo atual de trabalho na empresa.

Outra vantagem oferecida pelo método é o baixo custo proveniente do ganho de rapidez e redução de esforços. Enquanto um estudo de tempos cronometrados pode durar semanas, por necessitar de testes para escolher um funcionário adequado, dias de observação e em muitos casos descartar dias de atividades anormais, o MTM utiliza valores tabelados tendo como necessidades: mensurar ou arbitrar, em uma situação ainda ireal, as distâncias, descrever cada movimento e atribuir-lhes os casos adequados.

Contudo, é importante observar que esse método apresenta certas restrições, como não descrever todos os tipos de movimentos nem considerar ciclos de máquinas, os chamados tempos de GAP apresentados na atividade de finalização, tornando necessária em muitos casos a utilização de outras ferramentas. Podem ser utilizados outros métodos de tempos sintéticos, no entanto essa ação conjunta é confusa e de difícil organização, pelas diferenças de cálculo e pelas descrições e exigências sobre cada movimento. Um método de eficiente ação conjunta é o estudo de tempos cronometrados, que apesar de trabalhoso, não exige a descrição dos movimentos, podendo cronometrar qualquer tipo de atividade, desde que bem definidas as unidades de medida.

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6. Referências Bibliográficas

BARNES, Ralph M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida de trabalho. 6ª ed.

São Paulo: Edgard Blüchen, 1977, p 12, 13, 101, 102, 378 e 402.

CLEMENTINO, André. Engenharia de Métodos. Apontamentos de aula, 2007.

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Referências

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