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Caracterização física e química de terras pretas arqueológicas e de solos não antropogênicos na região de Manicoré, Amazonas

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ISSN 1982-8470 www.agroambiente.ufrr.br

Caracterização física e química de terras pretas arqueológicas e de

solos não antropogênicos na região de Manicoré, Amazonas



Physical and chemical characterization of archaeological dark earths and

non-anthropogenic soils the Manicore, region, Amazon

Milton César Costa Campos

2*

, Luís Antônio Coutrim dos Santos

3

, Douglas Marcelo Pinheiro da Silva

4

,

Bruno Campos Mantovanelli

5

, Marcelo Dayron Rodrigues Soares

6

Resumo - Os solos predominantes na região Amazônica pertencem à classe dos Latossolos e Argissolos, caracterizado por seu alto grau de intemperismo e baixa fertilidade natural, em contraste, ocorrem às terras pretas arqueológicas com elevada fertilidade natural e alto teor de matéria orgânica. Objetivou-se com este estudo caracterizar quanto aos atributos físicos e químicos as terras pretas arqueológicas e os solos não antropogênicos da região de Manicoré, AM. Foram amostrados quatro sítios de Terras Pretas Arqueológicas e quatro solos não antropogênicos distribuídos na região de Manicoré, sul do Amazonas. Nesses locais foram abertas trincheiras e os perfis foram caracterizados morfologicamente e coletados por horizonte. Foram realizadas análises físicas (textura e densidade do solo) e químicas (pH em água, Ca, Mg, K, e Al trocáveis, P disponível, e C orgânico). Os valores de pH, carbono orgânico, soma de bases e V% das terras pretas arqueológicas foram superiores aos observados para solos não antropogênicos da região de Manicoré, AM. Os solos não antropogênicos apresentaram maiores valores de densidade do solo quando comparados às áreas de terra preta arqueológica. Os maiores teores de matéria orgânica do solo foram encontrados nas áreas de terra preta arqueológica. As terras pretas arqueológicas deste estudo apresentam atributos químicos e físico-químicos superiores aos solos não antropogênicos, conferindo-lhes maior fertilidade.

Palavras-chave - A antrópico. Sítios Arqueológicos. Solos amazônicos.

Abstract – The predominant soils in the Amazon region belong to the class of Oxisols and Ultisols, characterized by its high degree of weathering and low natural fertility, in contrast, occur at Archaeological Dark Earths soils with high fertility and high organic matter content. The aim of this study was the physical and chemical characterization of archaeological dark earths and non-anthropogenic soils in the southern Amazon. Four archaeological sites with dark earths and four non-anthropogenic soils distributed in the Manicoré region, souther Amazon, were sampled. In these locations, open trenches and profiles were characterized morphologically and collected by horizon. Physical (texture and bulk density) and chemical (pH, Ca, Mg, K, and Al, P, and organic C) analyses were realized. The values of pH, organic carbon, total bases and V% in archaeological dark earths were higher than those observed in the non-anthropogenic soils the Manicore, Amazon region. The non-anthropogenic soils showed higher bulk density compared to areas of archaeological dark earths. The highest levels of soil organic matter were found in areas of archaeological dark earths. The archaeological dark earths of this study show the chemical and physic-chemical above the non-anthropogenic soils, giving them more fertile.

Key words - Antropic A. Archaeological sites. Amazonian soils.

*Autor para Correspondência

1Enviado para publicação em 06/03/2012 e aprovado em 17/08/2012 Projeto financiado pela FAPEAM e SECT.

2Professor Adjunto do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente, UFAM, Rua 29 de Agosto, 786, Centro, Humaitá-AM, agromcc@yahoo.com. br; mcesarsolos@ufam.edu.br

3Mestrando do Departamento de Agronomia, UFRPE, Recife - PE, santoslac@gmail.com

4Mestrando da Faculdade de Ciências Agrárias, UFAM, Manaus - AM, Brasil, dougllasmarcelo@gmail.com

5Acadêmico de Agronomia do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente UFAM, Humaitá - AM, Brasil, brunomantovanelli21@gmail.com 6Acadêmico de Engenharia Ambiental do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente UFAM, Humaitá - AM, Brasil, marcelo.dayron@gmail.com

(2)

vivos como raízes e os constituintes da fauna edáfica

(NEVES JÚNIOR, 2008). Para Fraser e Clemente (2008), a

matéria orgânica do solo é considerada uma fonte primária

de nutrientes às plantas, o conteúdo desta no solo é um

dos principais indicadores de sustentabilidade e qualidade

do mesmo. Sendo assim, objetivou-se com este estudo

caracterizar os atributos físicos e químicos de terras pretas

arqueológicas e de solos não antropogênicos na região de

Manicoré, Amazonas.

Material e métodos

As áreas de estudo localizam-se na região Sul do

Amazonas (Figura 1), de acordo com Brasil (1978), as

áreas de estudo estão situadas na mesma zona climática,

segundo a classificação de Köppen, pertencendo ao

grupo A (Clima Tropical Chuvoso) e tipo climático Am

(chuvas do tipo monção), apresentando uma época seca de

pequena duração. A pluviosidade é limitada entre 2.250 e

2.750 mm, com período chuvoso iniciando em outubro e

prolongando-se até junho. As temperaturas médias anuais

se alteram entre 25ºC e 27ºC e a umidade relativa do ar

varia entre 85 e 90% (BRASIL, 1978).

As áreas de estudos estão distribuídas na região de

Manicoré, AM, às margens da BR 230 - Transamazônica,

sentido Apuí-AM. O relevo é caracterizado pela presença

de platôs, nas partes mais elevadas, combinada com áreas

rebaixadas de sopé. Os platôs apresentam superfícies

topográficas planas, sendo a zona de borda marcada por

colinas e cristas alinhadas, enquanto as áreas de planícies

têm características de superfície pediplanada, localmente

interrompida por colinas de topo plano (CPRM, 2001).

Com relação à geologia, a região localiza-se sobre

saprolitos de Granitos Rondonianos, que se caracterizam

por apresentar muscovita, biotita, adamelitos e

granodioritos, de origem intrusiva cratogênica, em forma

de “stocks” e batólitos (BRASIL, 1978). De acordo com o

ZEE-Sul-Sudeste do Amazonas (2008), os solos presentes

na região são os Latossolos Amarelos e

Vermelho-Amarelos. A vegetação característica dessa região é a

Floresta Tropical Densa, formada por árvores adensadas

e multiestratificadas de 20 a 50 m de altura, com clima

úmido, elevadas temperaturas e alta precipitação.

Foram amostrados quatro sítios de terras pretas

arqueológicas (TPA) e quatro áreas de solos não

antropogênicos (SNA) na região de Manicoré, Sul do

Estado do Amazonas (Figura 2). Estabeleceu-se um

caminhamento pelas áreas para a escolha do local de

abertura da trincheira e coleta dos solos. Os locais de

amostragem foram definidos em função se sua posição

central em relação à mancha de TPA e essa mesma regra

Introdução

Os solos predominantes na região Amazônica

pertencem à classe dos Latossolos e Argissolos, sendo

estes caracterizados por seu alto grau de intemperismo,

possuindo características físicas adequadas ao uso agrícola,

no entanto com fortes limitações nutricionais (LIMA et al.,

2006). A maior parte dos solos agricultáveis desta região é

de reação ácida, com baixa capacidade de troca catiônica

(CTC) e baixa fertilidade (CUNHA et al., 2007).

A fertilidade dos solos em ecossistemas naturais da

Amazônia é dependente do aporte de nutrientes presentes

na atmosfera, decomposição da biomassa e ação do

intemperismo. Destacando a decomposição dos resíduos

vegetais que é essencial à nutrição da biota do solo e das

plantas (RUIVO et al., 2005).

Em meio à vasta região Amazônica ocorrem áreas

onde a característica original do solo foi modificada por

processos antrópicos, tais solos são conhecidos como terra

preta arqueológica (TPA) ou terra preta de índio, podendo

ser comumente encontrados na paisagem amazônica

(COSTA et al., 2004). As áreas de TPA apresentam como

característica marcante alta fertilidade natural (GLASER,

2007), coloração escura e a presença de fragmentos de

cerâmica e artefatos indígenas incorporados à matriz dos

horizontes superficiais do solo (CAMPOS et al., 2011).

A elevada fertilidade e principalmente a

sustentabilidade da fertilidade das áreas de TPA é

atribuída ao elevado nível de matéria orgânica e as suas

propriedades físico-químicas como, a elevada reatividade

das frações húmicas (CUNHA et al., 2009). Os vegetais

são os principais responsáveis pela adição ao solo de

compostos orgânicos primários sintetizados no processo

de fotossíntese, que dependendo da quantidade de

resíduos depositados no solo poderá resultar em aumento

no teor de carbono orgânico (CO) do solo (FARIA et al.,

2008). Lima et al. (2002) verificaram que as áreas de TPA

apresentam altos teores totais de Ca e P, matéria orgânica,

intensa atividade biológica, pH em torno de 5,2 a 6,4;

P disponível, em geral, acima de 250 mg kg

-1

, Zn e Mn

acima de 200 e 450 mg kg

-1

, respectivamente.

German (2003) assegura que as áreas de TPA são

encontradas adjacentes aos cursos de água, ocupando

áreas de várzeas, elevações marginais, com expansão

variando de um a centenas de hectares, ao longo de rios

e interflúvios e localizadas em posição topográfica que

comporte boa visualização espacial.

A matéria orgânica do solo (MOS) é toda fração

orgânica presente no mesmo em forma de detrito fresco

ou em distintos estágios de decomposição, compostos

humificados e materiais queimados, associados ou não

à fração mineral e outra parte composta por organismos

(3)

Figura  - Mapa da região Sul do Amazonas. Fonte: SANTOS (2011)

Figura 2 - Mapa da localização das áreas de terras pretas arqueológicas (TPA) e solos não antropogênicos (SNA) na

(4)

valeu para os SNA. A identificação dos horizontes foi

realizada conforme Santos et al. (2005), com coleta de

amostras por horizontes.

As análises físicas e químicas foram realizadas de

acordo com Embrapa (1997). A textura foi determinada pelo

método da pipeta, utilizando uma solução de NaOH 0,1 N

como dispersante químico e agitação mecânica em aparato

de alta rotação por 10 min. A fração argila foi separada por

sedimentação; as areias, grossa e fina, por tamisação; e

o silte, calculado por diferença. A densidade do solo foi

obtida pelo método do anel volumétrico, e a densidade das

partículas, pelo método do balão volumétrico.

Nas análises químicas foram determinados Ca,

Mg, Al, K e Na trocáveis, P disponível e a acidez potencial

(H + Al). Com base nos resultados das análises químicas,

foram calculadas a soma de bases (SB), a capacidade de

troca catiônica (T) e a saturação por bases (V %). O pH foi

determinado potenciometricamente, utilizando-se relação

1:2,5 de solo, em água. O C orgânico total foi determinado

pelo método de oxidação via úmida, com aquecimento

externo (YEOMANS; BREMNER, 1988).

Resultados e discussão

Na Tabela 1 são apresentados os atributos físicos

do solo das áreas não antropogênicos (SNA) e das terras

pretas arqueológicas (TPA). As frações granulométricas

das áreas de SNA apresentaram comportamento semelhante

entre si, com predomínio da fração argila, em função do

material de origem (Tabela 1). Segundo Teramoto et al.

(2001) a geologia fornece subsídios que ajudam explicar o

comportamento físico e químico do solos. Já nas áreas de

TPA verificou-se dominância da fração areia, em particular

da fração areia grossa no horizonte antrópico em todos os

perfis estudados. Entretanto, nos horizontes diagnósticos

subsuperficiais, excetuando-se o do TPA2, que tem

influência de materiais coluviais, houve predomínio da

fração argila.

Os valores de densidade do solo (Ds) nas áreas de

SNA variaram entre 0,99 a 1,52 g cm

-3

(Tabela 1). Já nas

áreas de TPA os valores da densidade do solo apresentaram

valores mais baixos para os horizontes antropogênicos em

todos os perfis estudados, e estes valores tendem aumentar

com a profundidade. Segundo Neves Júnior (2008) os

resultados de baixas densidades do solo são resultantes

dos elevados teores de carbono.

Na Tabela 2, observou-se que os valores de pH em

água variam de 4,0 e 5,1, nos SNA, apresentando acidez

muito elevada a acidez média. Resultados de pH em água

foram semelhantes aos encontrados por Campos et al.

(2012) que estudou áreas de campos nativos cultivada

com mandioca na região de Humaitá (AM).

Para as áreas de TPA os valores de pH em água nos

horizontes antropogênicos variaram de 5,5 a 7,0 (Tabela

3). Os resultados de pH encontrados são distintos dos

citados por Falcão; Borges (2006) que variam de 4,32

a 6,61. A amplitude entre os limites de pH evidencia a

heterogeneidade química das áreas de TPA, oriundas seja

das condições pedoambientais ou das atividades humanas

em cada local.

Os valores de pH em água das áreas de solos não

antropogênicos (SNA) são inferiores aos das áreas de

TPA (Tabelas 2 e 3). Esses resultados são corroborados

com outros trabalhos realizado na região Amazônica,

que mostram que geralmente o pH em áreas de TPA

são mais elevados do que em comparação a solos não

antropogênicos na região amazônica (LIMA et al. 2002;

CUNHA et al. 2009; CAMPOS et al. 2011).

De acordo com Reis et al. (2009) a principal causa

dos baixos valores de pH nos solos da região amazônica

é a elevada perda de bases trocáveis e consequente

concentração de íons H

+

ao solo, provocada pelo processo

de intemperismo influenciado pelas altas temperaturas e

longos períodos de precipitação.

Os maiores valores de pH observados nos sítios

de TPA em comparação aos solos não antropogênicos,

provavelmente, são devidos aos maiores teores de cátions,

especialmente cálcio e magnésio e o baixo teor de alumínio

(Tabela 3). Outro fator que pode explicar os maiores

valores de pH nos sítios de TPA é a presença de carvão.

Oguntunde et al. (2004) observaram um aumento no pH

do solo, após a queima parcial de carvão, em consequência

do aumento do nível de cátions trocáveis que este material

disponibilizou ao solo.

Os teores de carbono orgânico dos sítios de TPA

foram superiores aos dos SNA (Tabelas 2 e 3), estes

resultados são corroborados por Cunha et al. (2007) que

encontraram maiores teores de carbono nos horizontes

A de solos antropogênicos da Amazônia. De acordo

com Moreira (2007), a capacidade de manter o alto teor

de carbono orgânico ocorre, possivelmente, devido às

características químicas e da resistência do material à

decomposição microbiana.

Os elevados teores de carbono orgânico nas áreas

de TPA são atribuídos às alterações antrópicas que este

solo sofreu em sua formação. Falcão e Borges (2006)

relata que as áreas de TPA apresentam elevados teores de

matéria orgânica e mais intensa atividade biológica que os

solos não antropogênicos, os autores ainda afirmam que

estes valores elevados podem ser provenientes de restos

de ossos humanos e de animais.

Quanto aos teores de P disponível, verificou-se

que todos os solos não antropogênicos (SNA) apresentam

(5)

Tabela  - Atributos físicos de solos não antropogênicos (SNA) e de terras pretas arqueológicas (TPA) na região de Manicoré, AM

Solos Horizonte Profundidade Granulometria (g kg-1) Ds

(cm) Areia Grossa Areia Fina Silte Argila (g cm-3)

SNA1 A 0-16 195,50 97,82 137,48 569,20 1,06 AB 16-35 169,14 96,13 156,13 578,60 1,11 BA 35-67 85,69 93,51 146,00 674,80 1,00 Bw1 67-120 86,82 89,67 171,41 652,10 0,99 Bw2 120-150 85,04 89,00 177,46 648,50 1,08 SNA2 A 0-28 232,73 227,46 135,12 404,69 1,29 AB 28-57 226,53 241,67 130,20 401,60 1,52 Bt1 57-82 102,20 103,00 170,50 624,30 1,38 Bt2 82-120 89,73 100,47 155,70 654,10 1,30 SNA3 A 0-18 75,51 89,69 230,80 604,00 1,38 BA 18-42 129,37 85,83 231,70 553,10 1,38 Bw1 42-71 104,74 80,46 211,80 603,00 1,40 Bw2 71-103 100,56 74,64 222,50 602,30 1,39 Bw3 103-170 113,87 81,33 204,60 600,20 1,38 SNA4 A 0-22 128,88 126,32 120,00 624,80 1,27 BA 22-47 83,71 91,49 110,00 714,80 1,11 Bw1 47-77 115,43 99,77 80,00 704,80 1,09 Bw2 77-107 66,78 68,42 120,00 744,80 1,12 Bw3 107-145 85,89 69,31 100,00 744,80 1,20 TPA1 A1 0-19 232,49 148,50 448,41 170,60 0,76 A2 19-37 267,31 152,52 343,57 236,60 0,84 Bt1 37-70 123,08 95,24 260,99 520,70 0,99 Bt2 70-100 105,11 91,95 248,04 554,90 1,04 BC 100-120 - - - - -TPA2 A1 0-32 528,21 138,53 146,57 186,70 1,02 A2 32-50 564,60 171,05 104,76 159,60 1,11 AB 50-75 534,38 173,88 99,75 192,00 nd Bt 75-105+ 447,47 117,49 80,54 354,50 nd TPA3 A1 0-20 577,37 106,89 140,15 175,60 1,05 A2 20-40 553,29 144,32 128,80 173,60 1,29 BA 40-70 352,47 127,42 144,11 376,00 1,51 Bt1 70-110 221,50 73,47 140,23 564,80 1,41 Bt2 110-150+ 229,33 69,76 115,61 585,30 -TPA4 A1 0-20 235,51 104,09 247,31 413,10 0,84 A2 20-42 277,09 94,61 280,01 348,30 0,85 AB 42-63 195,12 103,63 306,65 394,60 1,03 BA 63-108 155,52 61,79 182,59 600,10 1,12 Bt1 108-153 121,23 53,30 188,77 636,70 1,15 Bt2 153-170 121,10 52,73 145,38 680,80

-SNA1 - Latossolo Vermelho Distrófico típico; SNA2 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico; SNA3 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico; SNA4 - Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico. TPA1 - Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico abrúptico; TPA2 – Argissolo Acinzentado Eutrófico típico; TPA3 – Argissolo Amarelo Eutrófico abrúptico e TPA4 – Argissolo Amarelo Eutrófico típico.

(6)

Tabela 2 - Atributos químicos de solos não antropogênicos (SNA) na região de Manicoré, AM

Hor. – Horizonte; Prof. – Profundidade; SNA1 - Latossolo Vermelho Distrófico típico; SNA2 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico; SNA3 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico; SNA4 - Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico.

Solos Hor Prof pH C P Ca Mg K Al SB CTC V

cm H2O g kg-1 mg kg-1 cmolc kg-1 % SNA1 A 0-16 4,6 24,8 0,2 0,8 0,6 0,1 0,9 1,6 11,1 14,1 AB 16-35 4,6 12,8 0,3 0,4 0,3 0,0 0,6 0,7 9,4 8,2 BA 35-67 4,5 7,5 0,3 0,3 0,2 0,0 0,4 0,6 7,1 8,3 Bw1 67-120 4,8 5,1 0,3 0,4 0,0 0,0 0,2 0,5 4,8 9,6 Bw2 120-150 5,1 4,1 0,6 0,5 0,0 0,0 0,2 0,5 5,8 8,7 SNA2 A 0-28 4,5 10,1 2,9 0,9 0,4 0,1 0,4 1,5 4,6 33,5 AB 28-57 5,0 5,2 0,8 0,9 0,1 0,1 0,4 1,3 4,9 25,8 Bt1 57-82 4,0 5,8 1,3 0,8 0,1 0,1 0,9 1,1 4,3 24,9 Bt2 82-120 5,0 4,6 0,9 0,7 0,1 0,0 0,4 1,0 2,2 44,3 SNA3 A 0-18 5,1 6,4 1,6 0,6 0,0 0,0 0,4 0,8 2,1 37,4 BA 18-42 4,7 4,0 1,2 1,1 0,1 0,0 0,7 1,4 2,8 47,8 Bw1 42-71 4,9 3,2 0,8 1,3 0,1 0,0 0,5 1,6 3,1 52,1 Bw2 71-103 4,8 2,4 1,4 0,9 0,1 0,0 0,4 1,3 2,5 51,0 Bw3 103-170 5,0 1,7 1,3 0,2 0,1 0,0 0,5 0,5 1,5 35,0 SNA4 A 0-22 4,2 10,6 3,4 0,6 0,0 0,1 1,1 0,8 5,5 14,3 BA 22-47 4,6 8,8 1,4 0,7 0,0 0,0 0,7 0,9 4,4 21,3 Bw1 47-77 4,6 5,5 1,0 0,6 0,0 0,0 0,8 0,7 4,2 17,1 Bw2 77-107 4,8 4,8 1,6 0,6 0,1 0,0 0,7 0,8 3,2 24,5 Bw2 107-145 4,6 3,8 1,1 0,7 0,1 0,0 0,4 0,9 3,0 30,3

teores muito baixos (Tabela 2). Para as áreas de TPA os

teores de fósforo disponível foram elevados nos horizontes

antropogênicos, entretanto houve diferenças entre os

perfis estudados, variando de 15,49 a 230,7 mg kg

-1

. Estes

valores são superiores aos encontrados nos horizontes

subsuperficiais (Tabela 3), visto que são provenientes

da incorporação de detritos pelos antigos habitantes,

corroborados, assim, com os resultados encontrados por

Ribeiro (2006).

Os teores de cálcio e magnésio trocáveis nos solos

não antropogênicos foram baixos quando comparados às

áreas de terras pretas arqueológicas (Tabelas 2 e 3). Os

valores de cálcio e magnésio trocáveis nas terras pretas

arqueológicas foram superiores aos encontrados nas áreas

de SNA, apresentando maior concentração nos horizontes

superficiais, o que está de acordo com Steinbeiss et

al. (2009). Esses autores afirmaram que áreas de TPA

apresentam elevados níveis de nutrientes, principalmente

Ca e P, altos teores de matéria orgânica e atividade

biológica mais elevada que os solos adjacentes. Além

disso, verificou-se nesse estudo que os teores de Ca e Mg

variaram entre as áreas de TPA estudadas, o que pode ser

reflexo da variação do tempo e da densidade da ocupação

humana nas áreas.

Os teores de potássio tanto nas áreas de SNA

quanto nas de TPA foram baixos, estando de acordo com

os resultados encontrados por Lehmann et al. (2003b).

Os teores de Al

3+

trocável foram baixos em todos os

horizontes das terras pretas arqueológicas (Tabela 3)

quando comparados às áreas de SNA, assemelhando-se

aos observados por Ribeiro (2006).

Verificou-se que os maiores valores de soma de

bases foram observados nos horizontes antropogênicos.

Entretanto, houve diferenciações entre as áreas de TPA

estudados, com valores mais elevados nos perfis TPA2 e

TPA3, concordando com os resultados encontrados por

Lehmann et al. (2003a) que verificaram somas de bases

distintas em função dos ambientes de ocorrência.

A CTC a pH 7,0 nas áreas de terras pretas

arqueológicas apresentou maiores valores quando

comparados aos ambientes não antropogênicos. Para todos

os perfis estudados há uma nítida tendência de decréscimo

de CTC com a profundidade do solo, comportamento

resultante do decréscimo da matéria orgânica com a

profundidade. A elevada reatividade da matéria orgânica,

pelo menos parcialmente, se origina do carbono pirogênico

nos ambientes de TPA (GLASER et al., 2000).

(7)

Solos Hor Prof pH C P Ca Mg K Al SB CTC V cm H2O g kg-1 mg kg-1 cmolc kg-1 % A1 0-19 7,0 77,3 143,5 9,3 4,9 0,1 0,1 14,5 19,25 75,12 A2 19-37 6,5 62,4 230,7 5,3 3,6 0,1 0,2 9,2 14,86 61,69 TPA1 Bt1 37-70 5,8 19,2 23,8 6,8 2,3 0,0 0,2 9,4 13,15 71,15 Bt2 70-100 5,6 18,0 11,5 3,4 1,9 0,0 0,2 5,6 7,74 72,28 BC 100-120 - - - -A1 0-32 6,1 80,4 15,5 26,6 3,2 0,1 0,1 29,9 39,02 76,53 A2 32-50 6,0 45,9 16,9 14,4 1,4 0,0 0,1 15,9 25,84 61,37 TPA2 AB 50-75 5,9 34,1 13,4 6,3 1,1 0,0 0,1 7,5 11,23 66,95 Bt 75-105+ 5,6 19,5 6,1 2,6 0,6 0,0 0,1 3,2 5,91 53,97 A1 0-20 6,0 71,1 35,4 25,3 0,8 0,2 0,2 26,4 33,53 78,59 A2 20-40 5,9 56,8 26,1 13,3 0,5 0,0 0,2 13,8 22,68 61,07 TPA3 BA 40-70 5,9 18,0 15,7 6,9 0,4 0,0 0,2 7,5 11,38 65,92 Bt1 70-110 5,6 5,4 8,4 2,7 0,4 0,0 0,0 3,2 6,23 50,99 Bt2 110-150+ 5,7 4,5 1,7 2,4 0,5 0,0 0,1 3,0 5,71 52,32 A1 0-20 6,0 43,8 25,7 14,7 1,2 0,0 0,1 16,0 27,13 58,95 A2 20-42 6,1 44,1 24,0 13,6 1,8 0,0 0,1 15,5 26,12 59,26 TPA4 AB 42-63 5,8 28,2 14,0 9,6 0,2 0,0 0,1 9,9 19,18 51,40 BA 63-108 5,7 18,4 11,9 4,7 0,2 0,0 0,1 5,0 10,87 46,13 Bt1 108-153 5,5 10,9 8,8 1,9 0,2 0,0 0,1 2,3 6,66 34,30 Bt2 153-170 5,5 8,1 1,2 1,5 0,1 0,0 0,1 1,6 5,17 31,40

Tabela 3 - Atributos químicos das terras pretas arqueológicas (TPA) na região de Manicoré, AM

Hor. – Horizonte; Prof. – Profundidade; TPA1 - Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico abrúptico; TPA2 – Argissolo Acinzentado Eutrófico típico; TPA3 – Argissolo Amarelo Eutrófico abrúptico e TPA4 – Argissolo Amarelo Eutrófico típico.

A percentagem de saturação de bases (V%)

apresentou valores mais elevados nos horizontes antrópicos

dos sítios estudados, quando comparado aos solos não

antropogênicos, vale ressaltar que nos perfis das terras

pretas arqueológicas os valores do V% foram também

elevados nos horizontes subsuperficiais, comportamento

que não foi observado nos solos não antropogênicos.

Conclusões

Os solos não antropogênicos apresentam maiores

densidade do solo que as terras pretas arqueológicas.

As terras pretas arqueológicas apresentam atributos

químicos e físico-químicos superiores aos solos não

antropogênicos, conferindo-lhes maior fertilidade.

Agradecimento

Os autores agradecem a FAPEAM e ao SECT-AM

pelo financiamento da pesquisa.

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