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Literatura 2019 Junho

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2019

Literatura

Junho

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Parnasianismo

Resumo

Visando combater a expansão da idealização amorosa provocada pelo Romantismo e resgatando elementos da cultura neoclássica, o movimento Parnasiano do século XIX valorizava a arte clássica e a harmonização de ideias na poesia.

Disponível em: http://www.patrimonioslz.com.br/CULTURA/ICON/FOTOPARNASO.jpg

Contexto histórico

O contexto histórico do parnasianismo se situa ao final do século XIX, com isso, esse período já adianta uma transição de pensamentos e ideais para o século XX. Entre os principais acontecimentos, no Brasil, há a Abolição da Escravatura (1888) e a Proclamação da República (1889). No cenário europeu, há a influência dos anseios da 1º Guerra Mundial. No entanto, ainda que esse momento marcasse uma intensa movimentação político-ideológica, o poeta parnasiano não se posiciona, omitindo o contexto histórico em sua poesia.

Características do parnasianismo

Em relação aos movimentos do século XIX, iremos perceber que sua propagação temática, em geral, sempre visa combater algum aspecto de uma corrente anterior, como é o caso do Parnasianismo, que tenta romper com a idealização amorosa do Romantismo.

Além disso, os parnasos acreditavam que a verdadeira produção artística era aquela que valorizasse elementos da cultura clássica, por isso, a retomada da influência da mitologia greco-latina e o alto rigor formal, justamente, para reafirmar a sua visão sobre o “fazer artístico”. Veja, abaixo, as principais características do Parnasianismo:

• Objetivismo; • Racionalismo; • Caráter descritivo;

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• Imparcialidade;

• Isolamento do poeta (concentração); • Contenção de sentimentos;

• Retomada de elementos da cultura greco-latina.

Ainda sobre o Parnasianismo, os aspectos mais marcantes de sua forma estrutural são: • Obsessão pelo alto rigor formal;

• Valorização do soneto;

• Uso versos decassílabos e alexandrinos; • Linguagem culta e rebuscada;

• Uso de rimas ricas e preciosas; • Estrofes regulares.

No Brasil, os autores de maior popularidade parnasiana são Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho, Francisca Júlia e Teófilo Dias. Além disso, é importante ressaltar que embora os textos parnasianos, de forma geral, combatessem a subjetividade, isso não significa que os autores não aprofundavam sua expressividade emocional, produzindo alguns poemas, inclusive, com ares românticos.

Leia, abaixo, um poema de Olavo Bilac e observe como o eu lírico se distancia da contenção amorosa:

Tercetos

“Noite ainda, quando ela me pedia Entre dois beijos que me fosse embora. Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

Espera ao menos o desponde da aurora! Tua alcova é cheirosa como um ninho... E olha que escuridão há lá por fora!

Como queres que eu vá, triste e sozinho, Casando a treva e o frio de meu peito

Ao frio e à treva que há pelo caminho?! Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! Não me arrojes à chuva e à tempestade! Não me exiles do vale do teu leito!

Morrerei de aflição e de saudade... Espera! até que o dia resplandeça, Aquece-me com a tua mocidade!”

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Textos de apoio

A um Poeta

Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! Mas que na forma de disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade.

Olavo Bilac, in "Poesias"

A Cavalgada

A lua banha a solitária estrada... Silêncio!... Mas além, confuso e brando, O som longínquo vem-se aproximando Do galopar de estranha cavalgada. São fidalgos que voltam da caçada; Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando. E as trompas a soar vão agitando O remanso da noite embalsamada... E o bosque estala, move-se, estremece... Da cavalgada o estrépito que aumenta Perde-se após no centro da montanha... E o silêncio outra vez soturno desce... E límpida, sem mácula, alvacenta A lua a estrada solitária banha...

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Anoitecer

Esbraseia o Ocidente na agonia O sol... Aves em bandos destacados, Por céus de ouro e púrpura raiados, Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... Delineiam-se além da serranja Os vértices de chamas aureolados,

E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia.

Um mudo de vapores no ar flutua... Como uma informe nódoa avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua. A natureza apática esmaece...

Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula.... Anoitece.

Raimundo Correia

(6)

Exercícios

1.

Mal secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer aos outros venturosa!

CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que:

a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada. b) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social. c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja. d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.

e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.

2.

Mal secreto

"Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse!"

(Raimundo Correia

O fragmento apresentado no texto contém uma oposição semântica fundamental entre o(a):

a) eu-lírico e o ser humano em geral. b) eu-lírico e as pessoas que o invejam. c) ser que chora e os demais seres humanos. d) íntimo do ser humano e sua aparência.

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3.

Assinale a alternativa correta a respeito do Parnasianismo:

a) A inspiração é mais importante que a técnica.

b) Culto da forma: rigor quanto às regras de versificação, ao ritmo, às rimas ricas ou raras. c) O nome do movimento vem de um poema de Raimundo Correia.

d) Sua poesia é marcada pelo sentimentalismo. e) No Brasil, o Parnasianismo conviveu com o Barroco.

4.

“Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado”

Alberto de Oliveira

O trecho do poema em destaque é de um autor parnasiano. Ele revela um poeta:

a) Distanciado da realidade b) Engajado c) Crítico d) Irônico e) Informal

5.

A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! Criança! não verás país nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste!

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Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza. b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo. c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais. d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento. e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

6.

No Manifesto da Poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade faz o seguinte comentário sobre os poetas parnasianos: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano.”

O que o poeta modernista está criticando nos parnasianos é:

a) a demasiada liberdade no ato da criação, que os torna máquinas poéticas. b) o abandono da Arte pela arte, com a criação objetiva e anticonvencional. c) a preocupação com a perfeição formal e com o subjetivismo.

d) o formalismo e a impessoalidade comuns em seus textos.

e) o exagero na expressão das emoções, apesar da criação poética mecânica.

7.

“Torce, aprimora, alteia, lima A frase; enfim,

No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim.”

Olavo Bilac

É correto afirmar que o Texto:

a) tematiza o trabalho poético como fruto do esforço artesanal. b) exemplifica a tendência barroca da poesia brasileira do século XIX.

c) traz índices da estética simbolista, na medida em que não respeita a regularidade métrica e substitui

o decassílabo por versos populares.

d) ironiza a delicadeza do poeta, concebido como um escultor de jóias, que trabalha incansavelmente

até encontrar a rima preciosa.

(9)

8.

É incorreto afirmar que, no Parnasianismo:

a) a natureza é apresentada objetivamente;

b) a disposição dos elementos naturais (árvores, estrelas, céu, rios) é importante por obedecer a uma

ordenação lógica;

c) a valorização dos elementos naturais torna-se mais importante que a valorização da forma do

poema;

d) a natureza despe-se da exagerada carga emocional com que foi explorada em outros períodos

literários;

e) as inúmeras descrições da natureza são feitas dentro do mito da objetividade absoluta, porém os

melhores textos estão permeados de conotações subjetivas.

9.

A propósito da poesia parnasiana, é correto afirmar que ela:

a) caracteriza-se como forma de evocação de sentimentos e emoções.

b) revela-se no emprego de palavras de grande valor conotativo e ricas em sugestões sensoriais. c) explora intensamente a cadeia fônica da linguagem, procurando associar a poesia à música. d) faz alusões a elementos evocadores de rituais religiosos, impregnando a poesia de misticismo e

espiritualidade.

e) acentua a importância da forma, concebendo a atividade poética como a habilidade no manejo do

verso.

10.

“Esta de áureos relevos, [trabalhada

De divas mãos, brilhantes copa, [um dia,

Já de aos deuses servir como [cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus [servia.”

A poesia que se concentra na reprodução de objeto decorativo, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tônica da:

a) espiritualização da vida. b) visão do real.

c) arte pela arte. d) moral das coisas. e) nota do intimismo.

(10)

Gabarito

1. A

Comentário: O eu lírico reflete sobre como determinadas pessoas, para se sentirem aceitas em um determinado âmbito social, simulam ser aquilo que elas não são.

2. D

Comentário: Comentário: A partir dos versos, é possível perceber um contraste entre a essência do ser humano com asua aparência.

3. B

Comentário: A característica mais marcante do Parnasianismo é a preocupação com a forma do poema: sua estrutura, rimas e musicalidade. Não tinha como prioridade o sentimentalismo.

4. A

Comentário: Ao falar sobre um vaso, no poema, o poeta mostra-se distanciado da realidade.

5. B

Comentário: A riqueza de nossa fauna e flora e a prosperidade do indivíduo, por meio do trabalho com a terra, independem de medidas governamentais, visto que no Brasil prevalece a “eterna primavera”.

6. D

Comentário: Ao comparar o poeta parnasiano com uma máquina de fazer poema, Oswald de Andrade está criticando, principalmente, a valorização da forma e a impessoalidade características dessa escola literária.

7. A

Comentário: A forma da poesia é muito importante para o poeta parnasiano. Dessa maneira, é possível perceber a comparação entre a confecção de um rubi e de um poema, pois ambos são preciosos..

8. C

Comentário: A forma é a maior preocupação do poeta parnasiano.

9. E

Comentário: A forma é tão importante para o parnasiano, que, muitas vezes, ele é comparado a um artesão.

10. C

(11)

Simbolismo

Resumo

O movimento simbolista surge ao final do século XIX, trazendo em sua poesia uma nova visão sobre o mundo. O simbolismo retoma aspectos do Romantismo, como o uso da subjetividade, por exemplo, e o aprofundamento das emoções. Além disso, com o intuito de desvincular-se de questões materiais, a poesia simbolista aprecia o plano transcendental, ou seja, o plano espiritual torna-se muito mais valorizado do que o plano concreto, o da matéria.

Contexto histórico

Esse período é marcado por muitas movimentações sociais e econômicas em contexto mundial. Entre elas, podemos citar: os reflexos econômicos e o progresso comercial da Revolução Industrial; as aspirações democráticas da Revolução Francesa, a ascensão da burguesia, a exclusão das camadas mais baixas em relação ao seu desenvolvimento igualitário e distribuição de renda e, também, a obtenção de lucros do Imperialismo são fatores que fizeram com que o homem daquele momento se sentisse frustrado com as promessas de igualdade e oportunidade para todos.

Neste sentido, iremos perceber que o homem tenta fugir dessa realidade e passa por uma crise existencial, aprofundando seus sentimentos e retomando a traços pessimistas, principalmente a características da 2ª Geração Romântica. Ademais, a temática simbolista reage ao esquema materialista do século XIX, como também, a objetividade propagada pelas correntes cientificistas.

Na França, vivia-se o momento da chamada “Belle Époque”, momento em que houve uma explosão de mudanças, entre elas, culturais, tecnológicas, literárias, artísticas e de pensamento. Sobre as influências literárias, não podemos deixar de citar Charles Baudelaire (o famoso autor de a obra “As flores do mal”), Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé.

(12)

Características do simbolismo

Veja, abaixo, os principais aspectos do movimento Simbolista: • Valorização do plano metafísico;

• Misticismo; • Pessimismo; • Subjetividade • Caráter sugestivo;

• Aproximação ao elemento noturno; • Referências ao plano religioso; • Culto ao sonho;

• Aproximação com o campo inconsciente do indivíduo.

Em relação aos aspectos mais marcantes da forma, temos a valorização da linguagem culta, o uso de sonetos, a musicalidade, o uso de figuras de linguagem (como metáforas, sinestesias, assonâncias e aliterações) e o predomínio de rimas.

É importante dizer ainda que, no Brasil, os principais autores foram Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Souza. Esse último é o grande nome desse movimento e se destaca por apresentar em sua poesia uma abordagem sobre a condição humana, a valorização da melancolia e a espiritualidade.

Textos de apoio

TEXTO I

Cavador do Infinito

Com a lâmpada do Sonho desce aflito E sobe aos mundos mais imponderáveis, Vai abafando as queixas implacáveis, Da alma o profundo e soluçado grito.

Ânsias, Desejos, tudo a fogo, escrito Sente, em redor, nos astros inefáveis. Cava nas fundas eras insondáveis O cavador do trágico Infinito.

E quanto mais pelo Infinito cava mais o Infinito se transforma em lava E o cavador se perde nas distâncias...

Alto levanta a lâmpada do Sonho. E como seu vulto pálido e tristonho Cava os abismos das eternas ânsias!

Cruz e Souza

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TEXTO II Longe de Tudo

É livre, livre desta vã matéria, Longe, nos claros astros peregrinos

Que haveremos de encontrar os dons divinos E a grande paz, a grande paz sidérea.

Cá nesta humana e trágica miséria, Nestes surdos abismos assassinos Temos de colher de atros destinos A flor apodrecida e deletéria.

O baixo mundo que troveja e brama Só nos mostra a caveira e só a lama, Ah! só a lama e movimentos lassos...

Mas as almas irmãs, almas perfeitas, Hão de trocar, nas Regiões eleitas, Largos, profundos, imortais abraços!

Cruz e Souza

TEXTO III Ismália

Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar...

E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar...

Estava perto do céu, Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar...

Alphonsus de Guimaraens

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Exercícios

1.

Vida obscura

“Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro ó ser humilde entre os humildes seres, embriagado, tonto de prazeres, o mundo para ti foi negro e duro. Atravessaste no silêncio escuro a vida presa a trágicos deveres e chegaste ao saber de altos saberes tornando-te mais simples e mais puro. Ninguém te viu o sofrimento inquieto, magoado, oculto e aterrador, secreto, que o coração te apunhalou no mundo, Mas eu que sempre te segui os passos sei que a cruz infernal prendeu-te os braços e o teu suspiro como foi profundo!

SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961

Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada.

No soneto, essa percepção traduz-se em:

a) sofrimento tácito diante dos limites impostos pela discriminação. b) tendência latente ao vício como resposta ao isolamento social. c) extenuação condicionada a uma rotina de tarefas degradantes. d) frustração amorosa canalizada para as atividades intelectuais. e) vocação religiosa manifesta na aproximação com a fé cristã.

2.

Das alternativas abaixo, indique a que não se aplica ao Simbolismo:

a) Procurou instalar um credo estético com base no subjetivismo. b) Não precisar as coisas, antes sugeri-las.

c) Racionalismo absoluto.

d) Expressão indireta e simbólica. e) Transcendentalismo

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3.

Leia os seguintes versos:

Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava...

Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava, Brancas sonoridades de cascatas... Tanta harmonia melancolizava.

SOUZA, Cruz e. “Cristais”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 86.

Assinale a alternativa que reúne as características simbolistas presentes no texto:

a) a) Sinestesia, aliteração, sugestão .

b) Clareza, perfeição formal, objetividade. c) Aliteração, objetividade, ritmo constante. d) Perfeição formal, clareza, sinestesia. e) Perfeição formal, objetividade, sinestesia.

4.

O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, antinaturalista e anticientificista. Com esse movimento, nota-se o despontar de uma poesia nova, que ressuscitava o culto do vago em substituição ao culto da forma e do descritivo.

Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1994. Adaptado.

Considerando esta breve caracterização, assinale a alternativa em que se verifica o trecho de um poema simbolista.

a) “É um velho paredão, todo gretado,

Roto e negro, a que o tempo uma oferenda Deixou num cacto em flor ensanguentado E num pouco de musgo em cada fenda.”

b) “Erguido em negro mármor luzidio,

Portas fechadas, num mistério enorme, Numa terra de reis, mudo e sombrio, Sono de lendas um palácio dorme.”

c) “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,

Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.”

d) “Sobre um trono de mármore sombrio,

Num templo escuro e ermo e abandonado, Triste como o silêncio e inda mais frio, Um ídolo de gesso está sentado.”

e) “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras

De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras...”

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5.

Cárcere das almas

“Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço, atroz, funéreo! Nesses silêncios solitários, graves, que chaveiro do Céu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistério?!”

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:

a) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos. b) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista. c) o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.

d) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas

inovadoras.

e) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de

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6.

"Leve é o pássaro; e a sua sombra voante, mais leve

... E o desejo rápido

desse antigo instante, mais leve.

E a figura invisível do amargo passante, mais leve."

Cecília Meireles

"Mais claro e fino do que as finas pratas O som da sua voz deliciava..

Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava."

Cruz e Souza

Qual a semelhança ou o ponto de convergência entre a poesia neossimbolista de Cecília Meireles e a de Cruz e Souza?

a) A objetividade e o materialismo marcantes no estilo parnasiano.

b) A realidade focalizada de maneira vaga, em versos que exploram a sonoridade das palavras. c) A preocupação formal e a presença de rimas ricas.

d) O erotismo e o bucolismo como tema recorrente.

(18)

7.

Leia o poema de Cruz e Sousa.

Acrobata da dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta, Como um palhaço, que desengonçado, Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado De uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, Agita os guizos, e convulsionado Salta, “gavroche”, salta, “clown”, varado Pelo estertor dessa agonia lenta… Pedem-te bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa Nessas macabras piruetas d’aço... E embora caias sobre o chão, fremente, Afogado em teu sangue estuoso e quente, Ri! Coração, tristíssimo palhaço.

SOUSA, Cruz e. Broquéis, Faróis e Últimos sonetos. 2ª. ed. reform., São Paulo: Ediouro, 2002. p. 39-40. (Coleção superprestígio).

Vocabulário:

gavroche: garoto de rua que brinca, faz estripulias clown: palhaço

estertor: respiração rouca típica dos doentes terminais estuoso: que ferve, que jorra

Uma característica simbolista do poema acima é a:

a) linguagem denotativa na composição poética. b) biografia do poeta aplicada à ótica analítica. c) perspectiva fatalista da condição amorosa. d) exploração de recursos musicais e figurativos. e) presença de estrangeirismos e de barbarismos.

(19)

8.

O simbolismo caracterizou-se por ser:

a) positivista, naturalista e cientificista;

b) antipositivista, antinaturalista e anticientificista; c) objetivista e materialista.

d) uma retomada aos modelos greco-latinos; e) subjetivista e racionalista.

9.

Assinale a alternativa em que se caracteriza a estética simbolista.

a) Culto do contraste, que opõe elementos como amor e sofrimento, vida e morte, razão e fé, numa

tentativa de conciliar pólos antagônicos.

b) Busca do equilíbrio e da simplicidade dos modelos greco-romanos, através, sobretudo, de uma

linguagem simples, porém nobre.

c) Culto do sentimento nativista, que faz do homem primitivo e sua civilização um símbolo de

independência espiritual, política, social e literária.

d) Exploração de ecos, assonância, aliterações, numa tentativa de valorizar a sonoridade da

linguagem, aproximando-a da música.

e) Preocupação com a perfeição formal, sobretudo com o vocabulário carregado de termos

científicos, o que revela a objetividade do poeta.

10.

Das definições abaixo, uma delas nos remete diretamente ao período literário conhecido como Simbolismo. Assinale-a:

a) É a arte do conflito, do contraste, da contradição, do dilema e da dúvida, que se expressam pelo

acúmulo de antíteses, paradoxos e oximoros.

b) A “arte pela arte” é um dos seus princípios centrais. A poesia volta-se para o belo (esteticismo),

para o zelo da perfeição formal, descompromissada com os problemas do mundo,

c) Aderiu ao cientificismo e ao materialismo, opondo-se à metafísica, à religião e a tudo que

escapasse aos limites da matéria.

d) Propõe uma volta aos modelos clássicos greco-romanos e renascentistas. Exalta a vida pastoril,

campestre, entendendo que a felicidade e a beleza decorrem da vida no campo.

e) dotou a teoria das correspondências que propõe um processo cósmico de aproximação entre as

realidades, expresso por meio da sinestesia, a qual consiste no cruzamento de percepção de um sentido para outro.

(20)

Gabarito

1. A

A sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada vem dos horrores da escravidão. Cruz e Sousa era filho de escravos alforriados e suas obras apresentam grandes marcas dos sofrimentos dos negros no Brasil.

2. C

Por ser um período literário de grande subjetividade, a alternativa C destoa das características do Simbolismo.

3. A

Não há perfeição formal, o texto não se prende a versos metrificados ou estrofes equilibradas. Não há objetividade, porque esse período é marcado pela subjetividade. Não há clareza, porque o Simbolismo se fazia com a arte da sugestão.

4. E

A linguagem simbolista é marcadas pela sugestão, musicalidade, metáfora, valorização de temas referentes à mistérios da morte e sonhos. No trecho, a cor branca simboliza a pureza e a espiritualidade.

5. C

Na questão formal, o simbolismo apresentava particularidades estéticas na escola e combinação do léxico para atingir comparações e metáforas impressionantes. Na temática, existia forte carga metafísica de transposição das almas, sonhos, mistérios.

6. B

Não há objetividade nem materialismo. Não há a preocupação com rimas ricas, o teor da mensagem era mais importante que a forma. Erotismo e bucolismo não eram temas recorrentes. A poesia não era a própria musa, nem havia impassibilidade da natureza.

7. D

Há rimas que configuram musicalidade ao poema; aliado a isso, temos a presença marcante de figuras de linguagem como a metáfora e a sinestesia.

8. B

Por se tratar de um movimento de caráter mais subjetivo, a alternativa que melhor responde a questão é a letra B.

9. D

A estética simbolista é marcada por musicalidade descrita pelas figuras sonoras da alternativa.

10. E

Porque A- Barroco, B- Parnasianismo, C- Realismo, D- Arcadismo. A alternativa E é correta porque apresenta características da “arte da sugestão”, presente no Simbolismo, que buscava a transmutação da alma.

(21)

Exercícios de revisão: literatura do século XIX

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Exercícios

1.

Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…).

(CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.)

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar que

a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve

a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.

b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um

viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.

c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que

expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.

d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos

literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.

2.

Dos Gamelas(1) um chefe destemido, Cioso d’alcançar renome e glória,

Vencendo a fama, que os sertões enchia, Saiu primeiro a campo, armado e forte

Guedelha(2) e ronco dos sertões imensos,

Guerreiros mil e mil vinham trás ele, Cobrindo os montes e juncando as matas, Com pejado carcaz(3) de ervadas setas Tingidas d’urucu, segundo a usança Bárbara e fera, desgarrados gritos Davam no meio das canções de guerra. Chegou, e fez saber que era chegado O rei das selvas a propor combate

Dos Timbiras ao chefe. –– “A nós só caiba, (Disse ele) a honra e a glória; entre nós ambos Decida-se a questão do esforço e brios. Estes, que vês, impávidos guerreiros

São meus, que me obedecem; se me vences, São teus; se és o vencido, os teus me sigam: Aceita ou foge, que a vitória é minha.”

1 - tribo indígena; 2 - chefe de tribo;

(22)

A cena de luta entre dois guerreiros, narrada logo no início de Os Timbiras, também revela uma situação comunicativa. A conversa entre os dois guerreiros revela:

a) A idealização de personagens frágeis e evasivas diante do tédio.

b) O nacionalismo condoreiro que foi a grande marca do engajamento romântico. c) O nacionalismo a partir da retratação fiel do passado histórico brasileiro.

d) A reprodução de temas e heróis inspirados no comportamento dos cavaleiros medievais. e) O sarcasmo autodestrutivo que caracterizou o gosto romântico pelo tema da morte.

Texto para as questões (3) e (4):

Oh! Que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida, Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais!

(Casimiro de Abreu)

3.

Assinale o dado linguístico que liga o trecho ao estilo romântico.

a) Pontuação expressiva. b) Predominância de adjetivos.

c) Elementos sofisticados para cenário. d) Verbos para exaltação do tempo presente.

e) Pronomes possessivos garantem o egocentrismo.

4.

O núcleo temático desenvolvido no poema aponta para:

a) A fuga da realidade presente para um passado idealizado. b) A expressão do eu poético sobre sentimentos pela mulher. c) A elevação da natureza como símbolo da pátria.

d) O desejo pela morte como forma de evasão.

(23)

5.

"O vestido de Aurélia encheu a carruagem e submergiu o marido; o que lhe aparecia do semblante e do busto ficava inteiramente ofuscado [...]. Ninguém o via..."

ALENCAR, José de. "Senhora". São Paulo: DCL, 2005. p. 96. (Grandes Nomes da Literatura)

Considerando-se o personagem referido - Fernando, o marido de Aurélia -, é CORRETO afirmar que a passagem transcrita contém a imagem

a) da anulação de sua individualidade, transformado que fora, como marido, em objeto ou mercadoria. b) da sua tomada de consciência da futilidade da sociedade, que preza sobretudo a beleza física e a

riqueza.

c) do ciúme exacerbado, ainda que secreto, que sente da esposa, por duvidar de que ela realmente o

ame.

d) do orgulho que sente da beleza deslumbrante da esposa, ressaltada nessa ocasião por seus trajes

luxuosos.

6.

Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Tinha uma asa de frango no prato, e trincava– a com filosófica serenidade. Eu fiz–lhe ainda algumas objeções, mas tão frouxas, que ele não gastou muito tempo em destruí-las.

— Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio universal, repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma calamidade, é uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas; a fome (e ele chupava filosoficamente a asa do frango), a fome é uma prova a que Humanitas submete a própria víscera. Mas eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema, senão este mesmo frango. Nutriu–se de milho, que foi plantado por um africano, suponhamos, importado de Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio construído de madeira cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executadas com o único fim de dar mate ao meu apetite.

ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.

A filosofia de Quincas Borba – a Humanitas – contém princípios que, conforme a explanação do personagem, consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de:

a) Lutar pelo bem da coletividade. b) Atender a interesses pessoais. c) Erradicar a desigualdade social. d) Minimizar as diferenças individuais. e) Estabelecer vínculos sociais profundos.

(24)

7.

Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-29

No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois

a) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. b) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. c) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

d) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. e) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

8.

I

Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via Que, aos raios do luar iluminada, E Entre as estrelas trêmulas subia Uma infinita e cintilante escada.

E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cada Degrau, que o ouro mais límpido vestia, Mudo e sereno, um anjo a harpa doirada Ressoante de súplicas, feria...

Tu, mãe sagrada! Vós também, formosas Ilusões! Sonhos meus! Íeis por ela Como um bando de sombras vaporosas. E, ó meu amor! Eu te buscava, quando Vi que no alto surgias, calma e bela, O olhar celeste para o meu baixando...

(25)

Embora seja identificado como o principal poeta parnasiano brasileiro, Olavo Bilac, nesse soneto, explora um aspecto do Romantismo, o qual está explicitado na seguinte alternativa:

a) Objetividade e racionalismo do eu-lírico. b) Subjetividade numa atmosfera onírica. c) Forte presença de elementos descritivos. d) Liberdade de criação e de expressão. e) Valorização da simplicidade, bucolismo.

9.

Vaso grego

Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então e, ora repleta ora esvazada, A taça amiga aos dedos seus tinia Toda de roxas pétalas colmada. Depois... Mas o lavor da taça admira,

Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

lgnota voz, quai se da antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.

Alberto de Oliveira. Poesias completas. In: Crítica.

Marco Aurélio de Mello Reis. Rio de Janeiro: EDUERJ, 197. p.144.

A partir da leitura do soneto Vaso grego, assinale a opção correta a respeito do tratamento estético conferido aos mitos antigos pela poética parnasiana.

a) recorrência a temas mitológicos atraía o leitor comum e amenizava os efeitos de distanciamento

impostos a ele pelo rebuscamento da linguagem parnasiana.

b) Os mitos antigos são atualizados na poesia parnasiana e recebem um significado poético novo,

que promove a ruptura efetiva com o passado e a tradição mítica.

c) O tratamento estético dos mitos gregos na poesia parnasiana aproxima o antigo mundo

mitológico dos problemas imediatos e concretos da vida social brasileira.

d) A presença de elementos da arte e da mitologia gregas no soneto apresentado está de acordo

(26)

10.

Últimos versos

Na tristeza do céu, na tristeza do mar, Eu vi a lua cintilar.

Como seguia tranquilamente Por entre nuvens divinais! Seguia tranquilamente Como se fora a minh´Alma, Silente,

Calma, Cheia de ais. A abóboda celeste, Que se reveste De astros tão belos,

Era um país repleto de castelos. E a alva lua, formosa castelã, Seguia

Envolta num sudário alvíssimo de lã, Como se fosse

A mais que pura Virgem Maria... Lua serena, tão suave e doce, Do meu eterno cismar,

Anda dentro de ti a mágoa imensa Do meu olhar!

GUIMARAENS, Alphonsus de. 'Melhores poemas'. Seleção de Alphonsus de Guimaraens Filho. São Paulo: Global, 2001. p. 161.

Entre as características poéticas de Alphonsus de Guimaraens, predomina no poema apresentado

a) O diálogo com a amada. b) O poema-profanação. c) As imagens de morte. d) O poema-oração. e) O otimismo.

(27)

Gabarito

1. C

A questão aborda uma interdisciplinaridade com a história, fazendo referência à aproximação entre o romantismo e a necessidade de uma ideia de identidade nacional. Dessa forma, podemos ressaltar como características a valorização da natureza típica brasileira e do índio, por exemplo.

2. D

A primeira geração romântica é caracterizada pela necessidade de afirmação de uma identidade nacional. Dessa forma, a figura do índio é reconhecida como heroica, porém, de uma maneira idealizada e inspirada nos cavaleiros medievais.

3. A

A subjetividade centrada no eu poético é uma das características da 2ª geração romântica, e essa característica é acentuada pela presença da pontuação expressiva (uso de exclamações), que revelam os sentimentos do eu lírico.

4. A

Uma das características da 2ª geração romântica é a fuga da realidade, assim como a idealização do passado/infância. Esses dois aspectos estão evidenciados no texto. Além disso, o desconsolo não se da por causa das lembranças da infância, na verdade, elas funcionam como consolo para ele.

5. A

Aurélia é uma personagem rica e independente. A anulação da imagem de Fernando, o marido, fica clara no fragmento: “ninguém o via...”.

6. B

A filosofia humanitista de Quincas Borba pode ser entendida como uma sátira ao pensamento positivista/determinista e à teoria de seleção natural de Darwin. Dessa forma, ironicamente, Quincas defende que o mais forte, esperto e rico é aquele que domina. Essa ironia fica evidente ao fim do fragmento e mostra que todo o esforço dos demais serviu para colocar o frango na mesa dele.

7. C

No trecho “Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo” há uma elevação da música brasileira sobre a portuguesa, também corroborada pela visão determinista da época, pois o texto descreve que as canções incitavam nas personagens os ardor, a transformação a partir das músicas e da dança.

8. B

Ao contrário da poesia parnasiana, em que a objetividade e a descrição são predominantes e a forma é a principal preocupação do poeta, nesse soneto é possível perceber aspectos romanticos ligados, principalemente, à subjetividade do eu lírico e ao ambiente onírico (relacionado ao sonho), bastante comum nos poemas românticos.

(28)

9. D

A presenta de elementos artísticos e da mitologia grega corresponde à principal característica da poesia parnasiana: “arte pela arte”, além de o próprio Parnasianismo retomar características formais da Antiguidade Clássica.

10. C

O culto à morte é uma das características marcantes do Simbolismo e é a que se encontra em maior evidência, simbolicamente, no soneto apresentado na questão.

(29)

Vanguardas europeias

Resumo

As vanguardas europeias

O continente europeu sempre foi visto, nos séculos XVII, XVIII e XIX, como o “berço” das maiores criações

artísticas. No entanto, muitos artistas sentiam-se presos a moldes tradicionais e há, então, a necessidade de criar uma arte que contemplasse a liberdade de expressão e a criatividade dos artistas, numa tentativa de combater a arte mimética. Surgem, assim, as vanguardas europeias.

O termo vanguarda vem de uma expressão militar, que indica “quem vem à frente”, quem toma a posição

inicial. Tal noção faz com que compreendamos melhor o intuito dessas inovações artísticas e a sua vontade de romper com tudo aquilo que era considerado arcaico.

É importante dizer que essas correntes não aconteceram no Brasil, mas impulsionaram os autores, músicos e artistas da terra tupiniquim a reformularem a visão que esses tinham sobre a arte e, ainda, divulgarem suas novas ideias e percepções a partir da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, em 1922. Veja, a seguir, as vanguardas mais marcantes daquele período e que, ainda hoje, inspiram inúmeros artistas:

a) Cubismo: corrente voltada à valorização de imagens simbolizadas a partir de formas geométricas,

imagens fragmentadas, de modo a fomentar uma visão mais perspectivada. O maior representante do Cubismo, sem dúvidas, é Pablo Picasso.

Guernica, de Pablo Picasso

(30)

b) Dadaísmo: corrente mais radical, mostra-se totalmente contrária a todas as influências artísticas da

tradição. Utiliza imagens de forma que incitem ao deboche, ao humor, a instabilidade do interlocutor. O dadaísmo surgiu a partir do medo e insegurança provocados pela Primeira Guerra Mundial. Os nomes mais marcantes são Marcel Duchamp, Tristan Tzara e Hugo Ball.

Roda de Bicicleta, Marcel Duchamp

Cabe destacar também que embora o movimento tenha acontecido há algumas décadas, suas inspirações permanecem até hoje por meio dos memes, por exemplo. O meme é um gênero novo que circula nas redes sociais e faz referência a um fenômeno “viral” na rede, seja um vídeo, uma frase, uma música, entre outros. Assim, o dadaísmo propõe uma sátira à arte clássica como pode ser visto, hoje em dia, no exemplo abaixo:

Meme da internet com influência dadá. Disponível em: http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-content/uploads/2014/10/mona-1.jpg

(31)

c) Expressionismo: corrente voltada à expressão do mundo interior do artista. Presença de imagens que

deformam a realidade e valorização do caráter subjetivo. Destaque para Van Gogh, Paul Klee e Edvard Munch.

O Grito, de Edvard Munch

d) Futurismo: corrente influenciada pelas ações progressivas e futuristas da época, valorização da cor cinza

e dos automóveis e aviões. Os principais artistas são Fillippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni e Giacomo Balla.

(32)

e) Surrealismo: corrente com influência onírica, arte que mistura a realidade com o irreal, o fictício. O principal

artista é Salvador Dalí.

A tentação de Santo Antonio, de Salvador Dalí

Perceba que todas essas correntes se diferem entre si, o que mostra a importância da consolidação de liberdade de expressão de cada artista. As vanguardas terão grande influência no movimento Modernista do século XX, pois irá engajar os autores literários a romperem com a arte conservadora e implantarem diferentes perspectivas e temáticas, adaptando à realidade nacional.

f) Impressionismo: Embora o movimento tenha surgido ainda no século XIX é importante destacar a sua

importância artística. O impressionismo revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX, pois os artistas rejeitavam as convenções da arte acadêmica vigente na época e as pinturas captavam as impressões perceptivas de luminosidade, cor e sombra das paisagens.

A mulher com sombrinha, Claude Monet

(33)

Exercícios

1.

Sobre as vanguardas europeias, é correto afirmar, exceto:

a) Entre suas principais manifestações estão o Cubismo, o Futurismo, o Expressionismo, o

Dadaísmo e o Surrealismo, todos surgidos na Europa no início do século XX.

b) As tendências literárias que compuseram as vanguardas europeias estavam unidas por um único

projetor artístico, cuja proposta era a de retomar os ideais clássicos nas artes e na literatura.

c) As vanguardas europeias influenciaram as artes no mundo ocidental de maneira contundente. No

Brasil, as inovações nas artes e na literatura ficaram conhecidas como Modernismo.

d) A palavra “vanguarda” tem origem no francês avant-garde, que significa “o que marcha na frente”,

ou seja, as correntes de vanguarda antecipavam o futuro com suas práticas artísticas inovadoras e nada convencionais.

e) Não havia um projeto artístico em comum que agregasse os artistas de vanguarda em torno de

uma única proposta, contudo, estavam unidos por uma mesma causa: a de inovar as artes e romper com os padrões clássicos vigentes.

2.

Fernand Léger, artista francês envolvido com o movimento cubista, tinha como princípio transformar imagens em figuras geométricas, especialmente cones, esferas e cilindros. A obra apresentada mostra o homem em uma alusão à Revolução Industrial e ao pós 1ª Guerra Mundial e explora:

a) as formas retilíneas e mecanizadas, sem valorização da questão espacial. b) as formas delicadas e sutis, para humanizar o operário da indústria têxtil. c) a força da máquina na vida do trabalhador pelo jogo de formas, luz/sombra. d) os recursos oriundos de um mesmo plano visual para dar sentido a sua proposta. e) a forma robótica dada aos operários, privilegiando os aspectos triangulares.

(34)

3.

O pintor espanhol Pablo Picasso (1881–1973), um dos mais valorizados no mundo artístico, tanto em termos financeiros quanto históricos, criou a obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à pequena cidade basca de mesmo nome. A obra, feita para integrar o Salão Internacional de Artes Plásticas de Paris, percorreu toda a Europa, chegando aos EUA e instalando-se no MoMA, de onde sairia apenas em 1981.

PICASSO, P. Guernica. Óleo sobre tela. 349 × 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937. Disponível em: http://www.infoescola.com/pintura/guernica/. Acesso em: 05 ago. 2013.

Essa obra cubista apresenta elementos plásticos identificados pelo:

a) painel ideográfico, monocromático, que enfoca várias dimensões de um evento, renunciando à

realidade, colocando-se em plano frontal ao espectador.

b) horror da guerra de forma fotográfica, com o uso da perspectiva clássica, envolvendo o

espectador nesse exemplo brutal de crueldade do ser humano.

c) uso das formas geométricas no mesmo plano, sem emoção e expressão, despreocupado com o

volume, a perspectiva e a sensação escultórica.

d) esfacelamento dos objetos abordados na mesma narrativa, minimizando a dor humana a serviço

da objetividade, observada pelo uso do claro-escuro.

e) uso de vários ícones que representam personagens fragmentados bidimensionalmente, de forma

(35)

4.

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a):

a) justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho. b) crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente. c) construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais.

d) processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem. e) procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.

(36)

5.

O quadro Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, representa o rompimento com a estética clássica e a revolução da arte no início do século XX. Essa nova tendência se caracteriza pela:

a) pintura de modelos em planos irregulares. b) mulher como temática central da obra. c) cena representada por vários modelos d) oposição entre tons claros e escuros. e) nudez explorada como objeto de arte.

6.

A peça “Fonte” foi criada pelo francês Marcel Duchamp e apresentada em Nova Iorque em 1917.

A transformação de um urinol em obra de arte representou, entre outras coisas,

a) a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e uma crítica às convenções artísticas então

vigentes.

b) a crítica à vulgarização da arte e a ironia diante das vanguardas artísticas do final do século XIX. c) o esforço de tirar a arte dos espaços públicos e a insistência de que ela só podia existir na

intimidade.

(37)

7.

Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006.

Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto.

Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar

a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de

Iotti quanto da obra de Picasso.

b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a

atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.

c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente

tanto em Guernica quanto na charge.

d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em

Guernica quanto na charge.

e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao

(38)

8.

As Vanguardas europeias são movimentos artísticos e culturais, com repercussão em muitas escolas literárias brasileiras. Pode-se, inclusive, afirmar que elementos constitutivos das Vanguardas estão presentes em autores e obras da estética literária modernista. Sendo assim, diante dessa afirmativa, assinale a alternativa CORRETA.

a) As chamadas Vanguardas europeias foram importantes para os movimentos culturais do início

do século XX. No entanto, no Brasil, há um consenso entre os estudiosos da literatura que essas vanguardas em nada nos influenciaram.

b) O Dadaísmo, uma das chamadas Vanguardas europeias, defendia que somente a associação

entre todas as tendências vanguardistas poderia resultar em avanços importantes para as artes e para a cultura de um modo geral.

c) Temáticas oriundas dos estudos freudianos como fantasia, sonho, ilusão, loucura estão

presentes em obras surrealistas. Nas artes plásticas, Salvador Dalí (1904-1989) é um dos principais representantes dessa Vanguarda.

d) Mário de Andrade e Oswald de Andrade, participantes da Semana de Arte Moderna, em muitas

ocasiões, negaram a relação existente entre as vanguardas europeias e os valores e as motivações das obras modernistas brasileiras.

e) Há uma relação intensa entre Futurismo e Cubismo. Tanto uma quanto a outra têm os mesmos

interesses e objetivos e em nada se diferenciam, exceto quando se relacionam com a arte literária.

9.

Assinale a alternativa que menciona somente movimentos artísticos das Vanguardas Europeias:

a) Barroco, Rococó, Art-nouveau.

b) Expressionismo, Cubismo, Surrealismo.

c) Neoclassicismo, Impressionismo, Romantismo. d) Pop-art, Dadaísmo, Futurismo.

e) Construtivismo, Concretismo, Naturalismo.

10.

Em 1924, os surrealistas lançaram um manifesto no qual anunciaram a força do inconsciente na criação de novas percepções. Valorizavam a ausência de lógica das experiências psíquicas e oníricas, propondo novas experiências estéticas. Sobre o Surrealismo, é correto afirmar:

a) Acredita que a liberação do psiquismo humano se dá por meio da sacralização da natureza. b) Baseia-se na razão, negando as oscilações do temperamento humano.

c) Destaca que o fundamental, na arte, é o objeto visível em detrimento do emocionalismo subjetivo

do artista.

d) Concede mais valor ao livre jogo da imaginação individual do que à codificação dos ideais da

sociedade ou da história.

e) Busca limitar o psiquismo humano e suas manifestações, transfigurando-os em geometria a

(39)

Gabarito

1. B

As Vanguardas apresentavam justamente os ideais contrários aos clássicos, a proposta aqui era de inovação.

2. C

Ao analisarmos a obra, podemos ver que os operários retratados estão mecanizados, logo há uma preocupação em mostrar a máquina na vida do trabalhador.

3. A

Não há perspectiva clássica, não há mesmo plano ou falta de emoção, a objetividade não é marca principal dessa obra.

4. A

A imagem sugerida pelo espelho parece desafiar a lógica, o que vem a ser uma marca característica dessa vanguarda.

5. A

A pintura de mulheres em posições geometricamente irregulares e a presença de máscaras africanas representam o rompimento com a estética clássica e realista.

6. A

O Dadaísmo tinha como objetivo a ressignificação de objetos/palavras; retiradas de seu lugar comum, eram críticas às convenções vigentes.

7. E

“Quadro dramático” se refere metaforicamente à dificuldade do trânsito e remete à característica dramática da obra de Picasso, por retratar os horrores da guerra.

8. C

As outras opções são incorretas, pois: as Vanguardas europeias, movimentos artísticos ocorridos durante o século XX, influenciaram fortemente os autores brasileiros do Primeiro Tempo modernista, provocando uma ruptura com a estética até então dominante no Brasil; o Dadaísmo foi o mais radical e destruidor movimento da vanguarda europeia, negava o presente, o passado, o futuro e defendia a tese de que qualquer combinação inusitada e anárquica produzia efeito estético; Mário de Andrade e Oswald de Andrade foram fiéis representantes dos conceitos das vanguardas europeias, adaptando-os ao contexto brasileiro; o Futurismo exaltava a industrialização, celebrando a velocidade, a máquina e a eletricidade, o Cubismo negava a estrofe, a rima ou o verso tradicional, valorizando o espaço da folha e a camada significante das palavras.

9. B

(40)

10. D

Aqui, o trabalho com o sonho, o fluxo livre de consciência, abre caminhos para a exploração do imaginário, desprendendo-se da necessidade de codificar mensagens.

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