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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Academic year: 2021

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA:

ENERGIAS ALTERNATIVAS

Setembro de 2011

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Índice

Sumário... 3

1 – Energia a partir da biomassa ... 4

2 – Energia Eólica ... 5

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Sumário

Neste mês de setembro, dois grandes grupos do setor de bioenergia, SADA e CPFL Renováveis, anunciaram planos ambiciosos no segmento de geração elétrica a partir da biomassa. Enquanto o grupo SADA aposta em uma mudança estratégica voltada para o segmento de venda de bioeletricidade a partir de sua nova planta de etanol, a CPFL Renováveis inaugurou sua segunda usina de biomassa, com capacidade instalada de 40 MW. Enquanto isso, especialista do setor analisa a bioeletricidade como uma forma de hedge para o sistema nacional, sendo complementar no período de seca e disponível internamente.

No segmento eólico, é previsto um possível encerramento do ciclo de crescimento do mercado no Brasil, caso os países desenvolvidos recuperem seu ritmo de expansão econômica. Por enquanto, novos empreendimentos continuam em franca expansão e prometem se tornar cada vez mais competitivos no cenário nacional. A meta agora é conciliar um marco regulatório apropriado a uma estrutura de incentivos do governo, favorável ao segmento.

Possível futura concorrente da energia eólica no segmento das energias renováveis, a geração fotovoltaica já está nos planos da EPE. O estado do Rio, por exemplo, já anunciou, junto à secretaria de meio ambiente, a desoneração do ICMS para equipamentos geradores de energia renovável que contempla, também, a fonte fotovoltaica.

Completando a matriz renovável nacional, A ANEEL liberou para operação as usinas UG1 da PCH Lavrinhas, em São Paulo, e ainda, três unidades geradoras da PCH Boa fé, no Rio grande do sul, totalizando quase 40 MW adicionais ao SIN.

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1 – Energia a partir da biomassa

No 4° Fórum Internacional pelo Desenvolvimento sustentável, realizado neste mês de setembro, o diretor de bioeletricidade da ÚNICA defendeu mais investimentos no setor de energia elétrica a partir da biomassa. Segundo Zilmar de Souza, a fonte deve ser considerada como um hedge para o sistema nacional em função dos futuros aproveitamentos hidrelétricos localizados no norte do país. Em suas palavras: "É uma geração concentrada no período seco, realizada com um combustível nacional, disponível em período regular e crítico para o nível de reservatórios das usinas hídricas, dando segurança de operação ao sistema" e ainda acrescentou que é necessário fazer melhor aproveitamento do bagaço e da palha da cana que muitas vezes é queimado no processo produtivo.

Os destaques para novos empreendimentos neste segmento foram anunciados pelos grupos SADA, do ex-deputado federal Vittorio Medioli, e CPFL Renováveis.

Este último inaugurou sua segunda usina de biomassa, baseada em bagaço de cana de açúcar e localizada na cidade de Baia Formosa no Rio grande do Norte. Com capacidade de 40 MW, o empreendimento é apenas uma fração do total planejado pelo grupo, que até 2013 pretende contar com 330 MW instalados.

Já o grupo SADA, anunciou uma mudança estratégica visando a venda de eletricidade a partir da biomassa proveniente da cana de açúcar. Enquanto hoje o foco do grupo é a produção de etanol, produzido na usina localizada na cidade de Jaíba, e com capacidade de moagem de 1,5 milhão de toneladas, os próximos empreendimentos trabalharão com venda de energia elétrica para o sistema. A segunda usina está sendo montada em Montes Claros – GO, e terá capacidade de moagem de 3,6 milhões de toneladas. De acordo com o presidente do grupo, o plano é ter 450 MW instalados até o final da década com o intuito de comercializá-los.

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2 – Energia Eólica

Após o seminário Brazil WindPower realizado no Rio de Janeiro, algumas diretrizes importantes foram levantadas para o futuro do mercado eólico nacional. Segunda a pesquisadora Larissa Nogueira, da UFRJ, o governo terá um papel fundamental para manter a competitividade do setor quando o mercado nacional deixar de ser favorecido pelo baixo nível de investimentos nos centros desenvolvidos. Assim, caso o parque industrial doméstico não esteja consideravelmente desenvolvido neste período, as novas usinas poderão ser prejudicadas por ajustes no custo de produção.

Além disso, instituições do setor reclamam a demora nas licitações ambientais. De acordo com Ricardo Simões, presidente da associação ABEEÓLICA, os órgãos estaduais tem demorado quase um ano para licenciar os projetos. "O pessoal do meio ambiente adora eólica, mas infelizmente os órgãos de meio ambiente dos estados estão com equipes muito pequenas e, na nossa opinião, os processos estão demorando mais do que deviam", avaliou o executivo. De acordo com o próprio Ministério de Minas e Energia, o maior problema é a diferença de critérios entre os estados para conceder licenças, criando barreiras legais aos investidores.

Este fato pode ser analisado como um reflexo da fase ainda inicial do processo de expansão das fontes alternativas, expondo barreiras institucionais a serem revistas à luz de um marco regulatório específico para o segmento, a fim de facilitar sua expansão. Outro grande problema que fica cada vez mais evidente durante o processo de expansão das eólicas, é a falta de mão de obra qualificada, em todos os níveis. Para Edgard Corrochano, diretor para o Mercosul da fabricante espanhola Gamesa, as empresas deverão fomentar áreas de pesquisa que nos Estados

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A prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou, junto à secretaria de Meio Ambiente, a desoneração de ICMS para equipamentos de usinas eólicas e solares no Estado. A medida faz parte de um conjunto de ações denominado Rio Capital da Energia e tem como um dos principais objetivos incentivar a inovação tecnológica no Estado.

Segundo a chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, por sua vez, os desembolsos à energia eólica devem chegar alcançar R$ 4,5 Bilhões, dos RS 14 bilhões totais destinados ao setor elétrico. Ao todo, há cerca de 3 GW de capacidade fomentados através das linhas de financiamento do Banco.

Exemplificando o fato, a Bioenergy, empresa de geração de energia eólica, obteve empréstimo junto ao BNDES, de R$ 74,2 milhões para a aquisição de aerogeradores e equipamentos elétricos. A operação e a transferência indireta de recursos foram intermediadas, em partes iguais, pelo Itaú BBA e pelo banco Votorantim.

A empresa Engevix, todavia, adotou uma forma alternativa de financiamento: crédito externo. Por meio de sua subsidiária Desenvix, o grupo está negociando com o China Development Bank a construção da usina eólica Barra dos Coqueiros, com 34 MW de capacidade instalada. Localizada em Aracaju (SE) a usina foi estimada em R$ 115 milhões, dos quais R$ 65 milhões serão destinados à compra dos aerogeradores chineses da Sinovel. Segundo o diretor executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho, a empresa precisou recorrer à possibilidade de empréstimo chinês porque o financiamento que a empresa já tinha aprovado, junto ao Banco do Nordeste, acabou não indo em frente devido à decisão da instituição bancária de cortar crédito para parques eólicos.

Outra empresa com apetite para novos investimentos é a subsidiária da Eletrobrás, Furnas. Sua meta é alcançar a marca de 150 MW instalados por ano de energias alternativas, somando investimentos na ordem de R$ 500 milhões anuais. Atualmente a empresa já dispõe de 488 MW instalados eólicos e seus novos empreendimentos contarão, também, com pareceria chinesa. Desta vez com a Three Gorges Corporation (construtora de Três Gargantas).

Empresas estrangeiras, aliás, vem demonstrando cada vez mais interesse no mercado doméstico, tanto do lado da geração quanto da indústria. A espanhola Abengoa, com apoio do Santander, pretende desenvolver um parque eólico de 64 MW no Ceará, mas ainda não anunciou

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Ainda neste mês, a ANEEL liberou para início de operação comercial as unidades geradoras de 1 a 13 da Usina Mangue Seco 2, em Guamaré no Rio grande do Norte, totalizando 26 MW adicionais no sistema. A Agência liberou, ainda, para operação em fase de teste, as usinas de Cerro Chato II, em Santana do Livramento (RS) e Cascata, localizada na cidade de Água Doce (SC).

A indústria eólica, acompanhando o ritmo dos novos empreendimentos na área de geração, também está em alta e novos anúncios foram feitos no decorrer deste mês. A líder de mercado Vestas e a argentina IMPSA, planejam fortes investimentos no Brasil.

O apetite é justificado por um mercado que deve atingir 282 usinas em funcionamento em 2014, com previsão de 7.098 MW instalados. A dinamarquesa promete inaugurar, até o fim do ano, uma fábrica de montagem de naceles, em Fortaleza, elevando a capacidade de produção da companhia no Brasil para 800 MW por ano. Atualmente, a Vestas já tem parceria com o grupo espanhol Gonvarri para construir torres eólicas em Pernambuco e pretende, até 2016, ser a líder da indústria nacional.

Já a IMPSA, planeja até o fim do ano, construir mais três fábricas no Brasil na área de energia. Uma já está pronta e em pleno funcionamento, que é a fábrica de geradores para eólicas e hidrelétricas, localizada em Suape (PE). O objetivo é produzir, além de equipamentos eólicos, turbinas para hidrelétricas e equipamentos para área de óleo e gás.

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3 - Energia Solar

Apesar de não contar com os vultosos investimento da energia eólica, a energia solar pode vir a ser uma importante fonte alternativa de energia nos próximos anos, pelo menos se levarmos em consideração os esforços públicos para isso.

As subsidiárias da Eletrobrás - Eletrosul, Chesf, Furnas e Eletronorte, abriram chamada pública para buscar parcerias entre instituições de ensino e pesquisa nacionais, para elaboração de propostas ao projeto estratégico “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”. A Eletrobrás foi motivada pela Chamada 013/2011 lançada pela Aneel, que incentiva o desenvolvimento no país da cadeia produtiva fotovoltaica. As inscrições já estão abertas e vão até o próximo dia 30 de setembro.

Além disso, a EPE tem em pauta um estudo que contempla exclusivamente a introdução da geração fotovoltaica integrada ao sistema. . A expectativa é que um esboço do projeto esteja pronto em novembro, à pedido do MME.. Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, adiantou que a energia descentralizada, ou seja, a geração distribuída deve ser a porta de entrada da fonte na matriz energética, à exemplo do que ocorre na Alemanha.

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4 – PCHs

Completando o quadro das principais fontes de energia alternativa nacional, as PCHS continuam sendo importantes geradoras de energia elétrica e, neste mês, mais três unidades serão postas em operação no sistema.

A Energisa anunciou o início de operação da segunda unidade geradora da PCH São Sebastião Alto, com 6,6 MW de capacidade instalada. Instalada no município de mesmo nome, a unidade, já totaliza mais de 13 MW em operação. Vale lembrar que a empresa opera, ainda, mais duas PCHs que juntas terão capacidade de gerar 157 GWh/ano.

A ANEEL liberou, também, a Unidade geradora 1 da PCH Lavrinhas, localizada na cidade homônima em São Paulo). A unidade geradora, cuja potência é de 15 MW, é de titularidade da Usina Paulista Lavrinhas de Energia.

Além destas, três unidades geradoras da PCH Boa Fé (RS), foram liberadas, pela agência reguladoras, a despachar energia ao SIN. A usina, que contará com 24 MW de capacidade instalada, ainda está em fase de testes.

Referências

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