A opção por estudar o âmbito federal do setor público justifica-se por esse apresentar um sistema de gestão de RH mais bem estruturado (em comparação aos níveis estadual e municipal), assim como pelo fato de que, de modo geral, suas práticas de gestão servem como modelo inspirador para os governos estaduais e municipais brasileiros (OCDE, 2010). A escolha por instituições da administraçãoindireta deve-se ao fato de que essas tendem a ter práticas de RH mais avançadas, em decorrência da maior autonomia e flexibilidade. Para se ter acesso ao universo da pesquisa, utilizou- se o catálogo de endereço dos dirigentes de RH dos órgãos integrantes do Sipec, disponibilizado pelo Ministério do Planejamento (Brasil, 2013).
onde se discutia, de forma sucinta, se as taxas cobradas pela travessia na Ponte sobre o Tejo, a título de taxa, eram ou não exageradas. Ora, o Tribunal Constitucional veio dizer que não cabe ao Tribunal averiguar se o valor cobrado é ou não o devido, contudo, faz uma pequena ressalva, o Tribunal poderá intervir quando se trate de uma “desproporção intolerável- se a taxa for de montante manifestamente excessivo”. Também neste sentido, o acórdão do Tribunal Constitucional número 354/98, onde mais uma vez o Tribunal considera não ser competente para averiguar o montante exato da taxa. Referindo que normalmente as taxas são inferiores ao custo dos bens, todavia isso não afasta a possibilidade de as mesmas serem iguais, ou até, superiores ao custo suportado pelas entidades que presta o serviço. Refere-se ainda no acórdão que, ao existir uma superioridade da taxa relativamente ao preço suportado, ainda assim continuamos a estar perante uma taxa, apesar de estarmos perante preços lucrativos. Isto porque continuamos a estar perante receita coativas. Todavia, para referido autor, ao contrário do que foi referido no acórdão, refere que se a taxa tiver um montante realmente excessivo em relação ao serviço que está a ser prestado, aí sim, estamos perante um imposto, uma vez que, fica de lado a bilateralidade entre o serviço prestado e o benefício. O princípio da cobertura do custo deverá estar sempre associado ao princípio da proporcionalidade. Na verdade, para que o tributo falte ao seu caráter sinalagmático será necessária uma desproporção manifesta que comprometa de forma inequívoca o caráter de correspetividade da relação sinalagmática. Este critério deve ser encarado como um critério subsidiário relativamente ao critério da equivalência, destinado a salvaguardar que o valor da taxa seja suficiente para cobrir as despesas que a administração tem com a prestação do serviço. Assim, o montante da taxa, corresponderá ao custo real ou presumível do serviço, e não poderá ultrapassar este valor. Encarar este critério como único para calcular a medida
Peters desenvolveu o conceito de meta-governança para tratar desse resgate do papel de controle da Administração Pública. A noção é de que o grande número de organizações e processos autónomos dentro do setor público tem fomentado a imposição do controle para informar ao sistema político sobre a atividade dos governos. Todavia, a meta-governança direciona-se para o controle do ambiente de ação do setor público e não para o controle direto das ações em si (Peters, 2010). O autor sustenta que a principal alternativa ao NPM tem sido uma série de reformas que apontam para maior participação de cidadãos e dos funcionários dos níveis mais próximos a eles na implementação de políticas públicas, o que possibilitaria mais informação sobre o funcionamento dos programas de governo. Na prática, contudo, essa interação de vários atores (Estado, mercado, redes e organizações sociais) apresenta problemas à governação no que concerne à tomada de decisão, à participação, à coordenação e à accountability.
Todos êsses órgãos que arrecadam contribuições parafiscais são organismos da administraçãoindireta do Estado que consiste em dotar certos serviços públicos de autoridade orgânica, em face do poder central. O serviço público descentralizado tem perso- naLdade jurídica, seu próprio estatuto e seu patrimônio distinto de patrimônio do Estado.
Foi, contudo, o Decreto nº 980, do mesmo ano, que passou a valer como regra geral, constituindo até hoje o principal fundamento legal para cessão de uso e administração dos imóveis funcionais. Ele atribui à Secretaria do Patrimônio da União, do Ministério do Planejamento, a supervisão da administração de todos os imóveis à disposição do Poder Executivo. Estabelece que Forças Armadas, Ministério da Defesa, Casa Civil da PR e Ministério das Relações Exteriores adaptem suas normas às prescrições do Decreto, observadas suas peculiaridades. Imóveis de propriedade de entidades da administraçãoindireta são por elas administrados, aplicando-se, no que couber, as disposições do Decreto. Há possibilidade de permuta entre órgãos e entidades. Os imóveis considerados inservíveis podem ser alienados. A indicação dos nomes dos beneficiários é feita pelos respectivos Ministros ao Ministério do Planejamento. O instrumento utilizado é a Outorga de Permissão de Uso publicada no
Primeiramente, sobre a suposta soberania do Judiciário, reitera-se o quanto dito sobre a do Legislativo. Segundo, a independência do Judiciário também é inerente aos outros poderes, e nem por isso, infere-se a irresponsabilidade dos mesmos, ademais seus atos tem de estar em estrita consonância com o que é legal e jurídico. Terceiro, o fato de ser não ser considerado funcionário público, na acepção mais técnica do termo, sendo considerado um agente político, em nada isenta a responsabilidade do Estado, pois a CFRB foi clara em empregar o termo agente, para abranger todos que prestam atividades diretamente e em nome do Estado, bem como AdministraçãoIndireta. Por último, a responsabilização do Estado em nada infringe a coisa julgada, pois não se trata de mudança do julgamento entre as partes, mas sim de uma indenização em caso de certos erros provenientes do Judiciário, como por exemplo, a injusta condenação criminal, cuja indenização já é prevista, em casos de revisão criminal, no artigo 630 do Código de Processo Penal 11 .
de Correios e Telégrafos – ECT, empresa pública, entidade da AdministraçãoIndireta da União, criada pelo DL n. 509, de 10 de março de 1969. 5. É imprescindível distinguirmos o re- gime de privilégio, que diz com a prestação dos serviços pú- blicos, do regime de monopólio sob o qual, algumas vezes, a exploração de atividade econômica em sentido estrito é em- preendida pelo Estado. 6. A ECT deve atuar em regime de exclusividade na prestação dos serviços que lhe incumbem em situação de privilégio, o privilégio postal. (...) 7. Os regi- mes jurídicos sob os quais em regra são prestados os serviços públicos importam em que essa atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive, em regra, o da exclusividade. (...). (ADPF 46, rel. Min. Marco Aurélio, rel. p/ ac. Min. Eros Grau, Pleno, j. em 05-08-2009) 35
Este trabalho apresenta proposta de normalização de referências de atos administrativos e normativos brasileiros nos estilos Vancouver e APA, utilizados internacionalmente na comunicação científica. Propõe- se uma adaptação das normas Vancouver e APA segundo a norma brasileira NBR 6023, a partir de duas linhas lógicas: primeiro, normalizar conforme as regras do estilo do suporte documental do ato administrativo. Segundo, verificar o tipo de entidade autora do ato (se de administração direta ou indireta) e então proceder conforme o estilo de normalização que se quer utilizar. Para o estilo Vancouver, utilizar a unidade federativa como autoria (e entrada) dos atos emanados por órgãos de administração direta, e diretamente pela instituição para atos emanados da administraçãoindireta. Já para o estilo APA, permanecer o que foi consolidado com o uso:
102, I, f, da Constituição Federal, tendo em vista que a lide ocorre entre a União, o Estado-membro, envolvendo ainda entidades da administração indireta federal e estadua[r]
Com previsão expressa no ordenamento jurídico constitucional ( artigo 241) , o instituto consórcio público encontra-se regulamentado no âmbito federal ( lei 11.107/2005) configurando-se como pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da federação ( municípios, estados , Distrito Federal e União) com competência para exercer uma gestão associada de serviços públicos atrav és de ações conjuntas visando interesses coletivos. Os consórcios públicos constituem eficiente instrumento de descentralização de prestação de serviços com maior viabilidade econômica, pois a soma dos recursos materiais, humanos e econômicos reduzem gastos no enfrentamento de problemas que não seriam adequadamente resolvidos por apenas um dos entes federativos. A lei 11.107/2005, o decreto 6.017/2007, a portaria conjunta STN/SOF 03/2008, as portarias STN 72 ( 01/02/2012), constituem a legislação que norteia o estabelecimento , funcionamento dos consórcios públicos e traz no seu bojo instrumentos específicos de nomenclatura própria para a realização das etapas até a formalização da celebração do contrato de consórcio público, o qual se submete além da lei de responsabilidade fiscal aos ditames do protocolo de intenções , aos contratos de rateio e aos contratos de programa. Para constituir um consórcio público , a lei estabelece obrigatoriedade da criação de uma pessoa jurídica passível de direitos e obrigações, com personalidade de direito público ou privado, integrada à administraçãoindireta de todos os entes consorciados que os criaram.
Resumo: O presente trabalho pretende analisar e discutir “De que maneira o Estágio probatório é instrumento (in)eficaz de avaliação das aptidões do servidor público no exercício do cargo?” e se esse procedimento, utilizado como um recurso oferece ou não resultados satisfatórios, no que tange à consideração das reais capacidades dos servidores frente ao desempenho profissional esperado. Focado em analisar a (in)eficácia do estágio probatório do servidor público como instrumento avaliativo da administração pública municipal, o estudo desenvolvido constituiu-se a partir de uma revisão da literatura quanto às temáticas abordadas, enfatizando as relações estabelecidas entre as legislações federal e municipais que orientam tal prática. A pesquisa tem por finalidade analisar se o estágio probatório é uma ferramenta eficaz para a avaliação do servidor público investido em cargo público e para o alcance da estabilidade neste.
A relação entre a Previdência Social e o segurado é assimétrica, devido à relação de poder inerente. Contudo, transformar o atendimento presencial em virtual, de forma instantânea, sem se preocupar com o entendimento dos seguradores que representam um “nó” da relação de poder, resultará numa medida ineficaz à administração pública indireta e, excludente ao segurado, que apesar de estar inserido no sistema, é excluído por desconhecimento digital e ausência de políticas públicas inclusivas.
Esses depósitos favorecem o diagnóstico para as dermatoses anticolágeno VII: a epidermólise bolhosa adquirida (EBA) e o lúpus eritematoso.. sistêmico bolhoso (LESB).[r]
Para Kohama (1989, p.25), “Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas”. Administrar é gerir interesses, é colocar em prática os objetivos da organização sem infringir regras ou leis. As decisões a serem tomadas pela Administração Pública dependem de saber se a lei autoriza ou não. Na Administração Pública, o administrador público visa cumprir de forma contínua as atividades administrativas. Ele deve seguir princípios que atendam a coletividade.
As despesas efetuadas pelo setor público devem ser publicadas, disponibilizando a todos os interessados os dados referentes à gestão dos recursos públicos. Entretanto, apesar do cumprimento das obrigações legais relacionadas à publicidade, nem sempre os responsáveis pela elaboração de demonstrativos acerca da execução orçamentária de despesas públicas evidenciam estas de forma adequada, garantindo a transparência na prestação de contas e permitindo a ampla participação popular no controle social. Desta forma, a compreensão, principalmente por parte da população, sobre a expressividade e as variações das despesas efetuadas, pode tornar-se limitada, e a transparência prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal não é atingida de forma ampla. Assim, este trabalho tem o objetivo de analisar a composição e evolução das despesas públicas do Estado de São Paulo entre os anos de 2004 e 2008, servindo-se de conceitos sistematizados pela Contabilidade e de coleta de dados disponibilizados para o objeto do estudo. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa-quantitativa, que utiliza procedimentos técnicos de uma pesquisa bibliográfica e documental para a busca de conhecimento sobre o tema e coleta de dados para análise. O trabalho estuda a relação entre administração e finanças públicas e o trabalho desenvolvido pela Contabilidade nesta área; procura também expor diversos conceitos teóricos e legais sobre pontos específicos essenciais ao estudo, como o orçamento público, as despesas públicas, e os demonstrativos previstos na Lei n.º 4320/1964 e na Lei Complementar n.º 101/2000. Após a fundamentação teórica, são apresentadas algumas informações sobre o Estado de São Paulo, e então são demonstrados os dados coletados sobre as despesas orçamentárias em demonstrativos disponibilizados
Outro ponto controverso dos resultados obtidos nos questionários aplicados aos servidores da UFRN foi acerca da visão que eles possuem do poder de comando sobre os funcionários terceirizados. Conforme foi destacado, a grande maioria dos servidores acredita que, ao menos em parte, esse poder é aceitável. Todavia, como colocado quando do referencial teórico, é vedado, na terceirização e principalmente quando ela é celebrada com a administração pública, que existam os requisitos típicos de uma relação de emprego, principalmente o da subordinação. O preposto da administração, portanto, não deve dirigir-se diretamente ao funcionário terceirizado para lhe dar ordens ou repreendê-lo, devendo, pois acionar o fiscal da empresa para que ele repasse tais ordens e/ou reclamações ao funcionário.
[...] a atividade estatal mediante a qual o Estado, por meio de intervenção direta ou indireta, condiciona, restringe, normatiza ou incentiva a atividade econômica de modo a preservar a sua existência, assegurar o seu equilíbrio interno ou atingir determinados objetivos públicos como a proteção de hipossuficiências ou a consagração de políticas públicas. Neste sentido, entendo que o gênero regulação econômica (regulação estatal contraposta à autoregulação interna ao domínio econômico) compreende vários instrumentos e atividades com lastro no texto constitucional como a de fiscalizar, planejar, coordenar, orientar, coibir condutas nocivas, regulamentar e fomentar atividades econômicas.
A NR-04 estabelece que empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e os poderes Legislativos e Judiciários, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, conforme o grau de risco de sua atividade principal e o seu número de empregados, obrigatoriamente, deverá constituir o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. O dimensionamento do SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, conforme previsto nos Quadros I e II da Norma Regulamentadora nº 04. Entenda melhor sobre o SESMT em: “O papel do SESMT nas empresas”
se ter claro que se advoga a temperada incidência do Dec. nº 20.910/32, art. 1º, no que diz com a prescrição ali prevista, nas hipóteses em que a regras da prescritibilidade posicionar-se em rota de colisão frontal com as exigências conjugadas do princípio da moralidade e da legalidade. Em outras palavras, nas situações consumadas e, de modo parcimonioso, é de ver como inocorrente a prescritibilidade, sempre que assim o exigir o princípio da boa-fé, naturalmente apenas em razão de atos anuláveis. No mesmo diapasão, é de trazer a lume o exemplo da Lei nº 8.112/90, a qual, após tratar da prescrição do direito de petição, estatui corretamente que a Administração deverá rever, a qualquer tempo, os seus atos, quando eivados de ilegalidade, a qual deve ser tomada no seu sentido mais amplo, para abranger – não excluir, como se poderia cogitar numa leitura de plano – o princípio da segurança das relações jurídicas. Trata-se de mais um robusto exemplo de que o legislador brasileiro agasalhou, de modo algo assistemático, a imprescritibilidade, exceto em relação aos atos administrativos que se revelarem eivados de má-fé na sua originária formação, ou que, mesmo quando praticados com suposta boa-fé do beneficiário, não tenham sido curados pelo tempo”. In: FREITAS, Juarez. A anulação dos atos administrativos em face do princípio da boa-fé. Ano XI, n.º 2, fevereiro, 1995, p. 98.
Isso vem a ser uma questão deveras preocupante, pois, a modificação no Enunciado n. 331, embora tenha vindo com o sentido de isentar a Administração Pública de tornar-se uma “se- guradora universal” da inadimplência contratual, acaba por reti- rar a eficácia de princípios constitucionais e processuais que consubstanciam o paradigma protecionista do direito laboral, na medida em que, indo de encontro à própria teoria da prova pos- sível, coloca o trabalhador na posição de ter que trazer aos autos de um processo provas que, evidentemente, estão de posse das empresas contratantes, e não dele, flagrantemente hipossufici- ente na relação de terceirização.