relações entre fundamentalistas e o PartidoRepublicano, não obstante existirem diversas outras dimensões na formação do caráter sociopolíti- co e cultural dos EUA no mesmo período, mas que se encontram fora do HVFRSRGHVWHDUWLJR'HXPODGR¿JXUDVGHGHVWDTXHQRFDPSRSURWHV- tante com mentalidade fundamentalista, ocupando o locus de lideranças religiosas, buscaram expressar um ordenamento do modo de vida social WHUUHQRTXHUHÀHWLVVHVXDFRVPRYLVmRHVXDVSUHRFXSDo}HVGHRUGHPHV- FDWROyJLFDGHRXWURSROtWLFRVSUR¿VVLRQDLVRXQmRHVWDYDPHPEXVFD constante de ascensão ao poder e de permanência em sua operacionaliza- ção. Pelo aprofundamento dessas interações, tanto em intensidade como no decorrer do tempo, ambos os polos de interesses se interpenetram FRP HOHPHQWRV H REMHWLYRV TXH SRU ¿P SDVVDP D VHU FRPXQV H HP alguns casos, indissociáveis.
Da Presidência de Johnson e seus efeitos no PartidoRepublicano, destaca-se seu empenho na aprovação de leis para a garantia dos direitos civis de negros e latinos, seguindo a tendência cada vez mais forte dentro de seu partido, e que em médio prazo transformaria o Sul, antigo bastião democrata desde a Guerra Civil, em domínio republicano (ver, por exemplo, Micklethwait e Wooldridge (2004)). Johnson tinha consciência dos efeitos da lei de direitos civis sobre a antiga base de apoio democrata no racista Sul dos EUA e profeticamente diria quando da aprovação da lei: “Eu acho que acabamos de entregar o Sul ao PartidoRepublicano por um bom tempo” (Johnson apud GOULD, 2003, p. 363). Goldwa- ter, que no Senado opusera-se à lei por considerá- la inconstitucional ao ferir os direitos dos estados, ganharia a eleição de 1964 em apenas seis estados: seu Arizona natal e cinco outros no Sul, iniciando a tendência de migração sulista para a base republicana que só aumentaria nos anos seguintes. Quando 1966 e as eleições legislativas de meio- mandato chegaram, Johnson e os democratas encontravam-se já bastante desgastados com a forte tensão social levantada com a aprovação das leis de direitos civis dos anos anteriores e os republicanos, sob lemas de ordem social, conseguiram capitalizar o descontentamento popular e obtiveram ganhos expressivos no Congresso e nos governos estaduais, incluindo a Califórnia com Ronald Reagan. O “ressurgimento” republicano de 1966 renovou o ânimo do partido com relação às eleições gerais de 1968, quando Nixon surgiria como o mais forte candidato. Do lado democrata, a renúncia de Johnson a uma nova candidatura frente ao desgaste de seu governo pelos fracassos no Vietnã e à forte tensão racial e a posterior ausência de consenso partidário e de um nome forte para a disputa colocavam Nixon como favorito.
estratégias defendidas pelos diversos grupos de republicanos a que se juntaram dissensões internas, por vezes quase pessoais, impediram a elaboração de um projecto credível e unifi cador da acção a desenvolver para alteração do regime. Porém, a ausência de um partidorepublicano forte não pode ser apontada como determinante para o insucesso do 31 de Janeiro, como o não fora poucos meses antes no Brasil. De relevar, entre os factores coadjuvantes do insucesso, a já referida ausência de militares graduados no golpe e também nas fi leiras republicanas cuja desorganização desagradava aos ofi ciais, mesmo àqueles que delas se tinham aproximado aquando do ultimatum. O rei também ajudara a apaziguar os ofi ciais multiplicando-se em actos de cortesia e simpatia. Percorrendo quartéis ou oferecendo um banquete na Ajuda aos ofi ciais que partiam para África, D. Carlos procurava cortejar os militares e estancar qualquer acto de indisciplina.
O presente trabalho procura demonstrar as experiências de Repúblicas no município de Franca, entre os anos de 1880-1906. Nesse sentido as experiências de Repúblicas em Franca podem ser apreendidas a partir das especificidades da propaganda republicana no município. Isso ocorre a partir do ano de 1880, quando a propaganda republicana ganha força no município de Franca, concomitantemente com a fundação do PartidoRepublicano de Franca e da participação do município nos Congressos Republicanos. Apesar de Franca e freguesias apresentar um contingente republicano pouco numeroso – se comparado com outras cidades como Campinas, Amparo, Botucatu, Piracicaba, Rio Claro - é possível a identificação de experiências de Repúblicas implícitas nas relações – que muitas vezes estavam arraigadas em interesses políticos partidários – entre republicanos e os indivíduos que compunham as fileiras do partido Conservador e Liberal, indicando também o “terreno” político em que as idéias republicanas eram propagadas no município, bem como a adesão de parte da elite dirigente ao regime republicano no final dos anos 80. Diante disso, as experiências de Repúblicas no município de Franca estiveram presentes nos debates que envolveram a crise do Brasil- Império. Por intermédio do jornal O Nono Districto a elite dirigente e intelectual - a maneira dos grupos que compunham a geração 1870 - debateu os temas que evidenciavam esse momento de crise: federação, separação Igreja do Estado, instrução pública, abolição da escravidão, imigração. Ao debater essas questões, O Nono Districto também se preocupou em apontar soluções para a superação da crise. Além disso, O Nono Districto se atentou em questões de cunho mais pragmáticas que visavam o progresso do município, como a autonomia municipal defendida nas páginas do jornal. A analise que o jornal faz da República e dos republicanos nesse momento de crise do Império brasileiro contribui para a identificação de experiências
Em Doutrina Contra Doutrina, examinando os partidos polí- ticos, Sílvio Romero, que era pela República, critica os membros do partido republicano, em sua grande pa[r]
aos republicanos - caso exemplar é o de Minas Gerais, onde o Partido Republicano Mineiro será capturado pelas antigas lideranças monar- quistas; com o movimento político-militar de 1930[r]
Os federalistas afirmavam que o regime existente no país era a “negação da República Federativa”. A situação vigente era caracterizada pelo “desrespeito à lei, pelos atentados contra o direito dos povos, contra a justiça e contra todas as liberdades públicas”. Por isso, sustentavam a necessidade de “rever e reformar a Constituição Republicana, expurgando-a de todas as disposições contrárias ao sistema republicano federativo; dar ao Estado do Rio Grande do Sul uma organização constitucional autonômica de pleno acordo com os princípios fundamentais daquele sistema político [...]” (PARTIDORepublicano Federal. Jornal A Reforma. Porto Alegre: 24 de abr. 1891). Nesse artigo, além de os liberais- federalistas defenderem a organização da República de acordo com o federalismo e de criticarem o desrespeito às liberdades públicas, afirmavam claramente que a situação vigente era um atentado contra o “direito dos povos”, utilizando, portanto, um argumento do Direito Natural e das Gentes, referindo-se, provavelmente, tanto ao desrespeito à autonomia estadual, como também à autonomia dos municípios.
O sistema oligárquico levou a dissidências dentro da própria classe dominante. A burguesia tomou um papel acentuado nessa divisão interna. Junto a grupos da oligarquia, fundaram ligas em prol do processo civilizatório, que incluía o voto secreto e o respeito à lei. A partir de 1924, esse grupo dissidente entrou em crise. Ao mesmo tempo em que desejavam os burgueses se aproveitar dos levantes tenentistas e de suas reivindicações, buscavam se afastar deles, quando no poder. Em 1929, diante da situação econômica, uma parte do PartidoRepublicano Paulista (PRP) começou a apontar as políticas econômicas de valorização do café que haviam se transformado em desastre. Uma ala do PRP se separou e formou o Partido Democrático 40 . O recém fundado partido ganhou apoio dos: (1) grupos financeiros, que não queriam mais sustentar os fazendeiros de café; (2) grupos militares descontentes e participantes dos movimentos revolucionários de 1924 a 1926; (3) grande parte da burguesia industrial; (4) pequena burguesia;(5) grupos intelectuais desiludidos; e (6) grande parte do proletariado. Formou-se, com base nessas forças, a Aliança Liberal. A Aliança Liberal incluía em sua plataforma as principais pautas dos dois grandes movimentos que haviam se desenvolvido no país: o voto secreto, defendido pelos tenentistas, e políticas trabalhistas, defendidas pelo proletariado. 41
Luta de Bernardino para forçar o Partido Republicano Paulista a aderir ao abolicismo; papel do PRP na Proclamação da República; expansão dos clubes republicanos paulistas durante o Impér[r]
À medida que o tempo ia passando, nas fileiras do partido republicano são cada vez menos as vozes que defendam a continuaçåo da via eleitoral para a conquista do pod[r]
E todavia, um mês depois da data centenária do nascimento do escritor (28 de Março de 1910), decidido em congresso, em Setúbal, pelo Partido Republicano Português, o assalto ao poder, [r]
Em números absolutos não são maioria, não passam de cerca de 25% do eleitorado hábil a votar. Porém, essa “minoria estatística” de perfil branco, evangélico e rico, que clama por uma “maioria moral”, consegue, na hora do voto, mostrar-se extremante articulada. Trata-se de pensarmos numa estrutura de 70 mil igrejas, mais de 200 canais de televisão e 1500 estações de rádio. Programas populares como os de Pat Robertson, na televisão, e de James Dobron, no rádio, atingem respectivamente um universo de mais de um milhão de telespectadores em noventa países com mais de 40 línguas diferentes e cinco milhões de ouvintes por semana. Em 1998, os candidatos da Coalizão Cristã dentro do partidoRepublicano obtiveram a vitória em 18 Estados, sendo seus votos também muito decisivos em outros 13 Estados. Toda essa influência no âmbito do poder decisório no executivo que vemos hoje é fruto de uma mobilização de quarenta anos cujos alvos centrais de ataque foram: o avanço das mulheres em seus direitos e no mercado de trabalho; o avanço nos direitos dos homossexuais; a AIDS como um problema de saúde pública; o avanço da educação sexual nas escolas públicas; as conquistas em relação ao aborto em termos legais; a separação entre religião e escola pública e o aumento da violência na grande mídia (FINGERUT, 2007, p. 2)
O médico e político Carlos Barbosa Gonçalves experienciou uma carreira política de relevo durante a Primeira República. Neste período, ocupou os cargos de deputado estadual, vice-presidente e presidente do estado e senador. No entanto, acreditamos que o sucesso político experimentado durante o período republicano só foi possível pela ascensão do PartidoRepublicano Rio-grandense (PRR) ao poder – ocasionada pela Proclamação da República – e também porque Barbosa possuía os requisitos necessários para tanto. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é investigar quais recursos (econômicos, políticos, sociais e simbólicos) Barbosa herdou e empenhou-se em adquirir para que pudesse ocupar a posição de líder político local de Jaguarão, bem como ter sucesso em outras esferas políticas durante o período republicano. Para que isso fosse possível, analisamos – através de inúmeros tipos de fontes – diferentes momentos, tanto dos Gonçalves da Silva, quanto de Barbosa. Com relação aos antecedentes familiares, investigamos as relações da família com Jaguarão e a Guerra dos Farrapos, como também a situação econômica familiar. Quando tratamos especificamente de Barbosa, o acompanhamos nos estudos realizados no Rio de Janeiro, na propaganda republicana em Jaguarão e também a atuação médica.
Este tipo de pensamento entra em choque com o pensamento da fação libertária do Tea Party. Os libertários são contra gastos excessivos, logo, são automaticamente contra intervenções como as do Afeganistão ou do Iraque, consideradas dispendiosas para o governo e, concludentemente, para o contribuinte americano. É um campo de desentendimento que separa muitos ativistas do Tea Party dos intelectuais neoconservadores. Logo, se o PartidoRepublicano ganhar as eleições presidenciais em 2016, e caso os neoconservadores como os tea partiers continuem a ser influentes (são muitas hipóteses, resta saber se se vão concretizar), existe uma parte do Movimento Tea Party que se oporá ferozmente a qualquer intervenção militar. Problemas poderão advir daí e surgirão, inevitavelmente, tensões internas. Por isso, podemos concluir que ideologicamente, o Tea Party não é homogéneo, mas sim heterogéneo. A estrutura do Tea Party é ainda mais complexa. Se a sociologia tende a ser homogénea, com o tea partier mais comum ser definido como um homem branco de meia-idade, que pertence à classe média, a estrutura é constituída por uma rede de organizações e grupos independentes entre eles, sem hierarquia onde não recebem nenhuma ordem de um partido central, e que nem sempre defendem as mesmas ideias. O Tea Party é um movimento descentralizado. Fora o Tea Party original, existiam em 2011 mais de 3000 tea parties espalhados pelo país, todos eles membros do Tea Party Patriots (GODET, 2012). Cada cidadão pode pedir aos outros grupos tea parties para o ajudarem na criação de um novo tea partie local, pode ser numa cidade, numa aldeia, ou mesmo apenas no bairro. Recebem prontamente um treino ideológico e depois recebem total liberdade para transmitir aos outros cidadãos os ideais que o movimento defende.
São nomes de familiares, médicos e farmacêuticos (que atuaram na cidade e na Sociedade de Medicina), integrantes do Clube Pinheiro Machado, do Partido Republicano [r]
A política adotada pelo PCB a partir de 1958 não foi unanimemente aceita no partido. O grupo liderado por Luís Carlos Prestes, que representava esta renovação, sofreu a oposição de outros grupos, entre eles, o que daria origem ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). As críticas que este grupo dirigiu à Declaração de março de 1958 se atrelavam à antiga linha política do partido, definida no Manifesto de agosto de 1950, que influenciou o partido até o final da década. Alguns dirigentes que tiveram papel destacado na elaboração deste documento e na implementação das políticas que ele previa – Pedro Pomar, Angelo Arroyo, João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, que assumiriam o controle do partido durante aqueles anos – seriam os críticos mais veementes da linha política adotada a partir de 1958.
A Constituição de 1988 prevê o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. Conquistas no campo educacional que visam uma educação pública gratuita e laica como também a aprovação do Plano Nacional de Educação e a Lei 10.639/03, estão diretamente prejudicadas pela proposta do Escola Sem Partido. É um ataque aos direitos humanos ao estabelecer como princípios: neutralidade política, ideológica e religiosa; vulnerabilidade do educando; liberdade de consciência e de crença; educação moral de acordo com as convicções dos pais.
em primeiro lugar pelo seu caráter de texto de intervenção, o que lhe retira densidade teórica, e também pelo seu equívoco caráter republicano 51 . De fato, o livro que nos fez incluir aqui Que é o Terceiro Estado?, de Sieyes foram as posições apresentadas na coletânea de artigos organizada por Biancamaria Fontana The invention of the Modern Republic, que tem como objeto a fo rmação da república burguesa liberal. Já dissemos, em capítulo anterior, que em alguns aspectos a corrente republicana de pensamento político pode ser considerada adversária da liberal, e acreditamos que estes aspectos são, de certa forma, os mais fecundos. No entanto, também vimos no mesmo capítulo anterior que há muitos pontos em comum na tradição republicana e na liberal, que deram origem às democracias modernas. Aliás, a “invenção da república liberal” poderia ser considerada a própria invenção da democracia. Neste aspecto, Sieyes é o autor de uma distinção que se tornou muito cara aos governos constitucionais: a distinção entre poder constituinte originário (pouvoir constituant) e poder constituinte derivado (pouvoir constitués). Não abordaremos esta distinção aqui. De nossa parte, acreditamos ser possível situar Sieyes no campo republicano por apresentar as características que julgamos fundamentais dessa corrente de pensamento e já apontadas anteriormente: a preocupação com a fundação (neste caso, constitucional) da comunidade política e com as respectivas instituições dessa fundação, e uma noção de bem comum como algo que diz respeito à comunidade como um todo. Indicada a possibilidade de Que é o Terceiro Estado? ser enquadrada como uma obra republicana, devemos dizer ainda que analisá-la aqui é conveniente, se não por si só, para iluminar alguns aspectos de Do Contrato Social. Ou seja, ainda que Que é o Terceiro Estado? não pudesse ser considerada republicana, e acreditamos que possa, seu estudo aqui teria a utilidade de clarear pontos levantados anteriormente em Do Contrato Social.
Saviani (2003) já nos chamou a atenção para a diferenciação entre objetivos reais, aqueles que de fato conduzem uma ação política ou tomada de decisão, e os objetivos proclamados, aqueles publicizados para convencimento da população ou de um determinado grupo. Acredito ser possível afirmar que, no caso do Programa Escola Sem Partido os objetivos proclamados, afora o fato de serem normativamente, teoricamente e pragmaticamente insustentáveis, giram em torno da garantia de uma pluralidade discursiva que, sem qualquer estudo ou pesquisa, assume como verdade a existência de manifestações docentes uníssonas. Fato que exploramos também no item anterior deste texto.