A claudicação de membros inferiores em indivídu- os jovens tem como principais causas a doençacística da artériapoplítea (DCAP) e a síndrome do aprisionamento da artériapoplítea (SAAP). Apesar de sua importância, a DCAP tem sido pouco estudada devido a sua raridade. Não apresenta etiologia esclarecida e à sua existência deve ser sempre lembrada pelo cirurgião vascular. Até o presente momento, a literatura brasileira apresenta, aproximada- mente, dez relatos 1-5 , citações em anais de congressos 6-8 e
O presente relato trata de um caso de mulher com aneurisma roto de artériapoplítea, que foi submetida a tratamento endovascular com stent recoberto com sucesso. A cirurgia endovascular como alternativa terap̂utica vem inovando o tratamento por apresentar
A doençacística da adventícia é uma entidade rara que acomete principalmente a artériapoplítea. A ocorrência em veias é muito rara, e sua etiologia é desconhecida. Clinicamente, apresenta-se como isquemia, trombose ou dor a depender do território acometido. Apresentamos o caso de um paciente masculino jovem referindo nódulo no braço esquerdo. A angiorressonância magnética do membro mostrou lesão cística em contato com a veia basílica, com conteúdo homogêneo e sem realce pós-contraste. Foi realizada ressecção da lesão em bloco com o segmento venoso envolvido. O estudo anatomopatológico foi sugestivo de cisto de adventícia de veia basílica.
No entanto, como o aspecto da artéria nesse segmento (parede de consistência amolecida e coloração mais pálida) não era confiável, optou-se pela confecção de um enxerto desde a artériapoplítea supragenicular até o tronco tibiofi- bular, o qual foi executado com veia safena magna invertida retirada do membro contralateral.
O primeiro exame de imagem realizado foi a US, que evidenciou achados caracte- rísticos da doençacística medular. Havia, porém, acometimento assimétrico com re- dução do tamanho renal apenas à esquer- da, não-usual nesta enfermidade. Os acha- dos, em ambos os rins, foram aumento da ecogenicidade parenquimatosa, com redu- ção da diferenciação córtico-medular, e múltiplos pequenos cistos medulares e na junção córtico-medular, com diâmetro
ausência de pulsos tibial posterior e dorsal do pé à direi- ta, sem trombose da artériapoplítea; o que provavelmente ocorreu foi espasmo arterial intenso, devido a traumas de repetição, já que na arteriografia de controle transoperató- ria após miectomia parcial da cabeça medial do gastrocnê- mio as artérias tibial posterior e dorsal do pé tinham fluxo normal e os pulsos estavam presentes na palpação digital.
ciência renal crônica, redução da espessura cortical, cistos na medular e na junção corticomedular (7) . A doençacística adquirida ocorre pelo desenvolvimento de cistos em pacien- tes com insuficiência renal crônica ou que estejam realizando diálise. Os rins são pequenos e os cistos apresentam tama- nhos variados distribuídos no córtex e na medula renal (7) . A análise cuidadosa dos achados de imagem correlacionados com dados clínicos fornece subsídios para o diagnóstico da nefropatia por lítio.
cializada utilizada pelos autores, não foi encontrado nenhum relato de caso onde esse método diagnóstico tenha sido usa- do em uma varredura abdominal, pélvica e nos membros in- feriores para a localização de um shunt temporário que tenha embolizado para uma artéria mais distal. A arteriograia seria uma boa alternativa caso o CE não fosse localizado através do ECDA, pois apesar do CE ser radiotransparente, através de sinais indiretos, o mesmo poderia ser identiicado, porém com maior custo e morbidade associada ao procedimento 1,2 .
Já no embrião de 10 mm de comprimento, dá-se início ao desenvolvimento do sistema femoral como continu- ação da artéria ilíaca externa, que se dilata e emite ramos para a coxa medial e distal. No embrião de 14 mm de comprimento (cerca de 8 semanas), o membro inferior tem suprimento sangüíneo duplo, pela artéria isquiáti- ca e femoral. Durante o terceiro mês de gestação (cerca de 12 semanas), ocorre atrofia progressiva da artéria isquiática na coxa distal, com desenvolvimento do sistema femoral superficial. No adulto, os remanescen- tes da artéria isquiática participam da formação da porção proximal das artérias glúteas superior e inferior, artériapoplítea, origem da tibial anterior, artéria fibu- lar, e contribuem para anastomoses terminais no pé 1,2,4 . Em relação à PAI, são descritas duas formas, a saber 1,3 :
A claudicação intermitente está frequentemente associada à doença aterosclerótica, mas diagnósticos diferenciais devem ser pesquisados em pacientes sem fatores de risco tradicionais. A doençacística adventicial, de etiologia incerta, acomete em maior proporção a artériapoplítea e, eventualmente, apresenta-se como claudicação intermitente. Apresentamos um caso da doença e seu manejo cirúrgico, e discutimos a etiopatogenia, os aspectos diagnósticos e terapêuticos da enfermidade.
A doença de Behçet consiste em uma vasculite sistêmica que aco- mete veias, artérias e capilares, mas predominantemente pequenos vasos. Raramente há o envolvimento de veias e artérias de médio e grande calibre, sendo as artérias menos acometidas que as veias. No presente trabalho, os autores apresentam um relato de caso de aneurisma da artériapoplítea em um paciente com a doença de Behçet descompensada. Discutem-se os aspectos clínicos e radiológicos e o manejo cirúrgico dos pacientes com essa doença inflamatória sistêmi- ca que apresentam peculiaridades importantes.
Degeneração cística da artériapoplítea é uma doença vascular rara, de etiologia desconhecida, na qual um cisto com conteúdo mucinoide compromete a artéria e desenvolve estenose ou oclusão do vaso. Apresentamos um caso de um paciente do sexo masculino, 45 anos, admitido na emergência hospitalar, que apresentava quadro de isquemia aguda no membro inferior esquerdo. Submetido à EcoDoppler, angiorressonância magnética e angiografia pré-operatória. Realizada arterectomia com enxerto fêmoro-poplíteo infrainguinal de safena invertida. O exame patológico foi consistente com o diagnóstico de doençacística da artériapoplítea. O paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial e foi acometido pela doençacística no membro contralateral. Os autores descreveram os melhores métodos de diagnóstico e tratamento para a doença, discutindo se o procedimento de urgência foi o mais adequado e se haveria opções terapêuticas alternativas para o caso, além de qual seria a melhor conduta a ser realizada no membro contralateral também acometido pela doença.
Em relação às doenças renais císticas não hereditárias nos animais domésticos, Forrester (2003) cita a existência de: (1) doença policística familiar em cães da raça Cairn Terrier e gatos de pêlo longo, ocorrendo nefromegalia e cistos associados a outros tecidos (hepático e pancreático); (2) doençacística renal adquirida, que se desenvolve em animais com insuficiência renal crônica; e (3) pseudocistos perinéfricos, doença rara que acomete gatos e cuja patogenia é desconhecida. Já na doença renal policística
A ressecção do aneurisma e a reconstrução venosa são recomendadas quando a aneurismectomia tangen- cial não pode ser realizada devido ao risco de perma- nência de segmento da doença na parede venosa. Esta seria uma conduta mais apropriada para a paciente em questão; porém, como não havia substituto autógeno para a reconstrução venosa, optou-se pela aneurismec- tomia tangencial. A reconstrução com prótese foi rejei- tada devido ao risco aumentado de oclusão. Na casuística de Sessa 25 , três aneurismas fusiformes foram
Os autores relatam um caso de tumor glômico em ramo da artéria radial que irriga o polegar direito, com história clínica de 4 meses. O doente referia o aparecimento de tumoração de aproximadamente 2,0 centímetros na região interdigital, entre o primeiro e o segundo quirodactilos da mão direita, sobre o músculo flexor curto do polegar, extremamente dolorosa e com dor em progressão. Os exames com aparelho de Doppler bidirecional e o eco-color-Doppler apresentaram, como diagnóstico presuntivo, malformação arteriovenosa, pelo turbilhonamento do fluxo e ausência de estenoses. A tumoração foi retirada por cirurgia aberta e encaminhada para exame histopatológico, com diagnóstico de glomangioma. Este relato descreve uma doença arterial pouco frequente, que causa extremo desconforto ao seu portador, mas que é solucionada pela exerese cirúrgica, sem sequelas. Palavras-chave: tumor glômico; glomangioma; artéria radial.
Os autores relatam um caso de abordagem mista para o tratamento endovascular de doença oclusiva da artéria tibial anterior por acesso pedioso retrógrado, no qual a abordagem tradicional anterógrada foi inadequada em vencer uma oclusão. A técnica parece oferecer uma opção para procedimentos endovasculares, que objetivam o tratamento de lesões da artéria tibial anterior em que a via anterógrada convencional mostre-se inadequada.
A sua presença é diagnosticada por métodos de imagem. O diagnóstico por dupplex scan é difícil, pois existem variações na anatomia normal da artéria vertebral extracraniana. A ausência de artérias vertebrais em ambos os lados pode indicar doença vascular oclusiva, estenose arterial ou fornecer uma pista importante no diagnóstico de comunicações fetais persistentes 8 . A angiotomograia tem sido o
A fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é um distúrbio monogenético que se apresenta como uma doença multissistêmica. A incidência é de aproximadamente 1:2500 nascidos vivos. O mecanismo fisiopatológico é uma mudança qualitativa em todas as secreções exócrinas do organismo. O aumento da viscosidade dessas secreções leva à estase e obstrução mecânica, prejudicando a função secretora dos órgãos-alvo. O nariz e seios paranasais são freqüentemente envolvidos devido ao clearence mucociliar anormal, responsável pelo desenvolvimento de rinossinusite crônica, polipose nasal e pseudomucocele sinusal. Objeti- vo: É apresentar um caso raro de pseudomucocele bilateral em uma criança portadora de fibrose cística. Descrição do Caso: M.F.B.R., 2 anos, masculino, apresentava obstrução nasal crônica e infecções pulmonares recorrentes. O exame clínico detectava presença de secreção nasal abundante, com descarga posterior em orofaringe. A tomografia compu- tadorizada dos seios paranasais mostrou imagem sugestiva de pseudomucocele, com velamento dos seios maxilares e etmóides. A dosagem de sódio e cloro no suor apresentou alterações significativas. Optamos por tratamento cirúrgico, após internação do paciente para controle das manifestações pulmonares exacerbadas. A criança evoluiu com melhora do quadro obstrutivo nasal. Conclusões: A pseudomuco- cele é uma entidade que começou a fazer partes da rotina de diagnóstico diferencial a partir do momento em que os exames tomográficos tornaram-se parte da semiologia das doenças sinusais. Os pacientes com psedomucocele têm apresentado um aumento importante da sobrevida graças aos tratamentos atuais.
Resumo: A Síndrome do Aprisionamento da ArtériaPoplítea (SAAP) é uma doença caracterizada pela compressão extrínseca dessa artéria, causada pelo desvio de seu trajeto anatômico habitual ou por estruturas músculo-tendinosas da fossa poplítea. Os sintomas clínicos costumam aparecer quando os indivíduos realizam esforços físicos. Distinguem-se dois tipos de SAAP: a clássica ou congênita e a funcional ou adquirida. Na forma clássica, distúrbios do desenvolvimento embrionário provocam anomalias da artériapoplítea ou de estruturas adjacentes que ocasionam a compressão. Na forma funcional ou adquirida, identifica-se apenas hipertrofia dos músculos gastrocnêmios como possível causa do encarceramento. O diagnóstico, em ambos os tipos, é feito pela detecção de oclusão ou estenose significativa da artériapoplítea às manobras de dorsiflexão e hiperextensão ativa dos pés, utilizando-se o mapeamento dúplex, a ressonância magnética ou a arteriografia. A identificação desses testes positivos em indivíduos assintomáticos e sem alterações anatômicas, trouxe questionamentos a respeito da especificidade dos testes diagnósticos. Neste trabalho é feita uma revisão da SAAP anatômica e funcional, além de serem discutidas a acurácia, sensibilidade e especificidade dos testes diagnósticos em cada caso.
ao teste de Allen. O ecocardiograma pode ser útil na avaliação das crianças, com o objetivo de descartar aneurismas associa- dos de coronárias, como nos casos da doença de Kawasaki. Atualmente, a angiotomograia vem substituindo a arterio- graia, exame padrão-ouro, para diagnóstico de outras lesões associadas e para programação cirúrgica, avaliando melhor o aneurisma, o leito proximal e distal à lesão. Crianças com aneurismas periféricos devem ser submetidas à panangioto- mograia antes de ser iniciado qualquer tratamento 10 .