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Relativamente à terceira e última avaliação (Momento 3 – M3) esta foi

realizada com o intuito de verificarmos a eficácia da metodologia do treino empregue por mim face ao momento inicial da prática, bem como as alterações realizadas a meio do ano letivo.

Para tal recorri mais uma vez ao programa estatístico Statistical Package for

the Scoial Sciences (IBM SPSS®), tendo sido estabelecido um valor de

significância estatística de 0,05, onde foi utilizado o teste estatístico Teste T de

Student para amostras emparelhadas. O número da amostra, tal como nas

avaliações anteriores foi de 17.

Média e Desvio Padrão Sig.

Parâmetros avaliados M1 M3 p-value

Peso (Kg) 66,81 ±14,18 64,70 ±13,66 0,002

Percentagem de Massa Gorda (%MG) 34,27 ±7,28 31,88 ±6,91 0,000

Índice de Massa Corporal (IMC) 29,00 ±5,06 28,10 ±4,94 0,003

Levantar e sentar da cadeira (LS) 9,05 ±3,19 12,35 ±2,05 0,000

Flexão do antebraço (FA) 10,64 ±3,90 19,76 ±4,77 0,000

Sentado e alcança (SA) -11,41 ±15,42 -5,32 ±7,78 0,104

Alcançar atrás das costas (AC) -15,70 ±18,28 -20,82 ±18,78 0,414

Sentado, caminhar 2,44m e volta a sentar 16,59 ±5,50 13,95 ±3,75 0,024

2 Minutos Step 113,41 ±46,63 146,11 ±45,69 0,000

Tabela 34 - Resultados médios da Turma CSPA por parâmetro, no Momento Inicial e no

Peso:

Como podemos observar na Tabela 34, quando comparamos os resultados da avaliação final (M3) com os da avaliação inicial (M1) verifica-se uma diminuição

da média de peso da turma.

Relativamente à significância na comparação das avaliações, podemos observar que o valor de p-value, para um intervalo de confiança de 95%, é igual a 0,002, o que nos permite dizer que as diferenças encontradas são significativas, ou seja, os alunos diminuíram o peso da primeira para a última avaliação.

Percentagem de Massa Gorda (%MG):

A observação da tabela anteriormente exposta (Tabela 34), permite verificar que a medição da percentagem de massa gorda no momento de avaliação final quando comparada com a avaliação inicial apresentou valores estatisticamente (p-

value= 0,000) mais reduzidos.

Índice de Massa Corporal (IMC):

No que diz respeito aos valores do IMC, também é possível verificar uma diminuição estatisticamente significativa (p-value= 0,003) dos valores da avaliação final para a avaliação inicial.

Levantar e sentar na cadeira (LS):

Contabilizado o numero de repetições realizadas pelos alunos no momento da avaliação final deste teste, foi possível verificar que todos os alunos melhoraram os seus valores pessoais, o que consequentemente se refletiu na média da turma. Registou-se assim um aumento de quase 4 repetições da avaliação final para a inicial, valores estes possíveis de serem consultados na Tabela 34.

Como resultado obteve-se um valor de p-value igual a 0,000, revelando que as diferenças registadas foram significativas.

Flexão do antebraço (FA):

De forma a comparar as médias da avaliação inicial para a avaliação final desta variável, foram seguidos os procedimentos habituais para analisar se as diferenças entre testes seriam significativas, tendo-se verificado que a população apresentava uma distribuição normal. Na Tabela anterior podemos observar que o valor de p-value é de 0,000, o que nos permite concluir que as diferenças registadas são significativas, uma vez que o valor obtido é inferior a 0,05.

Na Tabela 34, podemos ainda observar que no momento da avaliação inicial desta variável, a média era de 10,64 repetições, tendo-se assim registado um aumento do número médio de repetições deste momento para o momento e avaliação final, onde se registou um valor médio de 19,76 repetições.

Sentado e alcança (SA):

Podemos ainda observar na Tabela 34 que também se registou um aumento dos valores médios da turma no momento da avaliação inicial (-11,41cm) para o momento da avaliação final (-5,32cm) no que diz respeito ao teste “Senta e alcança”. O valor de p-value obtido após a realização do teste de comparação foi igual a 0,104, o que significa que as diferenças verificadas não são significativas.

Alcançar atrás das costas (AC):

Na tabela anteriormente apresentada (Tabela 34), verifica-se um aumento dos valores médios da turma da avaliação final para a avaliação inicial neste teste, no entanto esta diferença não foi estatisticamente significativa (p-value= 0,414).

Sentado, caminhar 2,44m e voltar a sentar (SCS):

Quanto a este teste verifica-se uma melhoria estatisticamente significativa (p-

value= 0,024) dos resultados médios da turma do último para o primeiro momento

de avaliação. Esta melhoria é visível pela diminuição do tempo que os alunos demoraram a realizar o teste.

2 Minutos Step:

No último teste, utilizado para avaliar a resistência aeróbia dos alunos (como o teste Caminhar 6 minutos), registou-se um forte e estatisticamente significativo (p-value= 0,000) aumento do número médio de repetições conseguidas pelos alunos, que passaram de uma média de 113 repetições para uma média de 146 repetições.

Os resultados alcançados na avaliação final foram em todos os parâmetros estatisticamente significativos, exceto nos testes de flexibilidade dos membros superiores e inferiores. Contudo, é importante referir que na flexibilidade dos membros inferiores os alunos obtiveram um aumento da média final (-5,32cm) comparada com a média inicial (-11,41cm), sendo estes funcionalmente relevantes. Mesmo na ausência de resultados estatisticamente significativos nestes dois testes, em termos da prática pedagógica, penso que as alterações no nosso planeamento após a avaliação intermédia (M2) foram cruciais para a

obtenção de valores superiores na flexibilidade dos membros superiores e sobretudo nos membros inferiores. A dificuldade de ter uma turma com muitos idosos e, apenas um professor acaba por ser complicado verificar se os alunos estão a executar os exercícios de alongamentos corretamente, por não termos a perceção do limiar de esforço que todos estão a fazer.

Em suma, esta comparação da avaliação final com a avaliação inicial mostra- nos que o programa de treino teve influência nos índices de força quer nos membros superiores quer nos membros inferiores, na agilidade e na mobilidade física, na resistência aeróbia e na composição corporal dos alunos.

Reflexão do efeito do Treino nos Alunos do