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CAPÍTULO 4 METODOLOGIA

4.10 Ética em Pesquisa

Todos os voluntários do estudo foram esclarecidos quanto aos objetivos, riscos e benefícios da pesquisa antes da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 1), sendo garantido o sigilo e confidencialidade das informações individuais, e que só dados serão divulgados a comunidade científica, de acordo com as normas para a realização de Pesquisas envolvendo Seres Humanos, atendendo aos critérios da Bioética do Conselho Nacional de Saúde na sua Resolução 466/12. O estudo recebeu aprovação institucional da Escola Naval Brasileira com o Parecer Interno 012/14 (ANEXO 2), quanto aos seus aspectos éticos (ANEXO 3).

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4.11 Análise Estatística

Foram utilizados procedimentos estatísticos para caracterizar os valores das diferentes variáveis em termos de tendência central e dispersão. A análise inferencial foi testada e a normalidade e homocedasticidade das variáveis através do teste Kolmogorov Smirnov e do teste Levene. A estatística descritiva foi calculada para todas as variáveis e o coeficiente de correlação de Pearson (r) examinou a relação entre a velocidade média do barco e do remoergômetro com as variáveis restantes. A análise de regressão linear múltipla foi calculada com a aplicação do modelo Stepwise, que apresentou a variável que agrega contribuição significativa a explicação da variação da resposta. E ainda, foram ajustados quatro modelos de regressão linear múltipla que utilizaram: 1 – antropometria utilizando o resultado antropométrico; 2 – força com o resultado da força que combinou as variáveis antropométricas com os testes de 1RM; 3 – força – potência com o resultado da força- potência que combinou os testes de 1RM com os watts; e a 4 – combinação de todos os resultados. A confiabilidade do modelo de regressão foi expressa pelo coeficiente de determinação (R2) e o erro padrão da estimativa (SEE). O nível de significância foi fixado em p<0.05. Os dados foram analisados com o software estatístico SPSS 16.0 (Chicago, IL, USA).

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CAPÍTULO 5 – RESULTADOS

As características físicas gerais dos remadores e a correlação com a velocidade média nos barcos e no remoergômetro em 500m são apresentados na tabela 4.

Tabela 4 – Características físicas e gerais dos remadores e a correlação com a velocidade média no barco e no remoergômetro em 500m.

Variáveis Média Desvio-

Padrão Mínimo Máximo

r (500m) Barco r (500m) ergômetro Idades (anos) 21,35 0,98 19,00 23,00 0,09 -0,17 Estatura (cm) 174,72 6,29 165,00 189,00 0,46* 0,46* Envergadura (cm) 185,18 6,66 174,90 200,30 0,46* 0,46* Massa corporal (kg) 79,06 6,06 69,00 89,90 0,10 0,44* Massa Magra (kg) 62,00 4,22 56,77 69,40 0,20 0,37 Massa Gorda (kg) 13,33 5,18 5,79 20,78 -0,02 -0,16 Percentual de gordura (%) 17,21 5,56 7,40 24,50 0,08 0,21 VO2 Pico (ml/kg/min) 50,32 6,81 40,19 67,52 -0,24 -0,02 FC Pico (bpm) 203,60 2,43 200,00 208,00 -0,03 -0,17 1RM levantamento terra (kg) 135,50 25,60 102,00 182,00 0,15 0,50* 1RM agachamento (kg) 127,50 19,86 98,00 158,00 0,12 0,31 1RM remada deitada (kg) 86,00 5,98 72,00 92,00 -0,18 0,10 Watt máximo (watt) 697,85 103,08 542,00 896,00 0,17 0,33 Watt médio (watt) 433,65 41,87 358,00 505,00 0,41 0,91* Vel. remoergômetro (m/s) 6,26 0,16 6,00 6,51 0,48* 1

Vel. barco (m/s) 3,12 0,25 2,74 3,37 1 0,48*

*p<0,05

Na tabela 5 são apresentadas as análises de regressão linear múltipla com a aplicação do método Stepwise e a única variável que teve influência significativa sobre a velocidade média dos barcos foi a envergadura que consegue explicar 21% da variação da velocidade. E quanto a velocidade média do remoergômetro o watt médio consegue explicar 84% desta variação na velocidade.

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Tabela 5 – Equação de regressão linear múltipla, com o modelo Stepwise.

Variável dependente Equações de regressão Valor p R2 SEE

Vel. barco (m/s) - 0,91 + 0,17*envergadura 0,40 0,21 0,22

Vel. remoergômetro (m/s) 4,724 + 0,004*watt médio 0,00 0,84 0,06

R2 coeficiente de determinação; SEE erro padrão da estimativa

Na tabela 6 são apresentados os diferentes modelos de predição da velocidade média do barco utilizando as variáveis deste estudo.

Tabela 6 – Equação de regressão linear múltipla, com diferentes modelos.

Modelos Equações de regressão R

2

SEE

Antropometria

500m (m/s) = - 1,020 + (0,045*idade) + (0,017*envergadura) + (0,002*massa magra) + (- 0,003*massa gorda) + (- 0,002*percentual de gordura) + (- 0,001* massa corporal)

0,25 0,26

Força

500m (m/s) = - 2,170 + (0,033*idade) + (0,020*envergadura) + (- 0,000*massa magra) + (- 0,011*massa gorda) + (0,000*percentual de gordura) + (- 0,003*massa corporal) + (0,013*1RM levantamento terra) + (0,020*1RM agachamento) + (- 0,261*1RM remada deitada)

0,45 0,25

Potência – força

500m (m/s) = - 1,500 + (0,023*1RM levantamento terra) + (0,013*1RM agachamento) + (- 0,251*1RM remada deitada) + (0,000*watt médio) + (0,0000068*watt máximo) + (0,020*estatura) + (- 0,003*massa corporal) 0,43 0,23 Combinação de todos 500m (m/s) = - 6,063 + (0,017*idade) + (0,020*estatura) + (- 0,001 *massa magra) + (0,046*massa gorda) + (- 0,005*percentual gordura) + (0,002*massa corporal) + (- 0,228*1RM levantamento terra) + (0,331*1RM agachamento) + (- 2,506*1RM remada deitada) + (0,179*Vo2Pico) + (- 0,225*FCPico) + (0,000*watt máximo) + (-0,001*watt médio)

0,59 0,28

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CAPÍTULO 6 - DISCUSSÃO

O presente estudo propôs examinar se o desempenho do barco pode ser predito pelas características físicas gerais dos remadores (morfológicas, fisiológicas, aptidão física e desempenho no remoergômetro). Para este fim foram analisados os resultados de cada barco aleatorizado e os demais resultados obtidos nos testes e exame. A partir deste delineamento experimental, o presente estudo demostrou que a média da envergadura, massa magra e massa corporal são semelhantes a pesquisa de Akça (2014) que avaliou 38 remadores amadores e apresentou uma média na envergadura de 188,44 ± 8,85 cm, massa magra de 62,21 ± 5,55 kg e massa corporal de 80,23 ± 9,22 kg. Um outro estudo de Young et. al. (2014), apresenta média na estatura de 1,79 m e massa corporal de 82,9 kg em 06 atletas de remo, corroborando com os dados apresentados nesta pesquisa. O estudo de Jurimae et. al. (2000) apresentou a massa corporal de 79,27 ± 7,30 quilogramas, uma potência máxima de 613,87 ± 81,88 watts e uma FC máxima no remoergômetro de 198,70 ± 4,14 batimentos por minuto, equivalente aos dados apresentados na presente pesquisa. Um outro estudo avaliou remadores e canoístas quanto ao perfil corporal, constatou que a média da envergadura dos remadores (197,69 ± 6,25 cm) é maior do que o apresentado no presente estudo, mas os dados dos canoístas (184,61 ±6,66 cm) são semelhantes aos desta pesquisa. (Sklad, Krawczyk, & Majle, 1994) Esta diferença pode ser porque os canoístas utilizam menos o movimento dos membros inferiores, igualmente aos atletas do remo em escaler.

Ainda no remo a estatura, a envergadura e a massa muscular estão relacionadas ao desempenho, por serem fatores determinantes da força muscular e amplitude de movimento, contribuindo para o sucesso na modalidade. (Bourgois et al., 2000) Com isso, técnicos utilizam alguns parâmetros antropométricos, como estatura, peso corporal, massa magra e comprimento dos membros, para selecionar jovens remadores. (Piotrowski, Sklad, Krawczyk, & Majle, 1992) Um trabalho de Nevill et. al. (2010) apresenta a velocidade média do barco na água em 3,66 ± 0,17 metros por segundo, dados próximos do apresentado neste trabalho. Outro trabalho de Lawton et. al. (2013) demonstra no teste máximo de 500m no remoergômetro uma média de 82,7 ± 3,8 segundos, fazendo o cálculo para metros por segundos (500/82,7 = 6,04 m/s) os dados são similares aos desta pesquisa. Acrescentamos que na fase da remada no RE a amplitude dos membros inferiores e superiores são menores do que no remo tradicional, porque o barco em escaler apresenta uma distância entre as bancadas de 55 cm e o tamanho da bancada é de 50 cm, conforme figura 2. Desta forma, no RE as fases da remada são mais rápidas, aumentando o ritmo da remada, devido

36 a distância entre bancadas, consequentemente menor tempo de recuperação e maior ênfase nos membros superiores, embora inexistam dados que o comprovem. Por outro lado, no RT, como descreve (Mazzone, 1988), o pico de força é no início da fase da remada, com ênfase dos membros inferiores, pois a amplitute de movimento é maior devido a configuração da embarcação.

Encontramos também que a média do 1RM na remada deitada é semelhante aos remadores tradicionais, que remam em barcos olímpicos, pois realizam em média uma repetição máxima de 90 kg. (Cronin, Jones, & Hagstrom, 2007; Liu, Lormes, Reissnecker, & Steinacker, 2003) Outra pesquisa, que avaliaram 43 remadores, concluíram que um programa de treinamento de força com volume moderado e com alta intensidade na remada deitada, pode melhorar a força máxima e a potência muscular com ganhos de 4,6% e 6,4%, respectivamente. (Izquierdo-Gabarren, Gonzalez De Txabarri Exposito, et al., 2010) Continuam os autores, em outra pesquisa, com 24 remadores de elite e 22 amadores, constataram que os valores absolutos de força máxima na remada deitada apresentaram significância estatística com o desempenho no remoergômetro tanto para remadores amadores quanto para remadores de elite (p<0,001), e apresentam ainda, valores de 1RM remada deitada de amadores de 90,63 ± 11 kg, dados próximos do apresentado nesta pesquisa. (Izquierdo-Gabarren, Gonzalez De Txabarri Exposito, et al., 2010) Certamente um programa de treinamento de força se faz necessário para o remador tanto em escaler como para o tradicional, pois o remo é considerado um esporte de resistência de força.

Mas também, o presente estudo demonstra que a estatura, a envergadura e a velocidade no remoergômetro apresentaram média correlação com significância estatística, e o watt médio somente média correlação e as demais fraca correlação com a velocidade média do barco na água. Na pesquisa de Jurimae et. al. (2000) apresentaram a estatura (r = - 0,36) com uma correlação negativa com o tempo no barco. Continuam os autores, com o watt médio (r = - 0,70) apresentando média correlação com o tempo no barco similar ao presente estudo. Esta diferença na correlação positiva pode ser explicada, pois o nosso estudo correlacionou a velocidade média do barco, logo quanto maior a estatura ou o watt médio maior a velocidade média do barco. Nevill et. al. (2010) apresentou uma fraca correlação entre massa corporal (r = 0,03) com a velocidade média do barco, dados semelhantes ao desta pesquisa, parece que a massa corporal não contribui de forma significativa na velocidade média do barco. Continuam os autores demonstrando uma média correlação entre velocidade média do barco com a velocidade média do remoergômetro (r = 0,53), conforme apresentado nesta pesquisa, sugerindo que a velocidade do barco na água

37 é proporcional a velocidade no remoergômetro, fato que também ocorre no remo em escaler.

Podemos verificar também que a estatura, envergadura, massa corporal, 1RM levantamento terra e velocidade média do barco apresentaram média correlação, e ainda o watt médio apresenta forte correlação e significância estatística com a velocidade média no remoergômetro. Akça (2014) apresenta forte correlação entre a estatura (r = - 0,80), a envergadura (r = -0,70), a massa corporal (r = -0,81) e o watt médio (r = - 0,77) com o remoergômetro. Adicionalmente, Jurimae et. al. (2000) também apresenta forte correlação entre estatura (r = - 0,77), massa corporal (r = - 0,91) e o watt médio (r = - 0,97) com o tempo no remoergômetro, são correlações acima das apresentadas nesta pesquisa, estas diferenças podem ser explicadas por causa da distância do teste máximo no remoegômetro, pois em todas as pesquisas envolvendo o remo o teste é de 2000m porque é a distância da prova, na presente pesquisa o teste foi de 500m pois é a distância da prova no remo em escaler. Nevill et. al. (2010) apresenta a correlação entre velocidade média no remoergômetro e massa corporal (r = 0,53), recomendando que a massa corporal tem uma contribuição significativa sobre a velocidade média no remoergômetro, dados equivalentes a esta pesquisa, mesmo a embarcação em escaler ter o peso acima do barco tradicional.

A equação de regressão múltipla, como modelo Stepwise, neste estudo apresentou que o watt médio pode explicar 84% da variação da velocidade do remoergôemtro, corroborando com uma recente pesquisa com 19 remadores da categoria sem restrições de peso, que também observou esta variação com o watt (R2=0,83; SEE = 1,27). Na análise da velocidade do barco na água, a envergadura pode explica 21% desta variação. Além disso, os modelos de regressão múltipla desenvolvido neste estudo apresentaram que a antropometria pode explicar 25%, a força 45%, a potência-força 43% e a combinação de todas as variáveis pode explicar 59% da variação da velocidade média do barco na água. No estudo do Jurimae et. al (2000) a regressão múltipla com a combinação das categorias: watt, massa óssea, massa muscular, peso corporal e limiar anaeróbico apresentou que este modelo pode explicar 89% do tempo do barco individual na água com um erro de 6,32 segundos, continua o autor que a potência em watt pode explicar 49% e ainda a antropometria explica 36% desta variação, valores próximo desta pesquisa. O desempenho do barco na água tem uma relação significativa com estatura e envergadura. Assim, essas variáveis podem ser correlacionadas para o desempenho no barco em escaler. Demais, a combinação de todas as variáveis apresentadas no estudo foram preditoras de desempenho para o remo em escaler.

38 As equações de predição apresentadas neste estudo devem ser analisadas com cautela, pois foram desenvolvidas para remadores em escaler da Escola Naval do sexo masculino. As variáveis de predição identificadas neste estudo podem ser específicas para a amostra de remadores amadores. Estes modelos de predição devem utilizado para um número maior de remadores, em conjunto com a validação cruzada para verificar a generalização de um modelo.

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CAPÍTULO 7 – CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados neste estudo, podemos destacar as seguintes conclusões: que existe uma relação entre estatura, envergadura e watt médio com a velocidade média tanto no barco na água quanto no remoergômetro.

As variáveis que podem explicar de forma expressiva a variação da velocidade do barco e no remoergômetro, são a envegadura e o watt médio respectivamente.

Ao analisarmos as equações desenvolvidas para este estudo, podemos observar que a combinação de todas as variáveis demonstrou ser o melhor preditor de desempenho, seguido dos resultados da força, força-potência e por fim os dados da antropometria, todos com um baixo erro padrão da estimativa. Diante destes resultados podemos concluir que a combinação das variáveis apresentadas, parece explicar melhor a variação da velocidade do barco dos remadores em escaler da Escola Naval do que os demais modelos.

Diante das observações expostas por ocasião das análises da discussão e dos resultados, se verifica que outros estudos deverão ser desenvolvidos no intuito de investigar um número maior de remadores em escaler concomitante com outras exigências no remo, como resistência de força no teste de repetição máxima, a fim de verificar qual a sua influência na variação da velocidade média do barco e no remoergômetro.

Uma aplicação prática deste estudo é que com estas analises, técnicos e preparadores possam organizar o planejamento, a execução e o controle do treinamento para o remador em escaler. Pode ainda, com avaliações orientar na seleção dos atletas e na forrmação do barco. Mas, não podemos tomar somente estas variáveis na elaboração de um barco competitivo; temos que avaliar o conjunto do barco em cada fase da remada e a técnica individual dos remadores.

Vimos que testes realizados em laboratório apresentam fraca correlação com o desempenho do barco e no remoergômetro, desta forma testes de simples aplicação e baixo custo nesta pesquisa apresentaram maiores correlações e formam os preditores de desempenho para estes remadores.

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