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ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS

No documento 3º Curso de Mestrado em Enfermagem (páginas 172-179)

f.

Gráfico 1 - Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento da legislação

vigente

XI

Gráfico 2 – Distribuição dos sujeitos sobre o esclarecimento do conceito de morte cerebral

XII

Gráfico 3 – Distribuição dos sujeitos sobre a capacidade de explicação do conceito de morte cerebral

XII

Gráfico 4 – Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento de quando um potencial dador é dador confirmado

XIV

Gráfico 5 - Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento dos objetivos

da manutenção do dador multiorgânico

XV

Gráfico 6 e 7- Distribuição dos sujeitos sobre a forma como encara a

manutenção do dador

XVI

Gráfico 8 - Distribuição dos sujeitos sobre os motivos de considerarem a

manutenção do dador como uma sobrecarga às suas funções

XVII

Gráfico 9 - Distribuição dos sujeitos sobre qual a falta de apoio que

motiva sobrecarga às suas funções.

XVII

Gráfico 10 - Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento do

envolvimento da unidade em um processo de manutenção de dadores

XVIII

Gráfico 11 - Distribuição dos sujeitos sobre a transmissão de informação

aos familiares sobre a doação de órgãos

XIX

Gráfico 12 - Distribuição dos sujeitos sobre quem fornece a informação

aos familiares

XX

Gráfico 13 - Distribuição dos sujeitos sobre a capacidade de transmitir

informação da doação aos familiares

XX

Gráfico 14 - Distribuição dos sujeitos sobre quem deveria transmitir as

informações aos familiares

XXI

Gráfico 15 - Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento da existência

de um espaço com privacidade para receber os familiares

Gráfico 16 - Distribuição dos sujeitos sobre o conhecimento da

existência de limite de idade para a doação

XXII

Gráfico 17 - Distribuição dos sujeitos sobre o reconhecimento do CHD

XXIII

Gráfico 18 - Distribuição dos sujeitos relativamente ao apoio do CHD

XXIV

Gráfico 19 - Distribuição dos sujeitos relativamente à notificação do CHD

da existência de potencial dador

XXIV

Gráfico 20 - Distribuição dos sujeitos relativamente ao conhecimento do

objetivo do RENNDA

XXV

Gráfico 21 - Distribuição dos sujeitos relativamente à motivação para a

detecção do potencial dador

XXVI

Gráfico 22 - Distribuição dos sujeitos relativamente à informação sobre os

procedimentos da doação de órgãos.

XXVII

Gráfico 23 - Distribuição dos sujeitos relativamente ao tipo de informação

a ser abordada no âmbito da colheita e transplantação de órgãos

XXVIII

Tabela 1 - Distribuição dos sujeitos que referem a idade limite para

doação

IV

0 - INTRODUÇÃO

A Enfermagem e o conhecimento em Enfermagem desde a sua origem até aos dias de hoje, tem sofrido alterações significativas. À semelhança de outras profissões, a sua evolução, ocorreu em contextos vários. É uma ciência que procura impor-se num universo relativamente restrito e de algum modo elitista.

Nesta medida, a investigação contribuiu e impulsionou o desenvolvimento progressivo e contínuo da Enfermagem como ciência. Hoje em dia, “a investigação desempenha um papel importante no estabelecimento de uma base científica para guiar a prática dos cuidados (...) que conduzem à descoberta e ao incremento de saberes próprios” da profissão e de áreas de atuação (FORTIN,2000,p.31). Assim, a investigação em enfermagem prevê conhecimento que contribua para a melhoria contínua da qualidade, garantia e gestão dos cuidados, refletindo-se na melhoria dos perfis de saúde dos utilizadores dos cuidados, na satisfação dos profissionais e na maior visibilidade da profissão, assim como, é componente indispensável à formação.

A ideia de que a investigação no âmbito da enfermagem “pertence” sobretudo aos teóricos da profissão, tem que ser refutada. Enquanto enfermeiros, prestadores de cuidados, não podemos assumir um papel de meros espectadores; é-nos requerido um papel mais interventivo, pois situámo-nos numa posição privilegiada para melhor diagnosticar, validar e avaliar as necessidades, dos utilizadores e prestadores de cuidados, da profissão e das instituições de saúde. O caminho mais óbvio é intervir no processo. Um processo de intervenção pressupõe um envolvimento pessoal, permite a mobilização do conhecimento existente, implica um conjunto de etapas organizadas, encadeadas e articuladas e deve ser claro e reflectido. Para tal, é necessário que o problema seja analisado no campo mais vasto da sua ocorrência, recorrendo à articulação de saberes e reflexões próprias com o conhecimento resultante da investigação.

Neste sentido, a investigação, constitui o método de excelência na produção, validação e expansão do conhecimento científico. Investigar e problematizar os contextos da prática, equacionando-os, permitem o cruzamento da teoria com a prática, identificar problemas baseados na observação e a sua posterior validação. Segundo a OE (2006, p.1-2) a “investigação pode dar um elevado contributo à

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prática clínica de Enfermagem na identificação e nomeação de saberes inerentes à prática (...) e concomitantemente na validação desses saberes (...)”; ideia corroborada por Fortin quando refere “as atividades clínicas que conduzem à definição de problemas de investigação, numa dada disciplina, têm frequentemente a sua origem nos locais da prática” (FORTIN, 2009, p.15).

Enquanto formanda, num percurso de especialização, ao determinar um itinerário de formação, tenho sempre presente, a vontade que este contribua para o desenvolvimento da profissão, reflita a capacidade de dar resposta aos problemas da população, se adeque ao meu contexto profissional, à experiência prévia e preferências pessoais. Neste sentido, como enfermeira que integra um projeto a jusante da área da transplantação renal; a atividade de colheita de órgãos; ao longo dos anos, quer no decorrer da prestação direta de cuidados, quer nas várias formações que participei, como formanda ou como formadora, empiricamente constatei existir ainda algum desconhecimento, constrangimentos e estigmas nesta área de formação e de cuidados.

Partindo destes pressupostos, emergem as seguintes questões orientadoras da investigação foram a matriz e fio condutor de todo o desenrolar do estudo:

“Quais as necessidades de formação dos enfermeiros das UCI sobre a temática:

doação, manutenção e colheita de órgãos no (potencial) dador em morte cerebral?”

“Estão os enfermeiros das UCI sensibilizados para a temática da doação e colheita

de órgãos para transplante?”.

Assim, e no sentido de desenvolvimento da experiência prévia na área da doação, manutenção e colheita de órgãos; num período transversal a todos os ensinos clínicos realizados, foi utilizada a metodologia de investigação com o objetivo de:

Avaliar as necessidades de formação e sensibilização dos enfermeiros das Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) sobre a doação, manutenção e colheita de órgãos no (potencial) dador em morte cerebral.

A formação é primordial em enfermagem e referida como eixo prioritário da investigação (OE, 2006). A nível macro contribui para o desenvolvimento profissional e melhoria dos cuidados, constitui “(...) um instrumento de mudança para o futuro, proporcionando capacidade de inovação e criatividade, numa dupla dimensão, humanista e técnica (...)” (CARVALHAL, 2003, p.3), a nível micro para o desenvolvimento pessoal.

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O paradigma da formação tem-se modificado ao longo dos tempos. Atualmente a formação é direcionada não só, para a vertente tecnicista, mas também no sentido de desenvolvimento pessoal, fomentando no formando, a reflexão e análise, de e sobre a práxis, com visibilidade nas atitudes, pensamento e ação. Nesta área sensível de cuidados, reveste-se de grande importância, pois; permite capacitar os profissionais para a prestação de cuidados complexos, enquadrar a temática a nível legal e despertar o pensamento ético e moral.

Collins refere que, enfermeiros consciencializados para a doação de órgãos têm atitudes positivas, o que aumenta a probabilidade de identificar um dador com sucesso, menciona a necessidade de programas educacionais que proporcionem o conhecimento, sensibilização e habilidade nesta área de cuidados e aponta que,

deficits de formação e confiança, em questões que envolvam a doação de órgãos,

podem reduzir o número de dadores disponíveis e consequentemente o aumento das listas de espera para transplante (COLLINS, 2005).

O estudo foi desenvolvido em um Centro Hospitalar da Região de Lisboa que tem protocolo com o Ministério da Saúde, incluído na Rede Nacional de Colheita e Transplantação, em que, todos os hospitais que o integram, são considerados Unidades Autorizadas para Colheita de Órgãos (ASST, 2010). Para permitir a sua validação na fase metodológica foram equacionados os recursos e meios a utilizar, a população e método de recolha de dados mais acessíveis, exequíveis e eficazes.

VII

1 - METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório pois, visa “descrever, nomear ou caraterizar um fenómeno, uma situação ou um acontecimento, de modo a torná-lo conhecido” (FORTIN, 2000, p. 52); transversal, limitado a um espaço temporal bem definido (FORTIN,2000) e com recurso a metodologia quantitativa. Esta metodologia consiste num “processo sistemático de colheita de dados observáveis e quantificáveis” FORTIN (2000, p.22) onde o investigador “ (...) observa, descreve, interpreta e aprecia o meio e o fenómeno tal como se apresentam” FORTIN (2000, p.22).

A população em estudo é constituída por enfermeiros que exercem a sua atividade em UCI de hospitais considerados Unidades Autorizadas para Colheita de Órgãos. A amostra é não probabilística, de conveniência, selecionada tendo como base critérios de escolha intencionais onde, os elementos a incluir no estudo como fontes de dados, são os enfermeiros das UCI do Centro Hospitalar onde decorrem os ensinos clínicos, não só, por permitir conhecer a realidade em que me situo, mas também por se tornar mais fácil a concretização do estudo. Como referi anteriormente, este Centro Hospitalar está incluído na Rede Nacional de Colheita e Transplantação, onde, todos os hospitais que o integram, são considerados Unidades Autorizadas para Colheita de Órgãos (ASST, 2010); logo, todos os elementos da amostra, encontram-se previsivelmente, em igualdade de circunstâncias.

Como método de recolha de dados, foi utilizado o inquérito sob a forma de questionário. A escolha deste método foi circunstancial e baseou-se no facto de se tratar de um processo estruturado, com potencial qualitativo e quantitativo, de recolha de informação, de fácil aplicação num período relativamente curto. Segundo CARMO e FERREIRA (2008), este método é mais económico, permite a sistematização, maior rapidez na recolha e análise dos dados e maior simplicidade de análise. O questionário é constituído por duas partes; a primeira parte permite caraterizar a amostra relativamente à idade, género e anos de experiência profissional; a segunda parte, é constituída por 16 perguntas fechadas que permitem validar os objetivos do estudo.

Nesta sequência e no sentido de operacionalizar este projeto, foi solicitado consentimento à Direção de Enfermagem do respetivo Centro Hospitalar para a

VIII

consecução do estudo e em reunião formal foi efetuada uma sinopse do projeto, explicado o propósito do estudo e disponibilizado um exemplar do instrumento de colheita de dados; que foi deferido.

A existência de um instrumento de colheita de dados, elaborado por peritos na área - Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação (GCCT) do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) - que me foi facultado, facilitou esta tarefa, pois evitou a elaboração de um questionário de raiz, necessitando este, apenas de ligeira reformulação e adequação aos objetivos do estudo. No entanto, visto nunca ter sido aplicado, numa fase preliminar, requereu a necessidade de aplicação de um pré- teste, com o objetivo de avaliar a pertinência e eficácia do questionário, validando se este é de fácil preenchimento, traduz fielmente a opinião dos inquiridos, permite colher a informação desejada, as questões são de fácil interpretação e não ambíguas e a linguagem utilizada é facilmente compreendida e inequívoca.

O pré-teste foi aplicado numa UCI de um Hospital dos arredores de Lisboa, no período de 30 de Outubro a 9 de Novembro; após contacto prévio com a Direção de Enfermagem, e reunião formal com o Enfermeiro Chefe da unidade selecionada. Esta UCI cumpria os critérios de inclusão do estudo, ser considerada Unidade Autorizada para Colheita de Órgãos. Numa amostra de 30 enfermeiros, correspondente ao total de enfermeiros que integram a equipa da UCI, obtiveram-se 26 questionários respondidos, sendo um questionário anulado por preenchimento incorreto, submetidos a análise 25 questionários (n= 25).

Junto do Enfermeiro Chefe da unidade onde o pré teste foi aplicado, foi solicitado o

feedback da restante equipa de enfermagem, esta não referiu dificuldades de

preenchimento e/ou compreensão. Mediante este feedback e após análise dos dados foram efetuadas algumas alterações que inferiam o ótimo preenchimento do instrumento e melhor consecução dos objetivos do estudo. Neste sentido a questão número 6 “tente explicar o conceito de morte cerebral por palavras suas”, foi

excluída por apresentar respostas ambíguas, as questões número 1 “concorda com a doação de órgãos para transplantação?” e 2 “se respondeu não, refira porquê”

também foram excluídas por reservas de teor ético, a questão número 21 “que tipo

de informação gostaria de ver tratada no âmbito da colheita e transplantação de

órgãos e tecidos?” foi modificada, transformando-se em pergunta fechada, sendo

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enfermeiros que responderam a esta questão. Também o objetivo do estudo foi alterado, passando de “avaliação de conhecimento e sensibilização” para “avaliação

de necessidades de formação e sensibilização”. Todas as alterações foram

orientadas e supervisionadas pela Orientadora e Coorientadora.

Esta investigação protege os participantes no estudo, garantindo o anonimato e confidencialidade. O questionário numa primeira parte, permite caraterizar a amostra nomeadamente quanto ao género, idade e experiência profissional e numa segunda parte, permite obter a opinião dos participantes através de um conjunto de 16 questões fechadas, que nos seus conteúdos permitem validar os objetivos da investigação.

No documento 3º Curso de Mestrado em Enfermagem (páginas 172-179)