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Tabela 18 – Índice de Exclusão Social Índice de Exclusão Social

Local/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação Brasil 22,13 22,66 22,32 21,99 21,32 21,59 22,62 20,26 20,59 20,51 -1,62 Nordeste 38,1 38,15 37,56 36,4 35,27 35,54 36,47 33,21 29,72 33,65 -4,45 Alagoas 47,34 45,92 45,01 42,46 43,3 44,21 43,1 38,48 38,19 40,27 -7,07 Bahia 36,41 36,69 38,54 35,23 34,1 33,79 35,36 31,38 33,17 31,93 -4,48 Ceara 38,54 39,29 37,89 36,51 34,95 35,37 38,31 34,72 34,24 36,24 -2,30 Maranhao 41,88 41,67 39,77 39,79 36,32 36,79 46,27 40,51 41,87 38,82 -3,06 Paraiba 36,89 36,48 36,94 36,57 36,24 36,31 37,86 31,39 31,45 33,38 -3,51 Pernambuco 37,67 37,04 36,87 35,83 34,98 36,08 35,23 30,38 31,8 30,98 -6,69 Piaui 42,43 42,98 40,93 40,27 38,93 38,34 43,51 34,6 33,92 34,4 -8,03 Rio G. Norte 33,9 33,34 33,99 31,44 31,95 32,33 33,46 29,44 27,05 29,85 -4,05 Sergipe 28,65 30,75 31,4 29,3 28,87 29,21 34,77 29,96 30,29 32,18 3,53 Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por

Gráfico 14 – Índice de Exclusão Social Geral

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O Índice de Exclusão Social do Brasil, quando comparado ao IES dos estados do Nordeste e a região Nordeste, é o que possui menor índice, com percentual de 20,51% em 2013, entre os anos de 2004 e 2013 teve uma redução de 1,62%.

Entre os estados nordestinos o estado de Alagoas foi o estado que apresentou o pior Índice de Exclusão Socialem 2013, com percentual de 40,27%. Já o estado que apresentou o melhor IES em 2013, foi mais uma vez o estado do Rio Grande do Norte, com índice de 29,85% de população socialmente excluída.

O estado nordestino com melhor evolução do IES ao final desses 10 anos analisados é o estado do Piauí, com redução de 8,03%, impulsionado principalmente pela grande redução do IES entre 2004 e 2013, quando teve redução de 15,94%. O estado com pior evolução ao final desses 10 anos analisados é o estado de Sergipe, com um aumento de 3,53% no IES, sendo o único estado a não apresentar redução no IES, apesar de não ter um dos piores índices de IES entre os estados nordestinos, com índice de 32,18% de pessoas excluídas socialmente.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Índice de Exclusão Social

5 CONCLUSÃO

Este trabalho procurou analisar a real situação da exclusão social da população nos estados nordestinos, através do IES (Índice de Exclusão Social) e seus indicadores de privações (educação, renda, água, saneamento básico e lixo), utilizando de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio dos anos de 2004 a 2013, calculados em equações onde se conseguiu medir os níveis de privação de cada estado da Região Nordeste, além da própria região e a nível nacional.

Para melhor compreensão do trabalho foi utilizado um estudo analítico sobre os conceitos de crescimento econômico, desenvolvimento econômico, desenvolvimento humano, pobreza (no sentido que a pobreza é apenas uma das faces da exclusão social) e desigualdade social.

O período analisado, entre 2004 e 2013, mostrou a evolução e as deficiências dos indicadores do IES da população nordestina e o alto índice do IES, além de mostrar a enorme desigualdade que afeta o país e a região nordestina.

Ficou claro no estudo que o indicador de renda (Passivo Econômico) na Região Nordeste, foi o indicador com a pior evolução entre os três passivos analisados do IES, apresentando em todos os anos índice de mais de 50% da população nordestina sobrevivendo em domicílios com renda domiciliar de até dois salários mínimo. É importante comentar que o fato do Passivo Econômico ter a pior evolução entre os passivos do IES, se deu graças ao aumento nos últimos anos no salário mínimo, e a evolução do Passivo Econômico só não foi pior, graças à ampliação de programas sociais como Bolsa Família e o Brasil sem Miséria, que distribuíram renda entre a população pobre brasileira, principalmente a população pobre nordestina. É importante salientar que apesar do indicador de renda ser a principal deficiência da população nordestina mais pobre, não é o único indicador que necessita ser melhorado.

Além do Passivo Econômico, o estudo mostrou que é importante dar atenção aos outros passivos do IES na Região Nordeste, por que todos passivos do Nordeste apresentaram índices muito acima quando comparados aos índices do Brasil, como o Passivo Educacional que apresentou percentual de 16,94% em 2013 na região Nordeste e 8,52% no Brasil. Já o Passivo Ambiental apresentou em 2013 na região Nordeste, índice

de 28,48% e no Brasil, índice de 16,80%. Esses exemplos mostram que a desigualdade da região Nordeste a nível nacional, não é exclusivamente econômica, ou seja, não é necessária apenas programas do governo para aumentar a renda da população carente nordestina, é necessário muito mais que isso.

Conclui-se que é necessário que se tenha uma mobilização de políticas públicas voltadas para o bem-estar da população nordestina, políticas públicas que vão além do fato de distribuírem renda para população carente. É necessário um real aumento da educação, pois sem ela, não se tem qualificação da mão-de-obra e nem desenvolvimento humano a um nível desejável. Além da educação é necessário melhorar os índices de água tratada, saneamento básico e coleta de lixo, já que estão ligados diretamente com a saúde da população, com a melhora nesses índices, diminui bastante a probabilidade de se ter doenças e melhora a expectativa de vida e qualidade de vida da população.

Vale reforçar que não é necessário apenas o crescimento econômico da região Nordeste, é necessário um desenvolvimento econômico sustentável, atingindo diretamente os índices de desigualdade social, consequentemente, atingindo a população que mais sofre, a população socialmente excluída da região.

REFERÊNCIAS

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______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2005. Rio de Janeiro, 2005.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2006. Rio de Janeiro, 2006.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2007. Rio de Janeiro, 2007.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2008. Rio de Janeiro, 2008.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2009. Rio de Janeiro, 2009.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2011. Rio de Janeiro, 2011.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2012. Rio de Janeiro, 2012.

______. Pesquisa nacional de amostra por domicílios 2013. Rio de Janeiro, 2013.

LEMOS, J. J. S. Mapa da exclusão social no Brasil: radiografia de um país assimetricamente pobre: Terceira edição Revisada e Atualizada. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2012.

MATA, Milton da.Concentração de renda, desemprego e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. IPEA/INPES. 1979.

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SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo. Best Seller, 2004. SHUMPETER, J.A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. 1º ed. (1911). Rio de Janeiro: Ed. Fundo de Cultura. 1961. 89p.

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VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e Garcia, Manuel E. Fundamentos de Economia. 4. Ed – Saraiva, 2012. 205p.

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