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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS RAFAEL DA SILVA MENDONÇA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

RAFAEL DA SILVA MENDONÇA

EXCLUSÃO SOCIAL NO NORDESTE ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2013

FORTALEZA

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RAFAEL DA SILVA MENDONÇA

EXCLUSÃO SOCIAL NO NORDESTE ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2013

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em ciências Econômicas. Orientador: Dr. José de Jesus Sousa Lemos

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RAFAEL DA SILVA MENDONÇA

EXCLUSÃO SOCIAL NO NORDESTE ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2013

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em ciências Econômicas. Orientador: Dr. José de Jesus Sousa Lemos

Aprovada em 01/07/2015.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Prof. José de Jesus Sousa Lemos (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

__________________________________________ Prof. Fabio Maia Sobral

Universidade Federal do Ceará (UFC)

__________________________________________ Alfredo José Pessoa de Oliveira

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RESUMO

A proposta deste trabalho é analisar o nível e exclusão social existente na Região Nordeste e nos seus estados, através do Índice de Exclusão Social (IES), elaborado por Lemos em 2002, foi possível medir a população nordestina excluída socialmente, além de verificar seus indicadores de privação, onde foi possível aferir a parcela da população excluída de educação, renda, água tratada, saneamento básico, coleta de lixo e consequentemente, de saúde adequada. Os valores foram estimados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2004 e 2013. Através dessa pesquisa de natureza bibliográfica e descritiva é possível identificar os estados mais carentes da Região Nordeste, as principais deficiências de cada estado da Região Nordeste, além de ficar comprovado que o IES da Região Nordeste está muito acima do IES a nível Brasil, é possível identificar que a população carente da Região Nordeste sofre bastante com a falta de elementos básicos para uma sobrevivência digna. O resultado do estudo mostra que é necessário a implantação de novas políticas públicas voltadas para essa população carente que sofre com a privação de elementos básicos e essenciais como saúde e educação.

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ABSTRACT

The purpose of this paper is to analyze the level and existing social exclusion in the Northeast and in their states, through the Social Exclusion Index (IES), prepared by Lemos in 2002, it was possible to measure the Northeastern population socially excluded, and check your indicators deprivation, where it was possible to determine the portion of the population excluded from education, income, clean water, sanitation, waste disposal and consequently proper health. The values were estimated from data from the National Sample Survey of Households (PNAD), the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), between 2004 and 2013. Through this bibliographic and descriptive research can identify the poorest states in the Northeast Region, the main weaknesses of each state in the Northeast, and it is proved that the IES of the Northeast is far above the level of the IES Brazil, it is possible to identify the poor in the Northeast suffers a lot with lack of basic elements for a dignified survival. The result of the study shows that the implementation of new public policies for this poor suffering from deprivation of basic elements and essential as health and education is needed.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Índice de Exclusão Social de Alagoas...29

Gráfico 02 – Índice de Exclusão Social da Bahia...32

Gráfico 03 – Índice de Exclusão Social do Ceará...34

Gráfico 04 – Índice de Exclusão Social do Maranhão...36

Gráfico 05 – Índice de Exclusão Social da Paraíba...39

Gráfico 06 – Índice de Exclusão Social de Pernambuco...41

Gráfico 07 – Índice de Exclusão Social do Piauí...44

Gráfico 08 – Índice de Exclusão Social do Rio Grande do Norte...46

Gráfico 09 – Índice de Exclusão Social de Sergipe...48

Gráfico 10 – Índice de Exclusão Social do Nordeste...51

Gráfico 11 – Passivo Educacional...53

Gráfico 12 – Passivo Econômico...55

Gráfico 13 – Passivo Ambiental...56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Produto Interno Bruto das Grandes Regiões e Unidades da Federação -

2002-2012...11

Tabela 2 – Produto Interno Bruto, população e residente e Produto Interno Bruto per capita, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2012... 13

Tabela 03 – Tabela 03 – Pesos relativos a cada indicador de Privação do PASSAMB... 27

Tabela 04 – Pesos relativos a cada novo indicador do Índice de Exclusão Social...28

Tabela 05 – Índice de Exclusão Social de Alagoas...29

Tabela 06 – Índice de Exclusão Social da Bahia...31

Tabela 07 – Índice de Exclusão Social do Ceará...34

Tabela 08 – Índice de Exclusão Social do Maranhão...36

Tabela 09 – Índice de Exclusão Social da Paraíba...38

Tabela 10 – Índice de Exclusão Social de Pernambuco...41

Tabela 11 – Índice de Exclusão Social do Piauí...43

Tabela 12 – Índice de Exclusão Social do Rio Grande do Norte...46

Tabela 13 – Índice de Exclusão Social de Sergipe...48

Tabela 14 – Índice de Exclusão Social do Nordeste...50

Tabela 15 – Passivo Educacional...53

Tabela 16 – Passivo Econômico...54

Tabela 17 – Passivo Ambiental...56

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LISTA DE SIGLAS

HDR –Human Development Report

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IES – Índice de Exclusão Social

PASSAMB – Passivo Ambiental

PASSECON – Passivo Econômico

PASSEDUC – Passivo Educacional

PIB – Produto Interno Bruto

PNAD – Pesquisa Nacional de Amostra em Domicílios

PNB – Produto Nacional Bruto

PRIVEDUC - Percentagem de Analfabetos

PRIVREND - Percentagem de Excluídos de Renda

PRIVAGUA - Percentagem dos Excluídos de Acesso à Água

PRIVSANE - Percentagem dos sem Acesso a Saneamento

PRIVLIXO - Percentagem de Excluídos de Coleta de Lixo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...11

2 REFERENCIAL TEÓRICO...15

2.1 Crescimento e Desenvolvimento Econômico...15

2.2 Desenvolvimento Econômico Sustentável ...18

2.3 Desigualdade Social...20

2.4 Pobreza...21

2.5 Índice de Desenvolvimento Humano...23

3 FONTES DE DADOS E METODOLOGIA...25

3.1 Evolução do Índice de exclusão social...25

4 RESULTADOS...29

4.1 Estimativas do IES e seus indicadores para Alagoas...29

4.2 Estimativas do IES e seus indicadores para Bahia...31

4.3 Estimativas do IES e seus indicadores para Ceará...34

4.4 Estimativas do IES e seus indicadores para Maranhão...36

4.5 Estimativas do IES e seus indicadores para Paraíba...38

4.6 Estimativas do IES e seus indicadores para Pernambuco...41

4.7 Estimativas do IES e seus indicadores para Piauí...43

4.8 Estimativas do IES e seus indicadores para Rio Grande do Norte...46

4.9 Estimativas do IES e seus indicadores para Sergipe...48

4.10 Estimativas do IES e seus indicadores para o Nordeste...50

4.11 Passivo Educacional...53

4.12 Passivo Econômico...54

4.13 Passivo Ambiental...56

4.14 Índice de Exclusão Social...57

5 CONCLUSÃO... 59

(11)

1. INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos países que tem um dos maiores índices de desigualdade social do mundo, ficando bastante claro essa desigualdade quando é comparado regiões, estados dentro dessas regiões, além de municípios dentro dos estados e a índices de outros países, consequentemente, com boa parte da sua população pobre com índices elevados de exclusão social.

Uma grande contradição do país é como uma pequena parcela da população vive com padrões de primeiro mundo fora das realidades do nosso país, enquanto grande parte da população não acompanha esses padrões avançados de vida, e uma considerável parcela vive em condições sub-humanas.

Ao comparar as Unidades da Federação (UF) e as regiões brasileiras em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) agregado entre os anos de 2002 e 2012, é visto na tabela abaixo que enquanto a região Sudeste sempre teve mais da metade do PIB agregado do país em seu domínio, as regiões Norte e Centro-Oeste possuem juntas aproximadamente cerca de 15% do PIB agregado total do país, já a região Nordeste está acima das regiões Norte e Centro-Oeste, entretanto, é visto mais à frente que esses dados levando em consideração a sociedade excluída socialmente não coloca a região Nordeste à frente das regiões Centro-Oeste e Norte.

Tabela 1 – Produto Interno Bruto das Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2002-2012

Grandes Regiões

Produto Interno Bruto (1 000 000 R$) e

Unidades da

Federação 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Brasil 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.484 2.661.345 3.032.203 3.239.404 3.770.085 4.143.013 4.392.094

Norte 4,690 4,777 4,945 4,957 5,064 5,019 5,102 5,038 5,345 5,396 5,268

Rondônia 0,526 0,574 0,580 0,600 0,553 0,564 0,590 0,625 0,625 0,672 0,669

Acre 0,194 0,194 0,203 0,209 0,204 0,216 0,222 0,228 0,225 0,212 0,219

Amazonas 1,475 1,469 1,561 1,553 1,653 1,579 1,544 1,532 1,586 1,558 1,460

Roraima 0,157 0,161 0,145 0,148 0,154 0,157 0,161 0,173 0,168 0,168 0,167

Pará 1,736 1,750 1,832 1,822 1,873 1,860 1,930 1,803 2,065 2,133 2,072

Amapá 0,223 0,202 0,198 0,203 0,222 0,226 0,223 0,229 0,219 0,216 0,237

Tocantins 0,379 0,426 0,426 0,422 0,405 0,417 0,432 0,450 0,457 0,436 0,445

(12)

Nordeste 12,964 12,767 12,724 13,065 13,130 13,068 13,109 13,512 13,461 13,404 13,556

Maranhão 1,045 1,087 1,113 1,180 1,208 1,188 1,269 1,230 1,200 1,260 1,339

Piauí 0,502 0,516 0,506 0,518 0,540 0,531 0,553 0,588 0,585 0,594 0,586

Ceará 1,955 1,916 1,899 1,906 1,954 1,891 1,982 2,028 2,065 2,124 2,052

Rio Grande do Norte 0,825 0,795 0,802 0,832 0,867 0,861 0,840 0,861 0,858 0,871 0,900

Paraíba 0,841 0,833 0,774 0,786 0,842 0,834 0,847 0,887 0,847 0,856 0,882

Pernambuco 2,385 2,312 2,267 2,325 2,342 2,339 2,323 2,421 2,525 2,520 2,672

Alagoas 0,664 0,659 0,664 0,658 0,665 0,669 0,642 0,656 0,652 0,689 0,673

Sergipe 0,640 0,640 0,627 0,625 0,638 0,635 0,645 0,610 0,635 0,632 0,633

Bahia 4,106 4,009 4,073 4,234 4,074 4,120 4,007 4,231 4,094 3,859 3,819

Sudeste 56,681 55,752 55,832 56,531 56,785 56,407 56,018 55,320 55,389 55,411 55,190

Minas Gerais 8,647 8,755 9,133 8,971 9,063 9,067 9,317 8,861 9,320 9,321 9,188

Espírito Santo 1,811 1,827 2,071 2,199 2,227 2,267 2,304 2,061 2,178 2,358 2,444

Rio de Janeiro 11,596 11,060 11,483 11,504 11,620 11,151 11,318 10,924 10,799 11,160 11,480

São Paulo 34,628 34,110 33,144 33,857 33,875 33,922 33,079 33,474 33,092 32,572 32,078

Sul 16,891 17,698 17,392 16,589 16,315 16,639 16,557 16,536 16,505 16,221 16,185

Paraná 5,982 6,439 6,306 5,900 5,766 6,071 5,912 5,865 5,764 5,778 5,827

Santa Catarina 3,771 3,932 3,986 3,973 3,931 3,931 4,066 4,007 4,045 4,080 4,036

Rio Grande do Sul 7,138 7,327 7,099 6,716 6,619 6,636 6,579 6,664 6,697 6,363 6,322

Centro-Oeste 8,773 9,006 9,107 8,857 8,706 8,866 9,213 9,593 9,299 9,568 9,801

Mato Grosso do Sul 1,025 1,134 1,087 1,008 1,027 1,057 1,093 1,123 1,154 1,189 1,240

Mato Grosso 1,417 1,641 1,904 1,745 1,488 1,604 1,761 1,769 1,581 1,724 1,840

Goiás 2,532 2,520 2,473 2,353 2,408 2,450 2,482 2,643 2,588 2,686 2,822

Distrito Federal 3,799 3,712 3,643 3,750 3,783 3,755 3,877 4,059 3,976 3,970 3,899

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias

Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus –SUFRAMA

Ao comparar o PIB per capita das regiões brasileiras no ano de 2012, é visto que

o cenário muda, sendo o Centro-Oeste e Sudeste com PIB per capita bem mais elevados

que a região Norte e principalmente a região Nordeste que possui o menor per capita do

país. De acordo com Lemos (2012, p. 139)

(13)

Olhando para essas informações pode ser feita uma análise comparativa do PIB

per capitada região Nordeste comparando com o Índice de Exclusão Social (IES) e

verificar o porquê a região Nordeste ser também a região com maior índice de população excluída socialmente.

(14)

diferentemente do IDH que abrange indicadores de bem-estar social, abrange indicadores de privação (água, renda, saneamento básico, educação e coleta de lixo) que são mais próximos à realidade brasileira.

Com base nessas informações foi feito também uma análise dos indicadores socioeconômicos da região Nordeste, além de uma análise de índices de privação que levam a exclusão social de uma região.

O estudo teve como objetivo fazer uma análise de natureza descritiva da situação de pobreza dos estados nordestinos no período de 2004 a 2013, buscando explicar a evolução de alguns indicadores de desenvolvimento, crescimento e bem-estar social, através de dados secundários, obtidos, principalmente, junto à Pesquisa Nacional por Amostra por Domicilio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(15)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são abordados aspectos teóricos com base em diversos autores sobre Crescimento e Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Desenvolvimento Humano, Pobreza e Exclusão Social. Temas que são de extrema importância para a compreensão deste estudo.

2.1 Crescimento e Desenvolvimento Econômico

Apesar de os termos crescimento econômico e desenvolvimento econômico estarem vinculados, são termos diferentes. Durante muito tempo foram considerados sinônimos, porém, essa ideia de serem sinônimos não é mais aceita, tendo com base nessa ideia será diferenciado os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico.

O Crescimento Econômico é o Aumento da capacidade produtiva da economia e, portanto, da produção de bens e serviços de determinado país ou área econômica. É definido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB)

per capita (SANDRONI, 2004, p. 141).

Para Lemos (2012), o Crescimento Econômico é medido simplesmente através de indicadores de quantum ou de quantidades. Não significando que o aumento nesses

indicadores necessariamente atingirá níveis maiores de qualidade de vida para a população.

Com o mesmo raciocínio que Lemos, Souza (2008, p. 6) fala:

[...] O crescimento econômico é encarado como uma simples variação quantitativa do produto, enquanto o desenvolvimento envolve mudanças qualitativas no modo de vida das pessoas, das instituições e das estruturas produtivas. Nesse sentindo, o desenvolvimento caracteriza-se pela transformação de uma economia arcaica em uma economia moderna, eficiente, juntamente com a melhoria do nível de vida do conjunto da população.

Lemos (2012) ainda cita de alguns indicadores alguns indicadores de crescimento econômico, tais como, Evolução do PIB agregado; do PIB per capita;

(16)

Já o termo Desenvolvimento Econômico pode ser definido como:

Desenvolvimento econômico não quer dizer simplesmente aumento do PNB de um país, mas diminuição da pobreza a um nível individual. Provavelmente os melhores indicadores de pobreza sejam o baixo consumo de alimentos e o elevado desemprego. Se estes problemas forem abordados de maneira adequada, junto com o crescimento do PNB e com uma distribuição de renda razoavelmente equitativa, aí sim, poder-se-á falar num genuíno

desenvolvimento econômico (SINGER; ANSARI, 1979, p. 18 apud LEMOS,

2012, p.41).

Sandroni (2004, p.169), conceitua o termo Desenvolvimento Econômico como o aumento do PNB per capita (crescimento econômico) acompanhado de melhores

condições de vida da população (melhor nível de bem-estar).

Desenvolvimento econômico é o crescimento econômico (aumento do

Produto Nacional Bruto per capita) acompanhado pela melhoria do padrão

de vida da população e por alterações fundamentais na estrutura de sua economia. O estudo do desenvolvimento econômico e social partiu da constatação da profunda desigualdade, de um lado, entre os países que se industrializaram e atingiram elevados níveis de bem-estar material, compartilhados por amplas camadas da população, e, de outro, aqueles que não se industrializaram e por isso permaneceram em situação de pobreza e com acentuados desníveis sociais.

Além dos já citados indicadores de crescimento econômico, Lemos (2012) cita alguns indicadores de desenvolvimento econômico, tais como, o acesso aos ativos sociais, como: água encanada, saneamento, coleta de lixo, educação. A redução da taxa de mortalidade infantil; da taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos; redução da taxa de raquitismo em crianças menores de cinco anos; redução da taxa de mortalidade em mulheres no ato de dar à luz; acesso a alimentos com quantidades adequadas de calorias, vitaminas e sais minerais;

Quando se olha para uma visão mais clássica do conceito de desenvolvimento econômico, Schumpeter (1961) apresenta uma definição de desenvolvimento sendo aquelas transformações da vida econômica que não lhe foram obrigados a fazer por imposição, e não transformações que foram feitas para adaptar-se a mudanças externas, quando se há transformações impostas para adaptação de mudanças externas, não há que se falar em desenvolvimento algum.

(17)

Entenderemos como desenvolvimento, apenas as mudanças da vida econômica que não lhe foram impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa. Se concluir que não há tais mudanças emergindo na própria esfera econômica, e que o fenômeno que chamamos de desenvolvimento econômico é, na prática, baseado no fato de que os dados mudam e que a economia se adapta continuamente a eles, então diríamos que não há nenhum desenvolvimento econômico. Pretenderíamos com isso dizer que o desenvolvimento econômico não é um fenômeno a ser explicado economicamente, mas que a economia, em si mesma, seu desenvolvimento, é arrastada pelas mudanças do mundo à sua volta, e que as causas e, portanto, a explicação do desenvolvimento deve ser procurada fora do grupo de fatos

que são descritos pela teoria econômica (SCHUMPETER, 1997, p. 74apud

LEMOS, 2012, p.39).

Para Goodland (1989 apud Lemos, 2012) diferencia crescimento econômico de

desenvolvimento econômico avaliando que, crescimento econômico se refere à expansão da escala das dimensões quantitativas do sistema econômico, já, desenvolvimento econômico se refere a transformações econômicas, sociais, estruturais, tendo como base a melhoria qualitativa (não apenas a melhoria quantitativa) em conjunto com o equilíbrio relativo ao meio ambiente.

Já para Vasconcellos e Garcia (2012) a diferença entre crescimento e desenvolvimento econômico se dá pelo Crescimento econômico ser um aumento gradativo da renda per capita ao logo do tempo, e o Desenvolvimento econômico ser um

conceito mais qualificativo, tendo alterações e alocações dos recursos pelos diferentes setores da economia, tendo como consequência a melhoria de indicadores de bem estar econômicos e sociais.

De acordo com Souza (2008, p. 7), desenvolvimento é definido com base tanto no aumento de indicadores econômicos e sociais como de aumento em melhores indicadores ambientais, consequentemente um meio ambiente mais preservado trazendo com isso mais qualidade de vida para a população:

(18)

Fica claro com essas definições que o conceito de Desenvolvimento econômico é mais complexo e mais abrangente do que apenas o crescimento do produto agregado que caracteriza o Crescimento econômico, já que desenvolvimento econômico amplia sua visão tanto para a área econômica quanto para a área social e cultural. No Desenvolvimento econômico é precisa muito mais que melhores indicadores econômicos, é preciso trazer melhores condições de vida e de bem-estar social para população.

Outro importante ponto que pode ser reparado é que desenvolvimento econômico pode ser definido como um crescimento econômico acompanhado de melhores indicadores de bem-estar social e qualidade de vida da população.

É importante ficar claro que o crescimento econômico é condição indispensável para o desenvolvimento econômico, mas que somente o crescimento econômico não é condição suficiente para se ter um desenvolvimento econômico.

A compreensão da diferença entre crescimento e desenvolvimento econômico é essencial para entender que uma região pode crescer economicamente, no entanto, não haver um desenvolvimento acompanhando esse crescimento. A consequência desse crescimento sem desenvolvimento é o aumento das desigualdades sociais, da pobreza e da exclusão social, termos que serão aprofundados mais à frente.

2.2 Desenvolvimento Econômico Sustentável

Após uma abordagem das definições de crescimento econômico e desenvolvimento econômico, será abordado as definições a respeito do Desenvolvimento Econômico Sustentável.

(19)

Para Lemos (2012, p.45): “Uma vez que o desenvolvimento se constitui num processo globalizante, sua sustentação no tempo também precisa ser entendida nesta perspectiva holística.”

Lemos, acrescenta, que segundo Sachs (1997), a sustentabilidade do desenvolvimento tem que ter no mínimo, cinco dimensões, são elas: dimensão social, dimensão econômica, dimensão ecológica, dimensão geográfica e dimensão cultural.

Além dessas dimensões apresentadas acima, Lemos cita que o Projeto Aridas (1995) fala em duas outras dimensões para o desenvolvimento sustentável, são elas: dimensão técnico-científica e dimensão político-institucional.

Com base nessas dimensões, o termo Desenvolvimento Sustentável pode ser chamado de Ecodesenvolvimento.

A seguir serão listados alguns princípios a serem seguidos para se alcançar um desenvolvimento sustentável:

i − ser solidários com as futuras gerações;

ii − satisfazer as necessidades básicas dos cidadãos;

iii − buscar a participação efetiva da população envolvida, que é constituída dos verdadeiros atores do processo de desenvolvimento;

iv − ter como meta a busca incessante da preservação dos recursos naturais, renováveis e/ou não-renováveis, bem como do meio ambiente em geral; v − criar um sistema social que garanta o trabalho estável com remuneração digna para todos, segurança social e pessoal e preservação cultural;

vi − promover projetos e planos educacionais em todos os níveis para toda a população.(Sachs, 1993, apud LEMOS, 2012, p.47).

Nessa mesma linha de raciocínio, o conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se mais difundido após a apresentação do Relatório de Brundtland (1987 apud Lemos, 2012, p.48) com o título de O Nosso Futuro Comum, apresentou algumas

sugestões a servirem como norteadoras para os países que buscam um desenvolvimento sustentável. As medidas seriam:

a − limitação do crescimento da população; b − garantia de segurança alimentar a longo prazo; c − preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

d − diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que incorporassem o uso de fontes renováveis de energia;

e − satisfação de todas as necessidades básicas das pessoas;

(20)

g − controle da urbanização desenfreada das populações; e

h – promoção de uma maior e melhor integração entre o campo e a cidade.

Neste aspecto, a promoção de programas de reforma agrária seria da maior relevância como estratégia para atingimento de todos os objetivos

propostos.

Pode-se concluir que, o Desenvolvimento Econômico Sustentável, é uma forma de se tentar compatibilizar eficiência econômica, com justiça social, e principalmente com prudência ecológica ao se explorar o meio ambiente, ou seja, tentar explorar de forma racional os recursos naturais de maneira a garantir a preservação do meio ambiente que é de suma importância para a sobrevivência tanto atual como futura do ser humano

2.3 Desigualdade Social

A desigualdade social é um problema que atinge severamente o Brasil, principalmente a Região Nordeste. Esse problema se dá devido à má distribuição de renda, ou seja, a maior parte da renda está concentrada em uma pequena parte da população, enquanto a maioria da população fica prejudicada por ter apenas uma pequena parcela da renda distribuída entre eles. Outro aspecto que se pode observar é que os ricos ficam cada vez mais ricos enquanto os pobres ficam cada vez mais pobres.

Segundo Mata (1979, p.24), Kuznets em 1966, ao examinar um grupo de países desenvolvidos concluiu que “a distribuição relativa de renda, medida pela renda anual de classes bastante amplas, tem mudado no sentido de maior igualdade.”

Pode-se observar que a desigualdade social não está unicamente relacionada com o valor do PIB agregado de um país, mas sim, em como está dividido à renda entre sua população, pois um país pode ser rico economicamente, mas ter a maior parte da população pobre. Um exemplo disso seria a diferença de PIB agregado e PIB per capita

na Região Nordeste, onde em 2012 possuía o 3º maior PIB agregado do país, perdendo apenas para Sudeste e Sul, mas ao verificarmos o PIB per capita do mesmo ano vemos o

quanto é desigual a distribuição de renda nessa região, ficando em último lugar entre as regiões, consequentemente, deixando boa parte da população da Região Nordeste, prejudicada e bastante comprometida.

(21)

Gini tem amplitude de 0 a 1, quanto mais próximo de 0 a desigualdade é menor e quanto mais próximo de 1 a desigualdade é maior.

2.4 Pobreza

Um dos maiores problemas econômicos será abordado nesse tópico, a pobreza. A definição de pobreza é subjetiva e pode ser definida por vários conceitos, vejamos um dos vários conceitos a seguir. De acordo com REED; SHENG (1996, apud LEMOS, 2012, p. 63):

O conceito de pobreza envolve um forte componente de subjetividade e até de ideologia. Assim, numa perspectiva de interpretação neoclássica, a pobreza é considerada uma condição ou um estágio de um indivíduo ou de uma família em relação a uma linha imaginária. Por outro lado, pode-se definir pobreza numa outra dimensão, de um ponto de vista sociopolítico, como “uma relação historicamente determinada entre os grupos sociais, na qual um segmento significativo da população está privado dos meios que

viabilizem atingir níveis adequados de bem-estar social”.

Já para SANDRONI (2004), o conceito de pobreza está relacionado ao fato dos indivíduos ou grupos populacionais por falta de renda ou bens de consumo, serem negados de satisfazer suas necessidades básicas para a sobrevivência humana como a falta de alimentação adequada, falta de moradia apropriada, falta de vestuário, a saúde precária e a baixa educação. Embora haja casos de pobreza nas margens dos países desenvolvidos, a pobreza costuma ser mais intensa nos países subdesenvolvidos.

O Banco Mundial determina como pobres os indivíduos ou famílias que se encontram em uma posição abaixo de uma linha imaginária de pobreza, a chamada “linha de pobreza”.

(22)

Lemos (2012) lista três perspectivas que servem de base para entender a pobreza numa perspectiva teórica neoclássica. São elas:

 Perspectiva do Rendimento, onde uma pessoa será considerada pobre, se seu nível de rendimento estiver abaixo de uma linha definida de pobreza. Esta linha definida pobreza, está na maioria dos casos, relacionados à alimentação, onde os rendimentos seriam insuficientes para adquirir uma quantidade determinada de alimentos.

 Perspectiva das Necessidades Básicas, onde a pobreza é caracterizada através da privação das condições materiais para um grau de satisfação minimamente aceitável das necessidades humanas, incluindo alimentação, saúde, educação, saneamento básico e água potável, dentro outros.

 Perspectiva da Capacidade, onde a pobreza se apresenta na ausência de algumas capacidades básicas para os indivíduos ou famílias, como ausência de capacidades físicas (alimentação, vestuário, bem abrigadas e imunes a morbidade previsível, dentre outras.). Esta análise pela perspectiva da capacidade agrupa as noções de pobreza absoluta e de pobreza relativa que será estudada a seguir.

Não é fácil delimitar um ponto de corte, onde quem está abaixo é considerado pobre e quem está acima é considerado não pobre. Lemos ao citar Rocha (2006), tenta esclarecer dois conceitos de pobrezas distintos, o conceito de pobreza absoluta e de pobreza relativa. Dessa forma fica mais fácil esclarecer diferenças básicas desses dois conceitos de pobrezas:

A pobreza absoluta está estreitamente vinculada às questões de sobrevivência física; portanto, ao não-atendimento das necessidades vinculadas ao mínimo vital”. Enquanto, a pobreza relativa “define necessidades a serem satisfeitas em função do modo de vida predominante na sociedade em questão” e “implica, consequentemente, delimitar um conjunto de indivíduos “relativamente pobres” em sociedades onde o mínimo vital já é garantido a todos (ROCHA, 2006, p.11 apud Lemos, 2012, p.71).

(23)

Costumam-se distinguir dois conceitos de pobreza: pobreza absoluta e pobreza relativa. O primeiro conceito envolve a noção de mínimo necessário

à subsistência – de uma família – e consta de uma dieta básica, medida

geralmente em calorias, acrescida de outros gastos indispensáveis, tais como saúde, transporte e vestuário. A pobreza relativa considera explicitamente o padrão de vida atingido pela sociedade, implicando, portanto, grande semelhança entre este conceito e o de desigualdade.

2.5 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Criado por MahbubulHaq com a colaboração do economista Amartya Sem, foi publicado em 1990 pela ONU (Organização das Nações Unidas), um dos mais conhecidos e utilizados indicadores sociais do mundo, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH tem como principal objetivo medir as condições de vida do ser humano, levando em consideração não apenas o PIB per capita, que tem somente uma visão

econômica do desenvolvimento.

O IDH tem uma amplitude de zero (quanto mais próximo a zero pior será o desenvolvimento daquele local) e um (quanto mais próximo a um melhor será o desenvolvimento daquele local).

Segundo (HumanDevelopmentReport, HDR, 2009, p. 276), o IDH é composto por três âncoras:

 Esperança de vida ao nascer, longevidade;  Educação, medida através de duas variáveis:

- Taxa de alfabetização de adultos (com ponderação de dois terços) - Percentual de alunos matriculados no primário, secundário e superior (com ponderação de um terço)

 Renda per capita.

Com essas três âncoras tem-se a seguinte equação: IDH = (L+E+R)/3

(24)

Feito a média do IDH, cada país é classificado do seguinte modo:  IDH de um país entre 0,800 e 1, é considerado alto

 IDH de um país entre 0,500 e 0,799, é considerado médio  IDH de um país entre 0 e 0,499, é considerado baixo

Atualmente o Brasil encontra-se em 85º lugar no ranking do IDH.

(25)

3 METODOLOGIA

O estudo teve por objetivo fazer uma análise de natureza descritiva da situação de pobreza dos estados nordestinos no período de 2004 a 2013, buscando explicar a evolução de alguns indicadores de desenvolvimento, crescimento e bem-estar social, através de dados secundários, obtidos, principalmente, junto à Pesquisa Nacional de Amostra por Domicilio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este estudo teve como áreas específicas de observação as unidades da federação, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, todas unidades localizadas na Região Nordeste.

A partir da obtenção das informações sobre a renda, educação, coleta de lixo, saneamento básico e água tratada dos objetos analisados, foi possível aferir a relação causa-efeito entre os indicadores e a pobreza nos estados do Nordeste entre 2004 e 2013

A Região Nordeste foi analisada ao final do estudo das unidades da federação, procurando comparar com outras grandes regiões do Brasil.

Foi utilizado o Índice de Exclusão Social (IES) criado por Lemos (2012), para aferir os padrões de exclusão social, entendidos no estudo como sinônimos de pobreza.

3.1 Evolução do Índice de Exclusão Social (IES)

Enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abrange três indicadores (esperança de vida ao nascer, educação e renda per capita) e demonstra dificuldades para

identificar a população socialmente excluída nos países subdesenvolvidos, o Índice de Exclusão Social (IES) elaborado por Lemos inicialmente abrangia cinco indicadores de privação (água, educação, coleta de lixo, saneamento básico e renda) até a sua Segunda Edição do Livro “Mapa da Exclusão Social no Brasil” que buscava enxergar com mais precisão a população socialmente excluída.

A equação do Índice de Exclusão Social (IES) era definida como:

(26)

Na equação acima, Pi1, Pi2, Pi3, Pi4, Pi5 se constituem nos respectivos pesos associados a cada um dos indicadores Yi1, Yi2, Yi3, Yi4, Yi5que entram na construção do IES, e que estão assim definidos:

Yi1 = PRIVAGUA é a percentagem da população do i-ésimo município brasileiro que sobrevive em domicílios particulares que não têm acesso a água tratada;

Yi2 = PRIVSANE é a percentagem da população do i-ésimo município brasileiro que sobrevive em domicílios que não têm saneamento adequado, entendido como não tendo ao menos uma fossa séptica para esconder os dejetos humanos;

Yi3 = PRIVLIXO é o percentual da população do i-ésimo município brasileiro que sobrevive em domicílios particulares que não têm acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo doméstico, direta ou indiretamente;

Yi4 = PRIVEDUC constitui-se no percentual da população maior de 10 anos que não é alfabetizada, segundo definição do IBGE;

Yi5 = PRIVREND é o percentual da população do i-ésimo município brasileiro que sobrevive em domicílios particulares cuja renda diária por pessoa é menor ou igual a US$ 1,00.

A partir da sua Terceira Edição do Livro, Lemos (2012), Reestruturou o IES em três âncoras que são seus indicadores diretos. São eles:

- Passivo Educacional ou Social (PASSEDUC ou PASSOCI), que na teoria herdou as características do PRIVEDUC, mas tem sua variável aferida pelo percentual da população maior de quinze (15) anos que se declara analfabeta.

- Passivo Econômico (PASSECON), que herdou as características do PRIVREND, mas tem sua variável aferida pela parte da população que sobrevive com a renda total domiciliar entre zero (0) e dois (2) salários mínimos.

(27)

que sobrevive em domicílios privados do acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, fossa séptica para destinar os dejetos humanos, e por último o PRIVLIXO que trouxe o percentual de domicílios que são privados do acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente.

Conhecendo as novas variáveis a definição da nova equação é dada pela seguinte fórmula:

IES = P1. PASSEDUC + P2.PASSECON + P3.PASSAMBI

Onde a definição de PASSAMBI é dada pela seguinte fórmula:

PASSAMBI = P4. PRIVAGUA + P5. PRIVSANE + P6. PRIVLIXO

Onde os pesos para P1, P2, P3, P4, P5 e P6 são estimados de acordo com as Tabelas 3 e 4.

Tabela 03 – Pesos relativos a cada indicador de Privação do PASSAMB

INDICADOR PESOS

PRIVAGUA – P4 0,35

PRIVSANE – P5 0,35

PRIVLIXO – P6 0,30

Fonte: Lemos (2012)

Tabela 04 – Pesos relativos a cada novo indicador do Índice de Exclusão Social

ANTIGAS VARIÁVEIS ATUAIS VARIÁVEIS PESOS

PRIVEDUC PASSEDUC 0,35

PRIVREND PASSECON 0,35

PRIVAGUA (0,35)

PASSAMBI 0,30

PRIVSANE (0,35) PRIVLIXO (0,30)

(28)

Na pesquisa utilizam-se dados publicados pelas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE compreendendo os anos de 2004 a 2013.

É importante identificar os três indicadores do IES como de suma importância para a sobrevivência digna do ser humano, já que sem água tratada, saneamento básico e falta de coleta de lixo se torna mais frágil a saúde e aumenta a probabilidade de doenças nessas regiões, e sem saúde e educação adequados não se consegue ter um desenvolvimento a um nível razoável.

(29)

4 RESULTADOS

Neste capítulo é abordado as evoluções do Índice de Exclusão Social e suas privações nos estados da região Nordeste no período entre 2004 e 2013. Logo após é abordado a região Nordeste como um todo, comparando os estados e as regiões.

4.1 Estimativas do IES e seus indicadores para Alagoas

Tabela 05 – Índice de Exclusão Social de Alagoas

Alagoas

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 29,51 29,27 26,44 25,14 25,74 24,57 24,3 21,78 21,84 21,65 -7,86

Passecon 61,33 63,08 63,1 60,6 64,8 65,35 63,70 58,88 59,12 58,79 -2,54

Privagua 37,64 35,87 37,26 29,33 26,22 32,93 31,69 25,61 25,51 27,46 -10,18

Privsane 85,88 69,47 70,35 68,31 63,17 67,01 68,14 53,22 50,19 69,59 -16,29

Privlixo 28,66 28,19 26,4 24,41 24,76 24,89 20,15 21,88 21,16 21,38 -7,28

Passambi 51,83 45,33 45,58 41,50 38,71 42,45 40,99 34,15 32,84 40,38 -11,45

IES Alagoas 47,34 45,92 45,01 42,46 43,30 44,21 43,10 38,48 38,19 40,27 -7,07

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Gráfico 01 – Índice de Exclusão Social de Alagoas

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Alagoas

(30)

O indicador Passivo Educacional no estado de Alagoas, apresentou no ano de 2004 o percentual de 29,51%, ao longo dos 10 anos analisados teve uma diminuição gradativa do indicador, tendo uma variação de 7,86% para o ano de 2013, que apresentou percentual de 21,65%. O ano de 2004 e 2013 foram os anos que apresentaram, respectivamente, o pior e o melhor indicador educacional, ou seja, em 2004, 29,51% da população maior de 15 anos é privada do acesso à alfabetização, e em 2013 teve uma redução dessa parcela da população para 21,65%.

O Passivo Econômico obteve no ano de 2004, percentual de 61,33%, ao longo de 10 anos teve uma variação discreta de 2,54%, apresentando em 2013 uma diminuição para um percentual de 58,79%. O ano de 2009 foi o ano que apresentou o pior índice, quando 65,35% dos domicílios apresentaram uma renda total domiciliar de até 2 salários mínimos. Já o ano de 2013 foi o ano que apresentou o melhor índice econômico, quando 58,79% dos domicílios apresentaram uma renda total domiciliar de até 2 salários mínimos.

O Passivo Ambiental é dividido em três âncoras, a primeira âncora a ser comentada é a Privação de Água que em 2004 apresentou percentual de 37,64% com redução ao longo dos 10 anos estudados de 10,18%, apresentando em 2013 percentual de 27,46%. O ano de 2004 foi o ano que apresentou o pior índice com 37,64% da população sobrevivendo em domicílios privados do acesso ao serviço de água tratada. O ano que apresentou o melhor índice foi o ano de 2012, que apresentou percentual de 25,51% da população sem acesso ao serviço de água tradada.

A segunda âncora do Passivo Ambiental a ser comentada é a Privação de Saneamento que apresentou em 2004 percentual de 85,88% e redução de 16,29% ao longo de 10 anos, apresentando em 2013 percentual de 69,59%. O ano que apresentou o pior índice foi o ano de 2004, e o ano que apresentou a melhor melhora no serviço de saneamento básico foi o ano de 2012 com 50,19% da população sobrevivendo em domicílios privados do acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, fossa séptica para destinar os dejetos humanos.

(31)

e o melhor índice de privação de coleta de lixo, com 28,66% em 2004 e em 2010 com 20,15% dos domicílios que são privados do acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente.

O Passivo Ambiental do estado de Alagoas teve em 2004 percentual de 51,83%, e em 2013 o percentual foi de 40,38%, com variação de 11,45% nesses 10 anos. Os anos com pior e melhor percentual respectivamente foram 2004 com 51,83% e 2012 com 32,84%.

O Passivo que apresentou melhor evolução ao longo desses 10 anos analisados foi o Passivo Ambiental com 11,45% de redução, já o Passivo Econômico reduziu apenas 2,54% em 10 anos.

O Índice de Exclusão Social do estado de Alagoas teve variação de 7,07% entre 2004 e 2013, o ano de 2004 apresentou IES 47,34%, e o ano de 2013 apresentou percentual de 40,27%. O ano de 2004 apresentou o pior índice de pessoal socialmente excluídas com 47,34% e o ano de 2012 apresentou o melhor percentual de pessoas socialmente excluídas do estado de Alagoas com 38,19%.

4.2 Estimativas do IES e seus indicadores para a Bahia

Tabela 06 – Índice de Exclusão Social da Bahia

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Bahia

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 20,43 18,77 18,57 18,31 17,3 16,72 16,6 14,43 15,86 14,91 -5,52

Passecon 52,84 55,22 55,42 56,69 54,87 54,96 57,6 52,42 57,07 54,9 2,06

Privagua 25,28 24,89 23,12 23,49 20,41 20,42 19,99 17,91 17,21 17,13 -8,15

Privsane 50,98 53,4 47,95 39,43 42,65 42,04 49,06 40,41 37,31 37,37 -13,61

Privlixo 30,66 28,57 57,54 26,37 24,66 23,86 23,79 20,66 21,35 19,68 -10,98

Passambi 35,89 35,97 42,14 29,93 29,47 29,02 31,30 26,61 25,49 24,98 -10,91

(32)

Gráfico 02 – Índice de Exclusão Social da Bahia

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O Passivo Educacional no estado a Bahia, apresentou no ano de 2004 o percentual de 20,43%, em 10 anos analisados teve uma redução do indicador, tendo uma variação de 5,52%, com essa variação o ano de 2013, apresentou percentual de 14,91%. O ano de 2004 foi o ano que apresentou o pior índice educacional com e 2011 foram os anos que apresentaram, respectivamente, o pior e o melhor indicador educacional com 20,43% da população maior de 15 anos é privada do acesso à alfabetização e 2011 foi o ano que teve melhores avanços nessa área com uma redução dessa parcela da população para 14,43%.

O Passivo Econômico apresentou no ano de 2004, percentual de 52,84%, e ao longo de 10 anos teve uma piora nesse índice com um aumento de 2,06%, apresentando em 2013 um percentual de 54,9%. O ano de 2010 foi o ano que apresentou o pior índice, com 57,60% dos domicílios apresentando uma renda total domiciliar de até 2salários mínimos, o ano de 2011 foi o ano que apresentou o melhor índice econômico, quando teve uma diminuição desse índice para 52,42%

A primeira âncora do Passivo Ambiental, a Privação de Água, apresentou em 2004 percentual de 25,28% com variação ao longo dos 10 anos de 8,15%, apresentando

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Bahia

(33)

em 2013 percentual de 17,13%. O ano de 2004 e o ano de 2013 foram também os anos que apresentaram o pior e o melhor índice de pessoas sobrevivendo em domicílios privados do acesso ao serviço de água tratada.

A segunda âncora do Passivo Ambiental, a Privação de Saneamento, apresentou em 2004 percentual de 50,98% e ao longo de 10 anos apresentou redução de 13,61%, apresentando em 2013 percentual de 37,37%. O ano que apresentou o pior índice de população sobrevivendo em domicílios privados do acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, fossa séptica para destinar os dejetos humanos, foi o ano de 2005 com 53,4%, e o ano que apresentou a melhora mais significativa no serviço de saneamento básico foi o ano de 2012 com 37,31%.

A terceira âncora do Passivo Ambiental, a Privação de Coleta de Lixo, em 2004 apresentou índice de 30,66% dos domicílios que são privados do acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente, e 10 anos após teve redução de 10,98%, chegando a 19,68% em 2013. Os anos de 2004 e 2013 foram também os anos que apresentaram o pior e o melhor índice de privação de coleta de lixo, respectivamente. O Passivo Ambiental, em 2004 teve índice percentual de 35,89%, e em 2013 teve uma redução desse índice em 10,91%, diminuindo esse índice para um percentual de 24,98%. O ano de 2006 foi o ano que apresentou pior percentual com 42,14% e o ano que apresentou o melhor percentual foi o ano de 2013 com 24,98%.

O Passivo que apresentou melhor evolução ao longo dos 10 anos avaliados foi o Passivo Ambiental com 10,91% de redução do índice, principalmente por conta do indicador de privação de saneamento que teve redução de 13,61%, o Passivo Econômico foi o Passivo que apresentou a pior evolução com um aumento de 2,06% em 10 anos.

O IES do estado da Bahia, em 2004 apresentou índice de 36,41% de população socialmente excluída na Bahia e teve variação de 4,48% nesses 10 anos analisados, apresentando em 2013, percentual de 31,93%. 2011, foi o ano que apresentou o melhor IES, quando apresentou índice de 31,38%, e 2006 foi o ano que apresentou o pior índice de IES quando apresentou 38,54% da população socialmente excluída.

(34)

Tabela 07 – Índice de Exclusão Social do Ceará Ceará

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 21,77 22,58 20,6 19,17 19,06 18,56 18,8 16,47 16,25 16,72 -5,05

Passecon 54,81 56,96 56,16 57,14 54,43 54,64 60,2 56 54,78 58,79 3,98

Privagua 25,82 26,04 24,8 21,27 19,28 18,24 23,03 22 21,75 22,75 -3,07

Privsane 61,02 59,22 57,47 50,16 48,15 55,24 57,38 46,02 46,83 50,75 -10,27

Privlixo 29,11 27,75 26,46 25,6 23,87 22,57 24,61 24,57 24,26 23,24 -5,87

Passambi 39,13 38,17 36,73 32,68 30,76 32,49 35,53 31,18 31,28 32,70 -6,43

IES Ceará 38,54 39,29 37,89 36,51 34,95 35,37 38,31 34,72 34,24 36,24 -2,30

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Gráfico 03 – Índice de Exclusão Social do Ceará

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O Passivo Educacional, apresentou em 2004 percentual de 21,77%, e teve redução de 5,05% ao longo desses 10 anos analisados apresentando em 2013 percentual de 16,72%. O ano de 2005 foi o ano que apresentou o pior índice educacional com 22,58% da população maior de 15 anos analfabeta e o ano de 2012, foi o ano que apresentou a melhor evolução do PASSEDUC, com um índice de 16,25%.

No ano de 2004, o Passivo Econômico no estado do Ceará apresentou índice de 54,81%, e ao longo de 10 anos teve um aumento nesse índice de 3,98%, chegando a

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Ceará

(35)

apresentar em 2013 um percentual de 58,79%. Os anos de 2008 e 2010 foram, respectivamente, os anos com melhor e pior índice percentual com 54,43% e 60,20% dos domicílios apresentando uma renda total domiciliar de até 2 salários mínimos.

A Privação de Água, primeira âncora do Passivo Ambiental, apresentou em 2004 índice de 25,82% com redução ao longo dos 10 anos de 3,07%, apresentando em 2013 percentual de 22,75%. O ano de 2005 foi o ano com pior índice de privação de água tratada com 26,04% e o ano com melhor evolução nesse índice foi o ano de 2009, quando apresentou percentual de 18,24%.

A Privação de Saneamento Básico, segunda âncora do Passivo Ambiental, em 2004, apresentou índice de 61,02% e teve variação ao longo de 10 anos de 10,27%, apresentando em 2013 percentual de 50,75%. Os anos que apresentaram o pior e melhor índice, respectivamente, foram os anos de 2004 com 61,02% e 2011 com índice de 46,02%.

A Privação de Coleta de Lixo, terceira âncora do Passivo Ambiental, apresentou em 2004 percentual de 29,11%, e ao longo de 10 anos teve redução de 5,87%, chegando a 23,24% em 2013. O ano de 2004 foi o ano que teve pior índice de domicílios que são privados do acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente e o ano de 2009, com 22,57% de índice, foi o ano que apresentou melhor evolução nesse índice.

O Passivo Ambiental, apresentou em 2004 percentual de 39,13%, e teve uma redução em 10 anos de 6,43%, apresentando em 2013 índice percentual de 32,70%. O ano de 2004 com 39,13% foi o ano que apresentou pior percentual, já o ano de 2008 com 30,76% foi o ano que apresentou o melhor percentual.

O Passivo que apresentou melhor evolução ao longo dos 10 anos analisados foi o Passivo Ambiental com 6,43% de redução do índice, principalmente por conta do indicador de privação de saneamento que teve redução de 10,27%, o Passivo Econômico foi o Passivo que apresentou a pior evolução com um aumento de 3,98% nesses 10 anos analisados.

(36)

final desses 10 anos analisados, apresentando em 2013, percentual de 36,24%. Os anos que apresentaram pior e melhor índice de população excluídas socialmente foram, respectivamente, 2005 com 39,29% de IES e 2012 com 34,24% de IES.

4.4Estimativas do IES e seus indicadores para o Maranhão

Tabela 08 – Índice de Exclusão Social do Maranhão Maranhão

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 23,1 22,99 22,79 21,45 19,46 19,08 20,9 21,64 20,84 19,85 -3,25

Passecon 56,84 58,91 54,65 57,86 55,04 55,24 67,2 58,66 63,6 56,32 -0,52

Privagua 41 38,7 39,9 35,75 30,15 32,5 34,86 32,69 28,75 31,6 -9,40

Privsane 52,03 50,5 47,02 47,27 38,84 41,07 74,27 47,98 49,17 47,75 -4,28

Privlixo 45,89 40,42 39,34 36,8 33,35 33,91 44,21 43,77 45,94 42,58 -3,31

Passambi 46,33 43,35 42,22 40,10 34,15 35,92 51,46 41,37 41,05 40,55 -5,78

IES

Maranhão 41,88 41,67 39,77 39,79 36,32 36,79 46,27 40,51 41,87 38,82 -3,05

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Gráfico 04 – Índice de Exclusão Social do Maranhão

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O indicador Passivo Educacional no estado do Maranhão, apresentou em 2004 percentual de 23,10%, e teve variação de 3,25% ao longo desses 10 anos avaliados

0 10 20 30 40 50 60 70 80

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Maranhão

(37)

apresentando em 2013 uma redução para 19,85%. O ano de 2004 apresentou 23,10% e foi o ano que apresentou o pior índice de população maior de 15 anos analfabeta e o ano de 2009 apresentou 19,08% e foi o ano que apresentou a melhor evolução do PASSEDUC.

O Passivo Econômico no estado do Maranhão, apresentou em 2004, índice de 56,84%, e ao longo desses 10 anos avaliados teve uma discreta redução nesse índice de 0,52%, chegando a apresentar em 2013, 56,32%. Os anos de 2008 e 2010 foram, respectivamente, os anos com melhor e pior índice percentual com 55,04% e 67,20% dos domicílios apresentando uma renda total domiciliar de até 2 salários mínimos.

A Privação de Água Tratada, em 2004, apresentou percentual de 41,00% com redução ao longo desses 10 anos analisados de 9,40%, apresentando em 2013 índice de 31,60%. O ano de 2004 e o ano de 2012 foram os anos que tiveram o pior e o melhor percentual de privação de água com, respectivamente, 41,00% e 28,75%.

A Privação de Saneamento Básico, apresentou em 2004 percentual de 52,03% e teve uma redução ao longo de 10 anos de 4,28%, apresentando em 2013 índice de 47,75%. O ano que apresentou pior índice foi o ano de 2010 com um alto índice de 74,27% e o ano que apresentou a melhor evolução do indicador de privação de saneamento básico foi o ano de 2008 com 38,84%, com quase a metade do percentual de 2010.

A Privação de Coleta de Lixo, apresentou em 2004 índice de 45,89%, e ao longo desses 10 anos analisados teve uma redução de 3,31%, chegando a 42,58% no ano de 2013. O ano de 2012 foi o ano que teve pior índice de coleta de lixo apresentando 45,94%, já o ano de 2008 foi o ano que apresentou melhor evolução desse índice, com percentual de 33,35%.

Juntando e Ponderando os três indicadores acima, apresentam o Passivo Ambiental, que em 2004, apresentou percentual de 46,33%, e teve uma redução em 2013 de 5,78%, apresentando um índice percentual de 40,55%. O ano de 2010 com 51,46% foi o ano que apresentou pior índice, já o ano de 2008 apresentou o melhor percentual de Passivo Ambiental com 34,15%.

(38)

analisados com 5,78% de redução. O Passivo Econômico foi o indicador com menor evolução, com apenas 0,52% de redução.

O IES do estado do Maranhão, em 2004, apresentou 41,88% de população socialmente excluída no Maranhão e teve uma redução ao final dos 10 anos analisados de 3,05%, apresentando em 2013 um IES de 38,82%. O ano que apresentou pior percentual de IES foi 2010 com 46,27% da população excluída socialmente e o ano que apresentou melhor índice de população excluídas socialmente foi o ano de 2008 com um percentual de 36,32%.

4.5 Estimativas do IES e seus indicadores para Paraíba

Tabela 09 – Índice de Exclusão Social da Paraíba Paraíba

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 25,31 25,21 22,73 23,46 23,49 21,62 21,9 17,23 18,59 18,21 -7,10

Passecon 53,6 52,36 56,08 56,28 55,69 57,32 58,10 52,65 53,11 56,39 2,79

Privagua 21,53 21,76 19,21 21,35 22,35 20,8 23,55 18,54 18,39 19,42 -2,11

Privsane 45,41 47,71 50,44 43,31 42,13 45,12 51,28 34,4 27,14 35,49 -9,92

Privlixo 24,95 22,61 22,67 20,8 19,55 19,5 22,2 15,23 17,5 16,75 -8,20

Passambi 30,91 31,10 31,18 28,87 28,43 28,92 32,85 23,10 21,19 24,24 -6,67

IES Paraíba 36,89 36,48 36,94 36,57 36,24 36,31 37,86 31,39 31,45 33,38 -3,51

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

(39)

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O Passivo Educacional no estado da Paraíba, apresentou em 2004 índice de 25,31%, e teve uma redução em 2013 de 7,10%, um índice percentual de 18,21%. O ano de 2004 foi o ano que apresentou o pior índice educacional com 25,31%, já o ano de 2011 apresentou 17,23% e foi o ano que apresentou o menor índice percentual de população maior de 15 anos analfabeta.

O indicador Passivo Econômico, em 2004, teve um percentual de 53,60%, e ao longo desses 10 anos analisados teve uma piora nesse índice de 2,79%, chegando a apresentar em 2013 percentual de 56,39%. Os anos que apresentaram o melhor e o pior índice econômico foram os anos de 2005 e 2010, com respectivamente, índices de 52,36% e 58,10%.

O índice de Privação de Água Tratada, apresentou em 2004 percentual de 21,53% com redução ao longo desses 10 anos analisados de 2,11%, chegando a apresentar em 2013 índice de 19,42%. O ano de 2010 e o ano de 2012 foram os anos que tiveram o pior e o melhor percentual de privação de água com, respectivamente índices de, 23,55% e 18,39%.

O índice de Privação de Saneamento Básico, apresentou em 2004 índice de 45,41% e teve uma redução ao longo desses 10 anos analisados de 9,92%, chegando a

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Paraíba

(40)

apresentar em 2013, percentual de 35,49%. O ano de 2010 foi o ano que apresentou pior índice com 51,28% de domicílios privados do acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, fossa séptica para destinar os dejetos humanos e o ano que apresentou o melhor indicador de privação de saneamento básico foi o ano de 2012 com 27,14%, uma redução de 24,14% entre esses dois anos.

O índice de Privação de Coleta de Lixo, apresentou em 2004 percentual de 24,95%, e 10 anos depois teve uma redução de 8,20%, chegando a apresentar 16,75% no ano de 2013. O ano de 2004 foi o ano que teve o maior índice de coleta de lixo apresentando índice de 24,95%, já o ano de 2011 foi o ano que apresentou o menor índice, com percentual de 15,23%.

O Passivo Ambiental, apresentou no ano de 2004 um percentual de 30,91%, e teve uma redução ao final dos 10 anos analisados de 6,67%, apresentando um índice de 24,24% em 2013. O ano de 2010 teve índice de 32,85% e foi o ano que apresentou o maior índice de PASSAMB, já o ano de 2012 apresentou o menor percentual de PASSAMB com 21,19%.

Ao contrário dos estados acima estudados, o Passivo que mais evoluiu ao final desses 10 anos analisados foi o PASSEDUC, com uma redução de 7,10% entre 2004 e 2013. Já o Passivo Econômico é o Passivo que menos evoluiu, com um aumento do índice em 2,79%.

O IES do estado da Paraíba, apresentou em 2004, percentual de 36,89% de população excluída socialmente na Paraíba e apresentou uma redução ao final dos 10 anos avaliados de 3,51%, chegando a apresentar em 2013 um IES de 33,38%. O ano de 2010 foi o ano que apresentou maior percentual de IES, com 37,86% da população excluída socialmente e o ano seguinte, o ano de 2011, foi o ano que apresentou menor índice de população excluídas socialmente, com um percentual de 31,39%, uma redução de quase 6,5% de um para o outro.

(41)

Tabela 10 – Índice de Exclusão Social de Pernambuco Perbambuco

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 21,28 20,46 18,48 18,53 17,86 17,62 18 15,74 16,74 15,27 -6,01

Passecon 54,3 54,58 56,77 57,36 55,42 56,94 56,90 52,62 53,57 52,61 -1,69

Privagua 25,22 24,85 23,54 24,1 23 22,52 24,29 17,56 18,52 17,55 -7,67

Privsane 61,31 59,41 58,47 45,99 48,19 56,39 45,83 31,86 37,11 38,73 -22,58

Privlixo 23,69 21,45 21,39 21,19 20,59 18,86 18,35 14,06 14,95 14,54 -9,15

Passambi 37,39 35,93 35,12 30,89 31,09 33,28 30,05 21,52 23,96 24,06 -13,33

IES

Pernambuco 37,67 37,04 36,87 35,83 34,98 36,08 35,23 30,38 31,80 30,98 -6,69

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Gráfico 06 – Índice de Exclusão Social de Pernambuco

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O índice Passivo Educacional no estado de Pernambuco, teve em 2004 percentual de 21,28%, e ao longo desses 10 anos analisados no estudo, teve uma redução de 6,01%, apresentando em 2013 índice de 15,27%. Os anos de 2004 e 2013 também foram o maior e o menor percentual de população maior de 15 anos analfabeta, respectivamente.

Já o Passivo Econômico, teve em 2004, um percentual de 54,30%, e ao longo desses 10 anos analisados teve uma discreta redução nesse índice de 1,69%, chegando a

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Pernambuco

(42)

apresentar em 2013 índice de 52,61%. 2013, foi também o ano que apresentou o menor índice econômico durante esse período de 10 anos, já o ano que apresentou o maior índice percentual de domicílios apresentando uma renda total domiciliar de até 2 salários mínimos foi o ano de 2007, com percentual de 57,36%.

O indicador de Privação de Água Tratada, apresentou em 2004 índice de 25,22% e teve uma redução ao longo desses 10 anos analisados de 7,67%, apresentando em 2013 índice de 17,55%. O ano de 2004 e o ano de 2013 foram também os anos com pior e melhor índice percentual de privação de água tratada.

O indicador de Privação de Saneamento Básico, apresentou em 2004 percentual de 61,31% e apresentou uma grande redução ao final desses 10 anos analisados de 22,58%, chegando a apresentar em 2013, percentual de 38,73%. O ano de 2004 foi o ano que apresentou pior índice com 61,31% e o ano de 2011 foi o ano que apresentou o melhor indicador de privação de saneamento básico, com 31,86% de domicílios privados do acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, fossa séptica para destinar os dejetos humanos, houve uma grande redução de quase 30% entre esses dois anos.

O indicador de Privação de Coleta de Lixo, teve em 2004 um índice de 23,69%, e ao final desses 10 anos analisados teve uma redução de 9,15%, chegando a apresentar no ano de 2013, percentual de 14,54%. O ano de 2004 foi o ano que teve o maior índice de coleta de lixo apresentando percentual de 23,69%, já o ano de 2011 foi o ano que apresentou o menor índice, com 14,06% de domicílios que são privados do acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente.

O Passivo Ambiental, em 2004, apresentou um índice de 37,39%, e teve uma redução considerável ao final dos 10 anos analisados de 13,33%, chegando a apresentar em 2013 um índice de 24,06%. O ano de 2004 teve índice de 37,39% e foi o ano que apresentou o maior índice do Passivo Ambiental, já o ano de 2011 teve índice de 21,52% e apresentou o menor percentual de Passivo Ambiental.

(43)

O IES do estado de Pernambuco, apresentou em 2004, índice de 37,67% de população socialmente excluída em Pernambuco e teve em 2013 um IES de 30,98%, havendo uma redução ao final dos 10 anos avaliados de 6,69%. O ano de 2004 foi o ano que teve pior percentual de IES, com 37,64% da população excluída socialmente e o ano de 2011, foi o ano que apresentou melhor índice de população excluída socialmente, com um índice de 30,38%.

4.7 Estimativas do IES e seus indicadores para Piauí

Tabela 11 – Índice de Exclusão Social do Piauí Piauí

Variável/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Variação

Passeduc 27,3 27,37 26,23 23,43 24,33 23,35 22,9 19,31 18,83 19,72 -7,58

Passecon 56,37 59 58,54 57,24 54,23 55,72 61,8 56,27 55,59 54,66 -1,71

Privagua 33,84 32,85 29,4 34,85 30,85 26 28,15 17,73 16,04 31,86 -1,98

Privsane 48,54 46,68 36,18 40,48 40,5 38,55 70,92 27,93 26,94 19,67 -28,87

Privlixo 50 48,87 48,57 45,89 43,76 43,18 38,48 37,25 37,29 32,84 -17,16

Passambi 43,83 42,50 37,52 40,13 38,10 35,55 46,22 27,16 26,23

27,89 -15,95

IES Piauí 42,43 42,98 40,93 40,27 38,93 38,34 43,51 34,60 33,92

34,40 -8,04

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

(44)

Fonte: Elaboração Própria com valores estimados a partir dos Relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O Passivo Educacional no estado do Piauí, apresentou em 2004, 27,30% de índice e ao final dos 10 anos analisados no estudo, obteve uma redução de 7,58%, apresentando em 2013 percentual de 19,72%. O ano de 2005 foi o ano que apresentou o pior índice educacional, quando teve percentual de 27,37% e 2012 foi o ano que apresentou o menor e melhor índice educacional, quando apresentou índice de 18,83%.

Em 2004, o Passivo Econômico apresentou índice de 56,37% e ao longo desses 10 anos analisados obteve uma pequena redução de 1,71%, apresentando 54,66% em 2013. O ano de 2008 e o ano de 2010 foram os dois anos que apresentaram o melhor e o pior índice de PASSECON, chegando a apresentar índices de 54,23 e 61,80%, respectivamente.

A Privação de Água Tratada no estado do Piauí, teve em 2004 índice de 33,84% e ao final dos 10 anos analisados teve uma redução de 1,98%, apresentando em 2013 índice percentual de 31,86%. O ano de 2007 foi o ano que apresentou o maior e pior índice de água tratada, com índice de 34,85% e o ano de 2012 foi o ano com menor e melhor índice percentual de privação de água tratada, com 16,04%.

No ano de 2004, a Privação de Saneamento Básico, apresentou percentual de 48,54% e apresentou o que é comentado mais à frente a maior redução ao final desses 10

0 10 20 30 40 50 60 70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Piauí

Imagem

Tabela 1 – Produto Interno Bruto das Grandes Regiões e Unidades da Federação -  2002-2012
Tabela 04  –  Pesos relativos a cada novo indicador do Índice de Exclusão Social
Gráfico 01 – Índice de Exclusão Social de Alagoas
Gráfico 02 – Índice de Exclusão Social da Bahia
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