• Nenhum resultado encontrado

No mundo do cultivo fala-se frequentemente sobre a relação entre perda e ganho. As pessoas comuns também falam disso. Como os nossos praticantes devem lidar com a perda e o ganho? Certamente de um modo diferente que o das pessoas comuns. As pessoas comuns querem obter benefícios pessoais e viver bem e confortavelmente. Os nossos praticantes não são assim, são o oposto. Nós não buscamos o que as pessoas comuns desejam, contudo, o que obtemos é algo que pessoas comuns não podem obter mesmo que queiram, a não ser que cultivem.

Quando falamos de perda, falamos de perda de uma perspectiva não pequena. Quando o assunto perda surge, as pessoas logo pensam em doar dinheiro, ajudar os que estão em situação difícil, alimentar os mendigos na rua. Essas também são formas de dar, também são formas de perder, mas só no que se refere a dinheiro e posses materiais. Claro, não ter apego ao dinheiro também é um dos aspectos da perda e é um relativamente importante, no entanto, a perda à qual nos referimos não é num sentido limitado. O praticante precisa perder muitos apegos durante o cultivo: a ostentação, a inveja, a competitividade, a exaltação; esses e muitos outros apegos devem ser abandonados. Quando falamos de perda é com ampla perspectiva e implica dizer que, durante o cultivo, devemos abandonar todos os apegos e desejos de pessoa comum.

Talvez você esteja pensando: “Cultivamos entre as pessoas comuns, se renunciarmos tudo o que temos, nós não seremos como monges ou monjas? Perder todas as coisas parece impraticável”. Em nosso caminho, quem cultiva entre as pessoas comuns precisa cultivar na sociedade humana comum e isso requer estar ambientado o máximo possível à sociedade das pessoas comuns, por isso, não lhe pedimos que você perca realmente coisas materiais. Não importa o quão alto é o seu cargo ou o quão rico você é, a questão- chave é se você pode ou não abandonar o apego.

Nosso caminho vai diretamente ao coração. O ponto-chave é ter leveza no que se refere a interesses e conflitos pessoais. O cultivo nos monastérios, nas montanhas remotas ou embrenhado nas florestas afasta e isola completamente a pessoa da sociedade humana, força-a a perder seus apegos de pessoa comum. Tem o propósito de afastá-la dos benefícios materiais de modo a fazer que ela se desapegue das coisas. Porém, os que cultivam entre as pessoas comuns não usam esse método. De vocês é requerido que, bem em meio ao ambiente e modo de vida das pessoas comuns, tenham leveza ao lidar com as coisas. Claro, isso é difícil e é também um aspecto crucial neste nosso caminho. Falamos de perda com ampla perspectiva em vez de pequena. Falemos de boas ações como dar esmolas ou fazer doações. Atualmente, muitos dos mendigos que vemos nas ruas são mendigos profissionais e possivelmente ganham mais dinheiro que você. Devemos focar no que é importante em vez de no que é trivial. Na prática de cultivo, devemos cultivar de forma grandiosa e digna, com ampla perspectiva. No nosso processo de perda, o que perdemos de fato são coisas ruins.

O ser humano se acostumou a considerar que as coisas que ele busca são boas, mas na realidade, quando vistas de níveis elevados, são todas para satisfazer interesses passageiros e desejos fugazes entre as pessoas comuns. Nas religiões, eles dizem que, sem importar o quão rico ou importante você é, isso só dura algumas décadas; são coisas que não podem ser trazidas no nascimento nem levadas na morte. Por que o gong é tão valioso? É justamente porque ele cresce diretamente no corpo do espírito-original, por isso pode ser trazido consigo no nascimento e levado consigo na morte. Além disso, o gong determina diretamente sua posição-de-fruto; não é fácil cultivá-lo. Em outras palavras, o que você perde são coisas ruins para que, assim, possa retornar à origem e à verdade. O que você ganha? Você se eleva de nível e, ao final, obtém a perfeição com fruto-reto, portanto, a questão fundamental é resolvida. Claro, mesmo querendo perder todo tipo de desejo de pessoa comum e sendo capaz de alcançar o padrão de um verdadeiro cultivador, chegar a isso não é nada fácil. Isso é realizado lentamente. Ao ouvir que é realizado lentamente, talvez você diga: “O Mestre disse que é lentamente, então será lentamente”. Não é correto! Embora lhe seja permitido se elevar gradualmente, você deve estabelecer requisitos estritos para si

62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62

mesmo. Se você pudesse fazer isso de uma só vez, hoje mesmo você seria um buda; não é realista. Gradualmente, você conseguirá isso.

O que perdemos de fato são coisas ruins. O que perdemos? Carma, o qual caminha lado a lado com os diversos apegos humanos. Por exemplo, as pessoas comuns têm todo tipo de pensamento ruim e, por interesses pessoais, fazem várias coisas erradas e, assim, adquirem matéria preta, carma. Está diretamente relacionado aos pensamentos. Para poder eliminar as coisas ruins, primeiro, você tem que mudar sua mente.

A transformação do carma

Há um processo de transformação entre a matéria branca e a matéria preta. Por exemplo, num conflito ou briga entre pessoas, ocorre esse processo de transformação. Quando você faz algo bom, você ganha uma matéria branca, virtude, e quando faz algo mau, ganha uma matéria preta, que é carma. Há também o processo de herdá-las. Talvez surja a pergunta: “Resultou das coisas más que eu fiz nesta vida?”. Não inteiramente, pois o carma acumulado não resultou de uma única vida. No mundo do cultivo é dito que o espírito-original não perece. Se o espírito-original não perece, então possivelmente teve atividades sociais em vidas anteriores e provavelmente ficou devendo, intimidou ou até matou. Fazer essas coisas gera carma, o qual se acumula em outras dimensões e é carregado por quem o gerou. Isso também se aplica à matéria branca. Mas não se originam somente dessa forma. Outra forma é herdá-las de familiares e dos antepassados que as acumularam. Antigamente os anciãos diziam: “Acumule virtude, acumule virtude, porque os seus antepassados acumularam virtude”, “Essa pessoa está perdendo virtude, está desperdiçando virtude”. São palavras corretíssimas. Atualmente, as pessoas já não dão ouvidos a essas palavras; se você falar a um jovem sobre perder ou ter pouca virtude, isso não entrará em seu coração. De fato, tem um significado realmente profundo, não é simplesmente um conceito espiritual ou filosófico, não é como as pessoas modernas entendem isso. Na verdade, tem existência material; os corpos dos humanos têm esses dois tipos de matérias.

Alguns perguntam: “É verdade que quem acumulou muita matéria preta não conseguirá cultivar para níveis elevados?”. Respondo essa questão da seguinte maneira: a qualidade-de-iluminação de quem tem muita matéria preta está afetada, porque a matéria preta forma um campo ao redor do corpo da pessoa que a envolve e a separa da natureza do universo, Zhen-Shan-Ren. Por isso, a qualidade-de- iluminação de uma pessoa assim é muito provavelmente pequena. Quando os outros falam de prática de cultivo e qigong, ela considera que é tudo superstição, não acredita e acha ridículo. Quase sempre é assim, mas não é algo absoluto. Quer dizer então que se uma pessoa com muita matéria preta quiser cultivar será difícil demais e seu gong não crescerá muito? Não necessariamente. Dizemos que o DaFa não tem limites, tudo depende de como você cultiva seu coração. O Mestre o conduz para que você entre pela porta, no entanto, o cultivo depende de você; tudo depende de como você cultiva. Poder ou não cultivar depende inteiramente de sua capacidade de tolerar, renunciar, sacrificar-se e suportar amarguras. Se você mantiver firme o seu coração, então, nenhuma dificuldade poderá detê-lo e eu digo que isso não é um problema.

As pessoas que têm mais matéria preta geralmente têm que se sacrificar mais do que as que têm mais matéria branca. A matéria branca está diretamente assimilada à natureza do universo, Zhen-Shan- Ren, por isso, desde que a pessoa eleve o xinxing em meio aos conflitos e às adversidades, o seu gong crescerá. É simples assim. Alguém que tem mais virtude pode ter melhor qualidade-de-iluminação e isso ajuda a superar sofrimentos e dificuldades; isso a torna mais capaz de “fatigar músculos e ossos” e forjar o coração e a vontade. Mesmo que sofra mais fisicamente que mentalmente, seu gong crescerá. Mas não é assim para quem tem muita matéria preta, pois ele terá que primeiro passar por um processo necessário para transformar a matéria preta em matéria branca, o qual é extremamente doloroso. As pessoas que não têm boa qualidade-de-iluminação geralmente têm que sofrer mais que as outras. Para quem tem bastante carma e uma pobre qualidade-de-iluminação, é mais difícil cultivar.

Dou um exemplo, veja como alguns praticam. A meditação sentada requer ficar imóvel e de pernas cruzadas por longo tempo. Com o passar do tempo, as pernas começam a doer e a ficar dormentes, e isso

63

causa inquietação e sofrimento: desconforto físico e mental. Algumas pessoas, por temerem a dor de manter as pernas cruzadas, logo desistem e descruzam-nas; outras mantêm as pernas cruzadas por mais tempo, mas também as descruzam quando fica difícil suportar. E assim a prática não produz resultados. Quando alguém descruza as pernas devido à dor e volta a cruzá-las depois de fazer alguns movimentos para aliviar a dor, podemos ver que não produz resultados. A dor indica que a matéria preta está indo para as pernas. A matéria preta é carma e é por meio dessa dor que o carma é eliminado e transformado em virtude. Quando a dor começa é quando o carma começa a ser eliminado e, quanto mais o carma pressiona ao descer às pernas, mais elas doem. É por causa disso que as pernas doem. Normalmente, quando se medita sentado, a dor nas pernas é intermitente; há um período de intensa dor seguido de outro de relativo alívio, e pouco depois a dor recomeça; é como geralmente ocorre.

O carma é eliminado pedaço a pedaço, por isso a dor diminui quando um pedaço é eliminado, mas logo volta quando outro pedaço chega. A matéria preta, quando eliminada, não se dissipa, não se extingue. Ao ser eliminada, ela se transforma diretamente em matéria branca, transforma-se em virtude. Por que essa transformação pode ocorrer? É porque a pessoa sofreu, sacrificou-se ao suportar o sofrimento. Dizemos que a virtude é obtida quando se suporta sofrimentos e tribulações, e também quando se faz coisas boas. E isso ocorre durante a meditação de pernas cruzadas. Quando as pernas doem, alguns logo as abaixam e, depois de movimentarem as pernas para aliviar a dor, voltam a cruzá-las. Assim não se obtêm nada. Alguns sentem cansaço nos braços durante o exercício “estaca-parada”, não suportam manter os braços erguidos e abaixam-nos. Assim também não se obtêm nada. Que importância tem esse pequeno sofrimento? Digo que seria fácil demais se as pessoas pudessem ter êxito no cultivo simplesmente suportando manter os braços erguidos durante a prática. É o que ocorre quando as pessoas cultivam e refinam durante a meditação sentada.

Em nosso caminho, esse não é o modo principal como ocorre, embora ele desempenhe certa função. Transformamos o carma principalmente por meio dos conflitos de xinxing entre um e outro; é como geralmente ele se manifesta. Num conflito, o atrito entre um e outro pode ultrapassar até mesmo a dor física. Digo que a dor física é a mais fácil de ser suportada; basta cerrar os dentes para superá-la. No entanto, é muito difícil controlar a mente em meio a intrigas, brigas e disputas.

Por exemplo, ao chegar ao trabalho, alguém de vocês, ao passar por duas pessoas, percebe que elas estão falando mal de você, difamando-o. Isso o deixa furioso. Dissemos que um praticante deve impor a si mesmo um alto padrão, que não deve revidar quando agredido, humilhado, insultado. Ele se lembra disso: “O Mestre disse que nós, praticantes, não somos como as outras pessoas, que nós devemos ter uma conduta elevada”. Então, ele não discute com essas duas pessoas. Geralmente, quando o conflito surge, se não irrita profundamente a pessoa, ele não conta nem serve para aprimorá-la. Como isso não sai da mente dele, ele vai se irritando. Ele é impelido a se virar para ver se elas ainda continuam lá, falando. Ao se virar, ele as vê numa calorosa conversa e com expressões faciais maldosas. Ele não consegue suportar, o sangue sobe-lhe à cabeça. Possivelmente ele comece a brigar no mesmo instante. É muito difícil conter a mente quando um conflito surge ou se tem problemas com alguém. Digo que seria fácil demais se tudo pudesse ser resolvido sentando-se para meditar, porém não é assim.

Por isso, de agora em diante, no cultivo, você se verá diante de todo tipo de tribulação. Como seria possível cultivar sem tribulações? Se todos fossem bons uns com os outros, se não houvesse conflitos de interesses e interferências da mente humana, como você conseguiria elevar seu xinxing? Só ficar sentado lá meditando elevará seu xinxing? Só desse modo não é possível. A pessoa tem que realmente forjar e elevar a si mesma nas situações reais da vida; só assim é possível se elevar. Alguns dizem: “Por que será que temos tantos problemas em nosso dia a dia no cultivo? E são problemas parecidos com os das pessoas comuns”. Você cultiva entre as pessoas comuns, ninguém o pendurará de ponta-cabeça no ar para que você sofra assim; não acontece dessa forma. Todas as situações são na forma como são para as pessoas comuns. Por exemplo, hoje você irritou-se com alguém, enfureceu-se com alguém, alguém o maltratou ou foi rude com você. Tudo isso é para ver como você lida com essas situações.

Por que você se depara com tais problemas? Todos eles são causados por suas próprias dívidas de carma. Nós eliminamos incontáveis pedaços dele para você; ficou apenas esse pouco que foi arranjado na

64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64

forma de tribulações em diferentes níveis e é para aprimorar o seu xinxing, temperar seu coração e remover seus vários apegos. São suas próprias tribulações e as utilizamos para aprimorar o seu xinxing. E fazemos de modo que você possa superá-las. Aprimore seu xinxing e você será capaz de superá-las. A não ser que você mesmo não queira, você conseguirá superar se você quiser. Portanto, de agora em diante, quando você se deparar com conflitos, não os considere como algo acidental só porque, quando acontecem, eles surgem de forma inesperada. Não são casualidades, são para que você possa aprimorar o seu xinxing. Considere-se um praticante e assim você será capaz de lidar adequadamente com a situação.

Claro, você não será avisado sobre quando o conflito ou a tribulação acontecerá. Como você poderia cultivar se tudo lhe fosse dito antecipadamente? Não serviria para nada. Geralmente, os conflitos surgem de modo inesperado, pois assim é possível provar o seu xinxing e verdadeiramente fazer você se elevar. Assim é possível ver se você é capaz de preservar o seu xinxing. Quando um conflito surgir, não será acidental. É como acontecerá durante todo o processo de cultivo e de transformação do carma. Não é como as pessoas imaginam, é muito mais difícil do que sofrer fisicamente. Como o seu gong poderia crescer só porque você pratica um pouco mais com os braços erguidos e as pernas cruzadas? Acaso seu gong cresceu com umas horas a mais de prática dos exercícios? Os exercícios só servem para transformar o benti e, ainda assim, é necessário energia para reforçá-lo; os exercícios não elevam o nível. Forjar o coração e a vontade é a verdadeira chave para você se elevar de nível. Se disserem que é possível se elevar simplesmente fadigando os ossos e os músculos, eu digo que os camponeses chineses são os que mais sofrem dessa forma, sendo assim, eles já não deveriam ser grandes mestres de qigong? Não importa o quanto você sofre fisicamente, você não sofre mais do que um camponês que trabalha árdua e exaustivamente todos os dias sob sol forte. Não é simples assim. É por isso que dizemos que para poder se elevar verdadeiramente, você deve elevar o seu coração, verdadeiramente, pois só assim é possível se elevar realmente.

Durante o processo de transformação do carma, para podermos manter o controle e não agirmos de modo errado como fazem as pessoas comuns, devemos manter a todo instante um coração misericordioso e um estado mental sereno. Assim, quando se deparar com problemas inesperados, você poderá resolvê- los de modo adequado. Geralmente, quando se é misericordioso, quando um problema surge, há tempo e espaço para amortecê-lo e pensar. Porém, se em seu coração você sempre quer competir e brigar, digo que diante do conflito, você logo brigará. Sem dúvida é assim. Então, quando você se deparar com um conflito, digo que ele surgiu para que a sua matéria preta possa se transformar em matéria branca, em virtude.

Nossa humanidade chegou à etapa atual. Quase todos vêm a este mundo com carma acumulado sobre carma; em todos os corpos há enorme quantidade de carma. Então, na transformação do carma, ocorre o seguinte: seu xinxing melhora e seu gong cresce, e com isso, o seu carma é eliminado ao se transformar. Quando você se deparar com um conflito, ele provavelmente se manifestará na forma de atrito de xinxing entre você e outra pessoa. Se você suportar, seu carma diminuirá, seu xinxing se elevará e seu gong crescerá; estão integrados. No passado, as pessoas tinham muita virtude e já começavam com um elevado xinxing; bastava sofrer um pouco para o gong crescer. Mas as pessoas de hoje já não são assim; basta sofrerem um pouquinho para desistirem do cultivo. Além disso, elas são cada vez menos capazes de entender as coisas. Cultivar também se tornou mais difícil.

No cultivo, quando você tem problemas com alguém ou quando alguém o maltrata, há dois tipos de situação. Um é que, numa vida anterior, você maltratou quem o maltrata agora. No entanto, ainda assim, o seu coração se desequilibra: “Como você me trata assim?!”. Mas você o tratou dessa forma no passado, não foi? Talvez você argumente que naquela época não sabia disso ou que esta vida não tem nada a ver com as anteriores, no entanto, simplesmente não funciona assim. O outro tipo de situação é que os conflitos surgem porque são necessários para a transformação do carma. Por isso, ao lidar com conflitos específicos, devemos perdoar em vez de agirmos como as pessoas comuns. Isso se aplica no escritório ou em qualquer outro ambiente de trabalho, inclusive para os que trabalham por conta própria, ou seja, em todos os lugares onde há interações entre pessoas. É impossível não se ter relações sociais, no mínimo há com a vizinhança.

65

Nas relações sociais há todo tipo de desentendimento. Quem cultiva em meio às pessoas comuns – sem importar suas posses, seu cargo ou sua posição social, se é dono de um pequeno negócio ou de uma grande empresa, a atividade ou negócio em si não importa – deve negociar de forma justa e honesta, deve ter retidão. Todos as atividades e profissões na sociedade humana têm uma razão de existir. É antes uma questão de a pessoa não ter retidão de coração em vez de sua profissão ou seu negócio. O antigo ditado “de dez negociantes, nove são desonestos” é um ditado de pessoa comum. Digo que depende do coração. Se seu coração é reto e você negocia de forma justa e honesta, então é natural que quando mais você der de si, mais dinheiro você ganhe. Sem perda não há ganho; você trabalhou para isso. Os conflitos são diferentes nas diversas classes sociais, no entanto, é possível ser uma boa pessoa em qualquer classe social. Pessoas de classe alta têm conflitos de classe alta, todos os quais podem ser tratados de forma correta. Em qualquer classe social é possível ser uma boa pessoa e se desprender de todo tipo de desejo e apego. Em todas as classes sociais é possível se manifestar como uma boa pessoa; todos podem cultivar nas respectivas classes sociais.

Na China moderna, tanto nas empresas estatais como nas demais, os conflitos entre as pessoas são realmente peculiares. É algo que não ocorre em tal escala nos outros países e que nunca ocorreu ao longo da história. Atualmente os conflitos de interesses são particularmente intensos. As pessoas tecem intrigas, manipulam e competem umas com as outras por ganhos ordinários e os pensamentos que emitem e as artimanhas que usam são muito vis. É difícil até mesmo ser uma boa pessoa. Por exemplo, alguém chega

Documentos relacionados