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3 PROPOSTAS PARA A SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS DA GESTÃO

3.1.1 AÇÃO 1 Criação do Conselho Escolar 1

De acordo com a análise realizada no capítulo 2, a escola pesquisada busca ter uma gestão democrática, mas encontra alguns desafios, como é o caso, de não

ter a participação de pais, responsáveis e comunitários nas reuniões para tomada de decisões e não possuir o órgão colegiado que os represente. A proposta aqui é criar o Conselho Escolar com o objetivo de aumentar a participação de pais, responsáveis e comunitários nas decisões escolares, bem como no cotidiano escolar.

O Conselho Escolar por ser o órgão máximo de uma escola é um órgão deliberativo, responsável pela tomada de decisões no âmbito escolar, constituindo- se, sobretudo, em um espaço de democratização, no qual os professores, pais, funcionários, alunos e outros podem debater de maneira crítica sobre o cotidiano escolar.

A criação deste colegiado pode representar uma nova fase na vida da escola, visto que atua em conjunto com a direção escolar ajudando no enfrentamento de problemas e decisões a serem tomadas no âmbito pedagógico e administrativo, uma vez que, seus membros participam como corresponsáveis na tarefa da educação.

Cabe aqui destacar que o Conselho Escolar na Rede Estadual do Amazonas, conforme o Regimento Geral das Escolas Estaduais, não tem atuação no âmbito financeiro, pois esta função está na responsabilidade da APMC, conforme foi citado no item 2.4.2, que tratou da gestão financeira da escola. O mesmo acontece com a APMC, que não possui atuação nos setores administrativos e pedagógicos da escola.

No caso em questão, a participação dos conselheiros nas decisões importantes tomadas pela escola passará a ser vista como um dos principais mecanismos para a promoção da gestão democrática na escola.

Para a realização desta ação, a equipe gestora junto com um técnico da Coordenadoria Regional de Educação realizará três encontros na primeira quinzena de fevereiro para organizar a criação do Conselho Escolar.

No mês de fevereiro, será feita a mobilização da comunidade através de convites, divulgação em carro de som e edital de convocação para a primeira assembleia geral que acontecerá na segunda quinzena de fevereiro/2016 no pátio interno da própria Escola. Nesta reunião, conduzida pela equipe gestora e por um técnico do departamento de Gestão Escolar da Secretaria de Estado, será explanado o objetivo do encontro, a necessidade de criar o conselho, esclarecimentos à comunidade para que tenha conhecimento do papel e da responsabilidade deste órgão, além da constituição da comissão eleitoral provisória que conduzirá o processo de implantação do Conselho Escolar.

A comissão eleitoral será composta pelos membros da comunidade escolar externa. Esta publicará um edital estabelecendo um prazo de 30 dias para cada segmento inscrever os seus candidatos a conselheiros.

Na segunda quinzena do mês de março/2016, a comissão eleitoral convocará a comunidade para uma reunião com objetivo de explicar os procedimentos da eleição, quem poderá votar e apresentação dos candidatos a conselheiro. Estes poderão se pronunciar a respeito do motivo pelo qual se candidataram, divulgar suas propostas e, assim, a comunidade terá o conhecimento de quais candidatos possuem o melhor perfil para representá-la.

A comissão eleitoral no final da segunda quinzena do mês de março/16 convocará a comunidade para a eleição dos conselheiros que será realizada na primeira quinzena de abril/2016. A votação para conselheiro será direta e secreta.

Encerrada as votações, os votos serão apurados pela comissão eleitoral. Terminada a contagem, os vencedores e seus respectivos suplentes serão alistados e a Comissão Eleitoral dará posse aos membros do Conselho Escolar eleitos, o resultado será lavrado em ata. A posse do Conselho Escolar acontecerá na segunda quinzena do mês de abril no turno noturno, no pátio interno da escola.

A partir da segunda quinzena de abril, acontecerá a primeira reunião do Conselho Escolar com o objetivo de definir sua diretoria, elaborar seu plano de trabalho, suas metas e agendamento de reuniões.

Após a criação e implantação, caberá ao Conselho Escolar criar estratégias para garantir a participação mais ampla dos diferentes agentes que influenciam os processos democráticos na escola.

Esta ação terá a parceria da Secretaria Municipal e Estadual de Educação. Segue, no quadro 7, uma síntese da ação de Criação do Conselho Escolar:

Quadro 7 - Síntese da ação Criação do Conselho Escolar

O que será feito? Criação e Reativação de Organismos Colegiados.

Por que será feito? Aumentar a participação de pais, responsáveis e comunitários nas decisões escolares, bem como no cotidiano escolar.

Onde será feito? Na Escola Estadual Nossa Senhora da Assunção, município de São Paulo de Olivença.

Quando será feito? No início do ano letivo de 2016, nos meses de fevereiro, março e abril.

Por quem será feito? Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Municipal de Educação, Coordenadoria Regional de Educação e APMC.

Quanto custará fazer? Despesas Valores - 04 volantes de carros de som R$ 50, 00 para a

divulgação.

- 2.000 convites para a comunidade interna e externa R$ 0,10 cada.

- Viagem do técnico da Seduc mao-spo – R$ 800,00

spo-mao – R$750,00

- Hospedagem R$ 70,00 diária - Alimentação R$ 68, 00 por dia - 2.000 Cédulas de votação

- 02 livros atas para registro de reuniões

Total R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 1.550,00 R$ 210,00 R$ 204,00 R$ 200,00 R$ 32,00 R$ 2.596,00 Fonte: Elaborado pela própria autora (2015).

As ações para a criação do Conselho Escolar serão custeadas pela Secretaria Estadual de Educação que disponibilizará um técnico para palestrar sobre a importância do Conselho Escolar, pela Secretaria Municipal de Educação que arcará com as despesas de passagens, hospedagem e alimentação do técnico e pela APMC da escola que será responsável pela divulgação em carro de som, convites, cédulas de votação e livros atas.

A criação do Conselho Escolar democratiza as relações de poder dentro do ambiente escolar e institui mecanismos de participação coletiva de todos os segmentos da comunidade nas decisões administrativas e pedagógicas da escola.