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Ações de fomento a formação de recursos humanos

A linha de fomento a recursos humanos permite que a cada ano cresça o número de profissionais qualificados no mercado em CT&I. Os primeiros programas da FAPESC que buscaram fomentar está linha de fomento foram o Plano Sul de Pós- graduação e o Prêmio Mérito Universitário, sendo que o primeiro recebeu recursos em torno de 29% e o segundo, cerca de 38%.

O Plano Sul de Pós- graduação teve uma continuidade do programa, com exceção dos anos de 2004 a 2006, onde a FAPESC fomentou outros programas de formação de recursos humanos entre eles a bolsa de Iniciação Científica Junior e o Jovem Pesquisador. O Prêmio Mérito Universitário sempre teve continuidade com exceção dos anos de 2004 e 2005 onde passou por alterações em sua lei, levando a suspender a destinação de recursos.

Em relação aos programas de Iniciação Científica Junior e o Jovem Pesquisador, o primeiro teve uma participação de 3,71% e o segundo 26,6% em relação ao total do fomento em recursos humanos. Estes programas são destinados a públicos totalmente distinto, entretanto visam despertar a pesquisa CT&I, promovendo o interesse e formação de novos profissionais.

A Tabela 14 permite verificar a evolução dos recursos de cada programa em relação ao total destinado ao fomento de recursos humanos.

Tabela 14 – Aplicação percentual de recursos em cada programa em relação ao total destinado ao fomento de recursos humanos

PROGRAMA 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 TOTAL

Bolsa Iniciação Científica Júnior 8,20 13,02 0,28 0,75 3,71 Jovem Pesquisador 91,26 93,77 44,22 15,79 26,60 Plano Sul de Pós- graduação 37,99 63,35 25,83 37,72 65,52 38,11 Prêmio Mérito Universitário 62,01 36,65 94,99 50,56 17,78 17,93 29,32 Outros 0,54 6,23 5,01 10,59 2,26

TOTAL 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte: Elaboração própria com base nos relatórios fornecidos pelo Departamento de Planejamento da FAPESC Notas: Participação em percentual

5.4.1 Bolsa Iniciação Científica Júnior

Lançado em 2003 em parceria com Secretaria da Educação Ciência e Tecnologia, CNPq e FAPESC, o programa tem a finalidade de despertar e incentivar a formação científica de estudantes do ensino fundamental, médio e profissionalizante pertencentes à rede pública de educação. As atividades de pesquisa científica ou tecnológica são orientadas por pesquisador qualificado e desenvolvidas em instituições de ensino superior, em centros de pesquisa e em escolas públicas do ensino médio ou profissionalizante (FAPESC, 2007)

A primeira chamada pública foi realizada em 2003 com recursos oriundos do CNPq, financiando 139 bolsas, a segunda realizada em 2006 contou com recursos da CNPq (67%) e FAPESC (33%) nesta chamada foram escolhidas 210 propostas sendo dez destinadas a alunos do ensino médio premiados na Gincana do Milênio. Vale destacar que a gincana teve consistência científica, selecionando projetos relacionados às tecnologias da informação, comunicação entre outros. No ano de 2007 não ocorreu nova chamada pública para esta modalidade, pois a chamada de 2006 apesar de ter sido lançada em fevereiro somente conseguiu-se efetivar o pagamento das bolsas em 2007. Em 2008 com mudanças que deveriam ser introduzidas no convênio entre CNPq e FAPESC, visando estendê-lo para os próximos 4 anos, não foi possível efetivar um novo edital. Os valores pagos neste ano são referentes aos saldos da chamada de 2006 (FAPESC, 2007, FAPESC, 2008, FAPESC, 2010).

Introduzidas as devidas alterações no convênio, a FAPESC lança nova chamada em 2009, agora concedendo duas linhas de bolsas: a primeira para alunos orientados por pesquisadores de instituição de pesquisa de ensino superior ou centros de pesquisas, perfazendo um total de 140 bolsas pagas com recursos da CNPq e a segunda para alunos orientados por professores do ensino médio ou profissionalizante das escolas públicas, num total de 70 bolsas através de recursos da FAPESC (FAPESC, 2010).

5.4.2 Jovem Pesquisador

O programa foi instituído para apoiar jovens pesquisadores que concluíram seus doutorados a menos de oito anos e que façam parte de alguma instituição de ensino, ou de pesquisa, ou ainda que morarem a pelo menos dois anos nos Estado.

Para fazer parte do programa o jovem pesquisador apresenta um projeto detalhado da pesquisa científica ou tecnológica a ser desenvolvido. Em seguida a proposta é encaminhada para a análise de consultores ad hoc que avaliam o mérito e relevância da pesquisa. Após o parecer dos consultores, o comitê assessor da FAPESC poderá recomendar as melhores proposta para receber recursos aprovação com corte ou sem cortes orçamentários. Os recursos podem ser utilizados pelo jovem pesquisador para apoiar à instalação, modernização, ampliação, ou recuperação da infra-estrutura.

A primeira chamada pública aconteceu no ano de 2003 recebendo recursos do CNPq em parceria com a FUNCITEC, com a seleção dos projetos, iniciou-se em 2004 a liberação dos recursos com termino no ano de 2005. Somente no maio de 2007 teve-se nova chamada pública, onde foram apresentadas 219 propostas, sendo contratadas 63 em setembro. A liberação dos recursos ocorreu no ano de 2008. Em 2009 a chamada jovens pesquisadores contou com 108 propostas, sendo 48 contratadas (FAPESC, 2007; FAPESC, 2008; FAPESC, 2010). O motivo da diminuição das propostas, conforme explicação do responsável do programa foi à diminuição da demanda em virtude do aumento de recursos destinados ao fomento da pesquisa científica e tecnológica, que originou uma maior contratação de projetos. Vale destacar, que um pesquisador só pode receber recursos para um único projeto, não podendo ser contemplado em nenhum outro programa ou projeto que tenha recursos da FAPESC.

5.4.3 Plano Sul de Pós- graduação

Em atendimento à demanda apresentada em 1998 a FAPESC em parceria com a CAPES, lança o Plano Sul de Pós-graduação, destinado a apoiar a formação de recursos humanos em cursos de pós- graduação já consolidados, através da concessão de bolsas de estudo e de recursos de custeio para cursos de mestrado interinstitucional (Minter) e

doutorado interinstitucional (Dinter). Podendo participar do Plano Sul de Pós-graduação instituições de ensino superior (IES) localizadas no Estado de Canta Catarina sem fins econômicos (FAPESC, 2007).

Os repasses dos recursos são feitos diretamente às instituições de ensino que determinam quem será beneficiado com as bolsas, sendo que os alunos contemplados devem estar entre os 20% mais bem classificados no processo de seleção.

Em 1998 ocorreu o edital Sul de Pesquisa e Pós- graduação com recursos da CAPES e uma contrapartida da FUNCITEC, entretanto com a indisponibilidade financeira não foi possível uma contrapartida imediata somente no ano de 2001 acontece os primeiros repasses, desta forma no ano 2002 a liberação para este programa ficou em torno de R$ 353 mil, ocorrendo um aumento significativo em 2003 quando foram destinados mais de R$ 887 mil (FAPESC, 2007).

Nos anos seguintes até o ano de 2006 não ocorreu repasses de recursos, entretanto em fevereiro deste último ano foi lançada uma chamada pública em parceria com a CAPES, permitindo que somente professores da rede pública de ensino fossem contemplados com as bolsas. Em virtude da falta de recurso do ano anterior, as bolsas foram pagos somente em 2007 cerca de R$ 668 mil. Em 2007 ocorre a abertura de mais uma chamada pública, agora aberta a todos os interessados em fazer mestrado e doutorado, seguindo as mesmas normas da chamada anterior (FAPESC, 2008).

Professores e pesquisadores conquistaram em 2007 o direito de receber 50 bolsas de mestrado e 20 de doutorado sendo que do total de 70, 5 delas permitia o doutorado fora do Estado de Santa Catarina para professores (FAPESC, 2008). Desta forma, em 2008 a liberação foi de mais de R$1.878.070,00 e em 2009 mais de R$ 1.878.120,00 recursos estes da CAPES e FAPESC. Em 2009 foi lançada uma nova chamada pública em 2009 destinada ao Plano Sul de Pós- graduação.

5.4.4 Prêmio Mérito Universitário

Com a Lei 9.480 de janeiro de 1994, ficou instituído Prêmio do Mérito Universitário Catarinense, destinado a estudantes de instituições de ensino superior do Estado, escolhidos anualmente através de um processo seletivo que desde a qualificação do estudante até a relevância do evento para a conjuntura, científico, econômico e tecnológico do Estado. O

prêmio permite a destinação de recursos para passagens, diárias e ajuda de custo referente a despesas com a participação em eventos, conferências e feiras nacionais e internacionais (SANTA CATARINA, 1994).

Em 2005 a Lei 3.250, altera a lei anterior, determinando que o prêmio do Mérito Universitário seja destinado na forma de concessão de bolsa de iniciação científica, pessoal e intransferível, com duração de um ano. Os estudantes contemplados são obrigados a apresentar relatórios semestrais e ao final um trabalho de pesquisa aprovado pelo seu orientador. Ao final do às instituições de ensino superior indicaram os melhores trabalhos que concorreram a três premiações anuais em dinheiro no valor (SANTA CATARINA, 2005).

Nos anos de 2002 e 2003 o prêmio foi destinado aos estudantes seguindo a Lei 9.480/94 prevendo a seleção de 100 universitários para viagens de estudos de até duas semanas em vinte países. Nos anos de 2004 e 2005 não ocorreu à liberação de recursos. Com alterações na lei anterior através da Lei 3.250 de 2005, já no ano de 2006 mais de seiscentas propostas foram recebidas, sendo aprovadas 398 contando com recursos ainda no ano de 2006. Nos anos seguintes mais de 1.048 alunos foram contemplados, no ano de 2007 o total de bolsas chegou a 398, enquanto que nos anos de 2008 e 2009, o total de bolsas foi de 322 e 328 respectivamente (FAPESC, 2007, FAPESC, 2008, FAPESC, 2010).