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Ações de reparo da Samarco

No documento MINAS GERAIS: PASSADO, PRESENTE E FUTURO (páginas 85-90)

Para a Samarco se responsabilizar pelo desastre, ela criou a Fundação Renova, uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da bar-ragem de Fundão.

Junto com isso, a Fundação criou o projeto PIM — Programa de Indenização Mediada —, para as vítimas do desastre.

Até novembro de 2018, foram realizados 7.907 acordos e pagas 7.753 indenizações por danos ge-rais, que incluem moge-rais, materiais e lucros cessantes, no valor de R$ 258,8 milhões.

financeiro emergencial, até o momento.

Em relação ao meio ambiente, até outubro de 2018 foram realizadas ações de recuperação em 1.043 nascentes, das quais 511 foram protegidas.

Também estão fazendo a revegetação inicial com gramíneas e leguminosas em dois mil hectares, e o plantio compensatório em quarenta mil hectares, ao longo da Bacia do Rio Doce.

De acordo com o governo, em maio de 2018, foi iniciada a revisão dos estudos de irrigação para avaliar o impacto causado pelo rompimento da barragem e a possibilidade de contaminação do solo, para não causar mais riscos.

Então, podemos ver que a Samarco fez ações de reparo, mas será que isso compensa o que foi tirado de suas vítimas?

Considerações finais

Retomando o início do ensaio, concluímos que a mineração é uma das principais fontes da eco-nomia brasileira. Como já dito, o Brasil é a quinta maior reserva do mundo, com um grande número de minério. Também, o local no qual a mineração é exercida, ou seja, nas minas, acumu-lam-se rejeitos em suas barragens; porém, as barragens utilizadas no Brasil apresentam grandes riscos econômicos e sociais.

Portanto, o desastre ocasionado pelo rompimento da barragem de Fundão trouxe várias conse-quências, como o alto índice de desemprego, a crise no setor econômico de Mariana e a queda do turismo. Também, não podemos deixar passar: as 19 mortes ocorridas. Ou seja, além de deixar as pessoas carentes e sem empregos, também tirou vidas.

Para que isso não ocorra novamente, é necessário um novo método de barragem, sem que fique estocada, como a transformação do rejeito em pasta, e não fica tão líquido, tornando-o mais se-guro. Por outro lado, esse tipo de barragem é mais caro do que o tipo que a Samarco usa.

Outro aspecto sobre o qual não falamos acima é a perda da “identidade” pessoal; não do papel, como o RG, mas como a pessoa era, suas coisas pessoais, sua história etc. Ela perde tudo e tem que mudar do nada, como em um relato de uma moradora do distrito de Mariana:

“Com esse crime eu perdi minha história, perdi minha identidade, perdi o cheiro da minha avó, perdi tudo”. É assim que a moradora de Bento Rodrigues, Mônica

dos Santos, fala do acidente que destruiu a vila onde ela viveu por 30 anos, até ver a terra arrasada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco em 2015. É evidente que a Samarco fez ações de reparo, mas será que indenizar e dar casas novas vão resolver? E a vida antiga da pessoa? A identidade que ela tinha, vai tudo para os ares, como se nada tivesse ocorrido na família e na vida de cada pessoa que morava lá? Bom, parece que sim. A Samarco fez o que estava disposta, depois do desastre. Mas podia ter evitado, se não fosse tão gananciosa.

A importância de mostrarmos essas consequências tem o intuito de fazer com que as pessoas co-meçarem a se conscientizar dos riscos de deixar uma empresa ou o governo fazerem uma cons-trução de contenção como essa, já que ela gera muitos resultados negativos.

Concluindo, podemos ver que as ações de reparo foram eficazes no sentido econômico, mas não foi o suficiente para a população que vivia em Bento Rodrigues — que perdeu toda sua identidade. Além disso, vemos que a Samarco poderia ter evitado o ocorrido, construindo um tipo de barragem mais segura e eficaz. Mas, já que as empresas, hoje, só se preocupam com o lucro, construíram uma barragem menos segura, o que ocasionou todo esse conflito.

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MINERAÇÃO: O QUE O ROMPIMENTO

No documento MINAS GERAIS: PASSADO, PRESENTE E FUTURO (páginas 85-90)