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A aplicação da mediação e a indisponibilidade da ação penal em casos mais

No documento Comentários à Lei Maria da Penha (páginas 36-44)

Os programas de medidas alternativas, como as mediações, têm em sua fundamentação principal, o de prevenir e coibir novas práticas e reincidências nos casos de violência doméstica contra a mulher.

Contudo, é feito uma avaliação prévia dos casos em que essas medidas podem ser adotadas, como é o caso do programa MEDIAR RS, onde, as Autoridades fazem uma análise prévia do caso, verificando se é passível de Mediação à luz da Portaria 168/2014, caso positivo é encaminhado ao Núcleo(RIO GRANDE DO SUL, 2017 C).

Embora o programa mediar busque a solução de conflitos extrajudicial, o mesmo não isenta o agressor da responsabilização penal quando o crime for de ação pública incondicionada, muito embora a vítima retrate-se. Esse fundamento é corroborado pelo Artigo 16 da Lei 11.340/06 que mesmo se tratando de uma ação pública condicionada a representação, só é possível sua renúncia quando:

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público(BRASIL, 2006)

Sendo assim, é possível perceber que, o artigo 16 da lei Maria da Penha, admite que a vítima possa desistir da ação, apenas, mediante audiência e perante o Juiz, evitando assim uma provável coação e intimidação do agressor.

A Lei Maria da Penha, veio como uma resposta do Estado, através de suas entidades,em uma constante busca e necessidade, de criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, constituindo-se em verdadeira ação afirmativa para assegurar os direitos humanos das mulheres. Através dessa necessidade inúmeras discussões acerca de melhorias e fundamentações perante a Lei Maria da Penha foram sendo tomadas, através de Jurisprudência e Doutrinas.

Em 9 de fevereiro de 2012, foi julgado pelo STF,procedente,a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 19, onde foi declarada a constitucionalidade dos artigos 1°, 33 e 41 da Lei 11.340/06,e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4424, onde questionou a constitucionalidade dos artigos 12, inciso I; 16; e 41 da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), conforme seguem Ementas:

PLENÁRIO AÇÃO DECLARATÓRIA DE

CONSTITUCIONALIDADE 19 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ADV.(A/S) :MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO INTDO.(A/S) :THEMIS - ASSESSORIA JURÍDICA E ESTUDOS DE GÊNERO INTDO.(A/S) :IPÊ - INSTITUTO PARA A PROMOÇÃO DA EQUIDADE INTDO.(A/S) :INSTITUTO ANTÍGONA ADV.(A/S) :RÚBIA ABS DA CRUZ INTDO.(A/S) :INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA - IBDFAM ADV.(A/S) :RODRIGO DA CUNHA PEREIRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – GÊNEROS MASCULINO E FEMININO – TRATAMENTO DIFERENCIADO. O artigo 1º da Lei nº 11.340/06 surge, sob o ângulo do tratamento diferenciado entre os gêneros – mulher e homem –, harmônica com a Constituição Federal, no que necessária a proteção ante as peculiaridades física e moral da mulher e a cultura brasileira. COMPETÊNCIA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – JUIZADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. O artigo 33 da Lei nº 11.340/06, no que revela a conveniência de criação dos juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, não implica usurpação da competência normativa dos estados quanto à própria organização judiciária. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER – REGÊNCIA – LEI Nº 9.099/95 – AFASTAMENTO. O artigo 41 da Lei nº Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que

institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1801929. Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 72 Ementa e Acórdão ADC 19 / DF 11.340/06, a afastar, nos crimes de violência doméstica contra a mulher, a Lei nº 9.099/95, mostra-se em consonância com o disposto no § 8º do artigo 226 da Carta da República, a prever a obrigatoriedade de o Estado adotar mecanismos que coíbam a violência no âmbito das relações familiares(BRASIL, 2012).

09/02/2012 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE 4.424 DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO- GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :CONGRESSO NACIONAL AÇÃO PENAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER – LESÃO CORPORAL – NATUREZA. A ação penal relativa a lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada – considerações(BRASIL, 2012)

Ambos, dispositivos trouxeram alguns aspectos interessantes à Lei Maria da Penha, colocando um fim a diversas discussões doutrinárias e jurisprudenciais envolvendo a Lei.

A proteção as mulheres vítima de violência merece respaldo e atenção conforme já decidiu o STF quando julgou constitucional o artigo 41 da lei Maria da Penha, onde deixou de tratar casos de violência doméstica na esfera da Lei 9.099/95, alcançando qualquer caso de violência contra a mulher, motivo pelo qual, a violência contra a mulher é grave, pois não se limita apenas ao aspecto físico, mas também ao seu estado psíquico e emocional, que ficam gravemente abalados quando ela é vítima de violência, com consequências muitas vezes indeléveis(BRASIL, 2011).

Ainda, com referência a constitucionalidade do artigo 41 da Lei Maria da Penha, o Relator do caso, Ministro Marco Aurélio, faz interessante interpretação em sua decisão, ao justificar seu voto na supremacia de força do homem sobre a mulher, e sobre uma interpretação que venha buscar essa igualdade, na proteção da mulher que é considerada o “pilar” central de qualquer família:

[...]Fujam à interpretação verbal, à interpretação gramatical, que, realmente, seduzindo, porquanto viabiliza a conclusão sobre o preceito

legal em aligeirado olhar, não consubstancia método seguro de hermenêutica. Presente a busca do objetivo da norma, tem-se que o preceito afasta de forma categórica a Lei nº 9.099/95 no que, em processo-crime – e inexiste processo-contravenção –, haja quadro a revelar a violência doméstica e familiar. Evidentemente, esta fica configurada no que, valendo-se o homem da supremacia de força possuída em relação à mulher, chega às vias de fato, atingindo-a na intangibilidade física, que o contexto normativo pátrio visa proteger[...] Tenho como de alcance linear e constitucional o disposto no artigo 41 da Lei nº 11.340/2006, que, enfim, se coaduna com a máxima de Ruy Barbosa de que a “regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real”. O enfoque atende à ordem jurídico-constitucional, à procura do avanço cultural, ao necessário combate às vergonhosas estatísticas do desprezo às famílias considerada a célula básica que é a mulher(BRASIL, 2011)

Com isso, se evidencia a incessante busca na melhoria dos atendimentos às mulheres vítimas de violência doméstica, não apenas visando a simples confecção dos registros, ou a sua interpretação literal à lei, é necessário conter o problema antes que ele ocorra, coibir e prevenir, como consta em nossa carta Magna em seu Artigo 226 § 8º e na Lei Maria da Penha, é através desses mecanismos.

Verifica-se que muito mais do que já é feito pelos legisladores e operadores do direito ainda deva ser feito. O caminho a ser trilhado merece acompanhamento constante, mudança de atitudes e comportamentos. A mulher precisa e merece ser vista, reconhecida e aceita na sociedade com sujeito de direitos.

CONCLUSÃO

Com o presente trabalho, se buscou um entendimento mais aprofundado e objetivo dos artigos que regem a Lei Maria da Penha, apresentou-se as problemáticas e situações que contribuíram para a elaboração da referida lei e sua aprovação.

A Lei 11.340/06, reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres, buscou a proteção da mulher vítima de violência doméstica, e uma estrutura que pudesse garantir um atendimento humanizado, e um acompanhamento posterior aos casos ocorridos, tanto à vítima como ao agressor.

A lei se mostrou eficaz com relação aos seus mecanismos de interpretação humanizado, e perante as ações de órgãos públicos em adotar medidas alternativas nas resoluções dos conflitos, no acompanhamento especializado através das Redes de atendimento como as Delegacias das Mulheres(DEAM’s), as Patrulhas Maria da Penha da Brigada Militar, o programa MEDIAR RS da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, entre outros.

Contudo, como já referido, muito ainda temos que buscar na proteção e reparação dessa violência, pois se percebe que a educação, o respeito e a mudança de atitudes e comportamentos é que irá efetivamente colocar a mulher no merecido lugar na sociedade. No espaço de aceitação e reconhecimento.

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