• Nenhum resultado encontrado

A atemporalidade da interatividade em elearning

II Comunicação e interacção em redes de aprendizagem e formação

NAS PRÁTICAS COM TIC João Piedade

5. A atemporalidade da interatividade em elearning

Na tarde de sábado, dia 28 de março de 2009, às 12 horas, na cidade de Guarulhos, em São Paulo, Bruno da Costa Corrêa, trajando jeans e camiseta branca teletransportou-se para a ilha Iste, [onde] acontecia o congresso Virtual Worlds – Best Practices Education. [...] Após as discussões das experiências virtuais apresentadas, passadas quatro horas do início do evento, a mesa encerrou, às 12 horas, a participação do Brasil e de Portugal no evento (Corrêa, 2009, pp. 10-11).

Como vimos ao longo deste artigo, o elearning tem no tempo a sua verdadeira joia da coroa. É a flexibilidade temporal que lhe é intrínseca que leva os indivíduos a escolher este modo ensino e de aprendizagem. Mas tal flexibilidade é, atrevemo-nos a dizer, um efeito de uma outra temporalidade: a temporalidade virtual. Gostaríamos pois de, na parte final deste artigo, propor uma reflexão sobre o significado e o efeito da vivência desta dimensão virtual do tempo.

O episódio relatado no início deste capítulo ocorreu num mundo virtual, portanto num mundo sem qualquer realidade ontológica cuja existência é o resultado das possibilidades

159

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 criadas pela tecnologia. Um mundo esvaziado de referência ontológica é um mundo ao qual corresponde um tempo virtual. Se o mundo virtual é um mundo esvaziado de ser concreto, o tempo virtual é um tempo esvaziado do tempo que é próprio da realidade com consistência ontológica. O tempo virtual é um tempo atemporal, um tempo que transcende o tempo dos homens concretos, que irrompe a partir do tempo concreto e que a ele regressa para o encontrar na sua sequência natural.

Deste modo, o tempo virtual permite ao sujeito não só a vivência de experiências, de emoções e de sensações diferentes, como lhe permite, também, que essa vivência seja experienciada de um modo diferente porque incorporadas num tempo que «flui» de um modo diferente.

Poderá a «anormalidade» do tempo virtual, bem como da sua vivência, afetar a vivência normal do tempo?

Aqueles que experienciam frequentemente os mundos virtuais 3D referem que, às vezes, durante o sonho, sentem o tempo como ele ocorre durante a interação em ambientes virtuais, participam de batalhas, conquistam países, recebem quantidades de informações e, simultaneamente, vivem experiências que no espaço-tempo normal exigiriam muito mais tempo. A sensação descrita pode ser explicada pela facilidade que os ambientes virtuais têm em induzir o estado de fluxo (flow) que Mattar (2009) explica como um estado de concentração ou completa absorção na atividade ou situação em que está envolvido, e de motivação e imersão total no que está a fazer.

Sendo o elearning um modo de aprendizagem que se processa num tempo e espaço virtuais pode levar-nos a refletir, neste momento, sobre aquilo a que também podemos chamar a atemporalidade do elearning.

A interatividade é o botão propulsor da mudança nos conceitos de distância, da criação de espaços atemporais de aprendizagem. Para Tori (2010) a distância transacional pode ser dividida de acordo com a forma como é percebida, identificando-se as componentes primárias de

distância que podem existir em uma atividade educacional. Essas componentes são: distância espacial, distância temporal e distância interativa (p. 62).

Geralmente os termos interatividade e interação são utilizados de forma indiscriminada e como sinónimos. Tradicionalmente, quando se faz a diferenciação entre os dois termos relaciona-se a interação com a atividade, onde trocas e experiências recíprocas acontecem entre indivíduos (relação entre pessoas) e interatividade, quando um equipamento ou sistema computacional possibilita a interação (relação pessoa vs. máquina). A utilização de um ou

160

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 outro termo ainda é motivo de muitas discussões entre os autores da área do ensino a distância (Mattar, 2009).

A distância temporal que se refere a atividades interativas pode ser utilizada de forma assíncrona ou síncrona. Essas duas formas de interação afetam tanto de forma positiva como negativa o tempo dos alunos. Se por um lado a interação assíncrona, possibilitada por recursos como e-mail e fóruns eletrónicos de discussão, permite ao aluno um tempo maior de reflexão, de ajuste da sua agenda às atividades propostas e um respeito ao ritmo de aprendizagem, por outro lado, e como refere Morgado (2001), pode ser uma das responsáveis pela dificuldade que decorre do elevado número de mensagens e a diversificação de temas e de linhas de discussão, que tornam muito difícil a tarefa de acompanhar as discussões que decorrem em fórum.

Encontramos aqui algo semelhante ao que se passa no domínio dos mundos virtuais onde o tempo se revela elástico permitindo um preenchimento com uma diversidade de experiências, de sensações, de informações.

6. Conclusões

Como deixámos explícito ao longo deste artigo, o tempo que ninguém parece ter para aquela que é uma necessidade básica de subsistência no mercado de trabalho e de inclusão social, pode ser convocado numa nova e emergente modalidade de ensino: o elearning.

O elearning veio permitir ao homem a ligação entre o «seu» tempo e o tempo de Escola, possibilitando-lhe desta forma responder às exigências que lhe são colocadas pelas sociedades dos nossos dias, onde há a necessidade de proceder a uma atualização constante de saberes e competências e, importa referir, onde o desenvolvimento individual e a cidadania se constituem como referências estruturadoras daquilo que cada um é.

Contudo, se a aprendizagem com recurso às tecnologias de informação e comunicação permite ao homem resolver a dissonância temporal entre o tempo da escola e o tempo do homem criando assim um tempo virtual flexível, importa ter presente que este tempo dum ambiente virtual é um tempo próprio. Esta diferença na maior parte dos cursos de elearning não tem sido respeitada. A tendência é desenvolver sistemas baseados no modelo presencial, repetindo em ambiente virtual os ambientes próprios da instituição física que é a Escola. Esta constatação estende-se ao design curricular. O transporte e adequação do modelo de ensino- aprendizagem ao elearning pode revelar-se um flop educacional e agravar e distanciar o tempo da escola do tempo do homem.

161

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 O elearning tem que reinventar o ensino-aprendizagem, inovando através de um novo design curricular que permita um modelo pedagógico próprio.

É com este alerta que gostaríamos de fechar esta abordagem do elearning perspetivada a partir do tempo.

Referências

Bates, A. W. (1995). Tecnhology, Open Learning and Distance Education. Routledge: London and New York.

Carvalho, A. (2006). Educação, desenvolvimento e aprendizagens novas na Europa: o caso português. Educação, n.º 3 (60), 503-523.

Castells, M. (2001). Internet Galaxy: Reflections on the Internet, Business and Society. Oxford: University Press.

Corrêa, B. C. (2009). A construção do conhecimento nos metaversos: educação no second life. Tese de Mestrado em Semiótica, Tecnologias da Informação Comunicação. Universidade Braz Cubas.

Garrison, D. R. (1985). Three Generations of Techonological Innovation in Distance Education. Distance Education, 6(2), 235-241.

Gomes, M. J. (2003). Gerações de inovação tecnológica no ensino a distância. Revista Portuguesa de Educação, 16 (1), 137-156.

Goulão, M. F. (2010). Distance Learning - A Strategy for Lifelong Learning. In Horizons in

Education. Atenas: Gregory Papanikos & Nicholas Pappas Editores, 55 – 65

Goulão, M. F.(2011). Estilos de Aprendizagem, ambientes virtuais de aprendizagem e auto- aprendizagem. In Daniela Meláre Vieira Barros (org.), Estilos de Aprendizagem na

Atualidade, Vol. 1. Lisboa: Universidade Aberta, 124-130. Heidegger, M. (1980). El Ser Y el Tiempo. Madrid: Ediciones F.C.E. Johnson, S. (2006). Tudo o que é mau faz bem. Lisboa: Lua de Papel.

Kant, I. (1985). Crítica da Razão Pura. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian. Mattar, J. (2009). Interatividade e Aprendizagem. In Fredric M. Litto & Marcos Formiga

(org.). Educação a Distância o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: problemas e

virtualidades. Discursos, III Série, n.º especial, 125-138.

Morgado, L. (2003). Os novos desafios do tutor a distância: o regresso ao paradigma da sala de aula. Discursos. Série: perscpetivas em educação, 77-89.

162

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 Moura, A. F. (2009). Tempo de escola e tempo de vida. Sentidos do tempo escolar-da

exclusão à inclusão. Medi@ções, Revista OnLine, Vol. 1, n.º 1, 6-21.

Neves, I. (2009). A História da Educação a Distância no Mundo. In Fredric Litto e Marcos Formiga (orgs.), Educação a Distância. O Estado da Arte. São Paulo: Pearson Education, 02-08.

Nipper, S. (1989). Third generation distance learning and computer conferencing. In Mason, R. e Kaye, A. (Eds) – Mindweave: communication, computers and distance education. Oxford: Pergamon Press, 62-73

Santos, J. R. (2010). A utilização da plataforma Moodle numa escola básica: realidade ou ficção na inserção

das TIC em sala de aula. Tese de Mestrado em Supervisão Pedagógica. Universidade Aberta.

Selwyn, N. (2008). O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social: uma erspectiva crítica do Reino Unido. Educação & Sociedade, Vol. 29, n.º 104-Especial, 815-850.

Tori, R. (2010). Educação sem distância: As tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac.

163

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012

El blog como instrumento de enseñanza-aprendizaje para trabajar la inclusión educativa

Blog as a teaching and learning tool to work inclusive education

Vanesa Ausín Villaverde

Universidad de Burgos, España vausin@ubu.es

Víctor Abella García

Universidad de Burgos, España vabella@ubu.es

Resumen

Este artículo versa sobre la incorporación de las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC) en la sociedad en general y de forma particular en el ámbito educativo. Por ello el objetivo del presente texto es mostrar cómo se puede trabajar con una herramienta multimedia, como es el blog, para acercar el tema de la atención a la diversidad al alumnado universitario. Esta experiencia educativa se ha llevado a cabo en el grado de educación infantil dentro de la asignatura tecnologías de la Información y la Comunicación aplicadas a la educación. La finalidad de la experiencia ha sido la creación de un blog educativo por parte del alumnado desde la perspectiva de la inclusión educativa teniendo en cuenta la diversidad de alumnado que componen las aulas del siglo XXI.

Palabras clave: Blog educativo, tecnologías de la información y la comunicación, atención a la

diversidad.

Abstract

This article focuses on the incorporation of Information Technology and Communication (ICT) on society in general and particularly in education. Objective of this paper is to show how you can work with a multimedia tool, such as blog, to bring the subject of attention to diversity to university students. This educational experience has been carried out in early childhood education degree in the subject Information Technology and Communication for education. The purpose of the experience has been to create a blog education by students from the perspective of inclusive education taking into account the diversity of students that make up the twenty-first century classrooms.

Keywords: Blog education, information technology and communication, attention to diversity.

Introducción

El desarrollo de las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC) ha permitido establecer un nuevo escenario dentro del proceso de enseñanza y aprendizaje. Actualmente el sistema educativo se encuentra inmerso en un proceso de cambios, enmarcados en el conjunto de transformaciones sociales propiciadas por la innovación tecnológica gracias al desarrollo de estas tecnologías y por una nueva concepción de las relaciones tecnología-sociedad que determinan las relaciones tecnología-educación (Lucero, 2011).

En este sentido, la práctica docente también debe adaptarse a esta nueva realidad y que mejor manera que trasmitiendo conocimientos a través de las herramientas de la Web 2.0 que han surgido con la nueva forma de entender internet.

164

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 La aparición de la Web 2.0 ha supuesto grandes cambios sociales a todos los niveles. En muchas ocasiones esta ha sido denominada como la “Web de lectura/escritura”, en la que el sujeto pasa de ser un usuario pasivo a ser un usuario activo, dándole el control sobre los datos y la información que maneja (Maloney, 2007). Algunos ejemplos de aplicaciones participativas son los blogs, wikis, redes sociales, marcadores sociales, etc. Si bien hay autores (Alexander, 2006) que consideran que la idea de lectura/escritura de la Web 2.0 no es nueva, ya que con anterioridad a los blogs, wikis, etc. había listas de distribución, comunidades basadas en web que permitían unir a gente con intereses comunes.

En este sentido la gran aportación de la Web 2.0 es permitir a los usuarios modificar casi cualquier contenido, participando de forma activa en la arquitectura del conocimiento (Alexander, 2006). Como afirma Cabero (2010) con este nuevo avance de la web se posibilitará que la educación sea más dinámica y más funcional donde el alumnado no sea un simple receptor de información sino que tenga la oportunidad de intercambiar conocimiento y opiniones con otras personas a través de la web y sus aplicaciones (wikis, redes sociales, blogs, etc.) creando también interacciones de las que tanto alumnos/as como docentes pueden obtener múltiples beneficios (Baird y Fisher, 2005). En otras palabras la utilización de la Web 2.0 permite a los estudiantes crear su propio conocimiento a partir de piezas aisladas de información, conocimiento que a su vez puede ser compartido con otros.

Hoy en día existen numerosas posibilidades para trabajar, desde el punto de vista educativo, con aplicaciones Web 2.0. Estas aplicaciones en un principio no fueron diseñadas con un propósito educativo, pero su potencial ofrece numerosas oportunidades (affordances) para utilizarlas en entornos de enseñanza-aprendizaje. Estas oportunidades tomarían como base pedagógica el constructivismo, favoreciendo también el aprendizaje social y el aprendizaje activo (Ferdig, 2007).

Desde esta perspectiva muchos autores constructivistas entienden el aprendizaje como un proceso social, es decir, el aprendizaje ocurre cuando se comparte información y se interactúa con otras personas (Bruner, 1996; Vygotsky, 1978). Por otro lado diferentes investigaciones han encontrado que aquellos sujetos que trabajan de forma colaborativa aprenden más que aquellos que lo hacen de forma individual (Johnson y Johnson, 1986), además la participación activa se considera como un elemento fundamental en los ambientes de aprendizaje efectivos (Ferdig, 2007).

En resumen se puede decir que existe apoyo empírico que demuestra la eficacia del aprendizaje colaborativo y del aprendizaje social. En este sentido muchas de las aplicaciones Web 2.0 permiten a los sujetos una gran conectividad social así como interactuar unos con

165

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 otros, algo que no se podía realizar con las aplicaciones existentes en la era de la Web 1.0. De esta manera la Web 2.0 permite a los estudiantes colaborar y compartir información, principios básicos del aprendizaje social y activo.

Por ello hace algunos años se ha empezado hablar del término Escuela 2.0, Aprendizaje 2.0 o Educación 2.0 siguiendo el paralelismo del movimiento generado por esta nueva forma de entender la Web. Y, es que a nadie se le escapa que los planteamientos de esta web puedan ser una moda, una novedad, o las consecuencias de los replanteamientos que deben hacerse en el terreno educativo como consecuencia de las transformaciones que se están desarrollando en los alumnos/as y en la sociedad del conocimiento (Cabero, 2009).

Desde esta perspectiva, la Educación 2.0 es aquella que se basa y comparte los principios básicos de la Web 2.0 (O´Reilly, 2005) sobre todo aquellos que se centran en la colaboración y la participación conjunta entre los usuarios mediante la utilización de la red como plataforma de participación, el aprovechamiento de la inteligencia colectiva y el diseño centrado en el usuario.

En este misma línea De Haro (2007) expone que la educación 2.0 tiene como centro el mismo concepto que la web 2.0: el trabajo colaborativo y la creación de conocimiento social, todo ello con una fuerte componente de altruismo y de democratización. El aula es un medio idóneo para el concepto 2.0 puesto que en sí es una pequeña sociedad formada por los profesores y los propios alumnos. Es pues un lugar apto para el trabajo conjunto y de ayuda mutua.

En el ámbito universitario esta realidad es más acuciante si cabe debido a que el alumnado que compone las aulas son los denominados nativos digitales como definió Prensky (2001) a la generación de personas que han nacido y crecido alrededor de las nuevas tecnologías lo que hace posible que el aprendizaje se base en las herramientas y las aplicaciones que componen la web. Así mismo, siguiendo a Paulino y Pereira (2011) se afirma que las TIC permiten a los docentes cambiar su proceso de innovación educativa lo que conlleva al cumplimiento de las necesidades reales del aprendizaje de su alumnado.

Desde este punto de vista, aprovechando los recursos tecnológicos que nos brinda esta web 2.0 y la habilidad innata de nuestros estudiantes hacia el uso y manejo de las nuevas tecnologías desarrollamos un escenario educativo en el que pretendemos buscar, crear, compartir e interactuar on-line para adquirir el aprendizaje.

166

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 Dentro del conjunto de aplicaciones que forman parte de la Web 2.0 y que se han desarrollado gracias a esta tecnología nosotros hemos elegido el blog. Como citábamos anteriormente esta nueva web ha dado lugar a un cambio de mentalidad y de actitud dentro del proceso de enseñanza y aprendizaje. Pero sobre todo, ha supuesto el nacimiento de diversas aplicaciones como blogs, wikis, redes sociales, folksonomías, podcast, etc todas ellas fácilmente aplicables en el aula.

Centrándonos en la herramienta 2.0 elegida en esta experiencia educativa comenzaremos definiendo que se entiende por blog.

Un blog es un sitio Web que facilita la publicación instantánea de entradas (posts) y permite a sus lectores dar retroalimentación al autor en forma de comentarios. Las entradas quedan organizadas cronológicamente iniciando con la más reciente. Un blog requiere poco o ningún conocimiento sobre la codificación HTML y muchos sitios de uso libre permiten crear y alojar blogs (López García, 2009).

Otra definición de es la que nos presenta Wikipedia (2012), donde se expone que un blog, o en español también una bitácora, es un sitio web periódicamente actualizado que recopila cronológicamente textos o artículos de uno o varios autores, apareciendo primero el más reciente, donde el autor conserva siempre la libertad de dejar publicado lo que crea pertinente. El nombre bitácora está basado en los cuadernos de bitácora, cuadernos de viaje que se utilizaban en los barcos para relatar el desarrollo del viaje y que se guardaban en la bitácora. Aunque el nombre se ha popularizado en los últimos años a raíz de su utilización en diferentes ámbitos, el cuaderno de trabajo o bitácora ha sido utilizado desde siempre.

Cuando esta aplicación se utiliza con fines educativos o dentro de un entorno de aprendizaje se los conoce como edublogs.

En este sentido se ha evolucionado de enseñar qué son las TIC, a enseñar a través de ellas, de tal forma que hemos pasado de usar las TIC como instrumento del proceso de enseñanza y aprendizaje a las Tecnología del Aprendizaje y el Conocimiento (TAC), como algunos autores las han denominado (Espuny et al., 2010; Lozano, 2011). Sobre esta línea, Vivancos (2011) afirma que “las TIC no son solo tecnología, son lo que podemos hacer con ella”. Por tanto, las TAC no sólo hacen referencia a saber utilizar una herramienta o aplicación, sino que guían las TIC hacía marcos más educativos-formativos. Se trata de explorar el uso didáctico de las TIC para el proceso de enseñanza-aprendizaje (Lozano, 2011)

En nuestro caso hemos utilizado el blog como instrumento de aprendizaje y conocimiento para trabajar el tema de la atención a la diversidad. Estaríamos hablando de lo que se conoce con blogs educativos o Edublogs. Lara (2005) define este concepto como aquellos weblogs

167

https://comunidade.ese.ipb.pt/ieTIC Bragança, 1-2 de Junho de 2012 cuyo principal objetivo es apoyar un proceso de enseñanza-aprendizaje en un contexto educativo. Similar a esa definición la plantea Bongiovanni (2007), quien escribe que edublogs son aquellos weblogs cuyo objetivo principal consiste en asistir los procesos de enseñanza y aprendizaje en un contexto educativo determinado. Desde nuestra perspectiva como docentes hemos pretendido posibilitar al alumnado un aprendizaje socio-co-constructivista y colaborativo, con contenidos informales, abiertos a toda la comunidad, basado en la interacción y con la principal tarea de que “aprendan a aprender”. Nuestro papel ha sido de