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A construção da resposta

No documento UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (páginas 66-70)

4 O S CAMINHOS DA PESQUISA

2. A construção da resposta

Nível técnico: fontes, técnicas de coleta, organização, sistematização e tratamento de dados e informações.

Nível metodológico: abordagem e processos da pesquisa: formas de aproximação ao objeto (delimitação do todo, sua relação com as partes) e (des)consideração dos

contextos.

Nível teórico: fenômenos privilegiados, núcleo conceitual básico, autores e clássicos cultivados, pretensões críticas, tipo de mudança proposta.

Nível epistemológico: concepção de causalidade, de validação da prova científica e de ciência (critérios de cientificidade).

Pressupostos gnosiológicos: maneiras de abstrair, generalizar, conceituar, classificar e formalizar, ou maneiras de relacionar o sujeito e o objeto. Critérios de construção do

objeto científico.

Pressupostos ontológicos: categorias abrangentes e complexas, concepção de Homem, de Educação e Sociedade, concepções de realidade (concepções de espaço, tempo e

movimento).

FICHA DE LEITURA DE DISSERTAÇÕES E TESES

IDENTIFICAÇÃO I1. Instituição:

I2. Programa de Pós-Graduação: I3. Área CAPES:

I4. Nível: ( ) Mestrado ( ) Doutorado I5. Data da defesa:___/___/___ I6. nº páginas: I7. Título:

I8. Autor: I9. Orientador:

I10. Foco temático principal:

CONSTRUÇÃO DA PERGUNTA P1. Contexto do Problema / Mundo da necessidade:

P2. Problema de pesquisa: P3. Objetivos:

P4. Conhecimento químico envolvido:

CONSTRUÇÃO DA RESPOSTA N ív el T éc n ic

o R1. Fonte de informações e dados / Sujeitos R2. Instrumento de coleta de informações e dados R3. Tratamento das informações e dados

R4. Sistematização/Organização dos resultados

N ív el M et o d o g ic

o R5. Procedimentos adotados (passos da pesquisa) R6. Relação entre objetivos e procedimentos adotados R7. Referencial metodológico utilizado

N ív el T ri co

R8. Referencial teórico que embasa a pesquisa R9. Autores mais citados (privilegiados) R10. Críticas a outras teorias (Recorte teórico)

R11. Articulação teoria / categorias utilizadas / propostas R12. Mudanças propostas N ív el E p ist emo g ic

o R13. Critérios de cientificidade apresentados R14. Concepção de Ciência R15. Concepção de Química N ív el Gn os iol ó

gico R16. Relação sujeito/objeto

R17. Contextos/Recortes relativos ao objeto de estudo

N ív el On to g ic o R18. Concepção de Educação

R19. Concepção de Ensino de Química C1. PRINCIPAIS CONCLUSÕES DA PESQUISA

OBSERVAÇÕES O1. Palavras-chave:

O2. Capítulos principais: O3. Nível de ensino: O4.Outras observações:

Quadro 2 - Ficha de leitura utilizada para a análise das Dissertações e Teses em Ensino de Química da USP.

Após a leitura das Dissertações e Teses e preenchimento das fichas de leitura para cada um dos trabalhos, foi realizada uma análise das informações coletadas, conforme pressupostos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2009), apresentados a seguir. A maioria das categorias foi elaboradas a posteriori, de forma a possibilitar o agrupamento das características semelhantes identificadas nos trabalhos em cada um dos itens da ficha. No caso da identificação dos focos temáticos, a categoria utilizada foi elaborada por outros autores.

A ficha de leitura contemplou diversos itens com o intuito de se obter dados que possibilitassem uma visão mais completa dos trabalhos analisados. No entanto, a análise realizada se ateve aos itens dos níveis técnico, metodológico e teórico. Os dados obtidos para os demais níveis auxiliaram na compreensão do processo de desenvolvimento e das características do trabalho analisado, mas serão apenas comentados.

4.3 Análise de Conteúdo

A análise realizada baseou-se na Análise de Conteúdo, conforme apresentada por Bardin (2009), e no uso do Esquema Paradigmático, proposto por Gamboa (2007).

No que se refere à Análise de Conteúdo, Bardin (2009, p.40) explica que ela consiste em um “conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens”. Através do uso do conjunto dessas técnicas, estabelece-se “a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou, eventualmente, de recepção), inferência essa que recorre a indicadores (quantitativos ou não)” (BARDIN, 2009, p.40).

A análise consiste em três fases. A primeira, denominada pré-análise, consiste na fase de organização do material e foi realizada através da escolha das Dissertações e Teses a serem analisadas, da formulação dos objetivos de análise, da “elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final” (BARDIN, 2009, p.121) e da preparação do material. Assim, a criação da ficha de leitura apresentada anteriormente correspondeu, também, à realização desta fase.

Na segunda fase, ocorre a exploração do material, ou seja, a análise propriamente dita. Tratou-se de uma fase longa e trabalhosa, em que as Teses e Dissertações foram lidas e a ficha de leitura preenchida com as unidades de registros identificadas. Após o preenchimento

das fichas, a análise passou a ser mais profunda com a orientação das hipóteses e do referencial teórico da pesquisa, a teoria fleckiana, (FLECK, 2010), surgindo, então, quadros de referências que auxiliam na busca de ideias coincidentes e/ou divergentes. Tem-se, então, o processo de categorização.

A categorização “é uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo o gênero (analogia), com os critérios previamente definidos” (BARDIN, 2009, p.145). Desta forma, as unidades de registros, para cada um dos níveis considerados da ficha de leitura, foram classificadas e agrupadas por semelhança. A classificação realizou-se por meio de categorias não definidas previamente, mas elaboradas conforme o conteúdo das unidades de registro identificadas. Segundo Bardin (2009, p.147), “as categorias terminais provêm do reagrupamento progressivo de categorias com uma generalidade mais fraca”.

Por fim, na terceira e última fase, o pesquisador “pode então propor inferências e adiantar interpretações a propósito dos objectivos previstos -, ou que digam respeito a outras descobertas inesperadas” (BARDIN, 2009, p.127). Assim, “a reflexão, a intuição, com embasamento nos dados obtidos, estabelecem relações com a realidade, aprofundando as conexões das idéias” (SILVA; GOBBI; SIMÃO, 2005).

A apreciação e análise das fichas de leitura também foram orientadas pelos pressupostos da teoria de Fleck (2010) para a construção do conhecimento. A seguir (Capítulo 5), serão apresentados os resultados e a discussão sobre o que foi obtido através desse processo de análise.

No documento UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (páginas 66-70)