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A CONTRIBUIÇÃO DA MULHER NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Na FAB, a participação das valorosas mulheres brasileiras é muito rica, seque-se um breve histórico desta trajetória, com destaque para à área operacional.

DIA DA MULHER - Presença feminina na Força Aérea mais que dobrou na última década. Nas aeronaves, pistas, hangares, escolas de formação, hospitais, controle aéreo e nas unidades administrativas, as mulheres estão cada vez mais presentes na Força Aérea Brasileira (FAB). Nos últimos 10 anos, a presença feminina nos quadros profissionais cresceu 154%. Em 2002, elas eram 3.249 e, atualmente, são 8.284 militares. Com passar dos anos, elas têm destacado, inclusive ocupando cargos de liderança e chefia, em áreas antes tipicamente masculinas. Em 2012, completam-se 30 anos do ingresso da mulher na FAB. Nestas três décadas, as oficiais e graduadas acumularam muitas vitórias e entraram para história das Forças Armadas. Em 2003, a então Cadete-Aviadora Gisele Cristina Coelho de Oliveira foi primeira piloto militar a voar sozinha em uma aeronave da FAB no Brasil. Ela voou um planador TZ-23 do Clube de Voo a Vela da Academia da Força Aérea (AFA) - na década de 90, uma cadete-intendente já tinha voado em planador (hoje, Capitão Intendente Sheyla Fernandes Sales). No ano seguinte, a então Cadete-Aviadora Fernanda Göertz tornou-se a primeira piloto militar a solar um avião de instrução básica (T-25) na AFA. Em 2008, a Tenente Márcia Regina Laffratta Cardoso tornou-se a primeira aviadora a ser declarada Piloto de Busca e Salvamento. Já em no ano de 2009, pela primeira vez, uma dupla feminina comandou uma missão. As tenentes aviadoras Joyce de Souza Conceição e Adriana Gonçalves, do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA), decolaram de Manaus (AM) em um C-98 Caravan em direção a Parintins (AM). Ainda em 2009, a 3º Sargento Vanessa Felix se tornou a primeira militar da Força Aérea a conquistar o brevê de paraquedista. Seu primeiro salto aconteceu na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ). No ano seguinte, durante a Reunião da Aviação de Asas Rotativas, a 3º Sargento Pollyana Soares de Aredes foi a primeira mulher a atirar com uma metralhadora Minigun, de um Helicóptero H-60 Black Hawk. Ela serve no Esquadrão Harpia (7º/8º GAv), sediado em Manaus. Já em 2011, a Tenente Carla Alexandre Borges (foto 2) se tornou a primeira aviadora a assumir o comando de uma aeronave

de caça de primeira linha da Força Aérea, um A-1. O voo solo aconteceu

na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, a Tenente Juliana Barcellos Silva, que fez parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea, foi a primeira mulher a atuar

Figura 2: Tenente Aviadora Carla Alexandre Borges

Fonte: FAB (2012)

As primeiras mulheres militares da FAB ingressaram em 1982 no Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica, que abrange o Quadro Feminino de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (QFO) e o Quadro Feminino de Graduados da Reserva da Aeronáutica (QFG). As primeiras turmas de graduadas foram formadas no então Centro de Instrução de Graduados da Aeronáutica, em Belo Horizonte (MG), atualmente Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), e as de oficiais, no Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica (CIEAR), no Rio de Janeiro. O ingresso de mulheres na Academia da Força Aérea no Quadro de Oficiais Intendentes foi autorizado em 1995. Oito anos depois, em 2003, a AFA recebeu as primeiras mulheres para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores. As mulheres puderam ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica a partir de 2002. A turma Império Azul do Curso de Formação de Sargentos recebeu 287 alunos, dos quais 56 eram mulheres (DIA DA MULHER, 2012, p.15, grifo nosso).

Em 2012, a Tenente Aviadora Joyce de Souza Conceição (foto 3 ), formada na primeira turma de aviadoras (dez. de 2006), se tornou a primeira militar brasileira apta a pilotar o C-130 Hércules. (AVIAÇÃO DE TRANSPORTE, 2012, p.13 ).

Também em 2012, a Tenente Aviadora Adriana Gonçalves (foto 4 ) formada em dezembro de 2006, passou a ser a primeira militar brasileira a pilotar o Boeing 707 ( modelo KC 137). O maior avião da FAB (peso e dimensão). Sendo que a oficial conquistou o primeiro lugar, tanto na parte teórica, quanto nas aulas práticas realizadas a bordo de um simulador nos EUA.(AVIAÇÃO DE TRANSPORTE, 2012, p.13).

Figura 3: Ten. AV. Joyce de Souza Conceição Figura 4: Ten. AV Adriana Gonçalves.

Dia das Mulheres - Pela primeira vez uma mulher comanda helicóptero

de ataque da FAB - Aos 23 anos, a Tenente Vitória conduz uma máquina

de guerra capaz de disparar mísseis e foguetes.

A Tenente Aviadora Vitória Bernal Cavalcanti entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do País a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque. Na última sexta-feira (06/03/15), ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho.

―É uma grande honra e responsabilidade ser a primeira mulher a pilotar um helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira. Espero que isso sirva de inspiração para todas as mulheres, mostrando que, por meio do esforço e da dedicação, nós podemos alcançar qualquer objetivo‖, ressaltou.

Formada pela Academia da Força Aérea (AFA) em 2013, a Tenente Vitória, hoje aos 23 anos, é natural de São Paulo (SP). Ela é a primeira aviadora do Esquadrão Poti, equipado com os helicópteros de ataque AH-2. A aeronave, armada com um canhão de 23 mm e capaz de lançar mísseis e foguetes, é blindada e pesa 12 toneladas.

"Ainda terei muitos estudos e treinamentos pela frente para cumprir todas as ações da FAB atribuídas ao Esquadrão Poti, que são defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado‖, destacou.

Após voar aviões T-25 e T-27 na AFA, a Tenente Vitória passou um ano em Natal (RN), no comando de helicópteros H-50 Esquilo. Transferida em 2015 para Porto Velho, seu primeiro desafio foi o curso teórico da aeronave AH-2 Sabre. Agora, ela treina para atuar como POSA (Piloto Operador de Sistemas de Armas), responsável por acionar o armamento do AH-2. (DIA DAS MULHERES, 2015, grifo nosso).

Figura 5: Ten. AV. Vitória Bernal Cavalcanti Figura 6: Ten. AV Vitória Bernal Cavalcanti.

Fonte: FAB (2015) Fonte: FAB (2015)

A equipe feminina de salto livre da Força Aérea Brasileira - Equipe Falcões, que tem suporte da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), participou, em Julho de 2017, do Campeonato Mundial Militar de Paraquedismo do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), em Warendorf, na Alemanha. Junto com uma sargento do Exército – que venceu a disputa individual no campeonato nacional – elas formam o time brasileiro na categoria feminina. A Sargento Cássia Bahiense Neves, da FAB, conta que já participou dos mundiais militares na Suíça e no Rio de Janeiro. ―Nos preparamos muito para chegar até aqui e montamos um time estratégico‖, diz ela. (Salto para a vitória, 2017, p. 8).

Figura 7: Equipe Feminina de Salto Livre da FAB - Falcões

Fonte: FAB (2017)

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