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Festa da Polenta (Outubro)

2.3. A Festa da Polenta e a tradição

Considerando a tradição como uma opção e estilo de vida entre as inúmeras escolhas no contexto da modernidade, a Festa da Polenta aparece como uma oportunidade de visualizar a relação coexistente entre ambas, já que há a adoção de um estilo de vida tradicional adaptado à modernidade.

No contexto atual, a pluralidade e a grande gama de escolhas traçam a tendência de que as tradições percam o sentido e a autenticidade junto à comunidade. Influências globalizantes, vasta gama de opções de estilos de vida, a prevalência do conhecimento, não personificado, em detrimento da sabedoria muitas vezes não questionada das lideranças tradicionais, promovem também mudanças na configuração das tradições (CALIMAN, 2009, p. 16).

No caso de Venda Nova do Imigrante, o que percebemos é a dinâmica da tradição em tempos modernos. Uma série de mudanças acontecem na festa desde seu lançamento conforme descrito anteriormente. A ideia de tradição não precisa ser entendida como oposta à modernidade (GIDDENS, 2001). Ao contrário,

36 Os Circolos Trentinos são organizações afiliadas à Associação Trentininel Mondo, cujo objetivo é

estabelecer ligação entre os trentinos e descendentes espalhados pelo mundo. Um dos quatroCírcolos existente no ES fica em Venda Nova do Imigrante, na sede da Casa da Cultura e conta com o maior número de associados do estado. Para maiores informações, ver www.trentini.com.br

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A tradição é uma orientação para o passado, de tal forma que o passado tem uma pesada influência ou, mais precisamente, é constituído para ter uma pesada influência sobre o presente. Mas evidentemente, em certo sentido e em qualquer medida, a tradição também diz respeito ao futuro, pois as práticas estabelecidas são utilizadas como uma outra maneira de se organizar o tempo futuro. O futuro é modelado sem que se tenha a necessidade de esculpi-lo como território separado. A repetição [...] chega a fazer o futuro voltar ao passado, enquanto também aproxima o passado para reconstituir o futuro. (...) A tradição está ligada à memória, especialmente [...] a memória coletiva ; envolve ritual; está ligada ao que vamos chamar de noção formular de verdade ; possui guardiães e, ao contrário do costume, tem uma força de união que combina conteúdo moral e emocional. (GIDDENS, 2001, p. 31). A manutenção dessa tradição necessita de guardiões. CALIMAN (2009) considera Padre Cleto Caliman como:

guardião da tradição, segundo Giddens. O guardião é o repositório das tradições porque identifica os seus detalhes, relaciona-os com o presente, projeta-os no futuro enquanto interage com os outros da sua idade e por fim transmite-os aos jovens. É ele quem faz o trabalho contínuo de interpretação para identificar os laços que ligam o presente ao passado(CALIMAN, 2009. p.21).

Após a ida de padre Cleto Caliman para o Rio De Janeiro, a festa precisou contar cada vez mais com o comprometimento dos voluntários para a perpetuação da mesma. A cada biênio a AFEPOL passa por eleições para os seus cargos administrativos e a ideia é que esses representantes deem continuidade ao trabalho de Padre Cleto Caliman.

Nesta tentativa de valorizar a tradição, os organizadores da festa empenham-se em tomar alguns cuidados. Deste modo, há uma atenção especial para que a festa seja um reflexo da imagem que eles pretendem passar. Segundo organizadores, há uma preocupação inclusive com o play list das atrações. Se as músicas ferirem o pudor, forem obscenas ou algo do tipo,os organizadores pedem para que a mesma não seja reproduzida. A fala do diretor cultural ilustra essa questão quando diz:

O aspecto cultural hoje no mundo de modo geral, a cultura de qualidade, é um ‘troço’ que está ficando cada vez mais escasso. (...) Cada vez tem uso exagerado da sensualidade, da bebida. A diversão está ligada à sensualidade e bebida. A festa vai contra este princípio. Tem bebida? Lógico! Mas você vai ver no Paiol do Nonno como o vovô fazia, na casa da

49 Nonna, também. A gente quer manter viva essa cultura, não deixar isso acabar (Diretor cultural, Agosto de 2018)

Relacionando a este quesito é que tivemos algumas alterações na Serenata Italiana, por exemplo. Há um apelo constante para que as músicas projetadas nas caixas de som embutidas nos Polentas Móveis, por exemplo, não tocarem funk ou alguma música com “apelo sexual”. Na última edição da Serenata (2016), o locutor anunciou no microfone o pedido para que um dos grupos que desafiava a festa tocando “um estilo musical não apropriado” desligasse ou substituísse o som.

O que se percebe é uma preocupação com o que os sujeitos denominam de “manutenção da tradição”, junto com um conservadorismo presente em diversas situações. Os guardiões dessa memória empenham-se para que a mesma ultrapasse os limites do tempo e o imigrante italiano seja celebrado. Ainda que atualmente a festa aceite pop rock, diferentemente dos anos iniciais em que só se tocava forró, não se pode negar o caráter tradicional da mesma. Essa festa que se empenha em modernizar-se sem perder a tradição.

50 Considerações finais

As festas populares se destacam como tradições constituintes da resistência de um povo em defender sua cultura e seus costumes. Neste sentido, este trabalho propôs-se explorar a Festa da Polenta, na pequena cidade de Venda Nova do Imigrante, ES.

A festa é uma homenagem à imigração italiana ocorrida no município no século XIX, é aqui entendida como um “lugar de memória”. Contemplando diversas gerações e etnias, a mesma configura-se como constituinte de uma identidade.

O objetivo foi entender e conhecer melhor sua organização, sua importância para os voluntários envolvidos no trabalho e para os visitantes que prestigiam a festa. Para tanto, realizei uma pesquisa de campo entre 2011 e 2012, retornando à mesma em 2016.

O que se percebe na festa é uma preocupação constante com a permanência da identidade cultural e dos valores tradicionais ligados à imigração italiana numa tentativa de equilibrar o resgate, adaptação e ressignificação das tradições afim de conectá-las aos nossos tempo e novas exigência de um mercado, sobretudo turístico, já que a mesma é vitrine para o Agroturismo em Venda Nova do Imigrante.

Com a propaganda, o evento atrai pessoas com diversas finalidades, como afinidade com o evento, mas também aqueles que se movem apenas por curiosidade, ou então por necessidade de sair do cotidiano. A festa é um espaço de em que a “casa e a rua” se encontram compartilhando histórias de diferentes famílias. É o local do encontro e da troca.

Os motivos de visitar a festa também acabam se divergindo conforme a faixa-etária. Muitos jovens, cujas famílias são de Venda Nova, vão a festa pela questão da memória, da tradição e do sentimento de pertença quanto aquilo, mas há também os jovens que vão a festa simplesmente por ser uma festa, e a veem como qualquer outra que terá bebidas, musicas e jovens também. O interesse que os move não torna a festa inferiorizada, pelo contrário, demonstra a diversidade da mesma.

A Festa da Polenta é um destaque da cidade de Venda Nova do Imigrante, sobretudo, pelo fato de que não se sabe de festa como essa em outras cidades que

51 também foram colonizadas por italianos. É a maior expressão da cultura ítalo- brasileira do Espírito Santo,além de ser a que existe há mais tempo, e torna Venda Nova do Imigrante mais conhecida inclusive internacionalmente, já que sites italianos fazem cobertura da festa por exemplo.

Muito embora o trabalho tenha apoio da política local e da Igreja, é um evento independente, que surge e se mantem com ação dos voluntários, descendentes de italianos. Em outras palavras, é “a cultura sustentando sua própria continuidade”(fala encontrada num vídeo produzido pela Afepol).

Se por um lado você tem a simplicidade e rusticidade do Paiol do Nonno e da Casa da Nonna, regados de tradição, por outro lado há a modernidade e sofisticação na eleição das rainhas com seus trajes magníficos, a atualização de bandas e estilos musicais, os empreendimentos para facilitar o trabalho dos voluntários e agradar o público visitante.

Este público que cresce a cada ano fomenta investimentos em diversas áreas do município através de seu entretenimento. Os visitantes entrevistados sempre possuem um discurso que reforça a importância da festa, a tradição e o quão bonito é o espetáculo: seja ele o tombo da Polenta ou o trabalho voluntário.

Deve-se considerar que quando um estudo mais intensivo sobre o assunto for feito, sejam mapeadas outras possíveis práticas de manutenção da tradição vigente e, novos sujeitos sejam pesquisados a fim de compreender ainda mais a importância do trabalho voluntário e da festa em si para os moradores deste município

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Outras fontes

www.festadapolenta.com.br>Acessado em 23/08/2016 às 07:30h

www.vendanova.es.gov.br>Acessado em 23/08/2016 às 07:30h

www.radiofmz.com.br>Acessado em 23/08/2016 às 07:30h

Anexo I

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Canto Popular Vêneto - Autor: Anônimo - 1919

Original em dialeto vêneto Tradução

Quando si piantala bela polenta, la bela polenta si piantacosì, sipiantacosì, si piantacosì. Bela polenta così.

Cia cia pum, cia cia pum. Cia cia pum, cia cia pum.

Quando la cresce la bela polenta, la bela polenta la cresce così, sipiantacosì, la cresce così. Bela polenta così.

Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando fioriscela bela polenta, la bela polenta fioriscecosì, sipiantacosì, la cresce così, fioriscecosì.

Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si smissiala bela polenta, la bela polenta si smissiacosì, sipiantacosì, la cresce così, fioriscecosì, si smissiacosì. Bela polenta così.

Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando si taiala bela polenta, la bela polenta si taiacosì, sipiantacosì, la cresce così, fioriscecosì, si smissiacosì, sitaiacosì.

Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si mangiala bela polenta, la bela polenta si mangiacosì, sipiantacosì, la cresce così, fioriscecosì, si smissiacosì, sitaiacosì, si mangiacosì.

Quando se planta a bela polenta, a bela polenta se planta assim, se planta assim, se planta assim. Bela polenta assim.

Cia cia pum, cia cia pum. Cia cia pum, cia cia pum. Quando cresce a bela polenta, a bela polenta cresce assim, se planta assim, cresce assim. Bela polenta assim.

Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando floresce a bela polenta, a bela polenta floresce assim, se planta assim, cresce assim, floresce assim.

Bela polenta assim. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum.

Quando se mescla a bela polenta, a bela polenta se mescla assim, se planta assim, cresce assim, floresce assim, se mescla assim. Bela polenta assim.

Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando se corta a bela polenta, a bela polenta se corta assim, se planta assim, cresce assim, floresce assim, se mescla assim, se corta assim.

Bela polenta assim. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando se come a bela polenta, a bela polenta se come assim, se planta assim, cresce assim, floresce assim, se mescla assim, se corta assim, se come assim.

56 COMPOSIÇÃO DA NOVA DIRETORIA EXECUTIVA BIÊNIO 2016/2017:

PRESIDENTE: Camilo Meneguetti

VICE-PRESIDENTE: Carlos Demian Feitoza Caliman

DIRETOR FINANCEIRO 1: Mayara Bittencourt Caus

DIRETOR FINANCEIRO 2: José Fardim

DIRETOR DE PATRIMÔNIO: Edgard Alves Justo Fiuto

VICE-DIRETOR DE PATRIMÔNIO: Ademir Altoé

DIRETOR CULTURAL: Luciano CesconetoStelzer

VICE-DIRETOR CULTURAL: Loreda Falchetto Venturim

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Anexo III

Histórico familiar da atual 2ª princesa da Festa da Polenta é um dos pré requisitos para concorrer à eleição

Fonte: Histórico obtido através d apropria princesa via internet.

Iauâni Zanão de Carvalho Breve Histórico Familiar Meu Tataravô Materno Jerônimo Zanão (GirolamoZanon - grafia em italiano) Italiano da região de Vêneto, da comuna de Farra diSoligo, chegou ao Brasil em 06 de maio de 1880, aos 39 anos de idade. Desembarcou do navio Pampa no porto de Benevente, onde atualmente esta localizada a cidade de Anchieta - ES, com sua esposa CostantinaZanon, com 30 anos e 3 filhos. O filho José Zanão, meu Trisavô, nasceu em terras tupiniquins. Casou-se com Angela Spadetto com quem teve 8 filhos, dentre eles meu Bisavô Caetano Zanão que morou na região de Conceição do Castelo onde casou-se com Erminia Pravato Zanão e teve 4 filhos, um deles meu Avô Alcino Zanão. Meu Avô conheceu em Venda Nova do Imigrante Maria Marli Mascarello Zanão com quem se casou e teve 4 filhos, sendo a primogênita minha mãe Vânia Aparecida Zanão. Ainda por parte de mãe, meu Tataravô Materno Guilherme Mascarello (Guglielmo Mascarello - grafia em italiano) Italiano de Vicenza na região de Vêneto, chegou ao Brasil em 17 de janeiro de 1880, aos 9 anos de idade. Desembarcou no porto de Benevente, onde atualmente esta localizada a cidade de Anchieta - ES. Morou em uma colônia na cidade de Castelo e aos 24 anos casou-se com Madéia Zorzal e teve alguns filhos, sendo um deles meu Trisavô Caetano Mascarello, que casou-se com Maria Fazolo e teve 6 filhos, dentre eles meu Bisavô Honório Mascarello que casou-se com Odília Berut e mais tarde vieram morar em Venda Nova do Imigrante onde tiveram 9 filhos, dentre eles minha Avó Maria Marli Mascarello Zanão que casou-se com Alcino Zanão e tiveram 4 filhos, sendo a primogênita minha mãe Vânia Aparecida Zanão.

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Anexo IV

Resposta da atual 2ª princesa da Festa da Polenta à sua pergunta no dia do desfile

Fonte: Material obtido através da própria candidata em troca de mensagem pessoal

“Tema do Desfile: Música a Alma do Imigrante

Pergunta: Em nossa comunidade podemos ver frutos da herança musical trazida pelos nossos antepassados. Quais são eles?

Resposta:

buona Sera Chico buona será giurati

Buona sera a tutti qui presenti

"A música é a linguagem da alma. Para cada ocasião, cada circunstância, cada pessoa, cada mínimo detalhe, a música tem uma tonalidade própria para aquela momento. Para nossos nonnos e nonnas, a música representava a esperança do imigrante que deixou tudo para trás em busca de uma nova vida, e que nos deixaram como marca a fé e a união de um povo que luta pelo sonho em comum. Antigamente como não havia padre, as celebrações dominicais eram presididas pela comunidade e animadas pelo coral, hoje Coral santa Cecília. Além disso a igreja era lugar de encontro dos nonnos, um lugar de comunicação e claro um lugar para cantar as famosas cancionetas, hoje esse momento é carinhosamente chamado de MISSADASDEZ que representa um fórum de debate social de venda nova. A arte de cantar, a música folclórica e principalmente a música litúrgica sempre foi cultivada pelos nossos antepassados fundadores de venda nova. Hoje nós carregamos essa herança e podemos perpetuar essas tradições para as gerações futuras, e assim manter sempre viva a cultura do imigrante italiano."

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