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A Informatização do Processo de Ensino-Aprendizagem

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4 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

4.3 A Informatização do Processo de Ensino-Aprendizagem

É senso comum entre os autores pesquisados nesta pesquisa, entre eles, Valente (1993, 1997) e Moraes (2009), que lidam com a informática na educação, sobre as facilidades do computador no ensino, pois estes equipamentos permitem rapidez em tarefas repetitivas, motiva o aluno na construção do próprio conhecimento, entre outras, porém, assim como qualquer outra ferramenta que possa ser utilizado em processos de ensino-aprendizagem, os seus resultados dependerão do tipo de uso que será feito, pois não se podem esperar milagres dessas tecnologias, conforme Cox (2003) ressalta:

Para tanto, faz-se necessário discutir, refletir e pesquisar o assunto com acurada crítica e criatividade, visando vencer o desafio proposto e ainda, com sobriedade, explorar o melhor dessas máquinas sem incorrer nos vultosos erros de subestimá-las, desperdiçando oportunidades, ou atribuir-lhes papéis miraculosos, superestimando-as (COX, 2003, p. 7).

A utilização dos recursos de informática na educação conseguiu apenas atingir, na maioria dos softwares educativos existentes, o funcionamento dessa tecnologia e não seu potencial de conhecimento na formação de docentes e discentes para que seu desenvolvimento cognitivo pudesse alcançar novas diretrizes, em seu domínio fundamental de aperfeiçoamento em seu aprendizado. É importante salientar que a informatização educacional do aluno na interação de caminhos concretos para trajetória de novas pesquisas pode concretizar novos conhecimentos em seu favor, e de outros.

Em relação ao uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação na escola, Valente (1993), alerta para os quatros requisitos básicos e essenciais à efetiva aplicação dessas tecnologias.

Para a implantação do computador na educação são necessários basicamente quatro ingredientes: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno. [...]. Na educação o computador tem sido utilizado tanto para ensinar sobre computação – ensino de computação ou “computer literacy” – como para ensinar praticamente qualquer assunto – ensino através do computador (VALENTE, 1993, p. 1).

Neste sentido, investimentos com equipamentos de informática (computador, estabilizadores, impressoras multifuncionais), com os programas (softwares) educativos adequados de acordo com as necessidades do público que se quer trabalhar. Essa questão é extremamente importante, pois a escolha do software errado ou inadequado põe em risco o alto investimento aplicado. Para evitar esse prejuízo, é importante a participação de todos os colaboradores da equipe pedagógica na definição das propostas pedagógicas, em sintonia com os projetos da escola e do curso, respectivamente.

Quanto ao uso do computador, Cox (2003, p.10) alerta que os computadores podem atender a inúmeros fins, requerendo, para tanto, serem instruídos, pelo software, para efetuarem distintas operações. Isso quer dizer que os computadores são programáveis de acordo com as instruções pré-estabelecidas por um analista de sistemas, detentor dos conhecimentos de várias tecnologias, sistemas operacionais, plataformas de desenvolvimento e diferentes bancos de dados. Esse profissional da tecnologia da informação e comunicação, normalmente, é graduado em Sistemas de Informação ou Ciência da Computação. Além de todos esses conhecimentos, deve ter a capacidade de identificar as reais necessidades de uma empresa, qualquer que seja o seu porte, para a confecção do projeto, documentação e o desenvolvimento do aplicativo em questão.

Sobre o uso do computador no ambiente de aprendizagem, Valente (1993) coloca: O ensino pelo computador implica que o aluno, através da máquina, possa adquirir conceitos sobre praticamente qualquer domínio. Entretanto, a abordagem pedagógica de como isso acontece é bastante variada, oscilando entre dois pólos [...]. Num lado, o computador, através do software, ensina o aluno. Enquanto no outro, o aluno, através do

software, “ensina” o computador. Quando o computador ensina o aluno, o

computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem educacional é a instrução auxiliada por computador. [...]. No outro pólo, para o aprendiz “ensinar” o computador o software é uma linguagem computacional [...] ou mesmo, um processador de textos, que permite ao aprendiz representar suas idéias segundo esses softwares (VALENTE, 1993, p.1-2).

Essas colocações feitas por Valente (1993) elucidam a importância da informática como poderosa ferramenta educacional, que dependendo do seu uso poderá contribuir com verdadeiros avanços e autonomia para a aprendizagem do educando. Porém, o que se percebe é que, assim como a televisão e o vídeo, o computador está longe de ser aproveitado nas escolas, pois nem todos os professores dominam essas tecnologias, deixando de utilizar essas ferramentas, como poderoso recurso pedagógico, a fim de facilitar as suas práticas docentes.

Reconhecemos a importância de focalizar o processo de aprendizagem, mais do que a instrução e a transmissão de conteúdos, lembrando que hoje é mais relevante o como você sabe do que o que e o quanto você sabe. Aprender é saber realizar. Conhecer é compreender as relações, é atribuir significado às coisas, levando em conta não apenas o atual e o explícito, mas também o passado, o possível e o implícito (MORAES, 2009).

Vale frisar que essa pouca utilização dos recursos computacionais por parte dos professores, ainda está associada à sua falta de domínio a essas modernas tecnologias. Neste sentido, é importante salientar que novos estudos na área da informática na educação, podem gerar outros e melhores resultados no processo ensino-aprendizagem, a partir de eficientes projetos pedagógicos, interligando a teoria e a prática com as novas tecnologias, sendo seu público alvo principal os docentes, para que eles possam utilizar esses aparatos tecnológicos com melhor aproveitamento pedagógico, permitindo a referida horizontalidade entre educador e educando, de onde obteremos o maior benefício desse esforço, que é a aprendizagem dos alunos, de forma global e mais competitiva.

Assim, o desenvolvimento em novos métodos, pode assumir uma posição essencial, à prática natural e reflexível na resolução dos problemas encontrados no processo de ensino- aprendizagem.

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