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1.4 A Regional Metropolitana I no contexto da SEEDUC

1.4.3 A Inspeção Escolar e os demais setores no processo de certificação

Nos processos de certificação, assim como em todo processo de escrituração escolar, a presença e a disponibilidade dos gestores das escolas e, principalmente, dos secretários escolares são fatores importantes para que a vida escolar dos alunos esteja com seus registros em ordem.

É fundamental que os gestores e os secretários conheçam a legislação no que concerne aos documentos necessários para a matrícula, nos procedimentos de registros do itinerário acadêmico dos alunos na sua unidade, nos procedimentos pedagógicos e administrativos para a regularização da vida escolar e, finalmente, para o processo de certificação, quando for o caso.

O Inspetor Escolar, no seu acompanhamento sistemático às unidades escolares, tem o dever de verificar se essas condições estão sendo respeitadas. Em caso negativo, deve auxiliar a gestão no sentido de resolver os possíveis problemas que impeçam a regularização da vida escolar dos alunos, para que eles possam, na conclusão do curso, estar em condições de receberem seu certificado. Esse “auxílio” passa pela cobrança, junto aos gestores(as) e secretários(as), para que se mantenha organizado e completo os documentos escolares dos alunos, pelo levantamento das situações anormais que, porventura, possam estar acontecendo e, finalmente, direcionar os procedimentos necessários para a solução e regularização das mesmas. Se os gestores e secretários escolares, mesmo com a exigência da inspeção escolar, não atuarem de forma efetiva, o resultado negativo vai aparecer ao término do curso, de forma a impedir que a certificação aconteça. No desenvolvimento do trabalho do Inspetor Escolar essas situações de anormalidade são retratadas nos termos de visitas, que são de conhecimento dos gestores escolares e ficam à disposição para que sejam consultados, se necessário, por instâncias superiores, para as providências necessárias.

Essas ações dos Inspetores Escolares, que acontecem de forma preventiva e corretiva, se tornam imprescindíveis para que ao final da etapa, com a vida escolar regular e legal, cada aluno possa receber seu certificado de conclusão. Portanto, é necessário que todas as etapas sejam cumpridas, desde o recebimento da documentação necessária dos alunos, no ato da matrícula e seu correto arquivamento, até o registro, necessário e legal, de todas as etapas do seu percurso acadêmico.

Além dos gestores e secretários escolares, o relacionamento dos Inspetores com outros profissionais é importante. O relacionamento com o Diretor Regional Administrativo, por exemplo, é necessário na medida em que o levantamento dos problemas nas unidades educacionais, realizadas pelos Inspetores, auxilia na tomada de decisões para a resolução das dificuldades estruturais das escolas. Essa importância se traduz, ainda, quando nas relações do DRA com os gestores há o reconhecimento do trabalho do Inspetor Escolar, como suporte às suas demandas e a compreensão de que a sua presença auxilia no levantamento e resolução das situações administrativas problemáticas.

No que se refere ao Diretor Regional Pedagógico (DRP), a relação com a Inspeção Escolar é ainda mais estreita. O papel da DRP no apoio às ações da Inspeção Escolar se torna importante na medida em que, nos momentos de encontros da DRP com os gestores, sempre que necessário, são colocadas todas as preocupações repassadas pelos Inspetores Escolares, além da cobrança que sejam atendidas as suas necessidades.

O DRP, preocupado com o bom funcionamento pedagógico da escola, sabe da importância do Inspetor para o acompanhamento e avaliação das unidades escolares – em que pese a existência, no estado do Rio de Janeiro, de um grupo de trabalho específico para esse acompanhamento, os Agentes de Acompanhamento da Gestão Escolar (AAGE)10, em especial, ao SAERJ, SAERJINHO e IDERJ, que se constituem nos índices educacionais do estado do Rio de Janeiro. Apesar das atribuições desse grupo de trabalho estar diretamente relacionado com os gestores escolares, assim como os inspetores, não existem problemas de incompatibilidade, tendo em vista que existem preocupações e formas de acompanhamento

10 As ações desses profissionais estão basicamente voltadas para o alcance dos índices educacionais, no caso, o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado do Rio de Janeiro (IDERJ). As atribuições desse profissional são estabelecidas na Lei nº 6479, de 17 de junho de 2013, em seu Anexo III. (RIO DE JANEIRO, 2013).

diferenciadas, envolvendo o trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas. A preocupação maior das AAGE´s é, essencialmente, o acompanhamento dos índices educacionais das unidades escolares, de modo a colaborar para sua melhoria. Já a inspeção escolar se preocupa com a escola em seu aspecto estrutural, legal e pedagógico. Apesar de ambos, os AAGE´s e os Inspetores Escolares, preocuparem- se com o aspecto pedagógico, a Inspeção Escolar não está limitada ao acompanhamento dos índices educacionais especificamente, mas também com o respeito aos conteúdos programáticos, à matriz curricular, ao cumprimento dos dias letivos e demais situações que garantam ao aluno o que é estabelecido na legislação educacional. Mesmo com os pontos em comum, na prática acabam sendo atribuições distintas, e que estão sendo desenvolvidas, aparentemente, sem concorrência ou maiores atribulações entre os grupos. Essa relação poderá ser alvo de estudos posteriores, se necessário for, em função do caráter transitório da função dos AAGE´s, da complexidade do assunto e das atribuições de cada grupo. Apesar da importância do trabalho realizado pelos AAGE´s, o grupo foi descontinuado em 2016, por questões econômicas.

O relacionamento da Inspeção Escolar com os demais setores da Regional Metropolitana I se dá, basicamente, na integração da Coordenação Regional de Inspeção Escolar (CRIE), com a Diretoria Regional Administrativa (DRA) e com a Diretoria Regional Pedagógica (DRP) nas ações em conjunto e, em caráter extraordinário, no atendimento às demandas que surgem no dia a dia da Inspeção Escolar.

1.5 A descrição das escolas estaduais pesquisadas da Metropolitana I e a