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A institucionalização da relação família e escola no âmbito da Secretaria Municipal:

2 ESTADO E FAMÍLIA: DUAS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS COM A

2.5 A institucionalização da relação família e escola no âmbito da Secretaria Municipal:

O Estado, no processo de criação das creches públicas, cria também uma política para as famílias. Essa ação estatal se dá em duas esferas: na divulgação de uma moral familiar e na gestão das famílias. Na primeira, procura-se difundir modos de agir para a família, que envolve a participação dos pais ou responsáveis na educação escolar de seus filhos. Para isso, desde 2005, por meio de uma iniciativa da então Secretária Municipal de Educação, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, foi criado o Fórum Família-Escola. Esse evento se constitui por quatro encontros anuais, realizados aos sábados entre as famílias dos alunos e a Secretária Municipal de Educação, no prédio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Na gestão do atual prefeito Márcio Lacerda, sendo a secretária Macaé Maria Evaristo, essa ação tem continuidade no âmbito da gestão das famílias. No novo contexto político, a Secretaria Municipal de Educação incorporou o Programa Família-Escola (do Governo Federal) ao Fórum Família-Escola Central (da SME), como uma das suas ações desenvolvidas com as famílias. Além dessa ação, os agentes e técnicos da prefeitura realizam outras atividades com o objetivo de promover uma parceria entre a família e a SME, tais como: visitas domiciliares às famílias cujos filhos(as) estejam

65 faltosos na escola; encontros com as famílias nas escolas; acompanhamento da frequência escolar dos alunos; fóruns Família-Escola nas regionais; formação dos colegiados escolares; a divulgação do Jornal Família-Escola e do número de telefone Alô, Educação! Portanto, os técnicos acompanham as famílias cujos filhos estejam matriculados nas UMEIs ou nas Escolas Municipais e aquelas usuárias dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Bolsa Escola.

O Programa Família-Escola se insere em um contexto social e político mais amplo de acompanhamento de Programas de Transferência de Renda para as famílias de baixa renda do governo federal. Na cidade de Belo Horizonte, são adotados os dois Programas: o Bolsa Escola, desenvolvido há doze anos pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e gerenciado pela Secretaria Municipal de Educação, e o Bolsa Família do Governo Federal, gerenciado, na cidade, pela Secretaria de Políticas Sociais. Esses programas demandam o acompanhamento socioeducativo das famílias atendidas, que é realizado pela SMED por meio do Programa Família-Escola, desenvolvido em quatro eixos: os Programas de Transferência de Renda e o acompanhamento socioeducativo às famílias (frequência de alunos das diversas redes de ensino: Estadual, Municipal, Federal e Particular e o pagamento dos benefícios); o acompanhamento da frequência escolar de todos os alunos da Rede Municipal; a mobilização social; a saúde na escola. De acordo com a Gerente do Programa Bolsa-Escola, Flávia Julião, em entrevista concedida à pesquisadora6, esses eixos são desenvolvidos de forma intersetorial, envolvendo a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Assistência Social. Assim, a política para as famílias pobres de Belo Horizonte envolve as duas instâncias administrativas: a municipal e a federal.

Entre os quatro eixos, será destacado, neste trabalho, o eixo da mobilização social, porque ele se constitui em uma tentativa do Estado para criar uma rede de relações e estabelecer um diálogo entre as famílias e a Escola. No ano de 2009, no Fórum Família-Escola, a Secretaria de Educação apresentou o Plano Municipal de Educação para a gestão atual, que se constitui de três eixos: a ampliação de vagas na educação infantil, atingindo a quantidade de 100 UMEIs, totalizando 44 mil vagas para as crianças; a expansão da Escola Integrada para 100 mil alunos; a melhoria do

66 Índice de Educação Básica (IDEB), ou seja, da educação básica no município. No primeiro semestre desse ano, criou-se também o Comitê Municipal de Educação que envolve a participação de diversos segmentos da sociedade: o religioso, a imprensa (Rede Globo), a Câmara Municipal, entre outros. Pode-se dizer que a ampliação do atendimento à educação infantil continua a ser uma meta nessa atual administração.

A análise desse eixo, envolvendo ações como o Jornal Família-Escola e a formação dos colegiados, aponta que o foco é a conscientização das famílias sobre a importância da participação delas na vida escolar das crianças e na importância da frequência destas na escola. Parte-se do pressuposto de que essa participação pode representar a melhoria da aprendizagem dos alunos e, consequentemente, do aumento do percentual do IDEB das escolas municipais do Ensino Fundamental. Dessa forma, o Estado coloca sob seu controle ações que até então eram realizadas pela escola, e, por meio desse programa, impõe os modos de participação das famílias. Ao circunscrever os modos possíveis de participação da família, não se pode negar que haja uma evidente intenção de definir a “boa participação” ou mesmo a boa “ação educativa familiar”.

A família, para Bourdieu (1996, p. 135), é “uma ficção, um artefato social, uma ilusão no sentido mais comum do termo, mas uma ‘ilusão bem fundamentada’ já que, produzida com a garantia do Estado, ela sempre recebe do Estado os meios de existir e de subsistir”. Entender a família, nessa perspectiva, pressupõe a compreensão dos mecanismos utilizados pelo Estado para construir uma determinada representação da família de forma hegemônica. Essa construção pressupõe que os atores sociais participem de um processo de socialização que consiste em desenvolver neles um habitus que possibilite a percepção da família como sendo uma realidade da sociedade, organizada e dividida sob a forma de famílias. O Estado, nessa perspectiva, trata de instituir nos membros da família sentimentos e formas de afeto de modo a assegurar a integração da família, uma condição imprescindível para sua existência e manutenção. De acordo com Bourdieu (1996):

[...] para compreender como a família passa de uma ficção nominal a um grupo real, cujos membros estão unidos por laços afetivos, é preciso levar em conta todo o trabalho simbólico e prático que tende a transformar a obrigação de amar em disposição amorosa e a dotar cada um dos membros da família de um “espírito de família” gerador de devotamentos, de generosidades [...] (BOURDIEU, 1996, p. 129).

67 O sentimento familiar permite a perpetuação das estruturas de parentesco e da família como um corpo que “sempre tende a funcionar como um campo, com suas relações de força física, econômica e, sobretudo, simbólica”. (BOURDIEU, 1996, p. 130). A família desempenha ainda um papel decisivo na manutenção e na reprodução da ordem social, tanto no aspecto biológico, quanto no aspecto social. É um espaço privilegiado para a acumulação de capital e sua transmissão de geração a geração, seja na transmissão do nome de família e/ou do patrimônio. Outro aspecto importante, nesse mecanismo de construção da noção de família, é as ações do Estado que visam legitimar a adesão ao modelo familiar dominante, como as alocações familiares. (BOURDIEU, 1996).

Nesse trabalho do Estado de instituição da participação da família na escola, as estratégias utilizadas por ele, como o Jornal da Família, divulgam modos de criação dos filhos por meio de apelos como este: “Para melhor acompanhar a vida escolar do aluno, a família deve estar presente em todos os espaços onde possa esclarecer suas dúvidas, dar a sua opinião, sugestões e trocar informações”. (BELO HORIZONTE, 2009, p. 3). Os espaços sugeridos no periódico são os que tradicionalmente as escolas utilizam: reuniões, assembléias escolares, reuniões do colegiado e também as promovidas pela secretaria, como os fóruns e as conferências de educação. Em entrevista, a gerente do Programa analisa essa forma adotada pela Secretaria Municipal de Educação para a sua relação com a família:

“Interessante, Graça, é que nós que somos da educação a vida inteira a gente falou disso, da questão das famílias, da importância de envolver a comunidade, de se envolver as famílias. Eu sinto que de pouco tempo para cá é que isso está sendo institucionalizado, de certo tempo para cá, planos como o PDE inclui, nesse plano, essa questão da família, a mobilização das famílias, em Belo Horizonte, desde 2005, o fórum das famílias, isso é muito recente. Uma coisa que ficava muito dependente dessa relação entre a escola com a comunidade, que é lá que é o principal foco, mas enquanto política pública é muito recente [...] Quando um ministério cria esse programa de mobilização social de educação e inclui essa relação com a família, é uma coisa recente enquanto política pública. [...] Ou seja, o Comitê Municipal tem um foco muito centrado na questão da família: mobilizar a cidade para a questão da educação. O problema é um problema de todos: mobilizar a cidade para a questão da educação.” (Flávia Julião, gerente do Programa Bolsa-Escola em entrevista à pesquisadora).

68 O depoimento acima mostra que a união entre as esferas federal e municipal, na gestão das famílias, na cidade de Belo Horizonte tem como objetivo buscar ajuda de setores da sociedade, como a imprensa, para divulgar as ideias do Estado sobre a forma de participação da família na educação das crianças. Desse modo, transferem para o âmbito da Secretaria Municipal a relação com as famílias, que, até então, acontecia prioritariamente no espaço físico da escola. Pode-se dizer ainda que o Estado interioriza os discursos veiculados no interior das escolas pelos professores, nos resultados das pesquisas sobre o tema família e escola, na conformação de uma política pública para a relação das famílias com a escola na atualidade.

Para Lenoir (2005), a família “é o produto de numerosas estratégias que se criam em contextos econômicos e sociais específicos”. Lenoir (2005) mostra que historicamente a definição de família e do seu papel é um jogo de lutas entre e dentro das classes sociais.

Em suas análises, Lenoir (2007) mostra como as políticas familiares se desenvolveram na França e quais foram os fundamentos que as subsidiaram. Ele aponta três etapas dessas políticas: a família como causa nacional, a família como instituição e a família como política social. No ápice da terceira república na França, a família ganha relevância como uma causa nacional. Para o autor, embora, em 1871, houvesse uma campanha nacional contra a baixa natalidade, em consequência da derrota da França pela Alemanha, a dimensão da família como causa nacional surge nos debates entre partidários e adversários do regime republicano, mais especificamente na discussão do papel do Estado na reprodução da estrutura social. O familismo do Estado se materializa com a criação de um órgão denominado Alto Comitê da População no ano de 1939, cujos membros redigiram o código da família. Esse órgão instituiu uma nova forma de governo que tinha como característica a legitimidade tecnocrática, que acumula os campos das legitimidades técnicas, cientificas, políticas e morais. Os participantes desses campos eram militantes da causa nacional e implantaram as bolsas familiares na quarta república na França. Esses pioneiros da política familiar tinham o sentimento de terem uma missão no serviço público, na dimensão moral. (LENOIR, 2007).

Essa política, tendo a família como causa nacional, foi pouco questionada até os anos de 1960. Até então, conforme analisa Lenoir (2007), alguns problemas técnicos no regime de prestações

69 familiares agrícolas, que surgiram desde os anos de 1950, traziam controvérsias no campo político e questionavam a legitimidade dessa política. O foco dos debates era o papel social da mãe, posto desde 1932 quando da criação das “bolsas familiares”7, cujos benefícios poderiam ser interpretados como sendo uma forma de compensar a falta de rendimentos da família em consequência de as mães permanecerem no trabalho doméstico, em casa, ou ainda de se constituir em complementos de renda para as famílias mais pobres.

Entretanto, com o crescimento das reivindicações do movimento feminista, surge a necessidade de um outro modelo político para as famílias na França. Assim, emerge a denominada política dos rendimentos a partir do modelo de gestão tecnocrática, em que, de um lado, se encontravam os representantes do Estado (estatísticos), economistas, sociólogos, e, de outro, os funcionários vindos do tribunal de contas, que passam a administrar os organismos sociais. (LENOIR, 2007).

Lenoir (2007) mostra que um novo perfil de políticos traz à tona uma forma de gestão da política familiar. Ou seja, os homens responsáveis pela elaboração dessa política passam a fundamentar suas ações em base de dados disponíveis e na sua evolução previsível sobre os efeitos das medidas tomadas sobre a população alvo e suas consequências econômicas. Isso insere a política familiar no conjunto das políticas econômicas. Há a racionalização das escolhas orçamentárias, e a política familiar se torna uma luta contra as desigualdades sociais a partir de três objetivos: simplificar e reforçar a eficácia das prestações familiares, determinar as necessidades das famílias e fazer delas uma categoria, entre outras, dos dispositivos de lutas contra a pobreza. Tantas mudanças chegam em um momento de mudança na moral familiar: a contracepção, o aborto, o divórcio por consentimento, o aumento do trabalho assalariado das mulheres mães de família.

A partir dos anos de 1990, na França, de acordo com o referido autor, surgem novos operadores sociais nas políticas familiares. Há a novidade de as crianças se tornarem alvos de ações políticas, entrando em campo os mediadores familiares. Pode-se considerar a política familiar como “um campo em transformação”, conforme afirma Lenoir (2007, p. 19).

70 Atualmente no Brasil, a relação entre a família e a escola tem sido abordada na legislação federal e municipal. No que se refere às considerações sobre a relação entre as instituições públicas municipais de ensino e as famílias, os documentos legais (Lei nº 8.679, Resolução no 001/00 do Conselho Municipal de Educação - CME) (BELO HORIZONTE, 2000) reafirmam que as ações educativas das instituições são complementares à ação educacional das famílias e explicitam a necessidade de que a escola pública de educação infantil, em sua proposta pedagógica, respeite os valores e as experiências das famílias. Para tanto, de acordo com os documentos legais da Educação Pública de Belo Horizonte, é imprescindível o estabelecimento de uma “relação dialógica” entre as escolas e as famílias, assim como conhecê-las e conhecer os seus contextos sociais e culturais. É importante destacar ainda que, desde 2005, os critérios adotados para o preenchimento das vagas nas Unidades Municipais de Educação Infantil e nas Escolas Municipais de Educação Infantil, segundo o Ofício no 479/05, são os seguintes: as crianças com deficiência terão a vaga assegurada em caráter prioritário; as crianças sob medida de proteção terão assegurada a vaga desde que encaminhadas pelo Conselho Tutelar, pelo Juizado da Infância e da Juventude ou pelos serviços da política municipal social; do restante das vagas, 70% serão preenchidas por crianças caracterizadas como situação de vulnerabilidade social, por ordem de classificação; e os outros 30% das vagas serão preenchidas pelo sorteio, incluindo as crianças em situação de vulnerabilidade social 8que não foram contempladas.

Já nos documentos da política, no âmbito federal, por meio do Plano Nacional de Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, configura-se uma política que opta por atender ao público de famílias e crianças de camadas populares, como aponta a diretriz abaixo:

Considerando, no entanto, as condições concretas de nosso País, sobretudo no que se refere à limitação de meios financeiros e técnicos, este plano propõe que a oferta pública de educação infantil conceda prioridade às crianças das famílias de menor renda, situando as instituições de educação infantil nas áreas de maior necessidade e nelas concentrando o melhor de seus recursos técnicos e pedagógicos. Deve-se contemplar, também, a necessidade do atendimento em tempo integral para as crianças de idades menores, das famílias de renda mais baixa, quando os pais trabalham fora de casa. Essa

8 Segundo as normas estabelecidas pela SMED para a matrícula das crianças no Sistema Público de Ensino, as

crianças em situação de vulnerabilidade social são aquelas cujas famílias têm baixa renda per capita. Enquadram-se nesse perfil também aquelas que os Conselhos Tutelares indicam como medidas protetivas (por motivos diversos: alcoolismo na família, violência física, abuso sexual, abandono, mães que alegam ter que trabalhar).

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prioridade não pode, em hipótese alguma, caracterizar a educação infantil pública como uma ação pobre para pobres. O que este plano recomenda é uma educação de qualidade prioritariamente para as crianças mais sujeitas à exclusão ou vítimas dela. A expansão que se verifica no atendimento das crianças de 6 e 5 anos de idade, conduzirá invariavelmente à universalização, transcendendo a questão da renda familiar. (BRASIL, 2008, p. 09).

A prioridade de atendimento às crianças de famílias de menor renda e de pais que trabalham fora parece ser um indicativo de que a universalização do atendimento à infância em instituições públicas seja ainda uma realidade distante, embora se possa perceber que a perspectiva da qualidade da educação ofertada ao público infantil seja recorrente nos documentos oficiais tanto da esfera federal quanto da esfera municipal, tais como: o Plano Nacional de Educação; as Diretrizes Curriculares Nacionais, no âmbito da política nacional; a Resolução CME nº 001/2000; e a Lei no 8.679/2005. No caso específico da cidade de Belo Horizonte, optou-se pela oferta de 70% das vagas existentes na rede pública para crianças originadas de famílias de baixa renda.

A política familiar, como já foi dito neste capítulo, envolve a ação de vários campos que se articulam em prol de desenvolver uma representação oficial da família e uma moral familiar. Nesse modelo em desenvolvimento na cidade de Belo Horizonte, que está em consonância com as atividades da política familiar no âmbito nacional, percebe-se que os campos atuantes são: o médico, o jurídico e o das ciências sociais, como a assistência e a educação, sendo esta última a responsável pelo gerenciamento da política. Embora haja a perspectiva de atuação de forma intersetorial desses campos, as ações desenvolvidas se centralizam em torno do campo da educação. Nesse processo de política familiar, são importantes as ações conjuntas dos setores sociais da saúde, da educação, da assistência e do jurídico na conscientização, pelo Estado, da população para a importância da escola, no caso mais específico de Belo Horizonte, para a frequência das crianças nas escolas.

Muitas questões e mudanças emergem dessa realidade instituída por esses princípios da política de educação infantil e da política familiar, tendo em vista que as mudanças promovem também outras teias de relações entre os cidadãos, outras formas de sentimentos e de condutas, principalmente, nas relações estabelecidas entre os atores da educação infantil: crianças, educadores e famílias. Se, por um lado, o Estado cria mecanismos para uma comunicação mais direta com as famílias, por outro lado, ele institui um modo de educação das crianças por meio da

72 escola infantil. Em decorrência disso, o Estado busca naturalizar a passagem das crianças e de suas famílias pelas instituições públicas, assim como legitimar a educação ministrada na escola.

Assim, pode-se indagar: qual é o impacto dessa política nas relações entre os profissionais das escolas públicas infantis e as famílias no cotidiano? As mudanças na configuração das famílias têm impacto na política municipal? Que papel as instituições de educação infantil representam nessa relação com as famílias? A compreensão dessas indagações demanda uma imersão no cotidiano das creches públicas, pois, nessa complementaridade das ações educativas (Estado e Família), supõe-se um diálogo constante entre os envolvidos na educação das crianças pequenas.

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