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1.5.1 - A metodologia: condicionantes e problemática

O levantamento arqueológico de pinturas ou gravuras rupestres pressupõe o reconhecimento por parte dos arqueólogos de que aqueles grafismos correspondem a um tipo específico de arqueossítio. O regulamento dos trabalhos arqueológicos da DGPC refere que “…são considerados trabalhos arqueológicos todas as acções que visem a detecção, o estudo, a salvaguarda e valorização de bens do património arqueológico usando métodos e técnicas próprios da arqueologia, independentemente de se revestirem ou não de natureza intrusiva e perturbadora, nomeadamente prospecções, acções de registo, levantamentos, estudos de espólios de trabalhos antigos guardados em depósitos, sondagens e escavações arqueológicas, acções de conservação ou de valorização em sítios arqueológicos” (Decreto-Lei nº 270/99 de 15 de Julho, artigo 2º). Deste modo, para ser realizado qualquer tipo de levantamento de arte rupestre, deverá ser efectuado um pedido de autorização à Tutela, como sucede para qualquer outro tipo de trabalho arqueológico, quer seja escavação, prospecção ou valorização. O carácter aparentemente menos intrusivo dos levantamentos efectuados nos sítios com arte rupestre (pintura ou gravura) e a inexistência de legislação específica

82 para trabalhos deste tipo, não poderá ser utilizado como justificação para não se efectuar um pedido de autorização específico, mesmo que se enquadre no âmbito de outro projecto. O levantamento de gravuras e pinturas rupestres deverá ser encarado como uma parte do registo arqueológico, necessitando de metodologia própria e estudo específico, facto por vezes ignorado pela comunidade arqueológica portuguesa, surgindo publicações sobre sítios de arte rupestre que não foram alvo de pedido de autorização nem constam na base de dados Endovélico.

O estudo dos abrigos apesentados neste trabalho foi devidamente enquadrado num PNTA intitulado “Abrigos com arte esquemática do Centro de Portugal, mundo simbólico e antropização da paisagem”, aprovado pela DGPC, tendo tido início em 2009, com duração de quatro anos. Para cada sítio arqueológico foi efectuado um Pedido de Autorização de Trabalho Arqueológico (PATA), também devidamente aprovado pela Tutela, estando entregues os respectivos relatórios preliminares. As acções foram programadas tendo em conta o plano de trabalhos apresentado à Universidade do Algarve (UALG) e à FCT, graças à qual foi possível desenvolver este projecto de doutoramento. Os numerosos trabalhos de campo, que implicaram bastante capacidade logística, apenas puderam ser realizados graças às verbas provenientes da bolsa individual e das ajudas de custo facultadas pela UALG, provenientes da FCT. Como foi referido anteriormente, foi graças a diversas instituições e diversas pessoas individuais que este projecto foi concretizado, principalmente durante a realização dos trabalhos de campo, tarefa impossível de realizar individualmente.

A metodologia utilizada em sítios com arte rupestre difere em muitos aspectos de pormenor, o que é proporcionado pela inexistência de um regulamento específico a aplicar neste tipo de registo arqueológico. Os métodos de levantamento variam consoante o tipo de manifestação gráfica, a experiência e background do arqueólogo e a capacidade técnica e financeira, levando a que surja na bibliografia uma panóplia inconciliável de tipos de métodos de levantamentos de arte rupestre. A não uniformização da metodologia, leva a que, por vezes, não sejam efectuadas descrições por vezes consideradas necessárias por outros investigadores, nem apresentados levantamentos cientificamente correctos, tornando impossível, para outros investigadores, uma exacta percepção do sítio arqueológico. Contudo e, ao contrário da escavação arqueológica, o material arqueológico, ou seja, a pintura ou a gravura, não é danificado nem destruído (na grande maioria dos casos) tornando possível um novo

83 levantamento in situ por outra equipa, com outros métodos e noutro momento de desenvolvimento teórico-metodológico da disciplina.

Neste trabalho deparámo-nos com alguma dificuldade em efectuar os levantamentos de campo, devido à inexistência de uma equipa formal. Na realidade, um trabalho deste âmbito deverá ser efectuado por uma equipa multidisciplinar, integrada numa instituição com projectos de arte rupestre, situação, praticamente inexistente no panorama português, exceptuando no Vale do Côa, onde diversos investigadores, de diversas áreas, trabalham em conjunto. Por essa razão, os trabalhos de campo aqui plasmados foram levados a cabo por diversos investigadores que auxiliaram, a título voluntário, nos trabalhos de campo, quer na prospecção como nos levantamentos gráficos e topográficos. A equipa não foi, seguramente, uma equipa institucional, mas à falta de um enquadramento não reconhecido, funcionou na base da convergência de interesses de investigação e na disponibilidade pessoal. Estas explicações, embora possam parecer despropositadas, tornam-se necessárias para um correcto entendimento das metodologias, abordagens e resultados deste projecto, reflectem, afinal, as condições reais em que, por vezes, têm lugar projectos de investigação.

O objectivo principal, tendo em conta os recursos e possibilidades técnicas disponíveis, foi efectuar os levantamentos de campo e os trabalhos de gabinete seguindo as metodologias mais recentes, utilizadas por diversos investigadores de arte rupestre, adaptando-as quer aos sítios em questão como aos meios existentes.

A primeira fase dos trabalhos de campo consiste numa análise exaustiva da área em estudo, através da recolha das fontes e informações disponíveis sobre os sítios e o seu enquadramento geomorfológico. Foi assim utilizada cartografia específica (cartas militares, cartas geológicas e ortofotomapas) e também fontes digitais, como o programa GoogleEarth, que permitiram obter um conhecimento prévio do terreno.

Ao iniciarem-se os trabalhos de campo foi realizada uma prospecção intensiva junto do abrigo alvo de levantamento, com o intuito de despiste de qualquer outro tipo de manifestação gráfica que poderá não ter sido identificada anteriormente. Efectuou-se a visualização directa das diferentes superfícies rochosas susceptíveis de apresentar evidências artísticas pintadas e/ou gravadas.

Subsequentemente foi realizado um reconhecimento do abrigo, dos painéis e das pinturas existentes. A observação das superfícies rochosas foi efectuada em diversos

84 horários, quer diurnos como nocturnos, para uma percepção inicial da melhor altura para efectuar o levantamento. A visualização em horário nocturno foi efectuada em todos os abrigos, com recurso a iluminação artificial, susceptível de proporcionar a correcta visualização de grafismos filiformes. Relativamente ao horário diurno, foi especialmente tido em conta o período em que a luz natural incidia de forma rasante sobre o suporte.

Em alguns casos foi efectuada limpeza e/ou pequena desmatação de elementos vegetais que cobriam total ou parcialmente painéis ou rochas, que apresentavam, ou que pareciam ser susceptíveis de apresentar, manifestações pictóricas, ampliando assim o grau de visibilidade. Estes trabalhos foram efectuados utilizando materiais não abrasivos, não danificando o suporte, nem removendo sedimento do solo.

O levantamento das manifestações gráficas existentes efectuou-se através de dois métodos distintos: o decalque directo e o decalque indirecto. O primeiro foi utilizado apenas no Abrigo do Vale do Lapedo 1 e na Lapa dos Coelhos e consistiu numa abordagem mais tradicional, com a colocação sobre o suporte de um plástico transparente de tipo polivinilo, sobre o qual se passou com um marcador indelével, sobre as áreas gravadas e sobre aqueles elementos e morfologias naturais que a rocha apresentava como argumentos contextuais. Esta metodologia foi empregue nestes dois abrigos no âmbito dos primeiros trabalhos arqueológicos efectuados pela signatária e equipa (Martins, 2005; 2007b; 2012; Martins et al., 2004), tendo sido satisfatório o resultado final devido à relativa preservação das pinturas e das características da superfície rochosa.

Posteriormente, e tendo em conta diversas condicionantes, como a melhoria da capacidade técnica, o deficiente estado de conservação de grande parte dos painéis e dos motivos pintados, a irregularidade dos suportes e a dificuldade de execução do decalque directo através de plástico polivinílico, que origina reflexos que impossibilitam a visualização das pinturas, optou-se por efectuar unicamente o decalque indirecto através de registo fotográfico referenciado.

Este registo foi efectuado em diversas horas do dia, bem como em período nocturno recorrendo a luz artificial. Contudo, verificou-se que, em alguns casos, o registo fotográfico nocturno não é especialmente favorável em pinturas, situação oposta ao registo de gravuras.

85 Posteriormente, foi efectuado o tratamento das fotografias através de programas de tratamento de imagens (Photoshop CS6), obtendo-se as primeiras versões do decalque que foram rectificadas e confirmadas no campo. Nos casos em que se verificou existirem erros, foi efectuado novamente todo o processo até se obter a versão final correcta. Após as correcções de campo foi realizado o decalque final, que apresenta todas as superfícies pintadas. Mesmo as áreas não decoradas dos painéis historiados foram delimitadas, tentando deste modo perceber as causas que levaram à eleição de certas zonas para suporte das manifestações artísticas e a não utilização de outras. Tal como no decalque directo, foi, assim, efectuado o levantamento integral dos painéis.

Além do registo fotográfico referenciado para execução de decalque, foi também feito o levantamento fotográfico digital exaustivo do abrigo, painéis e motivos, sendo estes últimos registados individualmente. Este registo pormenorizado permite a obtenção de imagens de qualidade elevada, passíveis de serem utilizadas para confirmação de atributos formais dos motivos e contraste com os dados recolhidos no campo, além de corresponderem ao registo “perpétuo” destas evidências que, em alguns casos, apresentam um estado de conservação muito débil e frágil. O registo fotográfico foi efectuado com diversos equipamentos digitais compactos como a Olympus C-5060 e a Panasonic DMC-ZX1 e também com equipamento DSLR com a Nikon 3100, utilizando diversas objectivas (50mm, 18-55mm e macro Sigma 105mm), consoante o objectivo pretendido (Fig. 1.72).

A caracterização do sítio arqueológico foi também alcançada através da realização do registo topográfico do abrigo, efectuando-se o registo de plano e de perfis do abrigo, à escala 1/20, com indicação da localização exacta dos painéis historiados. Estes levantamentos foram em alguns casos levados a cabo através de estação total (Leica TCR407 Topcom) (Fig. 1.73 e 1.74), enquanto noutros foram utilizados métodos mais tradicionais devido a dificuldades logísticas e de implantação dos próprios abrigos. Todos os sítios foram geo-referenciados, correspondendo as coordenadas a um ponto central do sítio arqueológico.

Foi efectuada no local a descrição da morfologia e do estado do suporte (localização, tipo de rocha, tipo de superfície, estado de conservação, cor, dimensões, orientação) e das manifestações pictóricas identificadas (descrição sumária do painel e das pinturas, número total de figurações, estilo, motivo, orientação, dimensões, associações e/ou

86 sobreposições, técnica de gravação ou pintura), obtendo um registo pormenorizado e exaustivo de cada sítio arqueológico (Fig. 1.75).

1.5.2 – A organização da informação e a sistematização dos dados

A informação disponível para a realização deste trabalho provém de diversas fontes, obtidas em contextos distintos, que, conjugadas, permitem a reunião de numerosos dados.

Foram efectuados trabalhos de pesquisa documental em bibliotecas especializadas em arqueologia e em arte rupestre, como na Biblioteca de Arqueologia da DGPC, Biblioteca do MAAVC, Biblioteca do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), Biblioteca do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, Biblioteca da Casa Cristo em Moratalla (Múrcia, Espanha) e Biblioteca da Universidade de Zaragoza (Espanha). Com este levantamento foi possível reunir a maior quantidade de publicações sobre sítios com PRE, outras de arte rupestre efectuadas no nosso território, e pesquisar informações relevantes. Actualmente, a internet facilita a partilha e a disponibilização de informação, e por esta razão torna-se fácil e frequente encontrarmos on-line numerosos trabalhos que por vezes não se encontram em bibliotecas. Parte da nossa pesquisa passou também por esta “escavação” on-line, conseguindo ter acesso a numerosa bibliografia que não se encontra disponível nas bibliotecas portuguesas, reduzindo tempo e custos para obtenção dessa informação. O recurso à base de dados Endovélico foi também fundamental para a recolha e sistematização da informação.

A inexistência de publicações ou, em alguns casos, as discrepâncias existentes entre informações, levou-nos a efectuar uma pesquisa sistemática no Arquivo de Arqueologia da DGPC, consultando numerosos processos relacionados com intervenções em sítios de arte rupestre. Foram assim consultados dados sobre sítios não publicados, bem como relacionados com o projecto de estudo. Os processos consultados estão descritos na bibliografia e o CNS de cada sítio encontra-se na tabela em anexo (Tabela 1.1).

A pesquisa documental foi também realizada em mapotecas, como a da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Letras de Lisboa, para recolha de cartografia específica dos sítios de estudo.

Durante os trabalhos de campo foram efectuadas descrições pormenorizadas de diversos parâmetros que surgem sistematizados no texto final. A valorização temática, técnica,

87 tipológica e cronológica será realizada numa dinâmica do particular para o geral, partindo da figura até à sua integração no abrigo e no conjunto da estação de arte rupestre. Serão analisados os motivos, as cenas, as sobreposições, as localizações no painel e no abrigo e num âmbito local será analisada a paisagem envolvente, identificando-se marcadores de paisagem e de locais de passagem, com os quais os abrigos poderão estar relacionados. Os mecanismos que desencadearam a antropização da paisagem pelas comunidades pré-históricas são assim objecto de estudo fundamental.

A descrição dos contextos foi padronizada, ou seja, obedeceu a uma série de parâmetros utilizados sistematicamente, originando assim um inventário exaustivo e homogéneo, logo, passível de comparação entre si. A descrição de cada sítio arqueológico iniciou-se com o enquadramento geográfico e paleoambiental, enunciando características relevantes para a contextualização do abrigo e sua implantação em determinado território. A este capítulo seguiu-se uma resenha historiográfica de cada contexto arqueológico, antecedendo a descrição efectiva de cada abrigo e do seu reportório temático. Esta foi efectuada desde uma óptica do geral para o particular, ou seja, partindo do elemento mais abrangente (o abrigo) até ao individuo singular (o motivo). Os painéis de cada abrigo foram definidos tendo em conta particularidades do suporte, que delimitam o espaço operativo onde se encontram os motivos pintados. Podem estar delimitados por fracturas, reentrâncias ou irregularidades, alterações cromáticas ou específicas do substrato geológico, manchas de escorrimento e/ou oxidação do suporte, bem como pelos próprios limites do abrigo. e circunscrevem os motivos

Os parâmetros descritivos do abrigo foram os seguintes:

Localização Implantação Visibilidade Dimensões Orientação Configuração

Substrato geológico e coloração

Presença de elementos vegetais ou micro-organismos colonizadores Estado de Conservação

88 Acessos

Outras observações.

Relativamente aos painéis, estes foram descritos da esquerda para a direita do abrigo, iniciando-se na área mais superior, surgindo numerados sequencialmente, e descritas as suas características: Localização no abrigo Dimensões Orientação Regularidade Coloração Visibilidade Estado de conservação

Número de motivos existentes.

Os motivos foram numerados sequencialmente, iniciando-se a numeração na área superior esquerda seguindo para a direita e depois para a área inferior do painel. Para cada motivo foi efectuada uma descrição pormenorizada de:

Caracterização tipológica Caracterização morfológica Dimensões Localização Estado de conservação Técnica de execução Coloração Observações.

Apesar do enquadramento tipológico ser realizado no início da descrição de cada motivo (com carácter intrinsecamente interpretativo), foi efectuada uma exposição objectiva dos grafismos existentes, definindo-se a morfologia da figura.

89 Para a definição cromática utilizou-se a tabela Munsell (Munsell Soil Color Charts, Baltimore, 1975), que ficou abreviada por M, seguido da tabela correspondente e do tipo de cor (ex.: 10 R 5/8).

A descrição tipológica dos motivos existentes nos abrigos do presente estudo foi efectuada segundo tipologias já existentes, sendo a de base a de Pilar Acosta (1968; 1983), adicionando termos ou pormenores presentes em outros estudos (Bécares Pérez, 1983; Torregrosa Jiménez, 1999). Tentou-se, no entanto, uma simplificação tipológica, com o objectivo de poder continuar a ser utilizada nos outros abrigos com PRE do nosso território.

Foram definidos os seguintes treze tipos de motivos:

1 – Barras: – Simples – Horizontal – Vertical

– Inclinada para a esquerda ou para a direita – Conjunto

– Horizontal – Vertical

– Inclinada para a esquerda ou para a direita 2 – Digitações: – Simples - Conjunto 3 – Pontos: – Simples - Conjunto

4 – Motivos de tendência circular: – Círculo simples

– Semi-círculo ou arco – Concêntrico

– Com ponto central

90 – Segmentado internamente com barras horizontais

– Espiral

5 – Antropomorfos:

– com extremidades em arco – com extremidades rectas – com extremidades em cruz – cruciforme

– tipo ancoriforme

– tipo Y, Y invertido ou duplo Y – tipo T ou duplo T

– extremidades combinadas – tendência “semi-naturalista” – indeterminados

– com presença de pormenores anatómicos

– com presença de adornos ou elementos exteriores 6 – Zoomorfos: – Quadrúpedes – Serpentiformes - Aves – Indeterminado 7 – Ramiformes: – Horizontal – Vertical

8 – Motivos tendência rectangular – Tectiforme: – Rectangular simples

– Rectangular com barra(s) central – Rectangular com barra(s) horizontal

– Rectangular com barras cruzadas internamente – Escaleriforme

– Reticulado – Indeterminado

91 9 – Esteliformes: – Soliformes – Esteliformes simples – Indeterminados 10 – Motivos geométricos: – Linhas/traços verticais – Linhas/traços horizontais - Linhas quebradas vertical – Linhas quebradas horizontal – Triângulos – Ângulos 11– Motivos diversos: – Pectiformes - Polilobolados – Ídoliformes oculados – Ídoliformes bitriangulares – Ídoliformes halteriformes – Ídoliformes placa – Armas – Mãos – Outros motivos 12 – Indeterminados 13 – Restos de pigmento

Esta tipologia adaptada não corresponde a um esquema fechado e estático, podendo ser acrescentados tipos e sub-tipos de motivos, reflexo da diversidade temática existente nos sítios com PRE. Em cada sub-tipo deverão ser descritos pormenores ou características únicas, podendo também existir a conjugação de vários sub-tipos num único motivo. Pretende-se apenas uniformizar conceitos e terminologias utilizadas na descrição dos motivos, que pelas suas próprias características esquemáticas, mostram uma grande diversidade e heterogeneidade.

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II Parte

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