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A Minha Escol(h)a de Sempre: Escola Secundária Augusto Gomes

3. ENQUADRAMENTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

3.2. A Minha Escol(h)a de Sempre: Escola Secundária Augusto Gomes

Apesar de todo o trajeto curricular anteriormente percorrido, este foi o momento em que tive de tomar uma decisão mais diretamente relacionada com o meu estágio. Todavia, essa decisão já teria sido tomada muito antes, pois desde que ingressei no curso de EF que senti que seria a escolha mais acertada vivenciar a minha primeira experiencia enquanto professor na escola onde estudei durante seis anos, já que foi uma fase marcante no meu desenvolvimento e crescimento enquanto Homem. Por isso, e tendo também em conta que já conhecia o meio envolvente, a comunidade escolar e as características da população, cuja opinião era bastante positiva, seria então a opção mais válida e racional.

A ESAG foi então a minha primeira opção e nesta ingressei no meu ano de estágio.

A ESAG é uma escola do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário no concelho e freguesia de Matosinhos, situada na Rua de Damão. Tendo em conta que a escola tinha uma tradição artística e era, por isso, referenciada, o nome da mesma homenageia o pintor Augusto Gomes (1910 – 1976), que na sua vasta obra aborda a temática da terra e das suas gentes e que nasceu e acabou por falecer nesta mesma cidade,.

A ESAG nasce oficialmente na atual localização em 1972, e tinha a designação de Liceu Nacional de Matosinhos. A acessibilidade à escola é elevada tendo uma saída da autoestrada direta para a mesma, paragens de autocarro e metro também próximas, o que facilita a frequência de alunos de todas as freguesias e de outros concelhos (como por exemplo, Porto e Maia).

No âmbito do projeto de intervenção da empresa Parque Escolar, a escola esteve durante o ano letivo em processo de requalificação do edifício escolar. Apesar de grande parte dos espaços estarem já concluídos, o edifício que à Educação Física diz respeito começou a ser demolido no final da segunda semana de aulas, como tal apenas 4 aulas foram lecionadas no

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mesmo. Este facto condicionou seriamente a realização das aulas. As alternativas a esta foram apresentadas 2 semanas depois, sendo elas o Campo sintético de futebol de 5 presente na Junta de Freguesia de Matosinhos, que se localizava a cerca de 100 metros da escola, o Pavilhão do Colégio Jardim Escola João de Deus que era em frente à escola e o parque de estacionamento exterior das piscinas municipais que se situa ao lado da escola. A partir de março encontrou-se outra solução para toda a escola e as aulas eram lecionadas nos pavilhões da Escola Secundária João Gonçalves Zarco (ESJGZ), que se localiza a cerca de 10 minutos da ESAG ou em alguns horários nas piscinas municipais.

Abordando mais concretamente cada caso, a utilização do campo sintético estava condicionada às questões climatéricas, visto que era um campo exterior, e tendo em conta que tivemos um ano bastante chuvoso, as aulas destinadas a este espaço nem sempre foram possíveis de realizar.

O mesmo problema se colocava aquando da realização das aulas no parque de estacionamento das piscinas municipais. Para além deste problema, as condições do mesmo não eram as melhores, como era de prever, e colocava a integridade física dos alunos em risco. O chão era de paralelo e um pouco inclinado em algumas partes. Como tal, por questões de segurança, as aulas deixaram de ser lecionadas neste espaço no início do segundo período.

O pavilhão do Jardim Escola João de Deus estava condicionado devido à sua ocupação pelas turmas desta escola. Apenas com a turma do 10º ano do Ensino Profissional foi possível realizar aulas neste espaço. Era um espaço pequeno, no entanto ideal para lecionar Dança e Ginástica, como veio a acontecer, tendo ainda a vantagem em relação aos outros o facto de ser coberto. Acabou por ser de grande utilidade para a conclusão de todos os módulos da turma do Ensino Profissional.

Em março, e após várias promessas camarárias de resolução do problema da falta de pavilhão para lecionação das aulas de Educação Física, o grupo de EF em conjunto com a direção da escola, e após aval da Câmara Municipal, apresentaram duas novas alternativas para a lecionação das aulas para todas as turmas da escola. Cito para todas as turmas da escola, pois até

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este momento todos os espaços disponíveis a prioridade era para os núcleos de estágio (da FADEUP e do Instituto Superior da Maia) quando estes tinham aulas para lecionar. A partir daqui, conseguiu-se elaborar um roulement para todas as turmas, no entanto as aulas foram reduzidas para metade, ou seja, todas as turmas da escola teriam apenas um bloco de 90 minutos por semana. Apesar da redução de horário, penso que foi a situação mais justa para todos os alunos.

O nosso NE não realizou nenhuma aula nas piscinas municipais, devido à incompatibilidade de horários, todavia a partir deste momento as aulas foram realizadas nos pavilhões disponíveis da EJGZ. Apesar de ser mais longe da minha escola, as condições apresentadas eram as mais indicadas para a lecionação da disciplina, com material e pavilhões com espaço para as modalidades em questão.

O grupo de Educação Física da escola funcionava como um grupo muito unido, em que as decisões eram tomadas em conjunto, e que todos nós, inclusivamente os professores estagiários, participavam nos tópicos a ser discutidos. A minha PC teve um papel fulcral na nossa receção e na integração dos estagiários do departamento. Não obstante esse facto, todos os elementos nos receberam da melhor forma, mostrando-se disponíveis para dissipar qualquer dúvida que pudesse surgir e a integrar no contexto escolar, o que ajudou bastante o nosso início nesta nova etapa.