• Nenhum resultado encontrado

o A pensão especial será mantida e paga

No documento Direitos das Pessoas com Deficiência (páginas 91-101)

SEÇÃO II – Dos Regimes

Art 4 o A pensão especial será mantida e paga

pelo Instituto Nacional de Previdência Social, por conta do Tesouro Nacional.

Parágrafo único. O Tesouro Nacional porá à disposição da Previdência Social, à conta de dotações próprias consignadas no Orçamento da União, os recursos necessários ao pagamento da pensão especial, em cotas trimestrais, de acordo com a programação financeira da União. 19 Leis nos 9.528/97, 10.877/2004 e 12.190/2010, e Medida Provisória no 2.187-13/2001.

Leis ordinárias Art. 4o-A. Ficam isentos do imposto de renda

a pensão especial e outros valores recebidos em decorrência da deficiência física de que trata o caput do art. 1o desta Lei, observado o disposto no art. 2o desta Lei, quando pagos ao seu portador.20

Parágrafo único. A documentação compro- batória da natureza dos valores de que trata o caput deste artigo, quando recebidos de fonte situada no exterior, deve ser traduzida por tradutor juramentado.

20 Lei no 11.727/2008.

Art 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Art 6o Revogam-se as disposições em con-

trário.

Brasília, em 20 de dezembro de 1982; 161o da Independência e 94o da República.

JOÃO FIGUEIREDO – Carlos Viacava – Hélio Beltrão

Direitos das pessoas com deficiência

Lei n

o

4.613/65

de 2 de abril de 1965

Isenta dos impostos de importação e de consumo, bem como da taxa de despacho aduaneiro, os veículos especiais destinados a uso exclusivo de paraplégicos ou de pessoas portadoras de defeitos físicos, os quais fiquem impossibilitados de utilizar os modelos comuns.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É concedida isenção dos impostos de

importação e de consumo, bem como da taxa de despacho aduaneiro, para os veículos que, pelas suas características e adaptações especiais, se destinarem a uso exclusivo de paraplégicos ou de pessoas portadoras de defeitos físicos, os quais fiquem impossibilitados de utilizar os modelos comuns.

Parágrafo único. A isenção de que trata esta lei não abrange o material com similar nacional.

Art. 2o A venda dos veículos importados na

conformidade do artigo anterior será permiti- da, pela competente estação aduaneira, sòmente à pessoa nas mesmas condições de deficiência física, apuradas mediante inspeção por junta médica oficial.

Parágrafo único. Apurada fraude na impor- tação ou na venda dos veículos importados com a isenção outorgada nesta lei, o infrator pagará os impostos de importação e de consumo, bem como a taxa de despacho aduaneiro, em dôbro, sem prejuízo das demais sanções legais aplicáveis.

Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Art. 4o Revogam-se as disposições em con-

trário.

Brasília, 2 de abril de 1965; 144o da Indepen- dência e 77o da República.

H. CASTELLO BRANCO – Octávio Gouveia de Bulhões

Direitos das pessoas com deficiência

Decreto n

o

7.823/2012

de 9 de outubro de 2012

Regulamenta a Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, e a Lei no 10.098, de 19 de dezembro de

2000, quanto às instalações relacionadas aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das

atribuições que lhe confere o art. 84, caput, in- ciso IV e inciso VI, alínea “a” da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, e na Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

DECRETA:

Art. 1o Este Decreto regulamenta o disposto

na Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, e na Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, quanto à destinação mínima de espaços e as- sentos nas instalações relacionadas aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Art. 2o Na construção, reforma ou ampliação

de estádios, ginásios de esporte e outras insta- lações que sediarão ou apoiarão a realização de eventos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, antes ou após a realização desses tor- neios, será observada a destinação mínima de um por cento da capacidade total de espaços e assentos do estádio, ginásio de esporte ou outra instalação para pessoas com deficiência.

Parágrafo único. Os espaços e assentos a que se refere o caput deverão ser situados em locais com boa visibilidade, sinalizados, e garantir a acomodação de, no mínimo, um acompanhante da pessoa com deficiência.

Art. 3o A aprovação de financiamento com

a utilização de recursos públicos de projetos de construção, reforma ou ampliação de está- dios, ginásios de esporte ou outras instalações destinadas a sediar ou apoiar a realização de eventos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, por meio de qualquer instrumento, fica condicionada à observância do disposto neste Decreto.

Art. 4o Ato do Ministro de Estado do Esporte

identificará os estádios, ginásios de esporte e instalações a que se refere o art. 2o.

Parágrafo único. O Ministério do Esporte e o Grupo Executivo dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 – GEOLIMPÍADAS, instituído pelo Decreto de 13 de setembro de 2012, poderão fixar disposições complementa- res para a aplicação do disposto neste Decreto.

Art. 5o Este Decreto entra em vigor na data de

sua publicação.

Brasília, 9 de outubro de 2012; 191o da Inde- pendência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF – Aldo Rebelo

Decretos

Decreto n

o

7.612/2011

de 17 de novembro de 2011

Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da

atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1o Fica instituído o Plano Nacional dos

Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite, com a finalidade de promo- ver, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com defici- ência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009.

Parágrafo único. O Plano Viver sem Limite será executado pela União em colaboração com Estados, Distrito Federal, Municípios, e com a sociedade.

Art. 2o São consideradas pessoas com defici-

ência aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

Art. 3o São diretrizes do Plano Viver sem

Limite:

I – garantia de um sistema educacional inclusivo;

II – garantia de que os equipamentos pú- blicos de educação sejam acessíveis para as pessoas com deficiência, inclusive por meio de transporte adequado;

III – ampliação da participação das pesso- as com deficiência no mercado de trabalho,

mediante sua capacitação e qualificação pro- fissional;

IV – ampliação do acesso das pessoas com deficiência às políticas de assistência social e de combate à extrema pobreza;

V – prevenção das causas de deficiência; VI – ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência, em especial os serviços de habilitação e rea- bilitação;

VII – ampliação do acesso das pessoas com deficiência à habitação adaptável e com recur- sos de acessibilidade; e

VIII – promoção do acesso, do desenvolvi- mento e da inovação em tecnologia assistiva.

Art. 4o São eixos de atuação do Plano Viver

sem Limite:

I – acesso à educação; II – atenção à saúde; III – inclusão social; e IV – acessibilidade.

Parágrafo único. As políticas, programas e ações integrantes do Plano Viver sem Limite e suas respectivas metas serão definidos pelo Comitê Gestor de que trata o art. 5o.

Art. 5o Ficam instituídas as seguintes instân-

cias de gestão do Plano Viver sem Limite: I – Comitê Gestor; e

II – Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento.

§ 1o O apoio administrativo necessário ao funcionamento das instâncias de gestão será prestado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

§ 2o Poderão ser constituídos, no âmbito da gestão do Plano Viver sem Limite, grupos de trabalho temáticos destinados ao estudo e à ela- boração de propostas sobre temas específicos. § 3o A participação nas instâncias de gestão ou nos grupos de trabalho será considerada

Direitos das pessoas com deficiência

prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Art. 6o Compete ao Comitê Gestor do Plano

Viver sem Limite definir as políticas, programas e ações, fixar metas e orientar a formulação, a implementação, o monitoramento e a avaliação do Plano.

Parágrafo único. O Comitê Gestor será composto pelos titulares dos seguintes órgãos:

I – Secretaria de Direitos Humanos da Presi- dência da República, que o coordenará;

II – Casa Civil da Presidência da República; III – Secretaria-Geral da Presidência da República;

IV – Ministério do Planejamento, Orçamen- to e Gestão;

V – Ministério da Fazenda; e

VI – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Art. 7o Compete ao Grupo Interministerial de

Articulação e Monitoramento do Plano Viver sem Limite promover a articulação dos órgãos e entidades envolvidos na implementação do Plano, com vistas a assegurar a execução, monitoramento e avaliação das suas políticas, programas e ações.

§ 1o O Grupo Interministerial de Articu- lação e Monitoramento será composto por representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos:

I – Secretaria de Direitos Humanos da Presi- dência da República, que o coordenará;

II – Casa Civil da Presidência da República; III – Secretaria-Geral da Presidência da República;

IV – Ministério do Planejamento, Orçamen- to e Gestão;

V – Ministério da Fazenda;

VI – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

VII – Ministério da Saúde; VIII – Ministério da Educação;

IX – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;

X – Ministério da Previdência Social; XI – Ministério das Cidades;

XII – Ministério do Esporte;

XIII – Ministério do Trabalho e Emprego; XIV – Ministério das Comunicações; e XV – Ministério da Cultura.

§ 2o Os membros do Grupo Interminis-

terial de Articulação e Monitoramento serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e designados em ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

§ 3o Poderão ser convidados para as reuni- ões do Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento representantes de entidades e órgãos públicos e privados, dos Poderes Le- gislativo e Judiciário e do Ministério Público, bem como especialistas, para emitir pareceres e fornecer informações.

§ 4o O Grupo Interministerial de Articula- ção e Monitoramento apresentará periodica- mente informações sobre a implementação do Plano ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Art. 8o Os órgãos envolvidos na implementa-

ção do Plano deverão assegurar a disponibili- zação, em sistema específico, de informações sobre as políticas, programas e ações a serem implementados, suas respectivas dotações orçamentárias e os resultados da execução no âmbito de suas áreas de atuação.

Art. 9o A vinculação do Município, Estado

ou Distrito Federal ao Plano Viver sem Li- mite ocorrerá por meio de termo de adesão voluntária, com objeto conforme às diretrizes estabelecidas neste Decreto.

§ 1o A adesão voluntária do ente federado ao Plano Viver sem Limite implica a responsabili- dade de priorizar medidas visando à promoção do exercício pleno dos direitos das pessoas com deficiência, a partir dos eixos de atuação previstos neste Decreto.

§ 2o Poderão ser instituídas instâncias locais de acompanhamento da execução do Plano nos âmbitos estadual e municipal.

Art. 10. Para a execução do Plano Viver sem

Limite poderão ser firmados convênios, acor- dos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da admi-

Decretos

nistração pública federal, dos Estados, do Dis- trito Federal e dos Municípios, com consórcios públicos ou com entidades privadas.

Art. 11. O Plano Viver sem Limite será cus-

teado por:

I – dotações orçamentárias da União consig- nadas anualmente nos orçamentos dos órgãos e entidades envolvidos na implementação do Pla- no, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento fixados anualmente;

II – recursos oriundos dos órgãos parti- cipantes do Plano Viver sem Limite que não estejam consignados nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União; e

III – outras fontes de recursos destinadas por Estados, Distrito Federal, Municípios, ou outras entidades públicas e privadas.

Art. 12. Fica instituído o Comitê Interminis-

terial de Tecnologia Assistiva, com a finalidade de formular, articular e implementar políticas, programas e ações para o fomento ao acesso, desenvolvimento e inovação em tecnologia assistiva.

§ 1o O Comitê Interministerial de Tecnolo- gia Assistiva será composto por representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos:

I – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ino- vação, que o coordenará;

II – Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;

III – Ministério da Fazenda;

IV – Ministério do Planejamento, Orçamen- to e Gestão;

V – Ministério do Desenvolvimento, Indús- tria e Comércio Exterior;

VI – Ministério da Educação; e VII – Ministério da Saúde.

§ 2o Ato do Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação estabelecerá regras complementares necessárias ao funcionamen- to do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva.

§ 3o Poderão ser convidados para as reuni- ões do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva representantes de outros órgãos e entidades da administração pública federal.

Art. 13. Os termos de adesão ao Compromis-

so pela Inclusão das Pessoas com Deficiência firmados sob a vigência do Decreto no 6.215, de 26 de setembro de 2007, permanecerão válidos e poderão ser aditados para adequação às diretrizes e eixos de atuação do Plano Viver sem Limite.

Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data

de sua publicação.

Art. 15. Fica revogado o Decreto no 6.215, de 26 de setembro de 2007.

Brasília, 17 de novembro de 2011; 190o da In- dependência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF – Fernando Haddad – Alexandre Rocha Santos Padilha – Tereza Campello – Aloizio Mercadante – Gleisi Hoffmann – Maria do Rosário Nunes

Direitos das pessoas com deficiência

Decreto n

o

7.235/2010

de 19 de julho de 2010

Regulamenta a Lei no 12.190, de 13 de janeiro de 2010, que concede indenização por dano moral às

pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da

atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.190, de 13 de janeiro de 2010, DECRETA:

Art. 1o Este Decreto estabelece normas para

o pagamento da indenização por dano moral prevista na Lei no 12.190, de 13 de janeiro de 2010, às pessoas com deficiência física decor- rente do uso da talidomida.

Art. 2o A indenização por dano moral prevista

na Lei no 12.190, de 2010, concedida às pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida, consiste no pagamento de valor único igual a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) multiplicado pelo número dos pontos indica- dores da natureza e do grau da dependência resultante da deformidade física, avaliados conforme o § 1o do art. 1o da Lei no 7.070, de 20 de dezembro de 1982.

Art. 3o Fica o Instituto Nacional do Seguro So-

cial – INSS responsável pela operacionalização do pagamento da indenização, nos termos deste Decreto, com dotações específicas constantes do orçamento da União.

Art. 4o Para o recebimento da indenização por

dano moral de que trata este Decreto, a pessoa com deficiência física decorrente do uso da talidomida deverá firmar termo de opção, con- forme modelo anexo a este Decreto, declarando sua escolha pelo recebimento da indenização por danos morais de que trata a Lei no 12.190, de 2010, em detrimento de qualquer outra, da mes- ma natureza, concedida por decisão judicial.

Parágrafo único. O termo de opção poderá ser firmado por representante legal ou procu-

rador investido de poderes específicos para este fim.

Art. 5o O pagamento da indenização será

precedido da realização de perícia médica pelo INSS para a identificação do número de pontos indicadores da natureza e do grau da dependên- cia resultante da deformidade física, nos moldes do § 1o do art. 1o da Lei no 7.070, de 1982.

§ 1o Para os fins deste artigo, será conside- rado o resultado da perícia médica realizada por ocasião da concessão da pensão especial de que trata a Lei no 7.070, de 1982.

§ 2o Após a assinatura do termo de opção, o INSS procederá, se for o caso, ao cálculo da indenização adotando como parâmetro a quantidade de pontos informados no laudo pericial, limitados ao máximo de oito, obser- vado o disposto no art. 178 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.

Art. 6o Sobre a indenização prevista no art. 2o, não incidirá imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.

Art. 7o A indenização por danos morais de

que trata a Lei no 12.190, de 2010, ressalvado o direito de opção, não é acumulável com qual- quer outra de mesma natureza concedida por decisão judicial.

§ 1o Caso haja ação judicial cujo objeto seja o recebimento de indenização inacumulável com a prevista neste Decreto, o pagamento ficará con- dicionado à apresentação do termo de opção e: I – do pedido de desistência da ação, homo- logado em juízo; ou

II – da renúncia ao crédito decorrente da ação judicial transitada em julgado, em favor do recebimento da indenização de que trata este Decreto, homologada em juízo.

Decretos

§ 2o Nos casos do § 1o, eventuais paga- mentos realizados em decorrência de decisão judicial, com ou sem trânsito em julgado, serão descontados dos valores a serem pagos, atuali- zados monetariamente.

§ 3o Deverá constar do termo de opção

referido neste Decreto que, na hipótese de recebimento irregular da indenização de que trata a Lei no 12.190, de 2010, em virtude da acumulação indevida de indenizações, o bene- ficiário autoriza que haja desconto, de até trinta por cento, do valor de seu benefício mensal concedido nos termos da Lei no 7.070, de 1982, até a completa quitação do valor pago indevi- damente, acrescido da atualização monetária correspondente.

§ 4o Em caso de fundada dúvida sobre o

caráter inacumulável das indenizações judiciais, esta será dirimida pelo órgão integrante da es- trutura da Advocacia-Geral da União, ou a ela vinculado, responsável pelo acompanhamento da ação judicial que concedeu a indenização.

Art. 8o A pensão especial prevista na Lei no 7.070, de 1982, cujo direito tenha sido reco- nhecido judicialmente, poderá ser acumulada com a indenização de que trata este Decreto, observando-se que o pagamento desta somente ocorrerá após o trânsito em julgado da ação judicial que determinou a concessão da pensão.

§ 1o O disposto no caput não se aplica às ações judiciais nas quais se questione somente a quantidade de pontos indicadores da natureza, o grau da dependência resultante da deformi- dade física ou apenas o valor da pensão especial concedida, hipóteses em que a indenização será paga com base no valor ou número de pontos incontroversos e o restante, se for o caso, após o trânsito em julgado da ação.

§ 2o Para o pagamento da indenização de que trata este Decreto, deverá ser observado o número de pontos indicadores da natureza e do grau da dependência resultante da deformidade física definidos na decisão judicial que determi- nou a concessão da pensão especial.

§ 3o Na inexistência de informação do nú- mero de pontos na decisão judicial referida no § 2o, este será obtido por meio da divisão do valor da renda mensal inicial da pensão especial pelo valor do ponto vigente na data do início do benefício, observado o limite máximo de oito pontos.

Art. 9o O valor da indenização poderá ser re-

cebido por representante legal ou procurador, desde que devidamente cadastrado no INSS.

Art. 10. O valor da indenização de que trata

este Decreto está sujeito à atualização com base no Índice Nacional de Preços ao Consumi- dor – INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2010, na forma do art. 6o da Lei no 12.190, de 2010.

Art. 11. Ficam o Ministério da Previdência

Social e o INSS autorizados a editar normas complementares que se fizerem necessárias ao cumprimento deste Decreto.

Art. 12. O INSS terá prazo de até cento e vinte

dias, a contar da publicação deste Decreto, para iniciar os pagamentos referentes às inde- nizações previstas na Lei no 12.190, de 2010, observado o disposto no art. 3o.

Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data

de sua publicação.

Brasília, 19 de julho de 2010; 189o da Indepen- dência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Guido Mantega – José Gomes Temporão – Paulo Bernardo Silva – Carlos Eduardo Gabas – Paulo de Tarso Vannuchi

Direitos das pessoas com deficiência

No documento Direitos das Pessoas com Deficiência (páginas 91-101)