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Disposições Finais

No documento Direitos das Pessoas com Deficiência (páginas 68-74)

Art. 23. A Administração Pública federal di-

reta e indireta destinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações, elimina- ções e supressões de barreiras arquitetônicas

existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de bar- reiras arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de vigência desta Lei.

Art. 24. O Poder Público promoverá cam-

panhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade de cons- cientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibili- dade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se

aos edifícios ou imóveis declarados bens de interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias obser- vem as normas específicas reguladoras destes bens.

Art. 26. As organizações representativas de

pessoas portadoras de deficiência terão legi- timidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei.

Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de

sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179o da In- dependência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – José Gregori

Publicada no DOU de 20/12/2000 e regulamentada pelos Decretos nos 5.296/2004 e 7.823/2012

Direitos das pessoas com deficiência

Lei n

o

10.048/2000

de 8 de novembro de 2000

Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência,

os idosos com idade igual ou superior a 60 (ses- senta) anos, as gestantes, as lactantes e as pes- soas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei.4

Art. 2o As repartições públicas e empresas

concessionárias de serviços públicos estão obrigadas a dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços individualizados que asse- gurem tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que se refere o art. 1o.

Parágrafo único. É assegurada, em todas as instituições financeiras, a prioridade de aten- dimento às pessoas mencionadas no art. 1o.

Art. 3o As empresas públicas de transporte e

as concessionárias de transporte coletivo reser- varão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.

Art. 4o Os logradouros e sanitários públicos,

bem como os edifícios de uso público, terão normas de construção, para efeito de licencia- mento da respectiva edificação, baixadas pela autoridade competente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locais pelas pessoas porta- doras de deficiência.

Art. 5o Os veículos de transporte coletivo a se-

rem produzidos após doze meses da publicação desta Lei serão planejados de forma a facilitar 4 Lei no 10.741/2003.

o acesso a seu interior das pessoas portadoras de deficiência.

§ 1o (Vetado)

§ 2o Os proprietários de veículos de trans- porte coletivo em utilização terão o prazo de cento e oitenta dias, a contar da regulamentação desta Lei, para proceder às adaptações necessá- rias ao acesso facilitado das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 6o A infração ao disposto nesta Lei sujei-

tará os responsáveis:

I – no caso de servidor ou de chefia respon- sável pela repartição pública, às penalidades previstas na legislação específica;

II – no caso de empresas concessionárias de serviço público, a multa de R$ 500,00 (quinhen- tos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), por veículos sem as condições previstas nos arts. 3o e 5o;

III – no caso das instituições financeiras, às penalidades previstas no art. 44, incisos I, II e III, da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo serão elevadas ao dobro, em caso de reincidência.

Art. 7o O Poder Executivo regulamentará esta

Lei no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação.

Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Brasília, 8 de novembro de 2000; 179o da Inde- pendência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Alcides Lopes Tápias – Martus Tavares

Publicada no DOU de 9/11/2000 e regulamentada pelos Decretos nos 5.296/2004 e 7.823/2012

Leis ordinárias

Lei n

o

9.313/96

de 13 de novembro de 1996

Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Os portadores do HIV (vírus da imu-

nodeficiência humana) e doentes de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) receberão, gratuitamente, do Sistema Único de Saúde, toda a medicação necessária a seu tratamento.

§ 1o O Poder Executivo, através do Minis- tério da Saúde, padronizará os medicamentos a serem utilizados em cada estágio evolutivo da infecção e da doença, com vistas a orientar a aquisição dos mesmos pelos gestores do Sis- tema Único de Saúde.

§ 2o A padronização de terapias deverá ser revista e republicada anualmente, ou sempre que se fizer necessário, para se adequar ao conhecimento científico atualizado e à dispo- nibilidade de novos medicamentos no mercado.

Art. 2o As despesas decorrentes da implemen-

tação desta Lei serão financiadas com recursos do orçamento da Seguridade Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- pios, conforme regulamento.

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Art. 4o Revogam-se as disposições em con-

trário.

Brasília, 13 de novembro de 1996; 175o da In- dependência e 108o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – José Carlos Seixas

Direitos das pessoas com deficiência

Lei n

o

8.989/95

de 24 de fevereiro de 1995

Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras providências.5

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLI- CA adotou a Medida Provisória no 856, de 1995, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, JOSÉ SARNEY, Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:5 Art. 1o Ficam isentos do Imposto Sobre Pro-

dutos Industrializados – IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de no mínimo quatro por- tas inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema re- versível de combustão, quando adquiridos por:6 I – motoristas profissionais que exerçam, comprovadamente, em veículo de sua proprie- dade atividade de condutor autônomo de pas- sageiros, na condição de titular de autorização, permissão ou concessão do Poder Público e que destinam o automóvel à utilização na categoria de aluguel (táxi);

II – motoristas profissionais autônomos titulares de autorização, permissão ou conces- são para exploração do serviço de transporte individual de passageiros (táxi), impedidos de continuar exercendo essa atividade em virtude de destruição completa, furto ou roubo do veí- culo, desde que destinem o veículo adquirido à utilização na categoria de aluguel (táxi);

III – cooperativas de trabalho que sejam per- missionárias ou concessionárias de transporte público de passageiros, na categoria de aluguel (táxi), desde que tais veículos se destinem à utilização nessa atividade;

IV – pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, 5 Lei no 10.754/2003.

6 Leis nos 9.317/96, 10.754/2003 e 10.690/2003.

diretamente ou por intermédio de seu repre- sentante legal;

V – (Vetado)

§ 1o Para a concessão do benefício pre- visto no art. 1o é considerada também pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarre- tando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetra- plegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemi- plegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

§ 2o Para a concessão do benefício previsto no art. 1o é considerada pessoa portadora de deficiência visual aquela que apresenta acui- dade visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20°, ou ocorrência simultânea de ambas as situações.

§ 3o Na hipótese do inciso IV, os automóveis de passageiros a que se refere o caput serão adquiridos diretamente pelas pessoas que te- nham plena capacidade jurídica e, no caso dos interditos, pelos curadores.

§ 4o A Secretaria Especial dos Diretos

Humanos da Presidência da República, nos termos da legislação em vigor e o Ministério da Saúde definirão em ato conjunto os conceitos de pessoas portadoras de deficiência mental severa ou profunda, ou autistas, e estabelecerão as normas e requisitos para emissão dos laudos de avaliação delas.

§ 5o Os curadores respondem solidariamen- te quanto ao imposto que deixar de ser pago, em razão da isenção de que trata este artigo.

Leis ordinárias

§ 6o A exigência para aquisição de automó- veis equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas, inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversível de combustão não se aplica aos portadores de deficiência de que trata o inciso IV do caput deste artigo.

Art. 2o A isenção do Imposto sobre Produtos

Industrializados – IPI de que trata o art. 1o desta Lei somente poderá ser utilizada uma vez, salvo se o veículo tiver sido adquirido há mais de 2 (dois) anos.7

7 Leis nos 11.196/2005 e 11.307/2006.

Parágrafo único. O prazo de que trata o ca- put deste artigo aplica-se inclusive às aquisições realizadas antes de 22 de novembro de 2005.

Art. 3o A isenção será reconhecida pela Se-

cretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, mediante prévia verificação de que o adquirente preenche os requisitos previstos nesta lei.

...

Direitos das pessoas com deficiência

Lei n

o

8.899/94

de 29 de junho de 1994

Concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1o É concedido passe livre às pessoas

portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual.

Art. 2o O Poder Executivo regulamentará esta

lei no prazo de noventa dias a contar de sua publicação.

Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Art. 4o Revogam-se as disposições em con-

trário.

Brasília, 29 de junho de 1994; 173o da Indepen- dência e 106o da República.

ITAMAR FRANCO – Cláudio Ivanof Lucarevschi – Leonor Barreto Barreto Franco

Publicada no DOU de 30/6/1994 e regulamentada pelo Decreto no 3.691/2000

Leis ordinárias

Lei n

o

8.742/93

de 7 de dezembro de 1993

Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

No documento Direitos das Pessoas com Deficiência (páginas 68-74)