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CAPÍTULO V – ANÁLISE DOS RESULTADOS

2) A perspectiva dos professores

2.1 - Categoria 1: Formação da Técnica Profissional, da Crítica e da Consciência

A primeira questão foi direcionada à percepção dos professores sobre o objetivo principal do Regimento Escolar do CEP, isto é:

Oferecer educação profissional para jovens na perspectiva da formação de um cidadão crítico e consciente, desenvolvendo competências habilidades e atitudes que possibilitem o desempenho de atividades produtivas, visando sua inserção no mercado de trabalho.

Quadro 10: Significado do objetivo principal do regimento escolar se é atingido e entraves para seu alcance.

PROFESSORES RESPOSTAS

Professor 1 Significado do objetivo

(...) trabalhar o conteúdo com o objetivo de inserir o aluno no mercado de trabalho, conhecer a empresa,; relacionar com as pessoas, a ética profissional

Se é atingido

(...) dentro do possível acho que é satisfatório

Entraves para alcance dos objetivos

(...) falta de professores, ou porque não tem ou porque entram sem base. (...) imaturidade de alguns alunos, que entram sem saber o que é o curso. Professor 2 Significado do objetivo

(...) melhorar, a grade curricular colocando mais o que o mercado de trabalho pede.

Se é atingido

(...) tem conseguido atingir o objetivo em parte, em algumas áreas os alunos encontram dificuldades.

Entrave

(...) formalizar a aprovação de nova grade curricular. Professor 3 Significado do objetivo

(...) conjunto de ferramentas que o jovem tem de adquirir para poder se defender e ser útil onde estiver.

Se é atingido

(...) a formação crítica às vezes é deixada em função de começar a trabalhar.

(...)temo que a escola fique meramente como um instrumento de preparar a pessoa para o trabalho.

Entrave

(...) falta melhor integração entre o que as empresas necessitam e o que a escola deseja com a formação, do ponto de vista ético e técnico.

Professor 4 Significado do objetivo

(...) esse lado do indivíduo crítico ainda temos que melhorar bastante.

Se é atingido

-Integralmente, não.

Entrave

-Visão dos professores, que ficam só na parte tecnológica e deixa a formação em outras áreas a desejar

Professor 5 Significado do objetivo

O objetivo da escola condiz exatamente com a realidade que as empresas procuram no profissional.

(...) os alunos que fazem estágio conseguem associar o aprendizado com o que estão vivenciando na empresa.

Entrave

(...) falta parceria com o empresariado local, para acelerar a inserção dos alunos no mercado de trabalho.

Professor 6 Significado do objetivo

(...) além de um profissional, estamos criando também um cidadão: convivência com os outros e ética.

Se é atingido

(...) na escala de 0 a 10 eu daria 8, porque é difícil acompanhar a evolução da informática.

Entrave

(...) saber o que realmente o mercado necessita e o que a escola está oferecendo. Professor 7 Significado do objetivo

-Os objetivos são importantes porque na atualidade a informática é fundamental, qualquer que seja o setor.

Se é atingido

(...) parcialmente o profissional.

-A crítica e a consciência eu não acredito, não levo isso de maneira mais clara para os alunos, não temos tempo para isso aqui .

Entrave

(...) o teste inicial para se entrar no CEP é fragilizado, tímido; tinha que ser uma exigência maior.

Professor 8 Significado do objetivo

(...) dizer não à exclusão social e profissional.

(...) repassar, não somente, o conhecimento das disciplinas técnicas. Se é atingido

-Não respondeu

Entraves

(...) falta compromisso dos Alunos e de alguns profissionais. (...) coisas arcaicas que travam o aluno.

Professor 9 Significado do objetivo

(...) é um objetivo bonito, histórico, palpável na educação profissional; direciona o trabalho do professor e da escola como um todo, nada mais que isso.

Se é atingido

Não, porque o objetivo, como está, é muito poético;. Não está no perfil da educação profissional, que promove o aluno ao mercado de trabalho

Entrave

(...) no CEP se deixa de fazer o que é realmente técnico, produtivo, agregando outros conhecimentos como senso crítico, cidadania, religião, português, inglês.

Professor 10 Significado do objetivo

(...) mais importante do que transmissão de conteúdo é a criação de um cidadão, o estímulo de uma pessoa que pense que saiba o seu papel na sociedade.

(...)é missão da escola preparar não para o exercício imediato de uma profissão, mas adaptar facilmente às mudanças

Se é atingido

Não, tem que melhorar muito, diante das condições do mercado.

(...temos suprido bons técnicos satisfatoriamente, mas em termos de criatividade e excelência, estamos numa situação muito crítica

Entraves

(...) falta de autonomia para poder decidir e agir com mais rapidez frente ás demandas do mercado.

(...) falta investimento em formação de professores e maior integração com o mercado de trabalho, a escola não pode ficar ilhada, isolada..

A respeito do questionamento sobre o significado do objetivo principal do Regimento Escolar, se é atingido e quais os entraves para o seu alcance (Quadro 10), uma minoria dos

professores entrevistados, ou seja, apenas dois, afirmou que o objetivo da escola, como descrito no documento, foi atingido, de forma satisfatória Foi enfatizado por eles que os alunos que fazem estágio conseguem associar claramente o aprendizado com aquilo que vivenciam na empresa em que trabalham. Mas, para uma parte considerável dos professores entrevistados, a escola atinge o objetivo somente de forma parcial, haja vista que para eles a formação crítica e consciente é deixada de lado, o que torna difícil para o aluno acompanhar as constantes mudanças tecnológicas que acontecem na informática. No entanto, para dois dos professores entrevistados, a escola não consegue alcançar o objetivo a que se destina, não sendo, no entendimento deles, tal objetivo alcançado de forma alguma, pois, para um deles, o objetivo em questão está fora do perfil da educação profissional.

Ao analisar as entrevistas dos professores, nota-se que a maioria deles aponta como significado básico do objetivo em questão a obrigação de a escola formar um cidadão que saiba se relacionar com as pessoas, tendo por base um padrão ético, fruto de uma formação profissional baseada não somente no conhecimento técnico, o que, segundo um dos entrevistados, contribui para que se sinta útil na sociedade. Um dos entrevistados frisou que a escola precisa melhorar a formação do indivíduo crítico, enquanto que dois outros afirmaram ser este objetivo a busca da escola em dar o que o mercado de trabalho pede.

Os professores destacaram os seguintes entraves ao alcance deste objetivo: falta de integração e parceria com as empresas; falta de compromisso de alunos e profissionais (docentes e administrativos); falta de professores; dificuldades para aprovação da nova estrutura curricular; falta de visão dos professores; pouca agregação de conteúdos não técnicos (tais como: senso crítico, cidadania, religião, português e inglês) e falta de autonomia.

Apesar de um dos entrevistados ter considerado que o objetivo de formar não somente para o exercício profissional, mas também para a cidadania e para a crítica consciente, está

fora do perfil da educação profissional, nota-se que a grande maioria dos entrevistados valoriza e defende uma formação mais ampla do aluno, de forma a aprimorar sua capacidade de se relacionar com outras pessoas, bem como de agir de forma consciente e pautada numa base ética realmente coerente.

A formação da consciência crítica para a profissionalização é tão importante que Fogaça (2001) escreve um novo conceito do que vem a ser qualificação profissional, conceito este que deixa de pautar-se única e exclusivamente em habilidades específicas de uma profissão para basear-se na educação geral, permitindo uma formação ampla através da qual o indivíduo possa adaptar-se a quaisquer mudanças.

Niskier (2006a) afirma, por sua vez, que a formação humanística daqueles que resolvem cursar a educação profissional de nível técnico deixa muito a desejar. Haja vista que o currículo dos cursos dedica-se muito mais à parte específica, deixando em segundo plano a educação geral e esquecendo-se que esta também é importante e imprescindível para o bom exercício profissional. Para Niskier (2006c), a aquisição de competências não envolve somente a dimensão técnica, mas também a dimensão humana, para fomentar maior interação entre a teoria e a prática, bem como entre o saber e o fazer, dimensões essenciais à vida e à participação consciente na sociedade.

2.2 - Categoria 2: Qualidade do Ensino e sua Relação com a Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho

Quadro 11: Visão dos Professores sobre a qualidade do ensino e sua relação com a inserção de jovens no mercado de trabalho

PROFESSORES RESPOSTAS

Professor 1 (...) o mercado está bom para a área técnica; é um bom caminho; tem que continuar a abrir mais escolas técnicas e cursos diferentes (enfermagem).

Professor 2 - O curso daqui é um dos melhores, porque tem muita aula prática; agente sempre procura estar atualizado e trazer o melhor.

(...) os meninos encontram estágio, apesar de muitos não estarem fazendo nada na área de informática, mas uma outra atividade.

(...) para o mercado de trabalho o curso técnico está bem tranquilo.

Professor 3 - É bom; é um ensino que desponta; tem tudo para melhora, tanto em estrutura material como administrativo-pedagógica (relação entre os professores, entrosamento entre todos e a integração entre professores e alunos, envolvimento nas atividades diárias, para troca de experiências e crescimento, aliada a um projeto empreendedor na área de educação). (...) não tenho informação, mas existem laboratórios, que eu particularmente não sei até que ponto estão à altura de atender às necessidades que o mercado está a exigir.

Professor 4 (...) temos conseguido alcançar metas de inserção, mas precisamos melhorar.

-às vezes a gente encontra alunos em setores em setores para os quais formamos, mas abre vantagem para a gente no mercado de trabalho

Professor 5 - É de qualidade; o curso condiz com a necessidade e a demanda que o empresariado busca em um profissional.

(...) ao aluno sai apto para seguir o caminho, buscando se aperfeiçoar por conta própria para enfrentar o mercado de trabalho.

Professor 6 (...) há um grande número de alunos no estágio e estou muito satisfeita porque os meninos estão felizes.

Professor 7 (...) a maioria dos professores tem interesse em administrar um bom curso: seriedade, profissionalismo; tem pessoas com capacidade muito maior do que a exigida.

- Tem sim, mas não num nível alto de alunos. Esses que querem caminhar sozinhos e quer alcançar consegue, embora com a dificuldade de estar cursando o ensino Médio e o profissional.

Professor 8 (...) o mercado tem absorvido bastante (eletrônica informática).

(...) o aluno que faz estágio, mesmo aqui dentro, é absorvido rapidamente no mercado de trabalho, com emprego garantido.

(...) todos os problemas de uma empresa são vivenciados aqui e o aluno tem que dar conta do processo.

Professor 9 O CEP está a frente em diversos aspectos: o professor tem formação acadêmica melhor e inúmeros recursos.

(...) uma ótima infra-estrutura, uma ótima qualidade dos professores, uma administração que se preocupa com a formação do aluno.

(...) o curso é bom a escola é boa.

(...) a maioria dos alunos de informática saem como técnicos para trabalhar em alguma empresa, mas como autônomo, abrindo seu próprio negócio, porque o aluno que faz um curso técnico de eletrônica, telecomunicações e eletro técnica e faz o curso básico de informática acaba abarcando a área de informática.

Professor 10 (...) precisa melhorar um pouco mais a qualidade: alunos defasados em matemática e raciocínio lógico, turmas heterogênea; deveria haver um nivelamento.

(...) está se conseguindo o melhor possível dentro das limitações: entraves burocráticos, falta de autonomia e agilidade e evolução tecnológica.

(...) precisamos melhorar, para suprir as demandas do mercado com a criação da Cidade Digital.

Ao opinarem sobre o ensino profissionalizante ofertado no CEP e a inserção de jovens no mercado de trabalho (Quadro 11), no geral, os professores entrevistados disseram que o ensino profissionalizante do CEP destaca-se como um ensino de qualidade que faz com que a escola se encontre à frente de outras instituições sob diversos aspectos. Todavia, dois dos entrevistados apontaram necessidade de melhorias na qualidade, precisamente no aspecto estrutural, no entrosamento, na integração de todos, em especial entre professores e alunos. Foi destacada ainda a necessidade de se estabelecer um projeto empreendedor, o que vai ao encontro do que foi preconizado por Bridges (1995b), pois, para ele, o trabalhador deveria investir em alternativas empreendedoras, seja informalmente ou abrindo um negocio próprio.

Sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho, foi apontado pelos professores entrevistados que o estágio é o grande mecanismo para inserção de jovens no mercado de trabalho. Todavia, um dos entrevistados salientou que muitos destes alunos estagiários não atuam diretamente na informática, mas em outras atividades. Um professor apontou que a grande maioria alunos sai da escola para atuar de forma autônoma, abrindo seu próprio negócio, enquanto outro apontou que existe inserção, mas não para a maioria dos alunos.

Quanto à questão do estágio, Nathanael (2006b) afirma que nem sempre este deve corresponder ao conteúdo de uma ou outra disciplina do currículo, na verdade, deve corresponder, de forma interdisciplinar, ao conjunto dos conhecimentos, competências e habilidades apreendidos pelo aluno no decorrer de seu curso, de forma a complementar, via prática profissional, a teoria assimilada em sala de aula.

Os professores destacam que, apesar de a escola estar conseguindo níveis relativamente “bons” de inserção de jovens no mercado de trabalho, existe a necessidade de melhorias para que as reais demandas do mercado de trabalho sejam atendidas.

Para um grande número de professores entrevistados, a escola possui qualidade em seu ensino, cumprindo, assim, o papel de inserir jovens no mercado de trabalho, mediante a

atuação da coordenação de estágio. No entanto, tal percepção contraria as opiniões externadas por boa parte dos gestores, pois afirmaram que tal inserção acontece, mas somente de forma parcial, especialmente por conta da necessidade de aprimoramento do parque tecnológico, o que dificulta a inserção de novas disciplinas no curso.

2.3 - Categoria 3: Relação entre escola e empresas

Quadro 12: Percepção dos professores a respeito de como se dá a relação entre o CEP e as empresas passíveis de captar alunos para o estágio ou contratação.

PROFESSORES RESPOSTAS

Professor 1 (...) a escola passa que tem um relacionamento muito bom, mas os alunos reclamam; dizem que são poucas empresas.

(...) tem pessoas responsáveis para correr atrás dessas empresas e algumas empresas vem atas do CEP.

Sugestão

(...) a escola tem que investir mais, principalmente com relação ao curso de informática, há alunos demais sem condições de estágio, inclusive alunos que já terminaram o curso, mas não receberam o certificado porque não fez o estágio.

Professor 2 (...) sei que existe uma relação com algumas empresas, mas não sei como funciona esse relacionamento.

Sugestão

-Não tenho idéia. (...) preciso dar uma revisada na minha disciplina para o próximo semestre.

Professor 3 (...) essa relação vem sendo administrada por uma coordenação; não tenho muito conhecimento, mas a gente não consegue ver o trabalho, do ponto de vista prático. -A feira de amostra tem sido um canal, mas acontece de 6 em 6 meses.

(...) através do serviço de estágio,

Sugestão

-É necessário haver parceria: do prof. com o aluno, do Estado com o professor e do professor com a estrutura administrativa da escola

(...) falar do Art. 5º da Constituição: direitos do cidadão..

(...) proporcionar o conhecimento de livre empreendedor e o professor se aliar a isso em qualquer área.

Professor 4 -Não tenho opção

Sugestão

-Procurar parcerias, isso beneficia a escola.

Professor 5 (...) os alunos saem da escola, atendendo às necessidades que o mercado procura. (...) o CEP consegue oferecer muito do que o mercado quer absorver.

(...) muitas empresas buscam dentro das escolas técnicas esses profissionais

Sugestão

(...) divulgação em vários tipos de mídia e até o boca-boca.

(...) divulgação do potencial da escola, da infra-estrutura e do profissional que é formado aqui.

Professor 6 -Eu não sei

Sugestão

(...) intercâmbio entre o professor e a empresa

(...) saber o que as empresas estão usando e o que os meninos vão fazer lá.

Professor 7 (...) o professor de estágio se preocupa com isso e sempre tem ligação com as empresas,.

Sugestão

(...) a escola não pode participar da necessidade de cada empresa, ela dá uma geral, um técnico.

Professor 8 -Essa relação é muito boa.

(...) os contratos são excelentes, tanto para o alunado como para o CEP..

(...) contatos do coordenador de estágio com as empresas e nosso site onde estão os currículos dos alunos, o perfil e as empresas entram em contato conosco.

Sugestão

(...) poderíamos dar palestras, uma equipe do CEP ir às empresas, divulgando nossos profissionais, de forma contundente.

(...) convite a pessoas altas para conhecer nossa escola. Professor 9 -Sim, o responsável pela área de estágio da escola.

(...) o Núcleo de Estágio é muito forte e a força está no professor Sereno, que junto ao CIEE e IEL, promovem o aluno ao primeiro emprego.

(...) empresas veem ao CEP e contrata estagiários com o CEP.

Sugestão

(...) o estágio não deveria ser obrigatório, mas desvinculado da grade e proporcionado ao aluno e a escola, que deve ter o seu núcleo.

- Inúmeros alunos, já formados, terminaram o Curso de Informática e perdeu o diploma por não ter cumprido a carga horária de estágio.

Professor 10 (...) existe um setor responsável por fazer essa interação, que são os coordenadores de estágio.

Sugestão

(...) representante das empresas ou de algum sindicato patronal no setor de estágio, para conferir, fiscalizar se os alunos estão realmente estagiando ou se são mão-de-obra barata .

(...) grupo responsável pela interação deveria ir ás empresas e oferecer cursos corporativos como contrapartida do CEP e os funcionários de uma empresa que já formaram virem fazer curso de requalificação.

Ao opinarem sobre como se dá a relação entre o CEP e as empresas passíveis de captar alunos para o estágio ou contratação (Quadro 12), a grande maioria dos professores afirmou desconhecer como isso ocorre. Segundo um dos professores, o discurso adotado pela escola é de que as relações com as empresas estão indo muito bem, mas os próprios alunos reclamam. Neste sentido, dentre outras afirmações, os professores entrevistados disseram não saber como funciona o trabalho e que não conseguem percebê-lo.

Entre os professores entrevistados, apenas um afirmou que a relação com as empresas é realmente boa, enquanto outro professor assinalou apenas que o aluno sai da escola em condições de atender às necessidades do mercado de trabalho e outros dois afirmaram que a coordenação de estágio é forte e cumpre seu propósito.

Quanto ao acesso das empresas ao CEP e deste às empresas, foram apontados dois aspectos básicos: o primeiro foi a afirmação de que a escola possui um bom serviço de estágio que busca egressos e, segundo, mostrou que as próprias empresas também recorrem ao CEP. Entretanto, dois dos entrevistados não possuem idéia sobre como se dá o acesso das empresas

ao CEP e um professor afirmou que a feira semestral de ciência e tecnologia tem se mostrado um ótimo canal de acesso.

Quanto ao aprimoramento da relação em questão, as respostas dadas foram variadas, ganhando destaque, por ter sido apontado por três dos professores entrevistados, o estabelecimento de parcerias com o mercado produtivo. No entanto, foi também apontado que se faz necessário mais investimento e divulgação por meio da mídia, além de visitas do CEP às empresas para dar palestras, mostrando a escola, para torná-la mais conhecida. Foi também sugerido que o estágio deixe de ser obrigatório. Tal compreensão da maioria dos professores colide com a observação de Niskier (2006b), que defende a procura constante de parcerias da escola com o meio empresarial.

Segundo as informações passadas pelos professores acerca da relação entre escola e empresa, existem alguns problemas de comunicação, pois são poucas e superficiais as informações que os professores possuem sobre como se dá a relação entre o CEP e as empresas, o que acaba por conduzir a entendimentos equivocados e, muitas vezes, superficiais.

2.4 - Categoria 4: Situação dos Equipamentos, Laboratórios e Acervo Bibliográfico

Quadro 13: Percepção dos professores sobre a situação dos equipamentos, laboratórios e acervo bibliográfico

PROFESSORES RESPOSTAS

Professor 1 (...) são compatíveis, claro que sempre pode melhorar bastante.

Sugestão

(...) mais investimento, (...) alguém que conheça realmente os problemas estruturais e pedagógicos, a começar pela direção da escola, alguém que esteja aqui há muito tempo, que conheça as pessoas, a metodologia, o aluno, os problemas.

(...) o principal é gestão democrática.

Professor 2 (...) sempre que a gente requer equipamento da área de informática é atendido. Se correr atrás consegue.

(...) a biblioteca está ok, foram adquiridos este semestre novos livros. (...) os laboratórios estão tranquilos.

Sugestão

(...) um data show nas salas facilitaria muito, principalmente nas áreas mais prática. Professor 3 - Não são ou são em parte; ouço críticas dos alunos em relação aos programas utilizados.

(...) nossa prática está muito atrás do discurso; o aluno de informática não tem acesso à rede, para brincar com o conhecimento.

(...) o acervo não atende, não dá para atender toda clientela.

Sugestão

(...) escola mais democrática e discutida, para os usuários dizerem como gostariam que ela fosse.

(...) estamos longe de construir uma escola mais cidadã.

(...) buscar forma de cadastrar todos, colocar em mídia todo material pedagógico, para isso

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