A Rede Municipal de Ensino de Sorocaba: incongruências, possibilidades e "bonitezas"

Consoante Tardif (2014), o saber docente, por ser social, é partilhado entre os sujeitos/ agentes/professores que trabalham numa mesma organização e que estão submetidos a uma mesma estrutura coletiva de trabalho. Assim, ao dissertar sobre minha constituição docente, não poderia deixar de apresentar a rede de ensino da qual faço parte e a qual faz parte de mim nos últimos dezesseis anos. procurando desvelar que elementos vivenciados por mim nessa rede, contribuíram para minha constituição e fazer docente.

A Rede Municipal de Ensino de Sorocaba pode ser considerada uma rede de ensino de grande porte, composta por 149 (cento e quarenta e nove escolas), sendo 98 Centros de 7

Educação Infantil (CEIs) e 51 Escolas Municipais (EMs). Os CEIs atendem desde o Berçário (54 escolas) no período semi-integral e integral, Creche (77 escolas), também no período semi-integral e integral, Pré-Escola (50 escolas), no período parcial, até os anos iniciais do

Dados disponíveis no site da Secretaria Municipal da Educação do Município de Sorocaba, projeção para 2018:

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Ensino Fundamental (4 escolas), no período parcial. Quarenta e nove (49) das EMs atendem os anos iniciais do Ensino Fundamental, 1º ao 5º ano, sendo 2 em período integral e 15 mesclando período integral e parcial e as demais em período parcial. Duas (2) EMs atendem somente Pré-Escola, concomitante aos anos iniciais, vinte e duas (22) atendem Pré-Escola, cinco (5), atendem os anos finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, juntamente com os anos iniciais. Vinte (20) EMs têm atendimento de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

Nesse contexto que se faz presente, a Rede Municipal de Ensino de Sorocaba atende,

atualmente, 55.008 estudantes, sendo 25.426 matriculados na Educação Infantil

(Creche, 12.276 alunos e pré-escola, 13.150 alunos); 28.649 matriculados no Ensino Fundamental (sendo, 27.023 matrículas no Fund. I e 1.626 matrículas no Fund. II – do total de matrículas no Fundamental, há 4.153 matrículas na Escola em Tempo Integral e 372 estudantes da Educação Especial), 590 estudantes matriculados no Ensino Médio, 343 na Educação de Jovens e Adultos, o que significa afirmar o quão desafiador é para a instituição educacional desenvolver sua função social. Há de se considerar ainda a necessidade de ampliação do número de CEIs e escolas de Ensino Fundamental de 9 anos, conforme determinações legais, descritas no inciso V, do artigo 11 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Sorocaba, 2016, p. 25-26).

Como é possível imaginar, numa rede de grande porte, para se atender cerca 55 mil alunos, em aproximadamente 150 escolas, faz-se necessária uma infraestrutura também de grande porte. A Secretaria Municipal da Educação de Sorocaba dispôs, em outubro de 2017, segundo dados do portal da transparência , de 16.686 funcionários em sua folha de 8

pagamento, sendo que destes quase seis mil são funcionários efetivos. Desses funcionários efetivos, conta com 2500 professores atuantes (2116 PEB I e 154 PEB II) e 57 professores readaptados, atuando em diferentes funções; 294 integrantes do suporte pedagógico e 3205 9

profissionais da Educação atuando em diversas funções/cargos, dentre elas, inspetor de alunos, secretário de escola, auxiliar de educação, estagiário, dentre outros. Nesse mesmo período havia 271 professores em regime de contratação pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e 10. 561 professores eventuais cadastrados na rede para cobrir faltas e afastamentos de professores efetivos e contratados, caso necessário, dos quais cerca de 1.500 chegaram a atuar no referido mês.

A Rede Municipal possui uma Matriz Curricular, implementada a partir de 2011 e que, apesar de ter tido, em seu processo de construção, momentos de debate e discussão com os

Disponível em http://leideacesso.etransparencia.com.br/sorocaba.prefeitura.sp/Portal/desktop.html?.

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Segundo o Estatuto do Magistério Público Municipal, a classe de Suporte Pedagógico abarca os cargos de

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Supervisor de Ensino, Diretor de Escola, Vice diretor de Escola e Orientador Pedagógico. Em média 35% (dado do portal da transparência - out/2017) da classe do suporte é composto por profissionais designados, que são profissionais efetivos do próprio Quadro do Magistério da Rede Municipal que participam de processo seletivo interno e movimentam-se entre os cargos.

atores das instituições educacionais, estes e a formação continuada necessária à implementação de qualquer currículo foram insuficientes para que o documento realmente sirva de base para o trabalho pedagógico dos professores. Conforme apontado no documento atualizado do Marco Referencial, "urge a necessidade da reorganização e atualização da matriz curricular da nossa Rede Municipal, diante das novas demandas, das concepções apresentadas nestes textos e nos documentos oficiais que se configuraram após seu estabelecimento” (SOROCABA, 2016, p. 102), principalmente diante da iminente instituição da Base Nacional Comum Curricular.

Entre 2014 e 2016 a Rede Municipal vivenciou um processo de revisão de seu Marco Referencial. Documento que traz os referenciais filosóficos, sociais, psicológicos e educacionais do trabalho pedagógico da rede, o Marco Referencial, foi elaborado pela primeira vez em 2010, sob a assessoria do Instituto Paulo Freire, que na época teve seu processo de diálogos com as instituições educacionais insuficientes, da mesma forma como ocorreu com a Matriz Curricular, o que acabou

[…] resultando num trabalho que não caracterizou totalmente os anseios e as reais necessidades da rede de ensino naquele momento. Como consequência, a versão finalizada tornou-se mais um documento burocrático do que, propriamente, representativo e de subsídio ao trabalho pedagógico (SOROCABA, 2016, p. 22).

Assim, na esperança de um processo mais democrático que o anterior, constitui-se um comitê composto por representantes dos diferentes segmentos de profissionais da Rede Municipal, eleitos entre seus pares, que, durante dois anos, estudou, consultou especialistas e as instituições educacionais da rede, promoveu debates e plenárias e apresentou uma nova versão do documento que encontra-se publicada no site da Secretaria Municipal da Educação de Sorocaba . Este foi um processo do qual pude participar como representante da Secretaria 10

da Educação - como já apontado anteriormente -, o qual possibilitou-me um crescimento sem igual enquanto profissional e pesquisadora da Educação.

Alguns outros processos de elaboração de documentos orientadores das ações da rede e do cotidiano escolar ocorreram nos últimos anos, mobilizando técnicos da Secretaria e profissionais efetivos da rede, outros ainda que envolveram apenas os profissionais técnicos da Secretaria, ou ainda, por vezes, chegando a envolver até profissionais de outras Secretarias.

No entanto, estes devem ser considerados como relevantes, uma vez que mobilizaram ações e profissionais e devem ainda mobilizar todos os demais profissionais da Educação,

http://educacao.sorocaba.sp.gov.br.

pois são elementos essenciais a serem considerados na organização de ações do cotidiano escolar a cada ano, semestre e bimestre. São eles: as Diretrizes da Secretaria da Educação e 11

os Cadernos de Orientações da SEDU . Estes são: o Caderno de Orientações SEDU Nº 01 - 12

Orientações para o Conselho de Classe/Ano/Série/Termo da Rede Municipal de Sorocaba, o Caderno de Orientações SEDU/DAGP Nº 03 - Diretrizes Pedagógicas para a Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral, o Caderno de Orientações SEDU Nº 05 - Diretrizes para a Construção do Projeto Político-Pedagógico das Instituições Educacionais de Sorocaba, o Caderno de Orientações SEDU/DAGP Nº 07 - Orientações para o Planejamento 2017, o Caderno Todos pelo Brincar, parceria entre as Secretarias da Educação e de Desenvolvimento Social.

Destes processos, enquanto profissional atuante na Secretaria Municipal da Educação, pude participar da elaboração do Caderno 3, que trata do marco teórico e da organização da rotina da Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral.

A Rede Municipal de Sorocaba sempre buscou promover diversas ações formativas aos profissionais da Educação. O Marco Referencial da Rede Municipal de Sorocaba, preconiza que a Secretaria da Educação deve organizar os processos formativos de seus profissionais em três diferentes e interdependentes modalidades formativas: formação em contexto, formação de livre escolha e formação em rede. Assim:

A ideia da formação em contexto parte do pressuposto que considera a escola como instituição que aprende, em diversos tempos e espaços […] é a formação em contexto que mais possibilita a reflexão sobre a prática educativa, uma vez que pode integrar a teoria e a prática de maneira mais efetiva, pois a reflexão partirá do fazer diário de cada um […] A formação de “livre escolha”13 oportuniza a oferta de propostas formativas que consideram cursos de extensão e especialização aos profissionais, bem como a participação em congressos, seminários, etc., em consonância com as diretrizes da Secretaria da Educação do município de Sorocaba. Cada profissional pode escolher as formações que mais se relacionarem ao seu fazer educacional, tanto cursos oportunizados pela secretaria, quanto os ofertados externamente. A formação em rede apresenta propostas formativas que consideram os projetos instituídos pela secretaria da educação, no âmbito Federal, Estadual e Municipal, e necessitam da participação presencial, por meio de convocação ou

As Diretrizes da SEDU foram construídas em 2014 com metas e estratégias previstas até 2016. É um

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documento que deveria ter suas metas e estratégias avaliadas, assim como o PME, sendo renovado com novas estratégias ou ainda com os estabelecimento de novos prazos para as metas e estratégias avaliadas como importantes de serem mantidas para a gestão 2017-2020. Por ser um documento elaborado na gestão 2013-2016 e não encontrar-se mais disponível no site da Secretaria, disponibilizo-o em https://www.dropbox.com/sh/ qs1snp4sh45ohac/AAAwppd2iAAsYH33DVJw1DMga?dl=0.

Também disponíveis no site da Secretaria da Educação do Município de Sorocaba: http://

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educacao.sorocaba.sp.gov.br.

Decreto nº 22.119, de 28 de dezembro de 2016, dispõe sobre a regulamentação do Sistema de Capacitação

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adesão. São formações que visam à implementação dos pressupostos educacionais estabelecidos pela secretaria (SOROCABA, 2016, p. 158-159).

A Rede Municipal de Sorocaba, desde os anos 2000, ofertou cursos de formação continuada em serviço aos seus profissionais até o ano de 2015, quando as formações na modalidade em rede foram canceladas, ação justificada pela crise financeira que assolava o 14

país. Formações que não foram retomadas até o momento. O município ainda não fez a adequação da Lei nº 11.738 de 16 de julho de 2008, assim, nem a carga horária destinada às HTPs, podem ser usadas para formação em rede, como algumas outras redes de ensino vêm fazendo . 15

As únicas formações ofertadas em serviço aos profissionais da Educação hoje em dia , na Rede Municipal, são as formações aos orientadores pedagógicos, que até 2016 foram 16

encontros semanais de oito horas diárias de estudos e trabalhos pedagógicos desenvolvidos por técnicos da Secretaria, por parceiros externos ou ainda pelos próprios orientadores pedagógicos - hoje se resumem em reuniões quinzenais de seis horas; as formações mensais para os professores com carga suplementar de trabalho atribuídas para o trabalho nos programas Sala de Leituras, Novos Olhares, Leitura na Primeira Infância e Recuperação Paralela. Até 2016 aconteceram também as formações em serviço para os professores e estagiários da Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral, formações mensais nos diversos eixos estruturantes do trabalho pedagógico previstos para a atuação desses 17

profissionais no período integral das escolas que possuem esse atendimento na Rede Municipal.

Em relação à esses processos, enquanto atuava na Secretaria da Educação desempenhando o papel de formadora, dentre outros, pude participar e contribuir (gosto de acreditar que essa possibilidade possa ser real) com as formações dos professores atuantes na Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral, mais especificamente aos que atuavam no eixo Fruição Estética - em 2015 coordenando o grupo de professores que atuavam nessa formação e em 2016, quando esse grupo de formadores foi extinto e o programa de Educação

Conforme Comunicados SEDU/DAGEA Nº 84/2015 (anexo II) e SEDU/DAGP Nº 88/2015 (anexo III).

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Algumas cidades como Sumaré, interior de São Paulo, ao adequarem-se à Lei nº 11.738, estabeleceram parte

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da carga horária das HTPs para as formações em nível de sistema, onde os professores devem participar dos cursos de formação ofertados pelo centro de formação de professores do município.

Refere-se à época em que realizou-se a escrita do texto da dissertação: meados de novembro de 2017.

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Conforme preconizado no Caderno de Orientações SEDU/DAGP Nº 03 - Diretrizes Pedagógicas para a Escola

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Integral da Rede Municipal foi remodelado, atuando como formadora do eixo. Pude trabalhar também, em 2016, na formação dos professores atuantes na recuperação paralela dos alunos com dificuldades de aprendizagem, além de atuar também, de 2015 a 2017, nas formações dos orientadores pedagógicos, nos mais diferentes temas: documentação pedagógica, alfabetização e letramento, avaliação, dentre outros.

Nos anos de 2011 e 2012 a Rede Municipal desenvolveu o projeto Alfabetização em Rede, que envolveu professores e estagiários que atuavam com alunos de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Os professores recebiam carga suplementar de trabalho para participar da formação continuada quinzenalmente e os estagiários recebiam a formação que fazia parte de seu contrato de estágio remunerado. Acredito que o trabalho realizado pelo projeto, antecipou, no município, as propostas formativas do PNAIC, no sentido de reflexão sobre a prática, de discussão sobre o fazer, sobre o planejar, sobre o pensar a avaliação e a organização da rotina como parte do processo de ensino e de aprendizagem, dentre outras práticas e concepções.

O projeto deixou de existir em 2012, no entanto, a rede municipal continuou utilizando o estágio remunerado como forma de complementar o número de profissionais necessários ao atendimento dos alunos da rede, assim em 2016, algumas formações foram realizadas à esses estudantes e futuros profissionais. Dentre elas, pude atuar nas formações propostas no tema alfabetização e letramento.

Desde 2012 a Rede Municipal aderiu ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, cujo um dos eixos de atuação é a formação continuada dos professores. No entanto, em Sorocaba, essa formação, iniciada em 2013, sempre deu-se fora do horário de trabalho dos professores, por adesão destes. Ou seja, somente aqueles que tivessem interesse em participar da formação continuada, o faziam, fora de seus horários de trabalho e para tanto, faziam jus a uma bolsa de estudos no valor de duzentos reais por mês de curso. Entendo que não é possível considerar esse processo como uma formação em rede, conforme apontado pelo Marco Referencial da Rede Municipal, pois não se implementa um programa, ou uma política pública sem que todos os professores participem da formação continuada, conheçam as concepções e metodologias do programa e ainda sem que os diferentes atores da escola tomem conhecimento do que é discutido nas formações e possam dar continuidade às discussões nas HTPs e demais reuniões das escolas, por exemplo, como é o caso dos

orientadores pedagógicos, que somente passaram integrar o programa como cursistas em 2016.

Minha participação, nesse programa, ocorreu desde seu início em 2013, quando tive a oportunidade de participar como professora alfabetizadora. Depois, no ano seguinte, como orientadora de estudos dos professores participantes. Em 2015, fui para a secretaria para atuar como coordenadora local (em nível de município) e apesar de nesse ano ter atuado por apenas dois meses no programa, por ter assumido a chefia da sessão responsável por toda a formação continuada da rede, continuei acompanhando de perto as ações formativas do programa. Em 2016 fui efetivamente a coordenadora local, função na qual atuei até outubro de 2017, quando deixei o trabalho na secretaria. A partir de então, atuei como formadora regional no mesmo programa, vinculada à UFSCar e não mais à secretaria.

Numa outra perspectiva de formação continuada, desde 2016 são ofertados cursos de livre escolha, num catálogo de cursos publicado semestralmente no site da Secretaria Municipal de Educação , cada curso apresenta o público alvo a que se destina, dentre os 18

profissionais da Educação e o número de vagas disponíveis. O profissional interessado deve inscrever-se em link disponibilizado e caso seja contemplado com uma vaga e tenha tenha 80% de frequência, recebe certificação com validade para a evolução funcional, conforme Estatuto dos Servidores Públicos Municipais. Os responsáveis pelos cursos são os técnicos da Secretaria da Educação, alguns supervisores de ensino e alguns convidados externos à rede, sejam de outras Secretarias Municipais ou pesquisadores que realizam estudos na área da Educação e cujas pesquisas estão alinhadas às necessidades formativas levantadas pela Secretaria da Educação.

Tive a oportunidade, em 2016, de participar como formadora convidada. Realizei uma palestra intitulada “A formação Integral do Sujeito por meio da interface Arte e Cultura”, como parte integrante do curso 32 - Indagações sobre o Currículo, do Catálogo de Cursos daquele ano. Em 2017, junto com uma parceira de trabalho, tive a oportunidade de organizar o catálogo do 2º semestre.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2010), valorizar a Educação é valorizar seus profissionais. Assim, uma forma da Rede Municipal de Sorocaba valorizar seus próprios profissionais, seria possibilitar que estes ofertassem cursos

Catálogo do 2º semestre de 2017 disponível em: http://educacao.sorocaba.sp.gov.br/comunicados/wp-content/

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de formação de livre escolha aos colegas, o que também seria uma forma mais sustentável de manter esse formato de formação funcionando e sempre se renovando. De acordo com o portal da transparência , a Rede Municipal possui 1040 professores PEB I no nível II da 19

carreira, ou seja, com diferentes especializações, 16 professores PEB I no nível III, com mestrado, e 2 professores PEB I com doutorado, 91 professores PEB II com especializações e 10 professores PEB II com mestrado, 83 diretores de escola com especializações, 11 diretores com mestrado, 3 diretores com doutorado, 11 vice diretores com especializações, 2 vice diretores com mestrado e 1 vice diretor com doutorado, 50 orientadores pedagógicos com especializações, 5 orientadores pedagógicos com mestrado e 2 orientadores pedagógicos com doutorado.

Certamente são profissionais gabaritados para propor formação continuada alinhada com os propósitos e necessidades da rede e que, devidamente incentivados, por meio do próprio plano de carreira, apresentariam interesse em realizar tais formações. Vale ressaltar ainda que os demais profissionais em diferentes cargos, com diferentes formações e diferentes experiências profissionais com certeza podem, desde que aberta a possibilidade e o devido incentivo em nível de plano de carreira, ofertar de forma sistematizada, o conhecimento produzido ao longo de suas carreiras aos demais profissionais da Educação.

Dentro da modalidade dos cursos de livre escolha encontram-se os colóquios, debates, seminários, fóruns, dentre outros, os quais os profissionais da Educação da Rede Municipal podem participar, inclusive em horário de trabalho, segundo normatização própria . A própria 20

rede desenvolve seminários e fóruns próprios. É o caso do Seminário Internacional de Educação que teve sua 16ª edição em 2014; o Fórum Educa em Ação, que teve sua V edição também no mesmo ano; o Encontro de Prática Docente e Tecnologia Educacional, que teve duas edições, em 2013 e 2014; o Seminário Local do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que teve sua III edição em 2016. Promoveram-se também, em 2014 e 2015, o Fórum de Cultura na Primeira Infância, em parceria com o Sesc Sorocaba e a partir de 2015 em parceria com outras Secretarias Municipais, a Semana do Bebê, assim como a

http://leideacesso.etransparencia.com.br/sorocaba.prefeitura.sp/Portal/desktop.html?410

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Decreto nº 22.119, de 28 de dezembro de 2016, já citado anteriormente. No entanto, desde 2016, devido a

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outras normatizações internas, tais como a Instrução SEAD Nº 01/2015 - Anexo IV e Resolução COTIM nº 12/2015 - Anexo V, que impõem a proibição de treinamentos externos que onerem os cofres públicos, os professores ficaram impossibilitados de participar de eventos em horário de trabalho, uma vez que essa participação consequentemente geraria a necessidade de utilização de professores eventuais.

Semana do Brincar, que teve sua última edição em 2016. Em 2014, ocorreu a primeira edição do Encontro de Práticas Pedagógicas EPPED, onde os profissionais da rede, pela primeira vez, puderam apresentar suas pesquisas acadêmicas. A proposta era que o encontro fosse bianual, no entanto não voltou a acontecer.

Os Seminários, fóruns, encontros, debates, colóquios e afins são excelentes oportunidades para os profissionais de uma rede de ensino apresentarem suas experiências, o trabalho que realizam e registrarem esse trabalho de forma sistematizada para tal apresentação, o que possibilita reflexões ampliadas dos processos de ensino e de aprendizagem por meio da autoavaliação do próprio trabalho, além das oportunidades de trocas com os demais profissionais, que também estarão avaliando e dando opiniões e