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A segunda vinda e a esperança m ile n ia l

m uitas obras posteriores. Os m anuais que surgiram depois da obra de M uenscher não assinalaram qualquer avanço especial no estudo do assunto.

Sob a influência de Hegel teve início um m elhor m étodo histórico. Sua aplicação ao estudo da história se vê sobretudo na obra de F. C. Baur, pai da escola de Tuebingen de crítica neo-testam entária. O princípio hegeliano de evolução foi introduzido para salientar um a ordem e um progresso definidos no surgim ento dos dogm as eclesiás­ ticos. Passou a ser reputado como o objetivo da história do dogm a a fim de: (a) determ inar os fatos em sua situação real, conform e testem unhas credenciadas; e (b) interpretá-los de acordo com um a exata lei de desdobram ento interno. Por m uito tempo, no entanto, foi um a idéia puram ente especulativa de desenvolvimento, corporificada na fam iliar criada hegeliana, que foi fortem ente im posta sobre esse estudo. Isso transparece m ais claram ente na obra de Baur.

A idéia de desenvolvim ento, contudo, gradualm ente foi adquirindo outras aplicações além da hegeliana. Ela é pressuposta nas produções da escola teológica de Schleierm acher. Tam bém foi aplicada por escritores m edianeiros como N eander e Hagenbach, que ultrapassam os hegelianos em sua estim ativa do cristianism o com o religião e do valor religioso da doutrina. Todavia, eles falham na aplicação do princípio histórico no ponto em que continuaram usando a antiga divisão em história geral e história especial, e quando a essa igualm ente aplicam o cham ado lokal-methode. Outras m odificações se acham nos escritos de confessionalistas como K liefoth e Thom asius. N a obra do prim eiro desses em erge a idéia do dogma em distinção à idéia de doutrina, e a prim eira se torna o obejto mesm o desse estudo. Conform e esse escritor, cada época produz seu próprio ciclo de verdades dogm áticas, deixando-o como um tesouro a ser preservado, e não como m aterial a ser refeito ou m esm o cancelado (Baur). D eve ser incorpora­ do com o um todo no desenvolvim ento seguinte. Thom asius distinguia bem entre dogm as centrais e periféricos, em que os prim eiros seriam as grandes doutrinas fundam entais sobre D eus, sobre Cristo, sobre o pecado e sobre a graça, e os últim os seriam doutrinas derivadas, desenvolvidas sobre a base das doutrinas centrais. Ele escreveu sua obra do ponto de vista confessional da igreja luterana.

A erudição católico-rom ana dem orou em interessar-se pelo estudo da história do dogma. Q uando o fez, teve seu ponto inicial na concep­ ção distinta do dogm a com o declaração autoritária da igreja sobre as doutrinas fundam entais da religião cristã. As obras m ais antigas baseiam -se na suposição de que a Igreja Prim itiva possuia o dogm a com pleto do cristianism o, com o se não houvesse possibilidade algum a

de alteração com a passagem das gerações. A firm am elas não ter havido qualquer adição ao depósito original, m as som ente interpreta­ ções do m esm o. N ew m an introduziu a teoria de desenvolvim ento. Segundo ele o original depósito da verdade revelada na B íblia é principalm ente im plícito e em brionário, desdobrando-se apenas gra­ dualm ente sob o estím ulo de condições externas. O processo de desenvolvim ento, entretanto, é absolutam ente controlado pela igreja infalível. Contudo, nem m esm o essa teoria, em bora cuidadosam ente colocada, foi bem aceita de m odo geralnos círculos católicos-rom anos. 3. OBRAS PO STER IO RES SO BRE A H ISTÓ R IA D O D O G M A

Obras posteriores sobre a história do dogm a revelam a tendência de descontinuar o arranjo m ecânico das obras m ais antigas, que dividiam o lema em história geral e história especial e que aplicavam o lokal -

methode. Isso ainda por ser visto, de fato, na obra de Sheldon, e

parcialm ente tam bém na de Shedd; m as sua ausência é patente em oul rns obras recentes. Há uma crescente convicção de que a história do domina deveria ser tratada mais organicam ente. N ietzsche adotou um uitanjo genético, sob os seguintes títulos:/! Promulgação da Doutrina

tl(lAntlx<i la teja ( 'iitólica e o Desenvolvim ento da Doutrina da Antiga Itfltju ('tifiUlt ii, Divisào similiir aparece em Ham ack, que fala de O Siuülniriilti do Ihiviiiii i.clcsiãstico e () Desenvolvim ento do Dogma 11 leMilMii o.

Iliiiniu k mostra afinidade tanto com T hom asius com o com N íet/,sclu\ todavia vai muito além da posição deles. E le lim ita a sua discussão ao.surgimento e desenvolvim ento dos dogm as, com o distin­ tos di' doutrinas, e leva em conta os aspectos constantem ente m utáveis do cristianism o como um todo, particularm ente em conexão com o desenvolvim ento geral da cultura. Sua obra rom pe radicalm ente com

o lokal niethode. Contudo, ele tinha um a idéia errônea do dogm a, pois

et insiilei a va-o, em sua origem e estrutura, obra do espírito grego sobre o solo do evangelho, m escla da religião cristã e da cultura helenista, dentro da qual esta última predom ina. C onform e ele, as proposições de lé foram erroneam ente transform adas em conceitos intelectuais, os «piais foram endossados por provas históricas e científicas, mas, por meio desse mesm o processo perderam seu valor norm ativo e sua autoridade dogm ática. De acordo com ele essa corrupção com eçou, nao no próprio Novo Testam ento, segundo asseveram escritores pos­ teriores, e sim nos séculos II e III d.C., com o desenvolvim ento da doutrina do Logos, e teve prosseguim ento na igreja católica romana, ate ao tem po do prim eiro Concílio do Vaticano, ao passo que o

Protestantism o no tem po da R eform a rejeitou em princípio o conceito dogm ático de cristianism o. Seus dogm as estão constantem ente sujei­ tos a revisão. Estritam ente falando, não há lugar para verdades fixas, para dogm as, porém som ente para um Glaubenslehre. H am ack assu­ m e um ponto de vista por dem ais lim itado sobre o dogm a, não fazendo justiça à aversão dos prim eiros Pais da Igreja à influência pagã e pensando que a inteira história do dogm a é um erro imenso.

Loofs e Seeberg não seguem a divisão de H am ack, m as parecem sentir que a segunda divisão de sua grande obra na realidade abarca praticam ente o total da história do dogm a, em bora o prim eiro exiba ainda um capítulo separado sobre a gênese do dogm a entre os cristãos. E em bora ele não concorde totalm ente com o conceito de dogm a de H am ack, Loofs m ostra m aior afinidade com ele do que o fez Seeberg em sua obra m onum ental. Essa obra serve bastante com o fonte de inform ação, pois contém num erosas citações de autores cujos pontos de vista doutrinários são examinados. A sem elhança de H am ack, S eeberg tam bém escreveu um m anual em dois volum es, traduzido para o inglês pelo dr. Charles E. Hay e publicado em 1905 sob o título

Textbook ofth e H istory ofD octrine. É obra de considerável valor para

o estudante.

Perguntas para Estudo Posterior

Em que diferem os católicos rom anos e os protestantes em suas idéias sobre o dogm a? Com o a teoria de N ew m an alterou o ponto de vista católico-rom ano sobre a história do dogma? Quais as objeções que existem à idéia de H am ack sobre o dogm a? Suas idéias foram geralm ente aceitas entre os seguidores de Ritschl? Os católicos rom a­ nos e os protestantes concordam quanto à tarefa que cabe à história do dogm a? O elem ento m utável do dogma, pressuposto em sua história, está em sua form a, em seu conteúdo ou em ambas essas coisas? O que se pode dizer a favor e contra o m étodo hegeliano, quando aplicado à história do dogm a? Ao aplicar o m étodo hegeliano, B aur fez justiça aos fatos históricos externos? A caso, a história do dogm a, para ser verda­ deiram ente científica, deve ser escrita de m aneira puram ente objetiva?

DESENVOLVIMENTO

DOUTRINÁRIO PREPARATÓRIO

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OS PAIS APOSTÓLICOS E SUAS

PERSPECTIVAS DOUTRINÁRIAS

I. KSCRITOS A ELES ATRIBU ÍD O S

( ).s Puis A postólicos «ão os Pais que se supõem ter vivido antes da morte do último dos apóstolos, sobre os quais se diz que alguns foram dUe (pulos (.tos apóstolos, e ti quem são agora atribuídos os m ais antigos tw i IIon (.TiNlrtoN existentes, I i;í seis nomes especiais que chegaram até luto, li Hitltct’, Umiiahé. g e m ias. ( ’Jementc (kvRoiiia, Policarpo, ÇapiâS V llirtoln. C) pl lllii'llo (; gonilmenle considerado, embora com evidência tlwvTtlimu, o Itu^tuo 1 luruitlu* que se toniou conhecido com o com pa- iiliellii i|e 1'niiln, em Atos dos Apóstolos, lile é lido com o autor de um a i<|i|Mo|ti 111111■1111■1111- jin11 judaieade genuinidade incerta. H erm asseria, ullpitsliiuieule, a pessoa mencionada ein Rom. 16:14, em bora com IviiNeri insiilieientes. A obra Pastor de H erm as, que lhe é atribuída, contém uma série de visões, m andam entos e símiles. É trabalho de iiiitenlie idade questionável, em bora lhe dessem grande valor na Igreja 1'ilmitiva. ( ’leniente de Rom a pode ter sido colega de trabalho de 1'imlo, referido em Fil. 4:3. É com um ente apresentado com o bispo de Komii, embora possa ter sido, e m ais provavelm ente o foi, apenas um Inlliieiile pastor ali. Foi autor de um a epístola aos Coríntios, que contém injimções m orais em geral e exortações especiais, m otivadas por discórdias dentro da igreja em Corinto. Alguns tam bém duvidam (In autenticidade dessa epístola, em bora sem boas razões. É provavel­ mente o mais antigo dos genuínos rem anescentes da antiga literatura crista. Policarpo usualm ente é designado “bispo de E sm im a”, mas líusébio alude a ele mais corretam ente como “aquele bendito e apos­ tólico presbítero”. Foi discípulo de João e escreveu um a breve epístola ai i.s I ' i I i | >enses, a qual consiste principalm ente de exortações práticas na linguagem das Escrituras. Papias, cham ado de “bispo de H ierápolis”, I (>i contem porâneo de Policarpo, e talvez tenha sido tam bém discípulo

de João. Foi o autor de um a “Exposição dos Oráculos do Senhor ”, da qual apenas alguns doutrinariam ente insignificantes fragm entos foram preservados por Eusébio. Inácio, com um ente conhecido com o “bispo de A ntioquia”, tam bém viveu nos dias do últim o dos apóstolos. Quinze cartas lhe foram atribuídas, porém só sete são agora consideradas genuínas, e m esm o dessas alguns duvidam. A esses escritos devem os adicionar dois de autoria desconhecida, a saber, a Epístola a D iogneto e o D idache. Às vezes o prim eiro é atribuído a Justino M ártir, porquanto ele escreveu um a Apologia a Diogneto. No entanto, tal autoria é extrem am ente im provável, em face de evidências internas. O escritor explica os m otivos pelos quais m uitos cristãos haviam deixado o paganism o e o judaísm o, descreve as principais características do caráter e da conduta dos cristãos, e liga essas coisas à doutrina cristã, da qual faz um adm irável sumário. O D idache, descoberto em 1873, provavelm ente foi escrito cerca do ano 100 d.C. A prim eira parte contém preceitos morais sob o esquem a dos “dois cam inhos”, o da vida e o da m orte, enquanto que a segunda parte fornece orientações pertinentes ao culto e ao governo eclesiástico, entrem eadas com declarações acerca das últim as coisas.

2. CA RA CTERÍSTICA S FO RM AIS D E SEUS EN SIN OS

Com freqüência se tem observado que ao passarm os do estudo do Novo Testam ento para os Pais Apostólicos, tem -se consciência de trem enda m udança. Não há o m esm o frescor e originalidade, profun­ didade e clareza. E não é para adm irar, pois indica a transição das verdades dadas por inspiração infalível para a verdade reproduzida por pioneiros falíveis. Suas reproduções tendem por escorar-se pesadamente sobre as Escrituras, além de serem de tipo prim itivo, ocupando-se com princípios elem entares da fé, e não com as verdades m ais profundas da religião.

Seus ensinos se caracterizavam por certa pobreza. Geralm ente concordam no todo com os ensinos das Escrituras, e com freqüência são redigidos nas próprias palavras da Bíblia, m as pouco acrescentam à guisa de explicação e nunca são sistematizados. E ninguém precisa adm irar-se com isso, pois pouco tem po houvera para que os hom ens refletissem sobre as verdades das Escrituras e para que assim ilassem a grande m assa de m aterial contido na Bíblia. O cânon do N ovo Testam ento ainda não estava fixado, e isso explica por que os Prim i­ tivos Pais tão freqüentem ente citam a tradição oral, ao invés da Palavra escrita. Outrossim , devem os lem brar que não havia m entes filosóficas entre eles, dotadas de treinam ento especial para inquirir pela verdade

c nem da grande capacidade necessária para um a apresentação sistem á­ tica. A despeito de sua com parativa pobreza, a obra dos Pais A postó­ licos, entretanto, se reveste de considerável im portância, pois prestam testemunho à canonicidade e integridade dos livros neotestam entários, formando um elo doutrinário entre o Novo Testam ento e os escritos mais especulativos dos apologetas, os quais surgiram no século II d.C.

Uma segunda característica dos ensinos dos Pais A postólicos é sua falta de precisão. N o Novo Testam ento há vários tipo de Kerugm a (pregação) apostólica: a petrina, a paulina e a joanina. Os três tipos concordam fundam entalm ente entre si, em bora representem ênfase di ferentes da verdade. Ora, pode parecer surpreendem ente que os Pais A | Kistólicos, apesar de m ostrarem algum a preferência pelo tipo joanino, com o qual estavam m ais fam iliarizados, não se vincularam de modo definido a qualquer desses tipos. Todavia, várias considerações podem NtT oferecidas como explicação. Considerável raciocínio é requerido pn rn d ist i ng u i r entre esses tipos. Aqueles prim eiros Pais viveram perto dem ais dos apóstolos para captarem os pontos distintivos dos seus próprios ensinos. Oulrossim , para eles o cristianism o não era, em prim eiro lugar, um conhecim ento que se deve adquirir, e sim o plllieliilo ile li11ui liovii obediência ao Senhor Deus. M esm o estando wAtlMUlitH tio vnlor normativo das palavras de Jesus e da kerugma NIHMliSIlon, nflo loliliiriuii defínir as verdades da revelação, mas apenas M‘iU*hilMlli mi>< III/ tln seu riilrndim enlo. Finalm ente, as condições (triiilu i m i que vl vlí1111 influenciadas como eram pela filosofia pagã

ptipiilin 'l.i rpm a e pela piedade paga e judaico-helénica — não eram invomveis a uma com preensão nítida das diferenças características elitie a*, diversas m odalidades da kerugm a apostólica.

.1. ('< )NTi :Ú l)0 REAL DE SEUS EN SIN A M EN TO S

I caso de observação com um que os escritos dos Pais A postólicos eoiilem pouquíssima substância que seja doutrinariam ente importante. Seus ensinos estão em harm onia geral com a verdade revelada na

I *i ila vra de Deus, e com freqüência são vasados na pura linguagem das

liseriluras; e exatam ente por essa razão não se pode dizer que aum en­ ta ii i ou a profundam nosso discernim ento da verdade ou que lançam luz sobre os interrelacionam entos dos ensinos doutrinários da Bíblia. Testificam so b re u m a fé com um em D eus como Criador e G overnador < lo u n i verso, e em Jesus Cristo, o qual esteve ativo na criação e por toda a ve I ha dispensação, até haver, finalmente, aparecido em carne. A pesar de usarem a designação bíblica de Deus com o Pai, Filho e Espírito Santo, além de falarem de Cristo com o Deus e hom em , eles não

evidenciam ter consciência dos problem as e das questões im plícitas envolvidas. A obra de Cristo como Redentor não é sem pre exposta da m esm a form a. Às vezes Sua grande significação é vista no fato que Ele, por Sua paixão e m orte, libertou a hum anidade do pecado e da m orte; e noutras vezes, no fato relacionado, mas não correlacionado, que Ele revelou o Pai e ensinou a nova lei moral. Em alguns casos, a m orte de Cristo é apresentada como algo que ganhou para os hom ens a graça do arrependim ento e que abriu o cam inho para um a nova obediência, e não tanto com o a base da justificação do hom em . Essa ênfase m oralista é, talvez, o ponto m ais fraco dos ensinam entos dos Pais Apostólicos. Relacionava-se ao m oralism o existente no m undo pagão da época, que caracterizava o hom em natural como tal, e tendia por servir aos interesses do legalismo. As ordenanças são expostas com o m eios m ediante os quais as bênçãos da salvação são com unicadas aos hom ens. O batism o gera a nova vida e obtem o perdão de todos os pecados, ou dos pecados passados somente (Herm as e II Clem ente); e a C eia do Senhor é o m eio de transm itir aos hom ens a bendita im ortalidade, ou seja, a vida eterna.

O cristão se apossa de D eus pela fé, a qual consiste de verdadeiro conhecim ento de Deus, de confiança nEle e de auto-entrega a Ele. É dito que o hom em é justificado pela fé, mas não é claram ente entendida a relação entre a fé e a justificação, entre a fé e a nova vida. Com isso tom a-se m anifesta um a tendência legalista anti-paulina. A fé é apenas o prim eiro passo no cam inho da vida, do qual cam inho depende o desenvolvim ento m oral dó indivíduo. Todavia, recebido o perdão de pecados, no batism o, obtido pela fé, em seguida o hom em m erece tal bênção por suas boas obras, as quais se tom am , então, num princípio secundário e independente, paralelo à fé. O cristianism o é m uitas vezes apresentado como a nova lex, e o amor, que conduz a um a nova obediência, tom a o lugar principal. O que aparece em prim eiro plano não é a graça de Deus, e sim, às vezes, as boas obras.

O crente é apresentado com o quem vive num a com unidade cristã, a Igreja, a qual ainda se regozija na possessão dos dons carism áticos, m as que tam bém m ostra crescente respeito pelos ofícios eclesiásticos m encionados no Novo Testam ento. Em alguns casos o bispo é desta­ cado com o superior aos presbíteros. Nesses escritos há um vívido sentim ento do caráter transitório do m undo atual, bem com o da glória eterna do m undo vindouro. Eles insinuam estar bem próxim o o final de todas as coisas, e as descrições do fim do m undo atual são derivadas da profecia do Velho Testam ento. O reino de Deus é tido com o o bem suprem o, e tam bém como um a bênção puram ente futura. De acordo com alguns (Bamabé, Herm as, Papias), sua form a final será antecedida

por um reino milenar. Entretanto, seja qual for a atenção dada ao milênio, há m uito m aior ênfase sobre o julgam ento futuro, quando o povo de D eus receberá os galardões dos céus, e os ím pios serão condenados à perdição eterna.

Perguntas para estudo posterior

Como se explica o caráter indefinido dos ensinos dos Pais A p o S tó -

licos? Em quais pontos esses ensinos são deficientes? Q uais s e m e i i t e s

das doutrinas peculiares dos catolicism o rom ano já estão p r e s e f lt e s

nesses escritos? Como se explica suas diferentes apresentações da obra de Cristo? Em que pontos particulares surgem o m oralism o cu o legalismo dos prim eiros Pais? O que se pode dizer à guisa de explípa- çáo desse fenômeno? Poderia ter sido m otivado em qualquer sentido pelns afirm ações bíblicas? H arnack estaria certo quando diz qtfe a ei'islolt)j>ia dos P ais A p o stó lico s é, em p arte, a “cristoltfgia iidopcionisla”?

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PERVERSÕES DO EVANGELHO

N o segundo século a religião cristã, com o nova força no mundo, a qual se revelou na organização da Igreja, teve de lutar pela sua própria existência. Teve de defender-se de perigos externos e internos, de justificar sua existência e de conservar sua pureza de doutrina diante de erros sutis. A própria existência da Igreja viu-se am eaçada pelas perseguições do Estado. A s prim eiras perseguições foram de origem

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