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Este trabalho prop ˜oe um framework baseado em ontologias que visa efetuar con- sultas sem ˆanticas num reposit ´orio de dados contextuais, com o objetivo de prover Re- conhecimento de Atividades, cujos registros s ˜ao oriundos de uma rede de sensores de fontes heterog ˆeneas (CULMONE et al., 2014).

A arquitetura da estrutura proposta ´e ilustrada na Figura 7. Em primeiro lugar, os dados dispon´ıveis em um banco de dados MySQL s ˜ao mapeados na OntoAALISA- BETH, uma ontologia de dom´ınio para o projeto Ambient-Aware LIfeStyle tutor, Aiming BETter Health (AALISABETH). Na continuidade ´e buscada uma correspond ˆencia en- tre os elementos do banco de dados e os da ontologia. Esses dados s ˜ao reorga- nizados de acordo com seu significado, onde a ontologia desempenha um papel de pr ´e-processamento.

A ontologia empregada chama-se OnoAALISABETH, e o principal elemento repre- sentado define a sem ˆantica do dom´ınio considerado e ´e utilizada como uma base de conhecimento compartilhada para todos os componentes relacionados. Esta ontolo-

Figura 7: Vis ˜ao geral do framework. Fonte: (CULMONE et al., 2014).

gia mostra diferentes camadas de abstrac¸ ˜ao que, em conjunto, formam uma estrutura tipo pir ˆamide (vide figura 8).

Figura 8: Piramide das ontologias utilizadas. Fonte: (CULMONE et al., 2014).

A seguir est ˜ao descritas as quatro ontologias empregadas na arquitetura:

• AAL Ontology: E uma ontologia de dom´ınio superior, onde conceitos ge-´ rais de contexto AAL s ˜ao formalizados o mais gen ´erico poss´ıvel, transportando informac¸ ˜oes est ´aticas.

• AAL-Building Specific Ontology: Esta ontologia espec´ıfica de construc¸ ˜ao Ambient Assisted Living (AAL), formaliza os diversos compo- nentes do ambiente dom ´estico como a estrutura real do ambiente e disposic¸ ˜ao das salas, as informac¸ ˜oes pessoais sobre quem mora na casa, quais sensores s ˜ao instalados na rede e como eles se comunicam.

• Data Ontology: A caracter´ıstica din ˆamica da ontologia comec¸a nesta camada. Aqui, as classes anteriores s ˜ao preenchidas com os indiv´ıduos correspondentes aos registros coletados no Data Base (DB). Esse procedimento ´e permitido por um mapeamento de banco de dados para ontologia. Em geral, esse mapea- mento gera a ontologia automaticamente a partir de um DB inteiro atrav ´es de um sistema de acesso a dados baseado em ontologias (OBDA), onde a estrutura do DB ´e importada para criar os componentes de ontologia relacionados.

• View Ontology: Nesta etapa um conjunto de regras internas, s ˜ao introduzidas para adquirir novos conhecimentos estabelecendo novas conex ˜oes de proprie- dade de objeto entre entidades n ˜ao relacionadas. Esta etapa de revis ˜ao ´e a base

do processo de pr ´e-processamento, onde o racioc´ınio desempenha o papel prin- cipal que consiste em criar uma vis ˜ao alternativa do conhecimento.

A implementac¸ ˜ao do framework pode ser dividida em duas partes: a primeira, foi com relac¸ ˜ao ao mapeamento e descric¸ ˜ao dos dados para as ontologias, testada no Prot ´eg ´e, utilizando o Pellet Reasoner ; a segunda, utilizou a ferramenta Esper para processamento de Complex Event Processing (CEP), por diversas raz ˜oes, entre elas, o fato do Esper possuir uma biblioteca Java de c ´odigo aberto para CEP, ser utili- zada em diferentes aplicac¸ ˜oes de fluxo de dados e CEP e, por ´ultimo, a presenc¸a de adaptadores que permitem ao usu ´ario fornecer diferentes formatos de entrada para a representac¸ ˜ao de eventos.

O caso de estudo simulado para testar essa abordagem, busca reconhecer a ativi- dade de preparac¸ ˜ao do caf ´e da manh ˜a, onde s ˜ao identificadas como ac¸ ˜oes at ˆomicas, levantar-se das 5:00 `as 11:00; ir `a cozinha dentro de uma hora, depois se levantar; pegar utens´ılios de cozinha e abrir o refrigerador.

Neste estudo de caso s ˜ao descritos os sensores envolvidos com a atividade, como o de presenc¸a na cama e na cozinha e o de abertura de porta. Esses sen- sores com seus timestamps relacionados s ˜ao armazenados em um banco de dados MySQL, sendo mapeados para a ontologia OntoAALISABETH, antes do processa- mento sem ˆantico.

3.3

Activity Recognition using Context-Aware Infrastructure On-

tology in Smart Home Domain

Wongpatikaseree e colaboradores (2012), prop ˜oem no seu trabalho de pes- quisa uma infra-estrutura baseada em ontologias para reconhecimentos de ativida- des de uma Casa Inteligente, denominando-o Ontology Based Activity Recognition (OBAR) (WONGPATIKASEREE et al., 2012).

Entre as contribuic¸ ˜oes deste trabalho, destacam-se: (1) o projeto de uma ontologia de infraestrutura de contexto para modelar o contexto do usu ´ario na Casa Inteligente; (2) prop ˜oe conceitos para distinguir as atividades por meio de conceitos baseados em objetos, localizac¸ ˜ao e postura do corpo humano; e (3) um sistema de Reconhe- cimento de Atividades baseado em ontologias (OBAR) para reconhecer a atividade e pesquisar a informac¸ ˜ao sem ˆantica no sistema, chamada sistema de busca de ontolo- gia sem ˆantica (SOS).

A arquitetura do sistema OBAR ´e ilustrada na Figura 9.

Com a coleta de todos os dados de observac¸ ˜ao dos sensores, o contexto do usu ´ario ´e armazenado em um banco de dados relacional. Com base nesse contexto, a ontologia de infraestrutura sens´ıvel ao contexto ´e projetada pela aplicac¸ ˜ao Hozo,

Figura 9: Vis ˜ao geral da arquitetura do sistema (OBAR). Fonte: (WONGPATIKASEREE et al., 2012).

que ´e um ambiente para construir/usar ontologias baseadas em uma considerac¸ ˜ao fundamental de ”Func¸ ˜ao”e ”Relacionamento”.

O sistema OBAR, emprega as regras de l ´ogica de descric¸ ˜ao (DL) para explicar com base no conceito de objetos e localizac¸ ˜ao. O raciocinador da API Jena ´e utilizado para inferir nas regras DL antes de armazenar uma nova inst ˆancia de atividade.

Foram concebidas duas ontologias: A primeira ´e respons ´avel pela infraestrutura do contexto que consiste de seis (6) classes, como as seguintes: Location, Object, Human Posture, Context, InferedActiviy e Functional Activity.

Na Figura 10, tem-se uma vis ˜ao geral da ontologia de infraestrutura de contexto que integra a arquitetura de software do OBAR.

A segunda ontologia da atividade funcional ´e projetada para a definic¸ ˜ao das ativi- dades. Sua super classe, FunctionalActivity, ´e mapeada para a classe Context atrav ´es da classe InferredActivity. Foram utilizados os dados da classe Context para reconhe- cer as atividades com base nos conceitos baseados em objetos e na localizac¸ ˜ao.

As regras DL s ˜ao projetadas com base nos conceitos de objeto e com a combinac¸ ˜ao da localizac¸ ˜ao. O esquema de regras concentra-se no contexto dos

Figura 10: Ontologia de infraestrutura de contexto (OBAR). Fonte: (WONGPATIKASE- REE et al., 2012).

usu ´arios. A partir dos dados de observac¸ ˜ao do usu ´ario, o mesmo s ´o pode utilizar a vassoura para varrer o ch ˜ao. A regra baseada em objetos para classificar a ativi- dade ”Varrer o ch ˜ao”, ´e definida e mostrada em um termo de linguagem natural para a compreens ˜ao, como a seguinte:

Figura 11: Linguagem natural regra varrer. Fonte: (WONGPATIKASEREE et al., 2012).

Definic¸ ˜ao da regra na Figura 11, o evento de atividade ”Varrer o ch ˜ao do an- dar” ocorre quando a vassoura ´e usada e a postura humana ´e estar em p ´e.

No entanto, essa regra representada em linguagem natural que n ˜ao pode ser en- tendida pelo sistema, portanto precisa ser reescrita na linguagem Jena, a qual ´e exi- bida na Figura 12 a sintaxe da mesma para a atividade ”Varrer o ch ˜ao”.

Figura 12: Regra da atividade varrer na linguagem da API JENA. Fonte: (WONGPATI- KASEREE et al., 2012).

O sistema de reconhecimento de atividade baseada em ontologia OBAR, comp ˜oe- se de tr ˆes subcomponentes. Em primeiro lugar, o banco de dados ´e usado para coletar informac¸ ˜oes de v ´arios tipos de sensores; segundo, a ontologia ´e definida como uma sem ˆantica do contexto do usu ´ario e da atividade funcional; e por ´ultimo, as regras DL representam a decis ˜ao da atividade baseada no contexto do usu ´ario.

Os dados dos sensores que est ˜ao armazenados em uma base de dados relaci- onais s ˜ao mapeados utilizando uma ferramenta chamada D2RQ. Esta ´e usada para transformar em estrutura de descric¸ ˜ao de recursos (RDF), modelo padr ˜ao para in- terc ˆambio de dados na web sem ˆantica.

Para avaliac¸ ˜ao do OBAR, foram realizados testes utilizando uma base relacional com os dados de entrada de um dia espec´ıfico, com apenas um usu ´ario no ambiente. Essa entrada ´e buscada no banco de dados a cada cinco minutos e populada na ontologia com a D2RQ.

A linguagem de consulta ”SPARQL”, ´e usada para pesquisar os dados do arquivo RDF, sendo poss´ıvel recuperar os dados por data, hora, objeto, etc. Ao introduzir-se a data ”= 4112012 (11 de abril de 2012)”o sistema SOS exibe a ID de contexto, data, hora, ID do sensor, o objeto de ativac¸ ˜ao, o nome da postura e a atividade.

3.4

Semantic Smart Homes: Towards Knowledge Rich Assisted