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Os gramáticos tradicionais adotair: vários critérios para deterirànar a regência dos verbos em português» Alguns en­ fatizam o aspecto semântico, outros, o aspecto formal^ Contudo^ os fenômenos lingüísticos não são sistematizados coerentemente e é a preocupação normativa que prevalece. As orações domina­ das pelo sintagma verbal são classificadas como objetivas dire tas, objetivas indiretas e completivas relativas.

Com relação à regência verbal, Lessa (1966),afirma que:

•'0 que torna embaraçosa esta matéria não é apenas o fato de, freqttentemente, mesmo verbo admitir diferentes construçõesj va.riando o seu significado, de acordo com. a alteração de regên cia. Ê também, e sobretudo, uma tal ou, qual facilidade que os verbos manifestam de^ conservan do o mesmio sentido, evoluírem • quanto à x"egência, passando de

■ intransitivos a transitivos, ou de transitivos diretos a indire tos^ e v i c e - v e r s a ”.!

E, ir.ais adiante, menciona as considerações de Silva R a m o s ;

”Que se há-de então fazer para se não errar nos complementos, ' uma vez que os clássicos vaci- Iam e que a essência do verbo n em sempre se revela? Na nossa língua^ como nas outras, existe u m único recurso; é observar ro mo procederam os bons escrito - res üQ u l timo seculo para ca e,

quanto raais proxim.os de nós m e ­

lhor 2

Lima (1 9 7 4) classifica as orações dominadas pelo sin tagma "srerbal como objetivas diretas e completivas relativas. Segundo o autor, o objeto indireto nSo pode ocorrer em forma

3

oracional. 0 complemento dos verbos corao gostar d e , precisar de, carecer de, e considerado como complemento relativo.

"0 complemento relativo e o com p lemento que, ligado ao verbo por uma preposição determinada (a,comi, de, em, e t c ) , integra^ com o valor de objeto d i r e t o , a pre dicação de um verbo de signifi­ cação relativa.*" 4

As orações objetivas diretas e completivas relativas ocorrem em "forma ”desenvolvida" e “r e d u z i d a ” de infinitivos

(1) "Descobri entao/ que o meti tamanho nao era fixo*.' ( Aníbal M.Machado)

(2) '•Lembro-m.e/ de que saímos, de madr'ugada de um restaurante...". (Dinah Silveira de Queirós)

(3) " Ele gostava / de se olhar nos espelhos” (Êrico Veríssimo)

(4) ** Pela minha parte, acredito/ nao ter nunca transposto o limite das minhas quatro ou cinco primeiras i m p r e s s õ e s ” (Joaquim Kabuco)

Bechara (1S76) e Cegalla (1976) seguem a Nomenclatu­ ra Gramatical Br a s i l e i r a ^ classificando as oraçoes dominadas pelo sintagma verbal como objetivas diretas e objetivas indire

tas. Com relaçao às oraçoes objetivas indiretas, afirmam que v e m iniciadas por preposição n e c essária que se pode omitir*^

(5) Esperamos que nos ajudem „ . ...

(6) Precisas de que te protejam

(?) Esquecem-se de que tinha feito mal o serviço s

(8) "Nao me lembrei que estava diante de u m cava ™ lheiro» (C.C.b )

(9) "Esqueceu-se que tenho cinqüenta anos"(C.CoB)

(10) "Atores por breve tempo no teatro deste mundo, os homens faz e m rir e chorar a muita gente"

(M.de Assis,Brás C u b a s , 208)

(11) felicidade'do velho achacado é negativa^ consiste em nao sofrer'* (Id)

Com relação às orações dominadas pelo sintagma adver bial, Lima (1974), Bechara (1976) e Cegalla (1976), afirmam que essas orações desempenham a fiinção sintática de adjuntos adverbiais. Classificam as orações,de acordo com as circuns ™ tâncias que exprimem^ contudo, não são unânimes quanto k cias sificaçEo» Lima, por exemplo, afirma que;

'*0 modo (juntam.ente com o tempo e o l u g a r ) è a mais fundamental das circunstâncias. Mas em Por- tiiguês, assim como não existem conjunções locativas, assim tam bém não existem conjunções mon­ dais; de sorte que,no plano do período composto por subordina­ ção, a circunstância de modo so mente aparece sob a forma r e d u ­

zida (do g e r ú n d i o )s(«..) 7

Bechara e Cegalla, por outro lado, admitem a existên cia das orações locativas e modais e sugerem que a Nomenclatu­ ra Gramatical Brasileira deveria ter incluído essas orações.

De acordo com Cegalla, existem os seguintes tipos de orações adverbiais em português.* C a u s a i s , C o n c e s s i v a s , Condi ~ c i o n a i s , C o n f o r m a t i v a s , C o m p a r a t i v a s , C o n s e c u t i v a s , F i n a i s , Lo c a t i v a s , M o d a i s , Proporcionais e T e m p o r a i s .

Todos esses diferentes tipos de orações são inicia - das, quando '‘desenvolvidas"', por conjunções e*'locuções” adver~ biaiSo

Cansais : exprimem causa, motivo, razão; (12) 0 tambor soa porque é oco

(13) "Faltou â reunião, visto que esteve doente"

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(14) '’Maximiano temera que o coronel o agredisse, de tão violento qiae ficara ” (Jorge Amado)

(1 5) Desprezam-ir.e, por isso que sou pobre

2 C o n c e s s i v a s ; exprimem u m fato que se concede, que - se adirdteí

(1 6) Adniirava-o muito, embora ( ou conquanto, ou pos to que ou se bem que ) naô o conhecesse pessoal m e n t e :

(1 7) Embora não poss uísse informações seguras, ainda assim arriscou uma opinião .

(18) '*Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer, (Oto Lara Resende) (1 9) Por incrível que pareça, eles não sabiam o norne

de sua cidade

3* Co^idicionaisi exprimem condição, hipótese;

(2 0) Se o conhecesses, não o condenarias

(2 1) A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência tenha êxito

(2 2) Podes vir, contanto que ( ou desde q u e ' ) voltes cedo

4. Conformativas ; exprimem acordo ou cor^-formidade de u m fato com outro:

(24) Fiz tudo C0Í710 rae disseram

(25) Vim hoje, conforme lhe prometi

(26) Consoante opinam algams, a história se repete (27) "Como deveis saber, há em todas as coisas ura

sentido filosófico" (M.A)

C o m p a r a t i v a s ; representam o segundo termo de um.a comparação;

(28)'*A preguiça gasta a vida como a ferrugem consom.e o ferro'* (M^H. )

(29) 0 som é m.enos veloz que a lus

(30) Você não foi tão prejudicado como nós

(3 1) Recendia perfumes que nem um. galho, de mianacá silvestre

6. C o n s e c u t i v a s ; exprimem uma conseqüência» u m resul tado:

(3 2) Fazia tanto frio que meus dedos estavam endure­ cidos

(3 3) As notícias de casa eram. boas, de ma n e i r a que piide prolongar mdnha viagem/

(3 4) "Deus, ó Deus, onde estás, que não respondes" ( Castro Alves ) (3 5) "Tenho medo disso que m.e péloí*‘(Coelho Neto)

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7 ^F i n a i s ; exprimem finalidade, objetivo;

(3 6) "0 futuro se nos oculta para que nós o imagine- mos"^ (M.M)

(3 7) Aproximei-rne a fim de que me ouvisse melhor

9 ■

(3 8) "Fiz-lhe sinal que se calasse" (M.A)

(3 9) *’Instara mui t o cornigo não deixasse de freqüentar as recepções da m u l h e r ” (M.a)

8«Locati\^as; eqüivalem a u m adjunto adverbial de lu­ gar e são iniciadas pelo advérbio onde (que pod e vir precedido de preposição), sem antecedenteí

(4 0) "Onde me espetam, fico'* (M»A)

(4 1) "Não pode haver reflexão onde tudo é distração'* ( K . M . )

(4 2) Quero ir aonde estás

(4 3) “O n d e quer que farejem raposas, perseguem-nas com fúria" (G.B.)

9* H o d a i s í exprimem modo, maneix-a:

(4 4) Aqui viverás em paz^ sem que ninguém te incomo­ de

(4 5) Entrou na sala sem que nos cumprimentasse

(46) "E diziam-nas como se deve fazer verso: natiiraj^ mente, sem ênfase" (Povina Cavalcanti)

10. P r o p o r c i o n a i s ; denotam proporcionalidade;

(4 7) Â medida que se vive^ mais se aprende

(4 8) Â proporção que avançávamos, as casas iam rare­ ando

(4 9) Quanto mais se tem, (tanto) mais se deseja

(5 0) Tanto gostava de ura q\;.ahto (ou corfio) aborrecia o outro

Te m p o r a i s ; indicam o teir.po erâ que se realiza o fato expresso na oraçao principal;

(5 1) "La pela sete da noiter quando escurecia, as c ^ sas se esvaziavam" (povina Cavalcanti)

(5 2) Enquanto foi rico todos o procuravam

(5 3) Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias (5 4) "Quando os tiranos caem, os povos se levantam'’

(M.M.)

Segundo Cegalla, somente as orações caixsais,concessl v a s , c o n d i c i o n a i s , c o n s e c u t i v a s ^ f inaiSj, mo dais e t e m p orais, p o

9 dem ocorrer na forma “r e d u z i d a ” de infinitivo:

(5 5) Não veio por se achar doente

(56) Comprarei os dois cavalos, visto serem de boa raça

(5 7) "Quase nos matam de tanto nos abraçar"

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(58) Ofendi~os sem querer

(5 9) Apesar de (ou não obstante, ou sem embargo de) ^ ser ainda criança, não teve ir.edo

(60) 1'Jao sairá sem antes me avisar

(61) A prosseguirem esses crimes, ninguérr! rr^ais terá sossego

(6 2} Á. ser eu rei, não faria outra coisa

(6 3) Muito distraído devia estar você para não me ver

(6 4) *‘Eu é que era jovem, a ponto de provocar repa ™ r o ’^*'(Amadeu de Queirós)

(65) Aquela cena irripressionou-o muito, a ponto de

lhe tirar o sono ...

(66) Viemos aqui a fim de te ajudar

(67) ”0 animal feroz mata p a r a se alimentar" (F=Namora)

(68) ”Arrastei^í-me chorando^ apalpeindo o chão, a pro curar qualquer coisa** (Graciliano Ramos)

(69) Retireivme discretamente, sem ser percebido

(7 0) ”0 funcionájrio da polícia tinha passado sem fa" zer a saudação de costume''(Graciliano Ramos) (7 1) "Eugênia saiu sem despedir-se do pai''(C,C,B)

(72) Ao despedirem-se, choravam (7 3) Pense bem, antes de falar

(7 4) Não os deixei em paz, até eles se decidirem

• Âs gramáticas dos a'atores consultados n ão podem ser consideradas gramáticas da competência lingtlística, pois nao

p retendem chegar às regras formais qiie descrevem a geraçao de todas as orações bem formadas da língiía.- Procuram, apenas, es-» tabelecer regras sobre as espécies de oraçoes que devemi ou não ser usadas pelo falante. Também não podem^ ser consideradas mo­ delos de desemiPenho,porque não retratam^ a linguagemi do falante.

f . ' n r ^ r ^ r \ m - n r - x o n a m - r - ç m n a t»tc o A r » T a T

4í: « tii's V ' V ’ i- " ■

Pontes (1 9 7 3) apresenta iam estudo dos verbos auxili- ares em português. Analisa os verbos classificados por Said Ali com.o auxiliares c a u s a t i v o s , sensitivos e miodais. Após ura exame de suas relações sintáticas, conclui que esses verbos são transitivos e que o infinitivo que deles depende constitui

, ^ 10

u m a oraçao que serve como seu cornplemiento*

A autora segue a análise de Lakoff (1968) e afirma

que: ...

”... temos orações que se encai xam dentro de outras, presas às principais, através de um marca dor de subordinação, que pode ser que ou o morfema de infini­ tivo, Qualquer oração da língua \ pode '*ser encaixada" em outra através de um destes morfem.as"ll

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trutura f r a s a l ;

Utiliza, em sua análise, as seguintes regras de es- 12

(75) 0. SN SPred

(76) S í ^ e d ______ ^ Aux í- SV 4 (Lugar) 4 (Tempo) (77) 3Y --- ^ V -f (SN)

(78) SN ---^ (Det) ^ N 4 (0)

Postula três estruturas profundas diferentes para os ~ 13

verbos 'que tem co:no complemento uma oraçao.

As orações em (79) têm como estrutura profunda,o dia grama (80);

(79) a.Joao manda Paulo estudar b.João manda que Paulo estude

A oração (8l) difere daquelas em (79) por ter-, na es trutura profunda, como sujeito da oração encaixada, uma forma "pro”, tendo como u m dos traços huin , que será suprimida antes de chegar à estrutura profunda.

4 3

A oração (8 3) difere <da oração (8 1) por ter o sujeito, na estrutura profunda da oração encaixada, idêntico ao da o ra­ ção matriz.

(8 3) João quer esüadar

Favero (1974) sustenta que^ n a estrutura profunda,s6 existe um tipo de orações dominadas pelo sintagma verbal,ou se ja, as orações objetivas diretas. Segunda a autora, as orações objetivas indiretas só se manifestara na estrutura de' superfi^

. 14 cie«

Perini (1S74) procura fazer u m a abordagem gerativO“ transforraacional ao fenômeno de concordância do i n f i n i t i v o .Ana lisa verbos da classe de querer e conclui q^ie a oposição,entre ° tivo e q u e , é de origem transforrnacional® Segundo o au

tor, a ocorrência de infinitivos superficiais é resultante de regras independentemente motivadas,^^

Peres (1976) apresenta um breve estudo das orações introduzidas pelos complementizadores gue e inf ini ti v o T''Com re lação aos verbos seguidos de preposições, afirma que:

''Alguns verbos vêm seguidos de u m SP, sintagma ‘ preposicional constituído por uma preposição e por u m SN. No. caso de reunião das duas frases, a frase encai-^ xada toma o lugar do SN, acres­ centando-se q u e . 0 que acontece, então, à preposição SP ?Dois ca sos se p o d e i T i dar» Primeiro caso;

, a preposição é apagada no decur so do encaixamento.( ,. O S e g u n d o caso: a preposição é conserva «• dae" 17

Azevedo (1976) deriva as orações dominadas pelo sin-» tagma'verbal 5 de u ma ún i c a estrutura profundaj, conforme pode - mos observar através dos diagramas (8'7) e (88) que representam

^ n Q

as estrutura:^ profundas das orações (85) e (86). " (85) Su sei que ele-veio

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(87)

/ O n \ \,8o;

0 autor, contudo, não analisa essas orações, porém , através dos diagramas acimaj, podeinos concluir que as preposi­

ções são introduzidas por transformação.

Com relação às orações dominadas pelo sintagma ad-^ verbial, os aingíí.istas se dedicam muito pouco ao seu estudo,

Tondo (1974) analisa alguns tipos de orações e^ ma que u ma oração com qu a n d o ^ exibe muito parentesco com as re

lativas/ conforme podemos observar através da analise da ora

~ ■ 19

(89) João viaja quando está desocupado

E s t r u t u. r a Pr of u n d a ;

a) João viaja em um momento "

b) J o a o está desocupado em u m mo m e n t o ”

Os dois sintagmas preposicionais em um momento sio constituídos de preposição e de uma Froforma nominal cujo tra ço matricial é tempò

a) João -I- Pres viajar èm 4 ProN V tempo

b) J o ã o -I- Pres -s- estar desocupado -5- em 4 ProN ^ tempo

0 encaixamento de b em a- vai dar~se exatamente no ponto de análise própria do SPrep de a, dominado por SN;

Corno se vê do indicador sintagmático de S , o sinta£ ma preposicional comporta o elemento e, à semelhança das transforn-iações interrogativas, será deslocado pela regra pcira

? ’ 1

a cabeça de S", possibilitando o encaixanjento dessa em S , nó ponto de análise própria que é ProK _ * A seqüência está,

. , „ lí tempo ,,

p o i s5 com a seguinte forma: i- -I

Joao Pres -f- viajar em -s- em -f qu * h’r o N _ •f tempo

João 4 Pres -f estar -í- desocupado

A seqüência em -f qu j;;_ ProN será reescri t a q u a n d o , -I- ternpo

suprimindo a preposição em ( como em T ele vem d o m i n g o ) e a mesma regra suprirá a preposição em da frase matriz:

. João. viaja em quando. João está desocupado_^ João viaja quando João está desocupado

A seguir» uma transformação de supressão eliminara a y-.

1

seqüência João, sujeito de S que está sob identidade com a se qtíencia Joao de S , pois ambos tem o mesmo referente e exercem idêntica função. Se não for aplicada essa transformação, a .fra se será ambígua^ dando a entender que são pessoas diferentes a que viaja e a que está d e s o c u p a d a .

Samara (1976) analisa as orações relativà.s com o n d e ^ e conclui que as orações locativas podem ser analisadas como r e l a t i v a s . A autora desenvolve sua asnálise de acordo com a Gramática de Caso, de Fillmore (1968).

Azevedo (1976) estuda a ocorrência do subjuntivo nas orações ‘dominadas pelo sintagma adverbial e apresenta duas pos sibilidades de análise das conjunções e locuções adverbiais

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A primeira consiste em considera-las como complemeiitizadores, introdiizicos através de uma transformação que terri a seguinte formas

(Sl) T conj í 0 0 conj 0

onde conj indica qualquer membro de um conjunto finito de ver betes lexicais. A segunda, era incluí ■■'Ias nas regras de estrutu ra frasalj através da seguinte regra:

(92) S A d v _____^ (Tempo) (Lugar) (Modo) (Cp.Adv) (0*) C p ♦ -^^-dv é u m constituinte abstrato que tem o mesmo status que K, V, etc», e que se encontra especificado em termos ^ traços distintivos mutuamente exclusivos como -f- Temporal

+ Gonciçao « ^ Causa

Peres (1976) apresenta u m a análise das orações tempo rais e f i n a i s y e afirma que aqtiilo que se cliam.a, na gramáti­ ca tradicional, uma subordinada circunstancial^ é'uma oraçao encaixada no sintagma nominal diretamente dominado pelo sinta^

'w 2 2 ma pi'eposicional, por sua vez dominado pela oração.

Em síntese, podemos dizer que as orações dominadas pelo sintagma verbal e adverbial têm sido abordadas em diferen

tes perspectivas, e que muitos aspectos relevantes permanec£ím ainda sem solução.

1 Lessa (1966) p . 199 2 I G . , Ibid. p . 200 3 Lima (1974) P . 234-235 4 Idõ, Ibid» p , 221-222 5 Id., Ibid. p.234“237 6 Bechara (lS76) p . 225-226, 236-237; Cegalla (1976) p . 259 260 r Lir.a (1 974) p 8 'Cegalla. (1976 9 X d ., I b i d . T r-. Ponti03 { c-.n r>\ \ -■ ' J / 11 Ide, I b i d . 12 I G , , I b i d . 13 I d. , I b i d . 14 P a v e r o (1974)

A aiialise da autora sera comentada coiri maiores detalhes,no Capítulo III,

15 Veja-se Perini (1974), principalmente o Capítulo I.

16 Feres (1976) e c tradutor da obra de Charlier e Leerian (1976).

17 Peres (1976) p . 283 .18 Azevedo (1976) p.. 17-21

19 Tondo (1974) p . 238-241

20 S amar a (1 9 7 6) Capítulos . III e IV 21 AzGvedc (1976) n , 32-36

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ANÁLISE DAS ORAÇÕES DOMINADAS PELO SINTAGHA VERBAL CAPÍTULO III

1. IHTIíODUÇÃO Â âKÂLISE

Choír.slcy (1965) se refere à natureza essencialmente rel.acional de conceitos gramaticais con-ío sujeito de uma oraçao e objeto tíe um verbo ou de ujn predicado, oposição a nature­ za categorial de noçoes como verbo e sintagma norriinal. Chon:sky destaca a importante diferença entre funções gramaticais e ca­ tegorias gramaticais.

Segundo Chomsky, unia gramática forn-al pode expressar essa distinção, introduzindo símbolos categoriais como consti­ tuintes nas regras de estrutura frasal e definindo as relaçÕes gramaticais como relações entre símbolos categoriais nos niarca dores de frase stibj a c e n t e s .

Oração (O), Sintagma Nominal (SN), e Sintagma Verbal (SV)í são siifibolos categoriais gerados pelas regras do subcorri- ponente de base. Choms]<y propõe as seguintes definições gerais para.funções gramaticais;

(i) Sujeito de t SNf 0

(ii) Predicado de : RJ (iii) Objeto direto de : SN, 8V (iv) Verbo principal de ;

Chomsky mostra que a noção de sujeito, distinta da noção de sintag;na n o m i n a l , é definida^ como uma relação entre uir; SN de uma oração da for;na c toda a oraçao» A n o ­ ção de objeto é definida coino xAna relação entre um SK de ujr, SV

0 número de orações em uma língua é pontencialmente infinito, porque a propriedade recu.rsiva da çjrarnàtica permite^ reintroGuair à direita da seta u m símbolo, que numa regra ante rior está à esquerda, e que possibilita a enumeração de urnã quantidaae infinita de estruturas.

Neste capítulo apresentaremos a análise das orações Go.ndnadas pelo sintagma verbal, introduzidas pelos complementi_ aadores que e ir:finitivo , procurando verificar com que clas­ ses de verbos essas orações ocorrem,

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