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Acesso a Cuidados de Saúde Oral em Portugal e na Europa

No documento Acesso a cuidados de saúde oral (páginas 42-54)

Em 2013, de acordo com dados do European Union Statistics on Income and Living Conditions (EU-SILC), Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) com a maior percentagem de pessoas com 16 ou mais anos que relatam as necessidades não satisfeitas em cuidados de saúde oral: 17,8%, muito acima da média da UE (7,9%) (Eurostat, 2015). No que diz respeito ao número de dentes naturais, como pode ser observado na Tabela 1, apenas 41% da população europeia ainda tem dentição completa e 7% indica não ter qualquer dente natural, enquanto a média da população portuguesa com dentição completa é de 32% (Eurobarometer, 2010). Em 2017, segundo o Barómetro Nacional da Saúde Oral (BNSO), 6,2% dos portugueses são desdentados totais (OMD, 2017). Dos que não têm todos os seus dentes naturais, 31% dos europeus e 37% dos portugueses usam uma prótese removível (Eurobarometer, 2010).

Como se pode ver na Tabela 1 a maioria da população portuguesa (90%) refere poder consultar um médico dentista em caso de necessidade e 87% tem essa possibilidade a uma distância de 30 minutos ou menos da sua casa ou local de trabalho, sendo que estes valores são semelhantes à média da EU (Eurobarometer, 2010). O 4.º Inquérito Nacional de Saúde, realizado em 2005/2006, revelou que 92,1% das consultas de medicina dentária/estomatologia foram realizadas no setor privado (INE, 2009). De facto, 79% dos europeus e 86% dos portugueses recorrem a clínicas privadas para acesso a cuidados de saúde oral (Eurobarometer, 2010). Na Tabela 1 pode ser observado que em 2009, segundo os dados do Special Eurobarometer

330, a percentagem de portugueses que visitou o médico dentista nos últimos 12 meses foi de

46%, abaixo da média europeia (57%). Mais recentemente, essa percentagem foi 58,7%. As principais razões apontadas são as visitas regulares (check-up, observação, limpeza, ortodontia) e os tratamentos de rotina. No entanto, 27,1 % dos portugueses nunca visitam o médico dentista ou apenas o fazem em caso de urgência (Eurobarometer, 2010; OMD, 2017). No Inquérito Nacional de Saúde de 2014, o principal motivo da última consulta foi a higienização da boca

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(22,8%), seguido de dores ou outra situação de urgência (17,2%), visita anual ao dentista e extração de um dente (ambos com 13,3%) (INE, 2014).

As razões referidas pelas populações europeia e portuguesa para não consultarem um médico dentista incluem o facto de não sentirem necessidade, o custo económico, o medo, a falta de tempo, o não querer gastar esse dinheiro e a ausência de dentes. No que diz respeito ao custo económico, 15% dos europeus consideram que visitar o dentista é demasiado caro e 42,5% dos portugueses referem que não têm dinheiro, constituindo um dos principais impedimentos para estes obterem acesso a cuidados de saúde oral (Eurobarometer, 2010).

Tabela 1: Acesso a cuidados de saúde oral: União Europa e Portugal

Adaptado de Special Eurobarometer 330 2009/2010 e BNSO 2017. Elaboração própria.

UE PORTUGAL SPECIAL EUROBAROMETER 330 2009/2010 BARÓMETRO NACIONAL DA SAÚDE OAL 2017 Dentes Naturais Todos 41,0% 32,0% 32,4% Nenhuns 7,0% ---- 6,2% Desdentados totais

que usam prótese removível 31,0% 37,0% ---- Possibilidade de consultar um médico dentista 92,0% 90,0% ---- Possibilidade de consultar um médico dentista ≤ a 30 minutos 88,0% 87,0% 93,1%

Acesso a cuidados de saúde oral

em clínicas privadas 79,0% 86,0% ---

Visita ao médico dentista

Últimos 12 meses 57,0% 46,0% 58,7%

Nunca 2,0% ---- 2,9%

Nº médio de visitas nos últimos 12 meses 2,2 2,6 ----

Razões de última visita ao Médico Dentista

Check-up, Observação, limpeza

*Ortodontia 50,0% 29,0% *45,7% Tratamento rotina 33,0% 46,0% ---- Tratamento urgente 17,0% 25,0% ----

Razões para não visitar o médico dentista *nos últimos 2 anos #dos que nunca vão ou vão

menos de 1x/ano

Não sentir necessidade * 33,0% ---- # 44,5% Custo económico *15,0% ---- # 42,8% Medo/ Não gostar *10,0% ---- # 3,7%

Falta tempo *7,0% ---- # 3,7% Não querer

gastar dinheiro *3,0% ---- # 4,2% Ausência de dentes *16,0% ---- ----

Problemas relacionados com saúde oral nos últimos

12 meses

Dores de dentes/gengivas 16,0% ---- 19,4% Dificuldades em comer 15,0% 19,0% 8,1% Embaraço devido a aparência dos

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Como se pode verificar na Tabela 1 a existência de problemas relacionados com a saúde oral é mencionada por uma percentagem significativa da população europeia e portuguesa e devem- se, fundamentalmente, às dores de dentes e gengivas, às dificuldades em comer e ao embaraço provocado pela aparência dos seus dentes (Eurobarometer, 2010; OMD, 2017).

Os Barómetros Nacionais da Saúde Oral da OMD (2014, 2015 e 2017) referem que a falta de regularidade nas visitas ao médico dentista tem uma correlação com a falta de dentes naturais: quando aumenta a falta de dentes, diminui a frequência de visitas e vice-versa.

De acordo com o último BNSO (2017), 71,1% da população portuguesa não sabe que o SNS disponibiliza serviços na área da medicina dentária, o que indica uma menor taxa de informação em relação ao BNSO de 2014. Apenas 10% recorreram ao Hospital ou Centro de Saúde nos últimos 12 meses para tratar de um problema de saúde oral. No entanto, os portugueses consideram ser muito importante tanto o acesso a serviços de medicina dentária no SNS (80,1%) como a comparticipação do Estado de consultas no setor privado (77,7%) (OMD, 2017).

Em 2017, 78,3% dos portugueses procederam ao pagamento no momento da consulta, valor superior a 2015 (72,4%) e inferior a 2014 (81,3%). Em 2017 aumentou para os 11.6% a percentagem de utentes que possuem seguro ou plano de saúde, comparativamente a 2015 (não excedia os 7.6%) e a 2014 (situava-se nos 4,3%) (OMD 2014, OMD 2015, OMD 2017). Apesar da maioria dos portugueses ter a perceção de que os dentes decíduos necessitam de tratamento, observa-se que cerca de 61% dos menores de 6 anos nunca visitaram o médico dentista (OMD, 2017). Sabendo que as visitas ao médico dentista se devem iniciar após a erupção dos primeiros dentes, este valor revela-se preocupante. Dos 39% de famílias que já levaram os menores de 6 anos ao médico dentista, 64% não utilizaram o cheque dentista, em que 26% não o fez por desconhecimento da modalidade de pagamento. Por sua vez, os menores com idades entre os 10 e os 12 anos são os que mais utilizam o “cheque-dentista” (OMD, 2017).

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29 8. Considerações Finais

O conceito de saúde oral tem evoluído ao longo do tempo, acompanhando a crescente preocupação de a considerar como parte fundamental da saúde geral e do bem-estar dos indivíduos. Contudo, as doenças orais são ainda consideradas muitas vezes como específicas da cavidade oral, apesar da sua comprovada relação com as doenças sistémicas. Esta forma de pensar resultou em políticas prejudiciais à prevenção e ao tratamento destas doenças, especialmente entre os grupos mais vulneráveis da população.

O acesso a cuidados de saúde é um princípio fundamental dos sistemas de saúde de todo o mundo. O acesso consiste em eliminar as barreiras económicas, sistemáticas, sociais, culturais e comportamentais de modo a tornar possível a utilização dos serviços de saúde pela população. Neste sentido, um bom acesso a cuidados de saúde significa a sua prestação apropriada no local adequado e no momento oportuno. Um dos fatores que tem mais impacto no acesso a cuidados de saúde oral é a estrutura do sistema de prestação deste tipo de cuidados, público ou privado que varia significativamente entre os vários países.

Embora se tenha assistido a uma melhoria da saúde oral das populações em vários países, ainda persistem muitos problemas a nível global. As doenças orais afetam sobretudo os grupos populacionais mais desfavorecidos, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos, existindo profundas desigualdades entre os subgrupos raciais, étnicos, demográficos e socioeconómicos.

Apesar de as doenças orais serem altamente prevalentes e necessitarem de tratamento, muitos pacientes não consultam médicos dentistas devido às barreiras ao acesso a cuidados de saúde oral. De facto, existem múltiplas barreiras ao acesso a cuidados de saúde oral, umas estão associadas aos pacientes enquanto outras estão relacionadas com os prestadores de serviços. Os custos económicos, a disponibilidade dos cuidados, o medo e a ansiedade dentária, a relação médico dentista-paciente, a falta de consciencialização/perceção de necessidade foram as principais barreiras identificadas.

De forma a melhorar o acesso dos grupos mais vulneráveis da população a cuidados de saúde oral diversos países têm desenvolvido programas de assistência. Neste âmbito, em Portugal, desenvolveu-se o PNPSO que apesar de algumas falhas, nomeadamente o seu caráter não universal, resultou num aumento da cobertura de cuidados de saúde oral publicamente financiados e tem contribuído para a melhoria do estado de saúde oral da população.

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Em jeito de conclusão, é possível afirmar que a existência de necessidades de saúde oral não satisfeitas é ainda uma realidade que afeta milhares de indivíduos em todo mundo, que resulta essencialmente de um acesso inadequado a cuidados de saúde oral.

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