O acesso ao curso do Programa far-se-á por meio de seleção pública (edital) entre as candidatas pré selecionadas pelas instituições e lideranças comunitárias parceiras e que obedecerem aos seguintes critérios:
a) Ser do sexo feminino
b) Ter idade mínima de 18 anos;
c) Pobreza acentuada;
d) Condições de moradia precária;
e) Histórico de emprego com baixa remuneração e condições adversas;
f) Apresentar a documentação exigida no edital;
10 7. MATRIZ CURRICULAR
Os cursos de formação profissional do Programa Mulheres Mil estão organizados em 02 (dois) núcleos de formação, de forma que as disciplinas do núcleo comum (80 horas) serão ministradas no início dos cursos por docentes da instituição e docentes e profissionais das instituições parceiras por meio de aulas expositivas, ciclos de palestras com profissionais específicos para cada tema, enquanto que o núcleo específico (120 horas) será desenvolvido por docentes do IFPA e contará com visitas técnicas e atividades práticas. As visitas técnicas e atividades práticas contarão com apoio logístico e técnico das instituições parceiras.
O quadro abaixo apresenta s matriz curricular do curso de formação inicial e continuada em Operador em Beneficiamento do Pescado.
Quadro 01 – Operador em Beneficiamento do Pescado
Núcleo Comum
DISCIPLINAS CHR
Empreendedorismo/Cooperativismo 20
Informática básica 40
Cidadania e direitos da mulher 20
Total do Núcleo 80
Núcleo Específico
DISCIPLINAS CH
Higiene Sanitária de alimentos 20 Controle da Qualidade do Pescado 10 Beneficiamento do Pescado 60
1. O que é empreendedorismo, características do empreendedor, importância e
11 conceito.
2. Introdução e princípios do cooperativismo
3. O cooperativismo brasileiro, a partir da criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);
4. Tipos de sociedades cooperativas 5. Roteiro para organizar uma cooperativa BIBLIOGRAFIA:
1. ABRANCHES, JOSÉ. Associativismo e cooperativismo: como a união de pequenos empreendedores pode gerar emprego e renda no Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
2. GAUTHIER, FERNANDO ALVARO OSTUNI; MACEDO, MARCELO; LABIAK JÚNIOR, SILVESTRE. Empreendedorismo. Curitiba: Editora do Livro Técnico, 2010.
3. CENZI, N. L. Cooperativismo. 1. ed. Editora Juruá, 2009.
4. Dornelas, J. C. A. Empreendedorismo - Transformando Ideias em Negócios.
1. Acesso às Tecnologias de comunicação e informação.
2. Acesso a internet (redes sociais, correio eletrônico, busca e pesquisa).
3. Noções das principais funções de editor de texto.
4. O mercado do mundo virtual.
BIBLIOGRAFIA:
1. CAPRON, H. L; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004. NASCIMENTO, J. K. F. do. Informática básica.
Brasília: Universidade de Brasília, 2006.
2. RIMOLI, MONICA ALVAREZ; Carnevalli, ADRIANA APARECIDA. “Microsoft Word 2007”. Editora Komedi, 2007.
3. RIMOLI, MONICA ALVAREZ; Carnevalli, ADRIANA APARECIDA. “Microsoft Internet Explorer 7”. Editora Komedi, 2007.
12 DISCIPLINA: CIDADANIA E DIREITOS DA MULHER
CHR: 20 HORAS PERÍODO: NÚCLEO COMUM EMENTA:
1. Direito da Mulher, Relações Sociais e Culturais 2. Ética e cidadania
3. A concepção da mulher na sociedade
4. Mulher: saúde, corpo e segurança no trabalho.
5. Saúde da mulher em situação de exclusão social;
6. Qualidade de vida e a saúde da mulher;
7. Mulher no mercado de trabalho (direito trabalhista);
8. Mulher como membro da família BIBLIOGRAFIA:
1. BRASIL. Lei 11.340/2006
2. BITTAR, EDUARDO C. B. Ética, educação, cidadania e direitos humanos:
estudos filosóficos entre cosmopolitismo e responsabilidade social. Barueri:
Manole, 2004.
3. BRASIL. Programa Mulher e Ciência Construindo a Igualdade de Gênero.
Brasília. 2012.
4. BRASIL. Secretaria de políticas para mulheres. Homens Unidos contra a violência contra a mulher. Brasília. 2011
5. FERNANDES, ROSA AUREA QUINTELA; NARCHI, NADIA. Enfermagem e Saúde da Mulher. Editora Manole, 2006.
DISCIPLINA: HIGIENE SANITÁRIA DE ALIMENTOS
CHR: 20 HORAS PERÍODO: NÚCLEO ESPECÍFICO EMENTA:
1. Introdução e importância sanitária;
2. Doenças Transmitidas por alimentos;
3. Controle da qualidade de alimentos;
4. Controle de manipuladores
5. Instalações e edificações em estabelecimentos da área de alimentos;
6. Controle de armazenamento e transporte de alimentos BIBLIOGRAFIA:
13
1. AMARAL, ATANÁSIO ALVES DO; CAMARGO FILHO, CLAÚDIO BARBERINI.
Controle e normas sanitárias. Curitiba: Livro Técnico, 2011.
2. BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento Regulamentado da
Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Brasília DF, 1997.
3. BRASIL. Ministério da Saúde - Fundação Nacional de Saúde. Brasília DF, 2004.
DISCIPLINA: CONTROLE DA QUALIDADE DO PESCADO CHR: 40 HORAS PERÍODO: NÚCLEO ESPECÍFICO EMENTA:
1. Métodos de Avaliação da qualidade dos produtos de pesca;
2. BPF (Boas Praticas de Fabricação);
3. PPHO (Procedimento Padrão de Higiene Operacional);
4. APPCC (Analise de Perigos e Pontos Críticos de Controle);
5. Entreposto de Pescado (tipos, Características, etc.);
6. Declarações no tampo, rótulo e composição nutricional.
BIBLIOGRAFIA:
1. BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento Regulamentado da
Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Brasília DF, 1997.
2. ANVISA. Comercialização de pescado salgado e pescado saldo seco. Cartilha
orientativa. 30p, 2007.
3. SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA - SEAP. Cartilha do pescado. Brasília: Abras, 2007.
DISCIPLINA: BENEFICIAMENTO DO PESCADO CHR: 60 HORAS PERÍODO: NÚCLEO ESPECÍFICO EMENTA:
1. Avaliação sensorial do pescado;
2. Técnicas de manuseio e conservação do pescado;
3. Normas industriais para elaboração dos produtos.
4. Preparação dos principais produtos obtidos do pescado;
BIBLIOGRAFIA:
1. OGAWA, M. & MAIA, E.L. Manual de pesca: Ciência e Tecnologia do pescado.
São Paulo: Livraria Varela, 1999. 480p.
14 2. GEROMEL, E.J.; FORSTER, R.J. Princípios Fundamentais em Tecnologia de
Pescados. São Paulo, 1989. 127p.
3. MACHADO, Z. L. Tecnologia de Produtos Pesqueiros: Parâmetros, Processos e Produtos. Recife: Ministério do Interior, Superintendência do desenvolvimento do Nordeste, 1984. 277p.
9. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO CURSO
O desenvolvimento do Projeto no Campus Tucuruí será avaliado por uma equipe de Monitoramento, Estudo e Pesquisa, através dos procedimentos e instrumentos:
Entrevistas com roteiros semi-estruturados a serem realizadas com educadores, estudantes, e técnicos do IFPA;
Coleta de dados estatísticos;
Aplicação de Questionários de avaliação do projeto.
10. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM A avaliação do processo ensino-aprendizagem ocorrerá de forma diagnóstica, contínua e participativa, considerando-se os aspectos qualitativos e quantitativos, a serem formalizados em registros escolares. A avaliação de qualquer atividade desenvolvida será norteada por recursos técnicos e pedagógicos.
Os recursos e instrumentos de avaliação terão papel mediador na construção do conhecimento e aquisição de competências pretendidas. Múltiplos instrumentos poderão auxiliar neste processo: observações e registros constantes com a construção de portfólios individual, cadernos de relatos e auto-avaliação, relatórios de trabalhos práticos e teóricos, elaboração e execução de projetos, instrumentos específicos elaborados pelos professores e pelos próprios estudantes que, ao elaborarem questões, problemas, estarão estudando, refletindo sobre suas próprias aprendizagens, tendo assim mais oportunidades de produção e construção do conhecimento de forma mais dinâmica e participativa.
A avaliação, em todos os seus momentos, deverá possibilitar a observação da capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e
15 competências necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do curso.
A verificação da aquisição de competências será observada através de uma forma determinada de trabalho, englobando uma concepção de aprendizagem, uma metodologia de ensino, de conteúdos e a relação professor/aluno e aluno/aluno; que deverão estar presentes em cada momento, em cada uma das etapas de orientação e avaliação da aprendizagem do estudante.
Serão elementos básicos para a avaliação do Aluno:
Aplicação de atividades de maneira contínua e progressiva, abrangendo todos os momentos do curso.
Verificação de múltiplos aspectos de aprendizagem e, além da aferição de conhecimento, considerar atitudes, comportamentos, compromisso com o trabalho, entre outros pontos, bem como os objetivos descritos no perfil do profissional que se pretende formar;
Utilização de diferentes procedimentos e instrumentos, contemplando a auto avaliação, a avaliação dos colegas e a do professor orientador.
Nesse sentido, a avaliação da aprendizagem obedecerá aos seguintes critérios:
Ser diagnóstica, permanente, contínua e cumulativa, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, obedecendo aos princípios da formação integral e da interdisciplinaridade.
Utilizar instrumentos escritos como relatórios, projetos de acompanhamento e avaliação específica das aquisições dos conhecimentos, competências e habilidades;
utilizar instrumentos como: exercícios, relatórios, pesquisas, redações, entrevistas, seminários, etc.
Observar a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e competências necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do curso.
Por se tratar de um processo de capacitação técnica o processo avaliativo ocorrerá de maneira continuada e dinâmica, não sendo necessária a atribuição de notas e ou conceitos. As alunas serão avaliadas de acordo com seu desempenho do desenvolvimento das atividades propostas. No decorrer do curso cada professor preencherá uma ficha de avaliação, que comporá o portifólio da aluna onde constará informações relevantes quanto ao seu processo ensino aprendizado, caso sejam
16 identificados alguma deficiência e ou dificuldades para o desenvolvimento dos temas propostos, as mesmas terão suas deficiências acompanhadas pela equipe gestora que buscará, junto as parcerias sanar tais deficiências.
O Portifólio de cada aluna deverá conter obrigatoriamente:
Ficha de identificação
Ficha de avaliação da aprendizagem
Pelo menos um instrumento avaliativo de cada componente curricular trabalhados durante o curso
Ao término do curso considerar-se-á aprovada a aluna que obtiver percentual mínimo de setenta e cinco por cento (75%) de frequência em todo o período letivo e apresentar-se apta a desenvolver as atividades propostas.
11. CORPO DOCENTE
A seguir serão listados os servidores do IFPA Campus Tucuruí que participarão na execução do projeto. O projeto também contará com a participação de profissionais das instituições parceiras.
Professor Graduação Especialização Mestrado Dout. Reg.
de Trab
de Andrade Engenharia Agronômica Docência do Ensino superior e Aquicultura
Mestrando em
Aqüicultura - DE
Felipe Melo da Silva
Miranda Administração 40h
Elizabeth Cristina
Nascimento Branch Serviço Social Educação - - 40h
Ana Carolina Leal Folha
de Castro Psicologia GESTALT - Terapia - - 40h
Devanilda Martins
Ranieri da Fonseca Engenharia sanitária Saneamento ambiental
17
Fábio Alexandre
Travasso Oceonagrafia Especialização Mestrando em
Aqüicultura 40 h
Landry Pereira da Silva Tecnologia em
processamento de dados Análise de sistemas Mestrado em
Matemática. - DE
Luciano Domingues Queiroz
Licenciatura em ciências
biológicas - Mestrado em biologia
ambiental - 40 h
Luiza de Nazaré Almeida
Lopes Engenharia sanitária - Mestrado em
engenharia civil - DE
Neusa Margarete Gomes
Fernandes Engenharia civil Instalações prediais Tecnologia ambiental
e recursos hídricos - DE
Paulo Marcelo de
Oliveira Lins Engenharia de pesca - - - DE
12. ESTRUTURA FÍSICA, RECURSOS MATERIAIS E ACERVO BIBLIOGRÁFICO DOS CURSOS
18
Depósitos Diversos 06 126
Instalações Administrativas 04 322,01
Salas da Direção Geral, Diretorias, Coordenações e Secretaria Acadêmica
07 192
Total 63 4527,69
12.2 Laboratório Específico – Aquicultura
EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Despolpador de pescado 01
Liquidificador industrial 01
Fogão semi-Industrial 4 bocas 01
Maquina de moer carne elétrica 01
Maquina para separação de carne 01
Freezer horizontal 01
Medidor de Oxigênio Dissolvido portátil 01
Medidor de pH portátil 01
Medidor de condutividade elétrica portátil 01
Aquecedor termostato 03
Balança digital semi-analítica 4Kg 02
Estante de ferro 03
Incubadora para ovas de peixe 60 litros 04
19 Incubadora para ovas de peixe 120 litros 04
Bússola topográfica com clinômetro e tripé 01
Teodolito eletrônico com tripé 02
Teodolito analógico com tripé 02
Nível de precisão analógico com tripé 02
Receptor GNSS de navegação 01
Receptor GNSS de navegação com ecobatímetro 01
Mira 02
Baliza topográfica 04
Nível de cantoneira 03
Trena de fibra de vidro 50m 01
Rádio portátil (par) 01
Estação total com tripé e prisma com bastão 01
12.3 Equipamentos de uso geral
EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Televisores 01
Vídeos Cassete 01
Tela p/ projeção 02
Data Show 10
Scanner 03
Impressoras 06
Máquina Digital 04
Microcomputador de mesa completo 60
12.4 Acervo Bibliográfico
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE
TÍTULOS EXEMPLARES
Livros de formação geral 1007 5796
Livros Técnicos da Área de Aquicultura
20 12.5 Outros
Especificação Quantidade
VEÍCULOS AUTOMOTIVOS para efetivação de trabalhos de
campo e acompanhamento de estágio supervisionado 04 Barco (lancha de alumínio de 8m de comprimento) com motor de
popa de 40 HP 01
13. EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADOS
Após a integralização dos componentes curriculares que compõem o Curso de Formação Inicial e Continuada, será conferida a aluna a certificação de Operador em Beneficiamento do Pescado, validado pelo representante legal do IFPA Campus Tucuruí.