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Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade

O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (art. 40). Nesse sentido é fundamental avaliar em que medida os Planos Diretores aprovados pelos municípios incorporam diretrizes, instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.

Questões centrais:

I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas

Buscar-se-á avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas através dos seguintes aspectos: Não identificado

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada. 2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração das políticas urbanas.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação. Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

Não existe diagnóstico identificando a situação habitacional do município, levantamentos específicos nem previsão de elaboração de cadastros de moradias precárias.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade

4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.

Não há menção explicita.

5. A definição de instrumentos específicos visando a produção de moradia popular. Verificar se o plano define instrumentos específicos voltados para cooperativas populares.

Não há menção explicita.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos, etc.).

Não trata explicitamente desses programas. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

Institui as AEIS no capítulo II – Das áreas de Diretrizes especiais Art. 47 inciso I e define no artigo 50 conforme abaixo transcritos:

Art . 47 - As Áreas de Diretrizes Especiais (ADE) classificam-se em: I - Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS;

...

Art. 50 - As Áreas Especiais Interesse Social compreendem:

I.Terrenos públicos ou particulares ocupados por favelas, vilas ou loteamentos irregulares, em que haja interesse público em promover a urbanização e regularização de títulos, desde que não haja riscos graves para o meio ambiente ou segurança;

II.Glebas ou lotes urbanos, isolados ou contínuos, não edificados, subtilizados ou não utilizados, necessários para implantação de programas habitacionais de interesse social;

III. Áreas com concentração de habitação coletiva precária, de aluguel, em que haja interesse público na promoção de programas habitacionais destinados prioritariamente à população de baixa renda, moradora da região, compreendendo inclusive vilas e cortiços.

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular;

Não apresenta definição de áreas para fins de habitação popular. Apresenta no anexo III a delimitação das AEIS.

(iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade;

Não consta do PD parâmetros para totalidade do território do município apenas alguns parâmetros para AIA e ADEN.

(iv) a Outorga Onerosa do Direito de Construir;

Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos: ...

VI - Outorga Onerosa do Direito de Construir; ...

Seção VII

DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 15 - Outorga Onerosa é a autorização para edificar além do permitido pelos índices urbanísticos, concedida pelo poder público municipal, com ônus para o proprietário.

§ 1º - O limite máximo construtivo é a duplicação do coeficiente definido para a área.

§ 2º - A base de cálculo do valor do metro quadrado de área acrescida pela outorga onerosa é o valor da terra nua do local do imóvel estabelecido pela planta de valores Imobiliários ou valor venal, prevalecendo o maior.

§ 3º - O valor resultante da outorga onerosa será destinada ao Fundo de Desenvolvimento Urbano para ser aplicado em regularizações fundiárias.

(v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Prevê no inciso 1 artigo 3° e conceitua no artigo 4° abaixo transcritos: Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos:

I. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios; ...

Parágrafo Único. Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta lei.

Seção II

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS Art. 4º - A fim de garantir a função social da propriedade aos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados em áreas de diretrizes especiais, aplicar-se-á o parcelamento e edificação compulsórios de acordo com as definições contidas no Estatuto da Cidade.

§ 1º - Após a identificação dos imóveis não utilizados, o Poder Executivo municipal deverá notificar seus proprietários para que promovam sua ocupação, no prazo de dois anos, o parcelamento ou as edificações cabíveis e sua efetiva utilização.

§ 2º - Serão considerados subutilizados aqueles terrenos que não estão ocupados com habitações ou que apresentem coeficiente de aproveitamento inferior a 0,2.

§ 3º - O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis.

§ 4º - A notificação far-se-á:

III. Por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;

IV. Por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I.

8. O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como consórcios imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação, etc.

Definido nos incisos III, IV, VII e X do artigo 3° abaixo transcrito:

Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos: I. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória;

II. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Progressivo; III. Desapropriação para Fins de Reforma Urbana;

IV. Usucapião Especial de Imóvel Urbano; V. Direito de Preempção;

VI. Outorga Onerosa do Direito de Construir; VII. Operações Urbanas Consorciadas; VIII. Transferência do Direito de Construir;

IX. Estudo de Impacto de Vizinhança; X. Regularização Fundiária;

Parágrafo Único. Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta lei.

9. O estabelecimento de Plano Municipal de Habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não há qualquer menção.

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estadual e federal.

11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não existe fundo específico para habitação. Existe a previsão de criação de um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, e a sua aplicação, prevista no § 2° do artigo 28 será segundo o Plano Anual específico a ser anexado e aprovado juntamente com a proposta de lei orçamentária anual.

12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por exemplo.

Não há menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário em todo o PD.

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não há menção.

14. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade, que não são auto aplicáveis.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação.

Não trata explicitamente de Política de Habitação.

III – O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental. Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do saneamento ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

Não existe diagnóstico identificando a situação do município na área de saneamento ambiental.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Aqui também é fundamental verificar se na política de uso do solo há definições relativas à disponibilidade de infra-estrutura de saneamento.

O PD apresenta apenas diretrizes gerais para a Política de Meio Ambiente e Saneamento que se encontram definidas no artigo 77 abaixo transcrito:

Art. 77 – As diretrizes da Política de Meio Ambiente e Saneamento são: I. Promover o Desenvolvimento Sustentável;

II. Delimitar as áreas de preservação e conservação ambiental;

III. Dotar as áreas urbanas de sistema de saneamento básico adequado às condições ambientais;

IV. Elaborar programas e estudos baseados nas condicionantes ambientais e sócio-culturais locais para a definição do destino final do lixo e do esgoto, priorizando-se a coleta seletiva do lixo;

V. Implantar programas de educação ambiental, integrando ações governamentais e não-governamentais;

VI. Garantir a efetiva participação da população na defesa e preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural;

Não apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Nem se verifica na política de uso do solo definições relativas à disponibilidade de infra-estrutura de saneamento.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

Não apresenta definição de objetivos e estabelecimento de metas concretas. O papel do município na gestão dos serviços é mencionado no artigo 78 abaixo transcrito:

Art. 78 – A Gestão e Execução da Política do Meio Ambiente e do Saneamento dar-se-á através da compatibilização de ações das diversas secretarias envolvidas.

Parágrafo Único. A aprovação de programas e projetos será da

competência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e dos órgãos competentes da administração que tratem de questões ambientais.

4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

Não há menção

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da

função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de saneamento ambiental definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

As AEIS são previstas no PD, porém na definição da política de saneamento ambiental não há vinculação com o instrumento, nem com qualquer outro.

6. A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento ambiental, tais como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação de estação de tratamento de efluentes; transferência de direito de construir sobre perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infra-estrutura de saneamento, etc.

Não há qualquer vinculação dos instrumentos previstos no PD com esta política setorial.

7. O estabelecimento de plano municipal de saneamento ambiental, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não estabelece Plano Municipal de Saneamento Ambiental.

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.

Não há qualquer menção.

9. A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado ao saneamento ambiental), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não existe fundo específico de Saneamento Ambiental, existe a previsão de criação de um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, e a sua aplicação, prevista no § 2° do artigo 28 será segundo o Plano Anual específico a ser anexado e aprovado juntamente com a proposta de lei orçamentária anual.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo.

Não há menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário em todo o PD.

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não há menção.

12. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento ambiental.

13. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de saneamento ambiental na expansão urbana.

Não há menção.

14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de saneamento ambiental.

Não há menção.

IV – O Plano Diretor e a Política de Mobilidade e Transporte. Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área da mobilidade e do transporte, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso as áreas centrais (trabalho, escola e lazer).

Não existe diagnóstico identificando a situação do município na área da mobilidade e do transporte.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de mobilidade e transporte, com ênfase na inclusão social. Identificar-se-á a existência de alguma política ou diretrizes relativa às tarifas.

Não apresenta explicitamente Política de Mobilidade e Transporte. Estabelece apenas diretrizes para implantação do Sistema de Transporte do município para ser regulamentado em Lei específica no artigo 83 abaixo transcrito:

Art. 83 – As diretrizes para implantação do sistema de transportes do município de Nossa Senhora do Socorro, a ser regulamentado em lei específica, são:

I. Desenvolver um sistema de transporte coletivo que prevaleça sobre o individual, por meio das seguintes ações:

a. Assegurar a acessibilidade dos municípios aos centros de comércio e de serviços e às zonas industriais, interligando as regiões do

Município por linhas do sistema integrado;

b. Implantar linhas internas articuladas aos centros regionais;

c. Promover a implantação de um sistema principal de transporte de passageiros;

d. Ampliar a cobertura territorial e o nível do serviço das linhas de ônibus

e. Implantar o tratamento prioritário para transporte coletivo nos corredores.

II. Melhorar a qualidade do sistema viário e dos serviços de transporte coletivo, compreendendo a segurança, a rapidez, o conforto e a regularidade, por meio das seguintes ações:

a. Promover o Fórum de gerenciamento do transporte de massa, compreendendo a grande Aracaju;

b. Remunerar as empresas operadoras de transporte coletivo de acordo com os custos reais;

c. Estabelecer programas e projetos de proteção à circulação de pedestres e de grupos específicos, priorizando os idosos, os portadores de deficiências físicas e as crianças e facilitando seu acesso ao sistema de transporte;

III. Estruturar um sistema principal de transporte de cargas que articule o Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro (DINSS) com as rodovias estaduais e federais;

IV. Implantar linhas internas alimentadoras e troncais, visando a

articulação dos terminais de integração do município com terminais de integração de Aracaju;

V. Promover estudos para verificar a viabilidade da integração modal do transporte coletivo e de carga com os outros meios de transporte.

3. Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam: a) conformar o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes; b) definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público; c) a existência de princípios regulatórios; d) a existência de diretrizes para integração de modais; e) a definição de uma hierarquização do sistema viário.

Contempla de forma genérica no artigo 83 acima transcrito, remetendo a regulamentação para Lei específica.

4. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Não apresenta.

5. A definição de instrumentos específicos visando a ampliação da mobilidade da população e promoção de serviços de transporte público de qualidade (identificando a existência de política de promoção de ciclovias e transportes não-poluentes e/ou não-motorizados).

Não apresenta.

6. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de mobilidade e transportes definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

As AEIS são previstas no PD, porém na definição da política de acessibilidade municipal não há vinculação com o instrumento, nem com qualquer outro.

7. A utilização de outros instrumentos vinculados à política de transporte/mobilidade, tais como: operações urbanas consorciadas para viabilizar intervenções no sistema viário e/ou sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de perímetros a serem atingidos por

obras de implementação de infra-estrutura, outorga onerosa de potencial construtivo etc.

Não há qualquer vinculação dos instrumentos previstos no PD com esta política setorial.

8. O estabelecimento de plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade, seus objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Remete no artigo 84, a elaboração do Plano Municipal de Transportes, à Lei específica definindo o prazo de 2 anos para sua execução.

9. A existência de princípios e objetivos que visem à ação articulada com os níveis de governo estadual e federal. No caso de municípios integrantes de RM, verificar a existência de propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc.

Contemplado nos incisos II e III do artigo 83 acima transcrito

10. A instituição de fundo específico de mobilidade e transportes, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado a área de transporte e mobilidade), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não existe fundo específico de Mobilidade e Transporte, existe a previsão de criação de um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, e a sua aplicação, prevista no § 2° do artigo 28 será segundo o Plano Anual específico a ser anexado e aprovado juntamente com a proposta de lei orçamentária anual.

11. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área de mobilidade e transportes, por exemplo.

Não há menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário em todo o PD.

12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não há menção.

13. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de mobilidade e transportes.

Nenhum. Determina a elaboração de Plano Municipal de Transporte no prazo de dois anos após a aprovação do PD.

14. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de transportes públicos na expansão urbana.

Contempla de forma genérica no artigo 83 acima transcrito, remetendo a regulamentação para Lei específica.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de transporte e mobilidade.

Não contemplado

V – O Plano Diretor e a Política de Meio Ambiente.

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