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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Fernanda Costa, Cladis Jacóbsen, Cláudia Câmara E-mail e telefone de contato: genesiscoop@yahoo.com.br

Município: Nossa Senhora do Socorro - SE Número da lei: Lei Complementar n° 557

Data da aprovação do Plano Diretor: 10 de dezembro de 2002 Estado: Sergipe

A. Informações gerais do município.

1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município.

O município de Nossa Senhora do Socorro está situado na Região Metropolitana de Aracaju e dista da capital, Aracaju 8,5 km. Sua Área é de 158 km². Limita-se com as cidades de Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas.

Nossa Senhora do Socorro, a partir da década de 1980, experimentou grandes transformações urbanísticas. Essas mudanças foram decorrentes do projeto Grande Aracaju que objetivava fortalecer a economia do Estado, associando a atividade industrial e as atividades habitacionais. O Município foi objeto de programas habitacionais do Banco nacional de habitação (BNH).

Dessa forma, além a Sede, Nossa Senhora do Socorro possui várias aglomerações, que reúnem grande concentração da população. São elas:

Conjuntos João Alves Filho, Fernando Collor, Taiçoca de Dentro e de Fora, Piabeta, Albano Franco, Marcos Freire I, II e III e Venúzia Franco, situados na região do Complexo Taiçoca; e, a Grande Socorro onde se localizam os conjuntos Jardim e Parque dos Faróis.

A instalação dos conjuntos habitacionais promoveu um crescimento populacional extraordinário no município. Entre os anos de 1991 e 2000 a população residente dobrou passando de 67 mil habitantes para 130 mil habitantes. Tal crescimento não foi acompanhado da provisão de equipamentos sociais e serviços urbanos, sobrecarregando os recursos técnico e financeiro disponíveis para combater dificuldades administrativas associadas ao desemprego, à violência e à marginalidade.

A população no município era de 148.546 habitantes, residentes em 38.000 domicílios, segundo dados da contagem do IBGE em 2007 e era quase totalmente urbana. O município apresentou as mais significativas taxas crescimento anual do estado. No período 1991 a 2000 a população cresceu a uma taxa média anual de 6,25%.

1

1 Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos (SNIU)

(2)

Tabela 1 – Nossa Senhora do Socorro: População urbana e rural

População 1991 2000 2007

Urbana 67.516 hab. 131.279 hab. 145.001hab.

Rural 58 hab. 400 hab. 3.545 hab.

Total 67.574 hab. 131.679hab. 148.546 hab.

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000 e Contagem 2007.

A taxa de urbanização em Nossa Senhora do Socorro era alta (97,61%), e não variou nas ultimas décadas, como mostra a Tabela 2.

Tabela 2 – Nossa Senhora do Socorro: Taxa de Urbanização

1991 2000 2007

Taxa de Urbanização

(%) 99,91% 99,69% 97,61

Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos (SNIU), Cidades@ - www.ibge.gov.br

A base econômica local é relativa diversificada. A população economicamente ativa (PEA) era de 99.624 pessoas em 2000. O setor de prestação de serviços empregava a maior proporção da população 23,9%. O percentual de pessoas empregadas no comércio também era significativo 18,32%. Os trabalhadores da construção civil compunham 10% da PEA. Na agricultura destacam-se entre os produtos agrícolas a banana, o coco da baía, a manga, a batata doce, a cana de açúcar, a mandioca e o feijão. Há também projetos de piscicultura e pecuária. Somente 2,4% pessoas estavam ocupadas na agropecuária. O município possui um Distrito Industrial, se localiza no Conjunto Alves Filho. Na indústria de transformação estão empregados 8,94%

da PEA.

Tabela 3 - Nossa Senhora do Socorro: População Ocupada (IBGE, 2000)

Ocupação %

Percentual de pessoas ocupadas em agropecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca

2,44 Percentual de pessoas ocupadas em comércio de mercadorias 18,32 Percentual de pessoas ocupadas em transporte e comunicação 7,3 Percentual de pessoas ocupadas em serviços auxiliares da atividade

econômica

2,67 Percentual de pessoas ocupadas na administração pública 8,94 Percentual de pessoas ocupadas na indústria da construção civil 10,00 Percentual de pessoas ocupadas na indústria de transformação 8,36 Percentual de pessoas ocupadas em outras atividades industriais 1,71 Percentual de pessoas ocupadas em prestação de serviço 23,9 Percentual de pessoas ocupadas com atividades sociais 9,06 Percentual de pessoas ocupadas em outras atividades 7,3 Fonte: IBGE: Sistema IBGE de Recuperação Automática, 2000 (SIDRA - www.ibge.gov.br).

Segundo o IBGE, o município de foi o que mais atraiu empresas entre 1997 e 2002, subiu de 566 unidades em 1997 para 1.024 em 2002, crescimento percentual de 81%.

Apesar da diversificação da economia local, o município apresentava

precários indicadores de renda e elevados níveis de pobreza em 2000. A renda

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per capita média era baixa, menor do que 1/2 salário mínimo.

2

Tal percentual aumentou entre 1991 e 2000, mas não ultrapassou um salário mínimo. Os percentuais dos rendimentos provenientes do trabalho diminuíram nessa década. Já as rendas provenientes das transferências governamentais aumentaram. A Tabela 4 apresenta esses percentuais. Atualmente o Programa Bolsa Família do Governo Federal atende 16244 famílias no Município.

3

Tal número corresponde a aproximadamente 40% das famílias residentes.

Tabela 4 – Nossa Senhora do Socorro: Estratificação da população por renda

Renda (%) 1991 2000

Percentual da renda proveniente de rendimentos do trabalho 81,9% 69,04%

Percentual da renda proveniente de transferências governamentais

8,06% 10,39%

Percentual de pessoas com mais de 50% da sua renda proveniente de transferências governamentais

6,41% 8,91%

Renda per capita 82,74 114,08

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil

Cerca de 90% da população economicamente ativa acumula rendimentos nominais mensais até 2 salários mínimos. Sendo que 51,4%

dessa população não tinham rendimentos em 2000.

Tabela 5 – Nossa Senhora do Socorro: Pessoas de 10 anos ou mais de idade (PEA) por classes de rendimento nominal mensal, 2000.

Classes de rendimento nominal mensal

Pessoas de 10 anos ou mais de idade

(Pessoas)

Pessoas de 10 anos ou mais de idade (%)

Sem rendimento 51.234 51,43

Até ¼ de salário mínimo 837 0,84

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 1.626 1,63

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 16.843 16,91

Mais de 1 a 2 salários mínimos 15.020 15,08

Mais de 2 a 3 salários mínimos 6.011 6,03

Mais de 3 a 5 salários mínimos 5.160 5,18

Mais de 5 a 10 salários mínimos 2.260 2,27

Mais de 10 a 15 salários mínimos 404 0,41

Mais de 15 a 20 salários mínimos 149 0,15

Mais de 20 a 30 salários mínimos 31 0,03

Mais de 30 salários mínimos 48 0,05

Total 99.624 100

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.

A Tabela 6 mostra que as condições de apropriação da renda por diferentes extratos da população conservaram a mesma proporção entre 1991 e 2000 e conservaram as desigualdades no município. Os 20% mais pobres se

2 Esse dado considera o ano de Referência da pesquisa em 2000. Em 03/04/2000 o salário Mínimo correspondia a R$151,00 (cento e cinqüenta e um reais).

3 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Sistema de Beneficiários ao Cidadão (SIBEC), data de referencia: dezembro de 2009. Disponível in:

(https://www.beneficiossociais.caixa.gov.br/consulta/beneficio/04.01.00-00_00.asp).

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apropriam de apenas 2,8% dos rendimentos, enquanto os 20% mais ricos se apropriam de 53,0% dos rendimentos totais.

Tabela 6 – Nossa Senhora do Socorro: Porcentagem da renda apropriada por extratos da população 1991/2000

População 1991 2000

20% mais pobres 3,0 2,8

40% mais pobres 10,3 11,3

60% mais pobres 22,5 25,2

80% mais pobres 43,4 47,0

20% mais ricos 56,6 53,0

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2004.

Segundo os dados da Fundação João Pinheiro, até 2000, o município de Nossa Senhora do Socorro acumulou um deficit habitacional urbano quantitativamente baixo, de 4.229 domicílios. Todavia, a quantidade de domicílios vagos era ligeiramente maior, 4833 imóveis.

Tabela 7 – Nossa Senhora do Socorro: Deficit Habitacional Absoluto (IBGE, 2000)

Absoluto % do Total dos Domicílios

Total Urbano Rural Total Urbano Rural

4.229 4.229 0 12,95 12,95 0

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI).

Deficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas.

Deficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos.

Tabela 8 – Nossa Senhora do Socorro: Domicílios Vagos (IBGE, 2000)

Total Urbano Rural

4.833 4.812 21 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Deficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas

A proporção dos domicílios inadequados por condições de infraestrutura, assim como o déficit habitacional, também é pequena em números relativos, como mostra a Tabela 9. A inadequação por esgotamento sanitário que atingia aproximadamente 30% dos domicílios.

Tabela 9 – Nossa Senhora do Socorro: Domicílios urbanos não-atendidos por serviços de infraestrutura (IBGE, 2000)

Iluminação elétrica

Abastecimento d’água

Esgoto

Sanitário Coleta de Lixo Domicílios

Urbanos

Absoluto % Absoluto % Absoluto % 32.592 187 0,57 2.461 7,55 9.533 29,25 6.399 19,63 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Deficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas

2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação. Utilizaremos

(i) a tipologia municipal produzida pelo Observatório das Metrópoles (trabalho

coordenado pela Tânia Bacelar) e reformulada pela Ermínia Maricato para o

Planab.

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C - Aglomerados e capitais prósperas N e NE

(ii) a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração dos municípios às metrópoles, especificamente para os municípios

situados em regiões metropolitanas.

INTEGRAÇÃO NA DINÂMICA DA AGLOMERAÇÃO - Muito Alta

3. Solicitar a prefeitura/câmara os diagnóstico/estudos que subsidiaram a elaboração do Plano Diretor, caso estes estejam disponíveis. Não foram disponibilizados diagnósticos/estudos sobre o município.

4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

Não obtivemos informação acerca de Plano Diretor anterior.

5. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicita-se uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às seguintes questões:

(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município? Sim

Quais são os elementos centrais desta estratégia? O Plano Diretor apresenta um zoneamento que considera as atividades econômicas dominantes em cada área do território. Este enfoque é explicitado quando da delimitação dos perímetros urbanos e rural e da criação de Áreas de Desenvolvimento Econômico dentro das Áreas de Diretrizes Especiais. As Áreas de Desenvolvimento Econômico se caracterizam pelo Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, bem como as áreas lindeiras as vias estruturais de maior volume de tráfego e articulação com o sistema viário da Região Metropolitana de Aracaju.

Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo. O anexo VII do PD denominado Definições corresponde ao Glossário.

Verificar se a linguagem predominante no plano é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível. Possui linguagem técnica minimizada pela presença do glossário.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente. Não há qualquer menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos.

Caso o município seja atingido por algum investimento importante em infra-

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estrutura de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos. Não faz menção a investimentos na área de infra-estrutura de logística/energia, além de ter sua aprovação anterior a criação PAC.

B. Acesso a terra urbanizada

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD

Algumas das diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas no texto do PD, especificamente nos incisos I, V, IX, XI, XII, XIV, XV e XVI do artigo 2º, abaixo transcritos:

Art. 2º - O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Nossa Senhora do Socorro, englobando todo o território do município, é o instrumento básico de política urbana e tem as seguintes diretrizes:

I. Garantia do direito à cidade sustentável, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

II. Instituição dos instrumentos para ordenamento e gestão do desenvolvimento urbano;

III. Gestão Democrática a partir da sociedade civil organizada na formulação de planos, Programas e projetos de desenvolvimento urbano;

IV. Instituição de instrumentos de descentralização administrativa;

V. Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;

VI. Dotar o município de um sistema de planejamento capaz de fornecer subsídios para o ordenamento e a gestão urbana;

VII. Delimitação das áreas urbanas onde será o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infra- estrutura e da demanda para utilização;

VIII. Dotar o município de um sistema de acompanhamento e controle.

IX. Planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

X. Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

XI. Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

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c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura urbana;

d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;

e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;

f) a deterioração das áreas urbanizadas;

g) a poluição e a degradação ambiental;

XII. Adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do município e do território sob sua área de influência;

XIII. Integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do município e do território sob sua área de influência;

XIV. Proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

XV. Audiência do Poder Público Municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;

XVI. Urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais.

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

- Garantia do direito à terra urbana e moradia.

Contemplado no inciso I, do artigo 2º, acima transcrito, e mencionado no inciso III, do artigo 58, abaixo transcrito:

Art. 58 - O uso e ocupação do solo urbano deverá atender aos seguintes objetivos:

...

III.Democratizar o acesso à terra urbana;

- Gestão democrática por meio da participação popular.

Contemplado no inciso III, do artigo 2º, acima transcrito.

- Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos.

Contemplado na alínea e, do inciso XI, do artigo 2º, acima transcrito.

- Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de

urbanização.

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Contemplado no inciso IX, do artigo 2º, acima transcrito.

- Recuperação dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos.

Não contemplado no PD.

-Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

Contemplado no inciso XVI,do artigo 2º, acima transcrito e nos artios 23 a 26, abaixo transcritos:

Art. 23 - O poder executivo deverá promover a regularização fundiária de assentamentos espontâneos, em áreas ocupadas por população de baixa renda, em condições de ilegitimidade do domínio dos terrenos e em desacordo com os padrões urbanísticos estabelecidos.

§ 1º - A regularização fundiária será aplicada apenas em áreas de interesse social ou em assentamentos espontâneos.

§ 2º - O beneficiário será contemplado apenas uma vez, cabendo à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, numa ação conjunta com a Secretaria de Ação Social e Trabalho, o controle e atualização do cadastro das famílias beneficiadas.

Art. 24 - Não serão passíveis de regularização fundiária e urbanização os assentamentos:

I. Localizados sobre oleodutos e redes de água ou esgoto, bem como sob redes de alta tensão ou outras áreas de servidão, necessárias à segurança de infra-estrutura, sejam estas existentes ou projetadas;

II. Localizadas em área que apresente risco à segurança de seus ocupantes, constatado através de laudo técnico de órgão competente;

III. Localizadas em áreas destinadas à realização de obras ou planos urbanísticos de interesse coletivo, sobretudo nas áreas de sistema viário, praças, equipamentos urbanos ou de uso institucional;

IV. Existentes a menos de doze meses, contados a partir da publicação desta lei;

V. Localizados sob pontes ou viadutos;

VI. Localizadas em áreas de interesse ambiental, contemplada em lei, definidas nos artigos 4 desta lei

Art. 25 - Fica vedada a titulação através da regularização fundiária, nos seguintes casos:

I. De forma individual, lotes com área inferior a 40,00 m

2

; II. Lotes residenciais acima de 200,00m

2

.

Art. 26 - Caberá ao executivo municipal, elaborar plano de urbanização

para as áreas de assentamento espontâneo, passível de regularização

fundiária.

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Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

O cumprimento da função social da propriedade não consta como objetivo ou diretriz do PD. Entretanto, é mencionado no artigo 4º, seção II, que se refere ao Parcelamento, Edificação Ou Utilização Compulsórios, abaixo transcrito:

Art. 4º - A fim de garantir a função social da propriedade aos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados em áreas de diretrizes especiais, aplicar-se-á o parcelamento e edificação compulsórios de acordo com as definições contidas no Estatuto da Cidade.

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?

A proposta de um macrozoneamento encontra-se sugerida no Capítulo I, do Título IV, intitulado DO MACROZONEAMENTO. O artigo 38 se refere ao perímetro urbano de Nossa Senhora do Socorro, constante do anexo 1.

Entretanto, não consta do texto do PD, explicitamente, uma zona urbana e uma zona rural existe, entretanto, no referido anexo apenas a delimitação dos perímetros urbano e rural.

Cabe esclarecer que o constante no artigo 41 que trata de Macrozoneamento, se refere de fato a um zoneamento do perímetro urbano. Constatamos, pois, que existe no texto do PD um equívoco de caráter conceitual. Observar artigos 38 e 41, abaixo transcritos:

Art. 38 – O Perímetro Urbano de Nossa Senhora do Socorro passa a ter nova delimitação, constante no anexo 1.

Parágrafo Único. As alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia audiência do Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária – INCRA e da aprovação da prefeitura municipal, segundo as exigências da legislação pertinente.

CAPÍTULO I

DO MACROZONEAMENTO

Art. 41 – O território do município será classificado nas seguintes zonas, conforme mapeamento em anexo 2:

I - Zona de Adensamento Preferencial - ZAP;

II - Zona de Adensamento Básico – ZAB.

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Parágrafo Único. A revisão dos perímetros de zoneamento deverá ser aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, considerando mudanças na infra-estrutura e no sistema viário, desde que atenda às diretrizes da política municipal do desenvolvimento urbano.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

Não consta do PD.

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O “Mapa de Perímetros Urbano e Rural”, consta do Anexo I

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O PD institui duas grandes zonas, com diferentes ofertas de serviços, entretanto ambas urbanas, no seu artigo 41 já transcrito, identificadas nos artigos 42 e 44, abaixo transcritos. Institui ainda áreas de diretrizes especiais no seu artigo 47, também abaixo transcrito:

Art. 42 - Zonas de Adensamento Preferencial são aquelas em que há disponibilidade de infra-estrutura básica, equipamentos urbanos e boa acessibilidade, possibilitando adensamento até o limite do coeficiente único de aproveitamento.

Art. 44 - Zonas de Adensamento Básico são aquelas que apresentam deficiência de infra-estrutura, sistema viário, transporte, comércio e serviços, mas com ocupação urbana.

Art. 47 - As Áreas de Diretrizes Especiais (ADE) classificam-se em:

I - Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS;

II - Áreas de Interesse Urbanístico - AIU;

III - Áreas de Desenvolvimento Econômico - ADEN;

IV - Áreas de Interesse Ambiental – AIA.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do perímetro? Qual?

O PD menciona uma nova delimitação do perímetro urbano (conforme artigo 38

acima transcrito), entretanto não contamos com informações acerca do

perímetro anterior, não sendo possível, pois, avaliar se houve aumento em sua

extensão.

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2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

O PD contempla o parcelamento do solo urbano no CAPÍTULO II, do TÍTULO V. Neste capítulo ele transcreve regras gerais definidas por legislação federal específica (Lei 6.766).

Além disso, 0 PD estabelece regras específicas para parcelamento de interesse social no inciso III, do artigo 68, abaixo transcrito:

Art. 68 - A lei de parcelamento, uso e ocupação do solo estabelecerá os seguintes critérios:

...

III.Nos novos parcelamentos das Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) conforme o disposto nesta lei, os lotes terão área mínima de 100,00m

2

(cem metros quadrados) e máxima de 200,00m

2

(duzentos metros quadrados) e frente mínima de 5,00m (cinco metros);

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

O PD não prevê área de expansão urbana, entretanto contempla a possibilidade desta expansão no parágrafo único do artigo 38, acima transcrito.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devam prever percentuais para área de habitação de interesses social.

Atenção: Caso este tema não seja tratado no próprio plano, avaliar a lei de parcelamento do solo em vigor. Indicar se o plano prevê a revisão desta lei e em que prazo.

O PD não estabelece a reserva de percentuais para habitação de interesse social nos novos loteamentos. Não temos conhecimento acerca de legislação de parcelamento do solo em vigor para o município.

IV. Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

O PD classifica o território urbano do Município em duas zonas, às quais se superpõe quatro áreas de diretrizes especiais, conforme explicitado nos artigos 41 e 47, já transcritos.

2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação do solo).

O PD estabelece para Outorga Onerosa do Direito de Construir o limite máximo construtivo como sendo o dobro do coeficiente definido para a área, no seu artigo 15. Entretanto não estabelece coeficiente para o zoneamento urbano (ZAP – Zona de Adensamento Preferencial e ZAB – Zona de Adensamento Básico).

Observamos no anexo III a definição de Coeficiente Máximo de Aproveitamento

e Taxa de Ocupação Máxima para as ADEN – Áreas de Desenvolvimento

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Econômico, e Taxa de Ocupação Máxima e Taxa Mínima de Permeabilidade para as AIA – Áreas de Interesse Ambiental:

3. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

O PD define subutilização no seu artigo 4º, abaixo transcrito, quando regula o Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória:

Art. 4º - A fim de garantir a função social da propriedade aos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados em áreas de diretrizes especiais, aplicar-se-á o parcelamento e edificação compulsórios de acordo com as definições contidas no Estatuto da Cidade.

§ 1º - Após a identificação dos imóveis não utilizados, o Poder Executivo municipal deverá notificar seus proprietários para que promovam sua ocupação, no prazo de dois anos, o parcelamento ou as edificações cabíveis e sua efetiva utilização.

§ 2º - Serão considerados subutilizados aqueles terrenos que não estão ocupados com habitações ou que apresentem coeficiente de aproveitamento inferior a 0,2.

§ 3º - O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis.

§ 4º - A notificação far-se-á:

I. Por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;

II. Por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I.

4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

Não definido no PD. Apenas conceituado no anexo VII.

5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

Definidos o Coeficiente Máximo de Aproveitamento e Taxa de Ocupação Máxima para as ADEN – Áreas de Desenvolvimento Econômico, e Taxa de Ocupação Máxima e Taxa Mínima de Permeabilidade para as AIA – Áreas de Interesse Ambiental, no anexo III:

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

Apenas mencionado no artigo 54, abaixo explicitado:

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Art. 54 – Áreas de Interesse Urbanístico são partes do território municipal que constituem marcos de referência para a memória e a dinâmica da cidade e terão as seguintes diretrizes:

I. Proteger e conservar as principais relações ambientais dos seus suportes físicos, constituídos pelos espaços de ruas, praças e outros logradouros, bem como a volumetria das edificações em geral;

II. Criar mecanismos de estímulo para atividades típicas ou compatíveis com objetivos de revitalização dessas áreas, preservando e estimulando seus aspectos sócio-econômicos e culturais.

7. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

O PD estabelece zoneamento específico para áreas de proteção ambiental, no seu artigo 57, abaixo transcrito.

DAS ÁREAS DE INTERESSE AMBIENTAL - AIA

Art. 57 – São aquelas de preservação e conservação ambiental, definidas em legislação federal, estadual, assim como nos termos do art. 77 desta lei.

As AIA foram tratadas nos artigo 79 a 81, bem como no anexo III.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

O artigo 50, abaixo transcrito, caracteriza os diferentes tipos de AEIS- ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL:

Art. 50 - As Áreas Especiais Interesse Social compreendem:

I. Terrenos públicos ou particulares ocupados por favelas, vilas ou loteamentos irregulares, em que haja interesse público em promover a urbanização e regularização de títulos, desde que não haja riscos graves para o meio ambiente ou segurança;

II. Glebas ou lotes urbanos, isolados ou contínuos, não edificados, subtilizados ou não utilizados, necessários para implantação de programas habitacionais de interesse social;

III. Áreas com concentração de habitação coletiva precária, de aluguel, em

que haja interesse público na promoção de programas habitacionais destinados

prioritariamente à população de baixa renda, moradora da região,

compreendendo inclusive vilas e cortiços.

(14)

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro.

As AEIS encontram-se definidas em mapas constantes do Anexo III.

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

Não definido no PD.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Não definido no PD.

5. A remissão para lei específica.

O artigo 52 do PD,abaixo transcrito, remete a regulação das AEIS para legislação específica:

Art. 52 - O Executivo Municipal deverá elaborar Plano de Urbanização para cada AEIS definindo:

I. Padrões de parcelamento, edificações, uso e ocupação do solo;

II. Formas de gestão e de participação da população, nos processos de delimitação, implementação e manutenção das AEIS;

§ 1º - Será garantida assistência técnica à população;

§ 2º - Para os novos conjuntos habitacionais nas AEIS, a área mínima das habitações será de 36,00m².

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

As AIS representam aproximados 5% da área urbana do município.

7. Verificar se existe definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

Mencionado no artigo 48 abaixo transcrito:

Art. 48 - As ADE serão objeto prioritário de projetos, planos e programas de urbanização ou reurbanização, que poderão ser executados através da concessão de incentivos ou de operações urbanas, conforme o disposto nesta lei.

Parágrafo Único. Em especial as AEIS e AIA, terão prioridade nos investimentos públicos.

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso a terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à

terra urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar

em que porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo

(15)

zoneamento, se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade residencial no lote.

Não é possível identificar a reserva de área do território do município para determinada faixas de renda exceto as AEIS, não regulamentadas.

2. Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo (percentual do território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo (localização deste território no município)

Atenção: incluir as ZEIS nesta análise, porém não restringir a avaliação apenas às ZEIS, caso existam zonas do macrozoneamento que permitam, pelas características e parâmetros de uso e ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou lei de zoneamento em vigor.

Identificado apenas pelas AEIS que ocupam em torno de 5% do território urbano do município.

VII. Instrumentos de Politica Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

- Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perimetro).

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

- Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

- Identificar para onde vão os recursos.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

(16)

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

- Identificar se estão definidos prazos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.

Como se aplica¹

onde se aplica² quando se aplica³ Edificação/Parcelamento Compulsórios IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa ( de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social Operação Urbana

Transferência do Direito de Construir EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança Concessão de uso especial para moradia Direito de superfície

Direito de preempção Observações:

(1) Como se aplica – fazer uma descrição sucinta do funcionamento do instrumento.

(2) Onde se aplica – identificar a relação com o zoneamento ou macrozoneamento.

(3) Quando se aplica – verificar se a aplicação ocorre a partir da data de

aprovação do plano; se há prazo para regulamentação; ou se há outras

definições.

(17)

B. Acesso à terra

urbanizada VII.

Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/P arcelamento Compulsório s IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse

Social

Operação Urbana

Transferênci a do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão

de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Os

instrumentos estão apenas listados/menci onados ou a forma de aplicação específica no município está prevista?

Listado, sendo definido o local de incidência (áreas de diretrizes especiais). Há definição do coeficiente mínimo de utilização que caracteriza a sub utilização construtiva.

O instrumento é conceituado no art. 15 do PD, onde é também definido o coeficiente acrescido e a base cálculo.

Não Há previsão do instrumento.

O instrumento está previsto no PD (áreas ocupadas e áreas vazias).

Remete a definição de parâmetros para os respectivos Planos Urbanísticos.

Parcialmente.

O instrumento está

conceituado no art. 16 e há a definição de algumas medidas que podem constar da Operação Urbana.

Parcialmente.

O instrumento está listado.

Há a definição de quando pode ocorrer a TDC e que trata-se de uma faculdade.

O instrumento está

conceituado e há a definição do conteúdo mpinio do estudo.

Não Há previsão do instrumento, mas pode ser aplicado por tratar-se de Direito Subjetivo.

Não Há previsão do instrumento, mas pode ser aplicado com base no Código Civil.

O instrumento está apenas listado e sua forma de aplicação está parcilamente definida. O parágrafo único do artigo 12 informa que os locais de incidência do instrumento estão definidos no anexo 4.

A forma de aplicação é remetida à legislação complementar específica ou é

autoaplicável através do próprio plano?

Não é auto- aplicável e não há menção à legislação específica.

Não é auto- aplicável e não há menção à legislação específica.

Não. As Zeis

estão

marcadas em mapa, mas os perímetros não estão descritos no Pd e os parâmetros urbanísticos são remetidos para os respectivos PU´s.

Não há menção à legislação complementar , mas ela se faz

necessária.

Não há menção à legislação complementar , mas ela se faz

necessária.

Não é

autoaplicável.

Remetido para legislação específica.

Não é auto-

aplicável.

Necessária legislação complementar Não há menção à ela.

Estando remetida para uma lei específica, foi definido prazo para sua edição/regula mentação e qual é este prazo?

Não há definição de prazo.

Não há definição de prazo.

Não há

definição de prazo para elaboração dos PU´s.Não há previsão de cada outras áreas possam ser

reconhecidas como ZEIS.

Não há definição de prazo.

Não há definição de prazo.

Sim. 180 dias. Não há

definição de prazo.

(18)

B. Acesso à terra

urbanizada VII.

Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/P arcelamento Compulsório s IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana

Transferênci a do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Sendo autoaplicável, o perímetro aonde a lei se aplica está definido? De que forma?

Não é auto- aplicável. O instrumento incide nas áreas de diretrizes especiais.

Não há definição de perímetros.

Há a

marcação dos limites das ZEIS definidas no PD, mas não há descrição dos

perímetros.

Não há definição de perímetros.

Não há definição de perímetros.

Ocorre em todo o território do município. O instrumento deve ser aplicado se o empreendime nto se enquadrar nos requisitos definidos no PD

independente mente de sua localização.

Não é auto-

aplicável.

Incide apenas nas áreas definidas no anexo 4 do PD.

A utilização do

instrumento está

explicitamente vinculada a um

objetivo/estrat égia do plano ou a seu macrozonea- mento? Qual?

Sim. Garantir a função social da propriedade dos terrenos situados em área com infra-estrutura

Não. Sim, inclusão

social;

melhorar as condições de habitabilidade das parcelas menos favorecidas, aumentar a oferat de terras para a população de baixa renda;

regular o mercado de terras;

eliminar riscos à saúde coletiva.

Realizar transformaçõe s urbanísticas e estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental no município com a participação dos

proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados.

Sim,

implantação de

equipamentos , preservação ambiental e hist´rico/cultur al, promoção de

regularização fundiária e implantação de infra- estrutura (ver art102).

Sim. A previsão de uso múltiplo na zona urbana do município.

Não.

(19)

B. Acesso à terra

urbanizada VII.

Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/Pa rcelamento Compulsórios IPTU

progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana

Transferência do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Caso

autoaplicável, está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano?

Não é auto- aplicável e não há previsão de prazo de transição.

Não é auto- aplicável e não há previsão de prazo de transição.

Não é auto-

aplicável.

Não é auto- aplicável.

Não é auto- aplicável.

Não é auto- aplicável. Não há previsão de prazo.

Não é auto-

aplicável.

Estão definidos prazos para o monitorament o do

instrumento?

Não há definição.

Não há definição.

Não Não. Não. Não há

previsão de prazo.

Não há

definição.

Estão definidos prazos para revisão dos instrumentos?

Não há definição.

Não há definição.

Não Não. Não. Não há

previsão de prazo.

Não há

definição.

Está definido quem aprova a sua

utilização?

Não há definição.

Não há definição.

Não Não. Não. Não há

definição no PD.

Não há

definição.

Está definido o

procedimento para sua utilização?

Não há definição.

Não há definição.

Parcialmente. Não. Não. Não há

definição no PD.

Não há

definição.

No caso de envolver pagamentos de

contrapartida, identificar se estão

definidos

critérios de isenção.

Não envolve pagamento de contrapartida.

Não há definição.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não. Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não há definição no PD.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

(20)

B. Acesso à terra

urbanizada VII.

Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/P arcelamento Compulsório s IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana

Transferênci a do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Está

especificada a fórmula de cálculo da contrapartida?

Não envolve pagamento de contrapartida.

Sim. Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não. Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não há definição no PD.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Para onde vão os recursos?

Não envolve pagamento de contrapartida.

Fundo de Desenvolvime nto Urbano.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não há menção.

Não envolve pagamento de contrapartida.

Não há definição no PD.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Qual a destinação dos recursos e suas finalidades?

Não envolve pagamento de contrapartida.

Regularização Fundiária.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não há menção.

Não envolve pagamento de contrapartida.

Não há definição no PD.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Quem é responsável pela gestão dos recursos?

Não envolve pagamento de contrapartida.

Conselho Municipal de Desenvolvime nto Urbano.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não há menção.

Não envolve pagamento de contrapartida.

Não há definição no PD.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

O plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão?

Não, apesar de

necessário.

Não, apesar de

necessário.

Define

elaboração de Plano

Urbanística para cada uma das áreas

reconhecidas como ZEIS.

Não prever, mas é neessário.

Não prever, mas é neessário.

Sim (Parágrafo Único do art20).

Não, apesar

de

necessário.

Estão definidos prazos?

Não. Não. Não Não. Não. 180 dias Não há

definição.

No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do

empreendime

nto que estaria sujeito ao EIV.

ver anexo 5

do PD

(21)

C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (art. 40). Nesse sentido é fundamental avaliar em que medida os Planos Diretores aprovados pelos municípios incorporam diretrizes, instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.

Questões centrais:

I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas

Buscar-se-á avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas através dos seguintes aspectos: Não identificado

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada.

2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração das políticas urbanas.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

Não existe diagnóstico identificando a situação habitacional do município, levantamentos específicos nem previsão de elaboração de cadastros de moradias precárias.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade

4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade

pela intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e

ocupação do solo urbano.

(22)

Não há menção explicita.

5. A definição de instrumentos específicos visando a produção de moradia popular. Verificar se o plano define instrumentos específicos voltados para cooperativas populares.

Não há menção explicita.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos, etc.).

Não trata explicitamente desses programas. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

Institui as AEIS no capítulo II – Das áreas de Diretrizes especiais Art. 47 inciso I e define no artigo 50 conforme abaixo transcritos:

Art . 47 - As Áreas de Diretrizes Especiais (ADE) classificam-se em:

I - Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS;

...

Art. 50 - As Áreas Especiais Interesse Social compreendem:

I.Terrenos públicos ou particulares ocupados por favelas, vilas ou loteamentos irregulares, em que haja interesse público em promover a urbanização e regularização de títulos, desde que não haja riscos graves para o meio ambiente ou segurança;

II.Glebas ou lotes urbanos, isolados ou contínuos, não edificados, subtilizados ou não utilizados, necessários para implantação de programas habitacionais de interesse social;

III. Áreas com concentração de habitação coletiva precária, de aluguel, em que haja interesse público na promoção de programas habitacionais destinados prioritariamente à população de baixa renda, moradora da região, compreendendo inclusive vilas e cortiços.

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular;

Não apresenta definição de áreas para fins de habitação popular. Apresenta no anexo III a delimitação das AEIS.

(iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade;

Não consta do PD parâmetros para totalidade do território do município apenas alguns parâmetros para AIA e ADEN.

(iv) a Outorga Onerosa do Direito de Construir;

Prevê no artigo 3° inciso VI e conceitua no artigo15 abaixo transcritos

(23)

Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos:

...

VI - Outorga Onerosa do Direito de Construir;

...

Seção VII

DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 15 - Outorga Onerosa é a autorização para edificar além do permitido pelos índices urbanísticos, concedida pelo poder público municipal, com ônus para o proprietário.

§ 1º - O limite máximo construtivo é a duplicação do coeficiente definido para a área.

§ 2º - A base de cálculo do valor do metro quadrado de área acrescida pela outorga onerosa é o valor da terra nua do local do imóvel estabelecido pela planta de valores Imobiliários ou valor venal, prevalecendo o maior.

§ 3º - O valor resultante da outorga onerosa será destinada ao Fundo de Desenvolvimento Urbano para ser aplicado em regularizações fundiárias.

(v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Prevê no inciso 1 artigo 3° e conceitua no artigo 4° abaixo transcritos:

Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos:

I. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;

...

Parágrafo Único. Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta lei.

Seção II

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS Art. 4º - A fim de garantir a função social da propriedade aos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados em áreas de diretrizes especiais, aplicar-se-á o parcelamento e edificação compulsórios de acordo com as definições contidas no Estatuto da Cidade.

§ 1º - Após a identificação dos imóveis não utilizados, o Poder Executivo

municipal deverá notificar seus proprietários para que promovam sua

ocupação, no prazo de dois anos, o parcelamento ou as edificações cabíveis

e sua efetiva utilização.

(24)

§ 2º - Serão considerados subutilizados aqueles terrenos que não estão ocupados com habitações ou que apresentem coeficiente de aproveitamento inferior a 0,2.

§ 3º - O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis.

§ 4º - A notificação far-se-á:

III. Por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;

IV. Por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I.

8. O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como consórcios imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação, etc.

Definido nos incisos III, IV, VII e X do artigo 3° abaixo transcrito:

Art. 3º - Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos:

I. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória;

II. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Progressivo;

III. Desapropriação para Fins de Reforma Urbana;

IV. Usucapião Especial de Imóvel Urbano;

V. Direito de Preempção;

VI. Outorga Onerosa do Direito de Construir;

VII. Operações Urbanas Consorciadas;

VIII. Transferência do Direito de Construir;

IX. Estudo de Impacto de Vizinhança;

X. Regularização Fundiária;

Parágrafo Único. Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta lei.

9. O estabelecimento de Plano Municipal de Habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não há qualquer menção.

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estadual e federal.

Não há qualquer menção.

(25)

11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não existe fundo específico para habitação. Existe a previsão de criação de um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, e a sua aplicação, prevista no § 2° do artigo 28 será segundo o Plano Anual específico a ser anexado e aprovado juntamente com a proposta de lei orçamentária anual.

12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por exemplo.

Não há menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário em todo o PD.

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não há menção.

14. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

Não trata explicitamente de Política de Habitação. Contempla os instrumentos da Política Urbana previstos no Estatuto da cidade, que não são auto aplicáveis.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação.

Não trata explicitamente de Política de Habitação.

III – O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do saneamento ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

Não existe diagnóstico identificando a situação do município na área de saneamento ambiental.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental,

identificando se o PD apresenta uma visão integrada de saneamento

ambiental. Aqui também é fundamental verificar se na política de uso do solo

há definições relativas à disponibilidade de infra-estrutura de saneamento.

(26)

O PD apresenta apenas diretrizes gerais para a Política de Meio Ambiente e Saneamento que se encontram definidas no artigo 77 abaixo transcrito:

Art. 77 – As diretrizes da Política de Meio Ambiente e Saneamento são:

I. Promover o Desenvolvimento Sustentável;

II. Delimitar as áreas de preservação e conservação ambiental;

III. Dotar as áreas urbanas de sistema de saneamento básico adequado às condições ambientais;

IV. Elaborar programas e estudos baseados nas condicionantes ambientais e sócio-culturais locais para a definição do destino final do lixo e do esgoto, priorizando-se a coleta seletiva do lixo;

V. Implantar programas de educação ambiental, integrando ações governamentais e não-governamentais;

VI. Garantir a efetiva participação da população na defesa e preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural;

Não apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Nem se verifica na política de uso do solo definições relativas à disponibilidade de infra- estrutura de saneamento.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

Não apresenta definição de objetivos e estabelecimento de metas concretas.

O papel do município na gestão dos serviços é mencionado no artigo 78 abaixo transcrito:

Art. 78 – A Gestão e Execução da Política do Meio Ambiente e do Saneamento dar-se-á através da compatibilização de ações das diversas secretarias envolvidas.

Parágrafo Único. A aprovação de programas e projetos será da

competência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e dos órgãos competentes da administração que tratem de questões ambientais.

4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

Não há menção

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial,

(i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em

áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive

em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de

parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da

(27)

função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de saneamento ambiental definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

As AEIS são previstas no PD, porém na definição da política de saneamento ambiental não há vinculação com o instrumento, nem com qualquer outro.

6. A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento ambiental, tais como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação de estação de tratamento de efluentes; transferência de direito de construir sobre perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infra-estrutura de saneamento, etc.

Não há qualquer vinculação dos instrumentos previstos no PD com esta política setorial.

7. O estabelecimento de plano municipal de saneamento ambiental, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não estabelece Plano Municipal de Saneamento Ambiental.

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.

Não há qualquer menção.

9. A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado ao saneamento ambiental), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não existe fundo específico de Saneamento Ambiental, existe a previsão de criação de um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, e a sua aplicação, prevista no § 2° do artigo 28 será segundo o Plano Anual específico a ser anexado e aprovado juntamente com a proposta de lei orçamentária anual.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo.

Não há menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário em todo o PD.

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não há menção.

12. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento ambiental.

Nenhum.

Referências

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