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CAPÍTULO 5 – AVALIAÇÃO DAS DIRETRIZES

5.4 Uma pequena software house

5.4.1 Acompanhamento do projeto

Na empresa, a autorização para a conversa com os funcionários foi concedida pelos empre- sários e começou-se a reunião com a apresentação de uma síntese sobre o referencial de design para a sustentabilidade.

O estudo neste cenário empresarial difere do cenário acadêmico abordado anteriormente, pois não tínhamos o mesmo objeto de estudo, que seria uma aplicação em início de desenvolvi- mento e, portanto, a aplicação do estudo deu-se de forma informativa e exploratória quanto às práticas na empresa.

A empresa não possui uma pessoa específica que cuida apenas do design das aplicações, as tarefas são divididas por projetos entre os funcionários. E então após a explanação da literatura sobre sustentabilidade, foram apresentados em papel as diretrizes geradas neste trabalho, e elas foram deixadas na empresa por 15 dias para que eles pudessem refletir sobre as mesmas. Fo- ram deixados também os contatos caso tivessem alguma dúvida, para que fossem sanadas com facilidade.

Quando em contato com as diretrizes, os funcionários tabularam quais das diretrizes pode- ria ser utilizada na empresa, quais não poderiam ser utilizadas ou se não sabiam se poderiam ser aplicadas ao cenário empresarial de acordo com a opinião dos funcionários.Vale ressaltar ainda que nenhum dos quesitos das diretrizes eram obrigatórios, os respondentes ficaram à vontade em responder o que estivessem confortáveis. E, após o tempo estabelecido, voltou-se à empresa para recolher as diretrizes deixadas anteriormente, e agruparam-se as mesmas por responsabili- dades para quantificar a opinião sobre cada diretriz de acordo com os funcionários.

De acordo com as diretrizes, produto de pesquisa deste trabalho, os gráficos foram divididos por responsabilidades dos indivíduos de uma organização. A Figura 5.8 demostra as diretrizes consideradas como responsabilidade do designer das soluções e a opinião dos funcionários a respeito das mesmas. O eixo x exibe a quantidade de pessoas e o eixo y exibe a diretriz

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considerada. Os funcionários da empresa poderiam escolher entre: aplica-se, em que a diretriz poderia ser aplicada na empresa, não se aplica, em que a diretriz não poderia ser aplicada, e não sei, quando eles não teriam condição de avaliar se a diretriz poderia ser ou não utilizada na empresa.

Figura 5.8: Diretrizes de responsabilidade do designer

Fonte: Elaborada pelo Autor

Conforme demostra a Figura 5.8, os respondentes consideraram que a maioria as diretrizes que são de responsabilidade do designer, podem ser aplicadas à empresa. Como era um docu- mento impresso, e eles poderiam escrever no documento, 4 respondentes disseram que algumas das diretrizes atualmente fazem parte dos processos da empresa como, o uso equitativo e criar soluções com uma boa usabilidade.

Dois respondentes também consideraram que criar interfaces acessíveis, não se aplica a empresa, o que deve ser observado com mais cuidado pelos gestores, tendo em vista ser uma software house. Sobre a diretriz de flexibilidade de uso, apesar de todos concordarem que é possível sua aplicação na empresa, alguns relataram que é um quesito que já existe mas, ainda precisa ser melhorado.

Agrupou-se outro conjunto de diretrizes sob responsabilidade da diretoria, entendendo que algumas ações precisam vir do alto escalão da organização. A figura 5.9 ilustra que alguns respondentes optaram por não responder estas questões, e talvez possa ter havido um certo receio em responder questões de salário, por exemplo.

5.4 Uma pequena software house 102 Figura 5.9: Diretrizes de responsabilidade da diretoria

Fonte: Elaborada pelo Autor

Quando questionados sobre controle de custos, apenas três respondentes disseram que se aplica esta prática na empresa, porém todos os outros se abstiveram da resposta, o que poder-se- ia ser um indício de que entenderam não ser uma questão que eles tivessem como opinar e ser a cargo efetivamente da diretoria. Eles teriam a opção de responder não sei, porém resolveram se abster. Dentre os respondentes havia um dos diretores da empresa.

A responsabilidade pela diretriz é de todas as funções que foram consideradas na criação das mesmas. A maioria dos respondentes, conforme mostra a figura 5.10 pensa que utilizar-se de energias consideradas limpas não se aplica à empresa, ignorando que tudo que eles utilizam para a construção de suas soluções utiliza-se de energia de alguma forma.

Em torno de 2 dos respondentes consideraram que não se aplica à empresa a responsabili- dade pela emissão de gases, e 1 não sabe responder, conforme figura 5.10. Apesar com consenso entre todos pela igualdade de gênero, que a empresa pratica, não há na empresa nenhum outro gênero que não seja o masculino no quadro de funcionários.

5.4 Uma pequena software house 103 Figura 5.10: Diretrizes de responsabilidade de todas as funções consideradas no estudo

Fonte: Elaborada pelo Autor

O último agrupamento se deu pelas diretrizes restantes que não possuíam um padrão de responsabilidades, as responsabilidades estavam aleatórias nestas diretrizes. E conforme de- monstra a Figura 5.11 a coleta e o descarte das soluções ainda é de certa forma confusa entre os funcionários.

Quase metade dos respondentes considera que a empresa poderia ter esse processo, e o restante se divide entre 2 que não sabem como esse processo poderia se dar na organização e 1 não se aplica, mostrando que ainda a percepção de sustentabilidade não está bem nítida no processo de reflexão do grupo estudado.

5.4 Uma pequena software house 104 Figura 5.11: Diretrizes de responsabilidade de funções variadas

Fonte: Elaborada pelo Autor

Quando questionados sobre suporte às versões futuras e compatibilidade, 100% dos res- pondentes consideraram que se aplica e que inclusive isso já constitui uma prática na empresa. Alguns relataram ainda que, apesar de ser aplicado, o processo poderia sofrer uma considerável melhora.

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