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a administração da entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Bra-

sil aplicáveis a entidades reguladas pelo Conselho nacional de Previdência Complementar

– CnPC, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a

elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemen-

te se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de au- ditoria. essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a audi- toria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstra- ções contábeis estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimen- tos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distor- ção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da entidade para planejar os procedimen- tos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opi-

nião sobre a eficácia desses controles internos da entidade. Uma auditoria inclui, também, a ava- liação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Base para a Abstenção de Opinião

em outubro de 2012, considerando a inexistência de efeito suspensivo nas três ações que declara- ram a nulidade, retroativa à origem, do Plano de Benefícios de 2000, a terracap deu início à exe- cução provisória, comunicando à FUnterra a adequação dos repasses patronais ao nível do re- gulamento de 1998, conforme descrito com maiores detalhes na nota n° 18 (“a” e “b”). O “termo de acordo” assinado em 23 de dezembro de 1998 entre a terracap e a Funterra, que colocou em prática as decisões n°s 710/98 e 131/98, respectivamente da DIret e COnaD, não estabelece- ram as bases adequadas para o cálculo das contribuições passadas dos participantes, o que acar- retou o estabelecimento de sua nulidade parcial, em decisão do COnaD – Conselho de adminis- tração, em 05/09/2007. Consequentemente, não há uma base para o cálculo atuarial definitivo dessas contribuições, assunto que está descrito com maiores detalhes nas notas 12 e 19 às de- monstrações financeiras. a avaliação atuarial realizada pelo atuário responsável pelo plano de be- nefícios da entidade em 2012 considera essa realidade, e as reservas matemáticas posicionadas em 31 de dezembro de 2012, foram calculadas e apropriadas pela sua contabilidade de forma provisória, admitindo que deverão ser revistas, dependendo de definições a serem ainda tomadas no decorrer de 2013, ocasionando efeitos impossíveis de determinar neste momento, sobre as de- monstrações financeiras. assim, as mesmas podem não expressar a realidade do Plano de Bene- fícios naquela data.

Abstenção de Opinião

Devido à relevância do assunto mencionado no parágrafo Base para a abstenção de opinião, a ex- tensão do nosso exame sobre as suas reservas matemáticas não foi suficiente para nos possibilitar emitir, e por isso não estamos emitindo, opinião sobre as demonstrações financeiras da FUNTER- RA – Fundação de Previdência Privada da Terracap mencionadas no primeiro parágrafo, toma- das em conjunto.

Ênfase

Eventos Subsequentes

Conforme destacado nas notas nº 18 (“a” e “b”) e 19, em março de 2011 a entidade perdeu em 1ª Instância no tribunal de Justiça do Distrito Federal a ação que move contra a sua patroci- nadora relativa ao Plano de Benefícios de 2000 e ainda em vigor em 31 de dezembro de 2011. Como resultado, em setembro de 2011 a entidade havia complementado contabilmente a provi- são para possíveis perdas; assim, as demonstrações contábeis já se encontram adequadas para

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2012

suportar esse efeito. em fevereiro de 2012, a entidade sofreu novo revés nessa ação, quando teve negado pela 6ª turma Cível do tJDFt o recurso que havia impetrado, e perdendo também, o efei- to suspensivo que tinha para aplicação do referido plano de benefícios de 2000. a entidade in- terpôs agravos nos três recursos especiais, e os processos foram encaminhados ao Superior tribu- nal de Justiça. Considerando a inexistência de efeito suspensivo nas três ações que declararam a nulidade, retroativa à origem, do Plano de Benefícios de 2000, a terracap, por intermédio do Ofí- cio n°416/2012, de 09 de outubro de 2012, deu início à execução provisória, oportunidade em que comunicou à Funterra a adequação dos repasses patronais ao nível do anterior regulamento de 1998, que restou revigorado. Com isso, a partir de outubro de 2012, a entidade ajustou os be- nefícios na forma do regulamento aprovado em 1998, reduzindo de forma significativa as contri- buições aos participantes.

a consultoria jurídica da entidade considera remotas as chances de êxito dos recursos interpostos pela Funterra, até porque todas as decisões judiciais proferidas até o momento nos processos em causa, inclusive no Superior tribunal de Justiça, foram desfavoráveis à entidade, restando mantidas, sem alteração, a sentença e o acórdão do tJDF que determinaram a anulação do Plano de 2000. em abril de 2013, a decisão judicial transitou em julgado, ficando estabelecido que deve ser ado- tado o regulamento de 1998, o que a entidade vem executando provisoriamente desde outubro de 2012. entretanto, a forma de corrigir as contribuições e pagamentos de benefícios durante o período em que vigorou a adoção do Plano de Benefícios de 2000, bem como as bases para o cál- culo e pagamento da reserva de compromisso especial de tempo de serviços passados – na data- -base de dezembro de 1998, depende ainda de definições a serem adotadas pela patrocinadora. Consequentemente, cálculos atuariais devem ser realizados para refletir na contabilidade os ajus- tes necessários.

Equacionamento do Déficit Acumulado

a entidade encerrou seu balancete contábil de novembro de 2012, com um déficit técnico acu- mulado de r$ 128.731 mil, sendo que no encerramento do balancete de dezembro de 2012 este déficit foi totalmente revertido, deixando de apresentar assim, resultado acumulado em seu balan- ço patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2012, conforme destacado na nota 15.

a reversão deste déficit técnico ocorreu em função do resultado da demanda judicial julgada pelo Superior tribunal de Justiça, que determinou que a Funterra deixasse de praticar o plano implan- tado no ano 2000, e voltasse a praticar o regulamento submetido à aprovação pela SPC – Secre- taria de Previdência Complementar em 1998. Com a prática do plano de benefícios aprovado em 1998, cuja característica principal é a modalidade de contribuição definida, além dos custos pre- videnciários da Funterra terem diminuído, nesta modalidade de plano, não há apuração de supe- rávit nem déficit técnico.

Considerando que as reservas matemáticas registradas em 31 de dezembro de 2012 são, ainda, provisórias, conforme mencionado no parágrafo base para a opinião com abstenção, não é pos- sível neste momento prever o desfecho dessas incertezas, já que dependerão de acertos a serem feitos com a patrocinadora sobre contribuições passadas e cobertura futura do déficit, a partir de nova avaliação atuarial a ser procedida em 2013. nossa opinião não contém ressalva relaciona- da a esses assuntos.

Outros assuntos

Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior

Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, apresentados para fins de comparação, são oriundos das demonstrações contábeis que anteriormente auditamos e cujo relatório sem modificações foi datado de 17 de fevereiro de 2012, e continha as mesmas ên- fases mencionadas nos parágrafos de Ênfase.

Brasília, 23 de março de 2013.

PELEGRINI & RODRIGUES José Geraldo Pelegrini Melo

auditores Independentes

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