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Existem vários fatores que propiciam a melhora do solo visando produtividade, mas a adubação racional e eficiente ocupa posição de destaque, tanto em termos quantitativos como em qualidade dos produtos agrícolas.

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Entretanto, os adubos são responsáveis por uma parcela considerável nos custos de produção, o que justifica um esforço considerável do agricultor para realizar os procedimentos da forma mais eficiente possível. Realizando o uso consciente dos produtos na adubação, na busca de obter a produtividade máxima e economicamente viável (MADAIL, 2005).

De acordo com Melo e Brunetto (2005) existem três principais tipos de adubação, a de correção, a de crescimento e a de manutenção. A de correção é feita para que seja corrigida a fertilidade do solo. A de crescimento, como o próprio nome já sugere, serve para favorecer o crescimento inicial das plantas. E a de manutenção tem a finalidade de repor os elementos que foram absorvidos pela planta e exportados com os frutos, no caso das olerícolas, as folhas. Essas formas de adubação podem ser orgânica e a adubação Inorgânica, por via do solo ou/e via foliar. substâncias húmicas mais estáveis, de complexa degradação. Essas substâncias são formadas a partir da transformação dos resíduos orgânicos feitos pela biomassa microbiana presente no solo e pela polimerização dos compostos orgânicos processados até a síntese de macromoléculas resistentes à degradação biológica (MOREIRA, 2006).O manejo orgânico do suprimento de nutrientes para as plantas é muito mais complexo que o fornecimento de nutrientes por meio de fertilizantes inorgânicos (EMBRAPA, 2005).

Souza et al., (2005) sustenta que o uso de adubos orgânicos nos solos é essencial para a melhoria das características químicas, físicas e biologias. Atuando nas condições físicas, como na aeração, na maior retenção e armazenamento de água. Nas propriedades químicas e físico-químicas, no fornecimento de nutrientes às plantas e na maior capacidade de troca catiônica do solo (CTC), proporcionando

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um ambiente adequado ao desenvolvimento e estabelecimento da atividade microbiota.

Os adubos orgânicos são resíduos utilizados na agricultura e que contêm elevados teores de componentes orgânicos, como lignina, celulose, lipídios, graxas, carboidratos óleos e, principalmente, nutrientes. O carbono é o elemento principal existente nestes compostos, mas, destaca-se, também, a presença de N, P, K, Ca, Mg e micronutrientes. A adubação orgânica pode ser entendida como a deposição de resíduos orgânicos de diferentes origens (animal e vegetal) sobre o solo com o objetivo de melhorar suas propriedades. Em termos gerais, os adubos orgânicos podem ser agrupados em: origem animal (esterco de caprinos, ovinos, bovinos e outros animais); origem vegetal (adubos verdes e coberturas mortas); resíduo urbano (lixo sólido e lodo de esgoto); resíduos industriais (cinzas e outros);

compostos orgânicos (vermicomposto); biofertilizantes (enriquecidos ou não).

Adubos orgânicos comerciais (EMBRAPA, 2010).

Para restabelecer o potencial produtivo de um solo, equilibrar e sustentar o ecossistema, é necessária a elevação do teor da matéria orgânica, e a sua redução afeta vários processos como o de formação e estabilização dos agregados do solo, atividade biológica e ciclagem de nutrientes (MANCIN, 2010).

A utilização de matéria orgânica (esta podendo ser proveniente da decomposição de plantas) como fonte de N para as culturas tornou-se um importante componente no contexto de agricultura ecológica. Onde a redução das perdas de nutrientes do sistema solo-planta aparece como um dos objetivos fundamentais a atingir (MORENO, 2001).

Nas grandes áreas o principal problema é a aplicação dos adubos orgânicos, devido à falta de equipamentos adequados. Pois geralmente os adubos orgânicos são muito úmidos, o que torna a atividade pouco eficiente e mais demorada se comparada com a adubação mineral (SANTIAGO e ROSSETTO, 2005 a).

2.8.2 Adubação Inorgânica

Sempre que necessário o agricultor deve optar pela adubação orgânica. Na impossibilidade desta, se faz necessário realizar a adubação mineral para fornecer

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as plantas todos os nutrientes necessário, essencial para a agricultura (SANTIAGO e ROSSETO, 2005 b).

Os adubos inorgânicos são aqueles retirados por meio da extração mineral ou refino do petróleo, alguns desses são: os fosfatados, os carbonatos, os cloretos e os nitratos. Esses adubos se apresentam de forma iônica, por isso são facilmente absorvidos pelas plantas, consequentemente apresentam resultados mais rápidos se comparados com a adubação orgânica, devido a sua composição química. É possível calcular precisamente a quantidade que se deve utilizar em cada caso, porém não é exatamente o que acontece. O uso excessivo de adubos inorgânicos pode ocasionar desastres ambientais como mudança na composição e no perfil do solo, diminuindo a produtividade, e em longo prazo levar a infertilidade causando danos ao ecossistema (FOGAÇA, 2015).

Os fertilizantes inorgânicos após serem aplicados nas lavouras, são arrastados pelas chuvas para dentro dos rios. Podem ainda se infiltrar no solo atingindo os lençóis freáticos e mananciais, esses fertilizantes quando estão presentes na água aumentam a população de algas e plantas causando o fenômeno chamado eutrofização (causado pelo excesso de nutrientes, compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) (SOUZA, 2011).

2.8.3 Adubação via solo

Para que uma cultura tenha um bom desenvolvimento é necessário quatorze nutrientes minerais essenciais: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cloro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco. Quando o solo não possui esses nutrientes em quantidades necessárias para a planta, é preciso ser adicionados através da adubação, normalmente feito via solo com fertilizantes minerais que possuem um ou mais nutrientes essenciais. Essa aplicação via solo pode ser de correção, que tem como finalidade, corrigir a baixa fertilidade natural do solo e a adubação de manutenção que é feita no sulco de plantio ou em cobertura (MAPA, 2002).

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2.8.4 Adubação via foliar

Algumas plantas possuem a capacidade de absorção de água e nutrientes através da parte aérea, plantas perenes tem carência de nutrientes que por diversas vezes não são corrigidas com adubações no solo, para esses casos a adubação foliar é uma opção viável e que gera bons resultados (STAUT, 2006).

A adubação via foliar é recomendada para complementar a adubação feita no solo, ou quando se quer alcançar uma resposta rápida da cultura. Em alguns casos a adubação foliar é o único meio de corrigir sintomas de deficiência mineral que a planta apresenta, essa absorção via foliar ocorre de maneira mais rápida que pela via normal, radicular. Entretanto por essa via os nutrientes são absorvidos em maiores quantidades. Em compensação, não há tantas perdas dos nutrientes quando aplicados sobre as folhas, como por exemplo, o nitrogênio e o fósforo que sofrem lixiviação (FILGUEIRA, 2008).

É mais utilizada e eficiente como complemento de micronutrientes como, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco. Podem ser utilizados os adubos líquidos, que são os sais minerais solúveis e adubos sólidos em solução (MAPA, 2002).

Os nutrientes aplicados as folhas, geralmente são absorvidos com rapidez, mas a absorção dos nutrientes são feitas em condições diversas de pH, alguns nutrientes precisam de pH mais baixo enquanto outros mais alto, como no caso do fósforo que necessita de um pH em torno de 3,0 e o potássio ao redor de 7,0. Outros fatores que interferem na absorção dos nutrientes são a permeabilidade da cutícula, idade da folha, luz, água, temperatura e umidade atmosférica (BEN, 1983).

Cada espécie vegetal tem suas exigências em relação à absorção foliar, geralmente os fertilizantes devem ser aplicados quando a planta está túrgida, quando não esta em sua máxima potência em captar água. O período mais crítico para absorção é quando a planta está passando do seu estado vegetativo para o reprodutivo. As aplicações devem conter nitrogênio que vai agir como eletrólito, que vai carregar os íons dos macronutrientes para dentro da planta e para a circulação interna, faz- se o uso de pequenas quantidades de fósforo (MAPA, 2002).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

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