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O contínuo desenvolvimento da tecnologia de redes possibilita a disponibilização de enorme quantidade de informações eletrônicas, existindo a necessidade da coleta de informações úteis por parte de empresas, usuários e demais dependentes informacionais, podendo ser compreendida como sobrevivência em mercados extremamente competitivos. Segundo Tyson (2000, apud BRASILIANO, 2005), as informações analisadas e transformadas em inteligência não capacitam as empresas quanto à tomada de decisões estratégicas acertadas, não podendo ser mais suficiente uma análise anual do ambiente de negócios.

Evidenciado pela importância da informação como geradora de conhecimento, o saber, coletar informações úteis, aplicáveis e de fontes eletrônicas heterogenias, pode representar o início do descobrimento do conhecimento. Como coletores de informações em ambientes eletrônicos dinâmicos, tem-se denominado Agentes de software o que, segundo Wooldridge (2000, apud SILVA; MENEZES 2001) é um sistema de computador que está situado em algum ambiente, sendo capaz de executar ações autônomas de forma flexível neste ambiente, a fim de satisfazer seus objetivos de projeto.

Na visão de Silva (1997), um Agente Móvel é um sistema de computador que apresenta as seguintes propriedades:

• Autonomia: funciona sem a intervenção direta de usuários, exercendo controle sobre suas próprias ações;

• Habilidade social: interação com usuários e outros agentes por meio de algum tipo de linguagem de comunicação de agentes;

• Reatividade: os agentes analisam seu ambiente - um usuário por meio de uma interface gráfica, outros agentes ou a Internet - e respondem a estímulos recebidos em tempo oportuno;

• Persistência: agentes mantêm consistente seu estado durante sua existência;

• Pró-atividade: não atuam apenas em resposta a alterações em seu ambiente, mas apresentam comportamento orientado à satisfação de seus objetivos.

Entretanto, os agentes têm um repertório de ações que executam e modificam o ambiente. Assim, a eficiência de um agente depende das ações que ele pode executar. O problema é decidir a ação que será executada para alcançar seus objetivos, devido às pré- condições. Esta “flexibilidade” de ações distingue um agente de um programa de controle de processos. Segundo Braga & Pereira (2001), flexibilidade significa que o sistema é:

• Reativo: agentes devem perceber seu ambiente e responder oportunamente às mudanças que ocorrem nele;

• Pró-ativo: agentes não devem simplesmente atuar em resposta ao ambiente, devendo exibir um comportamento oportunista e direcionado ao seu objetivo e tomar a iniciativa quando apropriado;

• Social: agentes devem interagir, quando apropriado, com outros agentes artificiais ou humanos para completar suas próprias soluções de problemas ou ajudar outros com suas atividades.

Na concepção de Pinto (2000), um agente é uma entidade inteligente que possui objetivos e busca atingi-los de forma racional e intencional, conforme o estado atual de seu conhecimento. O comportamento autônomo é inerente à sua própria existência e independe da existência de outros agentes, tendo a capacidade de criar objetivos próprios, baseados em seu interesse motivacional e agir de forma flexível e adaptativa para alcançá-los.

Contudo, segundo Russel & Norvig (1995), os agentes são projetados com base em alguma especialidade particular, incluindo em sua arquitetura o conhecimento do domínio que agirá e as ações necessárias para conduzir esta especialidade. Sobretudo, o conceito sobre agentes ainda não está consolidado. Seu conceito depende da sua usabilidade e aplicabilidade.

2.2.2 Aplicações dos Agentes Móveis

De acordo com Silva & Menezes (2001), a tecnologia de agentes móveis pode ser empregada em comércios eletrônicos, na busca de informações, no monitoramente e notificações por meio de redes de computadores, disseminação de informações por meio de redes e no processamento paralelo, podendo ser utilizada também no gerenciamento de dinâmico de grandes configurações, no monitoramento, detecção e correção de falhas em dispositivos de rede.

Goodwin (1997) apresenta a tecnologia de agentes móveis como solução eficiente para o gerenciamento de redes modernas, uma vez que a mobilidade e a capacidade de colaboração dos agentes permitem a implementação de um gerenciamento distribuído.

Por fim, os agentes podem ser utilizados na segurança de sistemas, onde novas tendências de segurança da informação definem o conceito de mobilidade como um dos pontos principais para fortalecer o plano de segurança das corporações (MAES, 1995). Neste contexto, a integração de firewalls com sistemas de agentes móveis se apresenta como alternativa de solução para o problema de detecção de intrusões.

2.2.3 O papel do Agente Móvel na Recuperação de Informação

sugere propriedade às atividades executadas pelo Agente Móvel no tocante à coleta e disseminação de informação, porque esta duas atividades entram em concordância com o conceito de Recuperação de Informação, cujo significado, segundo Aires (2005), é encontrar informações relevantes para uma determinada necessidade de informação impetrada pelo usuário e disponibilizá-la em conformidade adequada à forma estipulada pelo usuário.

Os Agentes de Informação podem ser considerados como Sistemas Multi-Agentes. Este agente, conforme Björn (1999), tem um modelo de comunicação facilitador para a Recuperação de Informação, denominado Modelo de Três Camadas, o qual é composto por três camadas: a primeira é o lado da demanda de informação, que busca a informação; a segunda, o lado do fornecedor de informação, que fontes individuais de informações deve- se ter; a terceira, os intermediários, são agentes que fazem a mediação entre as outras duas camadas. Este modelo pode ser visto como um caso particular de um tipo de coordenação: as que os agentes têm funções determinadas, ou seja, cada agente teria seu papel pré- determinado na solução do problema. Além disso, os agentes só interagem na mesma camada, não forçando a utilização de algum tipo específico de hardware ou Software, além de criar novas estruturas de informação ou modificá-las, sem pôr em risco a natureza aberta e flexível do sistema.

Para Silva e Delgado (1997), o principal objetivo de um agente de informação é tornar transparente ao usuário a complexidade e heterogeneidade do acesso à informação e fornecer mecanismos de divulgação eficientes dos resultados encontrados; os exemplos mais simples de agentes de informação consistem em processos de pesquisa na WEB ou em banco de dados, por meio de um conjunto de temas ou palavras-chave.

Visando à busca de informações e por conseqüência à distribuição das mesmas, o agente de informação pode ser utilizado, segundo Lobato & Damasceno (2003), para várias

atividades: Correio Eletrônico; Busca de Informações na WEB, Busca de Informações em redes internas; Assistente de Vendas, etc. No entanto, para o âmbito da Recuperação de Informações, os Agentes de Informações podem funcionar como coletores de informações, as quais serviram de base para o processo de RI.