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4. DEFINIÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO – ROSA P2P

4.2 Definição do ambiente P2P

4.2.2 Estratégias Adotadas

4.2.2.1 Agregação de Peers e Agrupamento de Super-peers

Segundo [Nejdl et al., 2003], o agrupamento de peers está baseado na idéia de unir peers à super-peers que possuam características similares. Desta forma, a quantidade de mensagens enviadas pela rede será menor, uma vez que cada agrupamento de peers é conhecido, sendo possível direcioná-las somente para os agrupamentos alvos de maior interesse.

Ambiente P2P Arquitetura baseada em super-peers Portal ROSA Super-Peer ROSA - P2P

Ponto WEB de interação com o usuário para entrada e saída de dados

Super-Peer ROSA - P2P Super-Peer ROSA - P2P Peer ROSA - P2P Linha Imaginária Peer ROSA - P2P Peer ROSA - P2P Peer

ROSA - P2P ROSA - P2P Peer

Peer ROSA - P2P Peer ROSA - P2P Peer ROSA - P2P

Porém, no ROSA - P2P, o agrupamento de peers será referenciado como uma agregação de peers. Esta mudança se faz necessária, pois além de facilitar o entendimento da estratégia definida para o sistema, os peers se agregam a um super-peer existente formando uma agregação. Porém, os super-peers de mesmo domínio, estes sim se agrupam entre si.

Portanto, a estratégia adotada será baseada na agregação de peers, porém será mais abrangente. Esta parte da idéia de agregações e a estende ao conceito de agrupamento dessas agregações, denominado de agrupamento de super-peers. Peers serão agregados inicialmente através de duas características importantes: assunto e localização, enquanto que super-peers serão agrupados somente através do assunto tratado pelas agregações. Contudo, o sistema apresenta algumas exceções, permitindo também a criação de agregações baseadas somente no assunto tratado pelos peers. Neste caso, a localização geográfica dos mesmos é ignorada, para formar agregações somente por assunto. De fato, as agregações baseadas nas características de assunto e localização são utilizadas para a formação da rede, podendo ser evoluídas também para agregações somente por assunto, adaptando-se ao crescimento dinâmico da rede, permitindo conexões avançadas e o balanceamento otimizado do sistema. Casos referentes à criação de agregações somente por assunto serão discutidos com mais detalhes ainda neste capítulo.

Como o sistema ROSA armazena conteúdos instrucionais, considera-se que a granularidade do assunto será feita em função do curso que cada instituição oferece. Quanto à localização, será representada segundo sua localização geográfica, cuja granularidade será feita inicialmente pelo país de origem. Estas informações são fornecidas pelo usuário no momento da instalação do sistema, podendo ser alteradas caso haja alguma modificação posterior.

Desta forma, para se formar uma agregação, basta que um peer se conecte a um super-

peer semelhante ao seu assunto e localização. Por exemplo, uma instituição que ofereça o

curso de Medicina localizada no Brasil será conectada a um super-peer que possui estas mesmas características. O sistema suporta também que uma instituição trate de mais de um assunto. Neste caso, uma instituição que ofereça o curso de Medicina, Informática e Direito localizada no Brasil será conectada a um super-peer que atenda a estas mesmas características. De fato, esta particularidade da estratégia evita que um grande número de assuntos e, conseqüentemente de agregações, sejam criados desnecessariamente.

Um agrupamento é formado quando o número de agregações semelhantes em assunto for superior ou igual a duas. Por exemplo, dois ou mais super-peers que tratem de um mesmo

Para facilitar o entendimento dessas definições, a FIG. 4.4 exibe alguns exemplos de agregações de peers e de um agrupamento de super-peers, segundo características similares.

FIG. 4.4 – Agregações de peers e agrupamento de super-peers

Contudo, com o intuito de se destacar a estratégia de agrupamento de super-peers, a FIG. 4.5, baseada em [Nejdl et al., 2003], exibe um exemplo mais detalhado sobre o seu funcionamento. Neste exemplo, os super-peers de 3 a 5 tratam de um assunto, que não é tratado nos super-peers 0 a 2. Desta forma, uma consulta que trate deste assunto, submetida pelo super-peer 0, será direcionada para um super-peer que a atenda, tais como aqueles numerados de 3 a 5. Para que isso seja possível, cada super-peer deve possuir uma referência para cada tipo de agrupamento existente no sistema. Isso garante maior confiabilidade ao sistema, já que evita que peers relevantes à consulta deixem de ser consultados. No caso, o

super-peer 0 possui uma referência ao agrupamento com a característica de assunto da

consulta, através da conexão com o super-peer 3. Este, ao receber a consulta, submete-a aos demais super-peers do agrupamento, no caso, os de números 4 e 5.

FIG. 4.5 – Agrupamento de super-peers Peers tratam do assunto Química e localizam-se no mesmo país Agregação 1 PUC 2 1 1 3 2 Agregação 2 Super-peer Super- peer IME 2 1 Super-peer Agrupamento 1 Super-peers tratam do assunto Informática, independente da localização geográfica Super- peer 1 2 UFRJ LNCC Peers tratam do assunto Direito e localizam-se no mesmo país 5 0 1 2 4 q1 q2 q3 3

Cada super-peer pertencente a um mesmo agrupamento deve possuir uma referência para os demais super-peers do agrupamento. Isto é necessário para que todos os super-peers do agrupamento relevantes à consulta sejam consultados e, desta forma, a confiabilidade do sistema seja mantida.

Esta estratégia muito ajudará na organização física dos peers no sistema, sobretudo no que se refere à otimização do processamento de consultas. Peers com características comuns ficarão geograficamente próximos uns aos outros, facilitando sua localização e proporcionando maior desempenho e confiabilidade, uma vez que as consultas serão submetidas somente aos super-peers relevantes, isto é, os que tratarem de um mesmo assunto.