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Aj G – Bol da PM n.º 132 21 Jul 2004 64 23 TRANSCRIÇÃO DE ATO DO CORREGEDOR GERAL – INSTAURAÇÃO DE

SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA DISCIPLINAR

Tomem conhecimento e providenciem os órgãos interessados. (Ref. Doc 15.966/2004 – CGIPM)

(Nota nº 1532 – 21jul 04 – CGIPM)

24. SINDICÂNCIA – SOLUÇÃO – ARQUIVAMENTO DOS AUTOS

Ref.: CGIPM nº 28.204/03 - Port. nº 1026/2538/03

SINDICANTE: MAJ PM RG 37.193 SÉRGIO DE SOUZA PERFEITO, da AjG.

SINDICADOS: 2º SGT PM (RG 34.322) RICARDO ANDRADE DE MORAES, do 17º BPM, SD PM (RG 62.453) WANDERLEY FEITOSA DE OLIVEIRA, do 17º BPM e SD PM (RG 63.197) ALEXANDRE DOS SANTOS LIMA, do 9º BPM.

Ref: CGIPM (nº 23710/2003).

Trata-se de procedimento instaurado com o escopo de apurar o teor do documento refe- renciado, sobre a existência de uma suposta extensão telefônica clandestina para o DPO do Morro do

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Barbante, área do 17º BPM, em um telefone público próximo do destacamento, fato ocorrido no dia 30Out03, eis que Alexandre Pimentel dos Santos, técnico e operador de rede da TELEMAR, por estar próximo do destacamento efetuando reparos, foi acionado pelo primeiro averiguado com fins de con- sertar o telefone público existente próximo do destacamento, tendo informado ao policial que não po- deria faze-lo, por não trabalhar com telefone público, porém, informou que solicitaria, através de ce- lular, o serviço do seu companheiro, Antônio Soares de Oliveira Neto que atendeu o seu pedido e reparou o telefone.

Pelo Sindicante foi perguntado ao operador Antônio se observou algum tipo de irregulari- dade no aparelho, tal como uma extensão, respondeu que não e o que o aparelho era dotado de um sistema ”anti-tap”, sistema este que impede a instalação de extensão. Ambos os técnicos negaram te- rem sido detidos pelos averiguados, assim como ameaçados; o mesmo ocorreu aos averiguados que negaram terem detido e ameaçado os técnicos.

Do exposto verifica-se a inexistência de elementos para se comprovar a veracidade da ir- regularidade apontada no documento referenciado, não havendo, portanto, indícios de crime de qual- quer natureza e tampouco transgressão disciplina por parte dos sindicados.

Destarte este Corregedor, por expressa delegação e em face ao contido nos autos, homo- logando o Parecer do Sindicante, decide:

1 – Remeter cópias do Parecer e desta Solução a Gerência de Prevenção e Segurança Pa- trimonial da TELEMAR e a CGU;

2 – Arquivar os autos na CGIPM/SJD.

(Nota nº 1587 – 21 Jul 2004 – CGIPM)

25. CONSELHO DE DISCILINA – DECISÃO – EXCLUSÃO “EX OFFICIO”

DE PRAÇA A

BEM DA DISCIPLINA - ARQUIVAMENTO DOS AUTOS

Ref: CGIPM nº 08.660/2004 – Portaria n.º 0146/2538/04

PRESIDENTE: CAP PM RG 38.973 JOSUÉ MOREIRA PEIXOTO, do 32º BPM.

REVISIONADO: 2º SGT PM RG 35.583 DIORNES RODRIGUES GONÇALVES, do 32º BPM. DEFENSOR: EDSON FERREIRA ANAIDE, OAB/RJ nº 123.910

O Revisionado foi submetido a Processo Administrativo Disciplinar, em razão de sua conduta se amoldar à hipótese descrita na alínea “c”, do inciso I, do art. 2º, do Decreto nº 2155 de 13 de outubro de 1978, pelo fato de haver adquirido e vendido material produto de furto, em Campos dos Goytacazes/RJ, sendo por conseqüência responsabilizado pela RECEPTAÇÃO do referido mate- rial, pelo que foi autuado em flagrante como incurso nas penas do Art. 180 do Código Penal, junto à 146º DP, em 20 de outubro de 2003.

A evolução do evento se deu a partir do dia 20 de outubro de 2003, por volta das 05:30h, quando policiais militares do 32º BPM, lotados no destacamento de município de São Francisco de Itabapoana, em operação realizada em função de um telefonema anônimo, lograram em prender o na- cional RAUL CARLOS DE SOUZA, de posse de alguns materiais produto de roubo, e ao ser interpe- lado, confessou ser o autor de diversos outros furtos naquela área, e que havia vendido os objetos fur- tados na cidade de Campos de Goytacazes. Ato contínuo, conduziu os policiais até a residência de um nacional de nome “DIORNES”, para quem teria vendido um computador. Ao chegar na referida resi- dência os policiais militares foram atendidos pela Srª Cláudia Magda Coutinho S. Gonçalves, que vem a ser esposa do 2º SGT PM RG 35.583 DIORNES RODRIGUES GONÇALVE, o qual admitiu ter comprado de RAUL um computador, além de outros materiais, dentre eles, cinco amplificadores, dois microfones, uma caixa amplificada, uma mesa de som e um teclado. Materiais estes, que foram furtados por RAUL no interior de uma Igreja, e comprados pelo SGT PM DIORNES, o qual indicou a localização dos mesmos, sendo o computador encontrado de poder do nacional Valmis Fiúza Fer- reira, para quem o SGT PM DIORNES já o havia revendido, e os demais encontrados na residência da nacional Kissila de Oliveira Martins, na localidade de Martins das Lajes, conhecida do Revisiona-

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do, a qual confessou ter guardado todo material a pedido do SGT PM DIORNES. A seguir foram conduzidos para a 146ª DP, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante, tendo o Revisionado in- curso nas penas do Art. 180 do CP.

Há que se ressaltar, a evidência constante nos autos do processo de que o Revisionado efe- tivamente conhecia o nacional Raul Carlos de Souza, bem como tinha conhecimento de seu envolvi- mento em atos delituosos - Furto, inclusive de já ter sido preso em razão disto e, ainda assim adquiriu do mesmo, materiais de alto valor, pagando por estes preços muito abaixo do valor de mercado, sem ao menos se preocupar sua procedência, vindo a ser responsabilizado pela receptação de produto de furto, praticado pelo aludido nacional.

Durante a oitiva do Revisionado, este negou os fatos ora apresentados, alegando “boa fé”, na compra do material, dizendo estarem dentro do preço de mercado, fator que não é preponderante diante do mérito da questão que foi a procedência do material adquirido pelo Revisionado, o qual res- tou comprovado ser produto de furto.

Solicita o patrono do Revisionado em sua defesa técnica, a nulidade do ato administrativo que determinou sua submissão a CD, alegando a inoportunidade da Pesquisa Social e a presunção de inocê n- cia visto que ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença condenatório, para o que solicita ainda a observação do “princípio da adequação punitiva ou da proporcionalidade”..

Data vênia, não obstante ao que pleiteia o Ilustre patrono, a conduta do Revisionado frente ao fato delituoso notório, ocorrido em local, dia e horário em que esteve presente, definitivamente não coaduna com os princípios elementares que regem a conduta do profissional de Polícia Militar, uma vez que se olvidou de tomar a devida precaução atinente ao fato em voga, deixando clara sua conduta, no mínimo negligente.

Nesta linha, cabe a administração avaliar a conduta moral e ética de seus integrantes. Pode e deve o administrador apurar as faltas cometidas pelo servidor, através do devido processo legal, pa- ra depois decidir quanto à aplicação da punição, certo que sua decisão é autônoma e independe da decisão da Justiça nos processos administrativos disciplinares, “A ausência de decisão judicial com trânsito e julgado não torna nulo o ato demissionário, pois a aplicação da pena disciplinar in- depende da conclusão dos processos penais, eventualmente instaurados em razão dos mesmos fatos”.

No curso do processo administrativo disciplinar, o Revisionado foi submetido à Junta de Inspeção de Saúde, sendo considerado apto para responder a CD, sendo realizada a Pesquisa Social em conformidade com o Art. 8º da Diretriz para Realização de Pesquisa Social (D-7), tendo-se cum- prido todos os ritos que lhe garantiram o direito à plenitude de defesa e do contraditório, sendo assistido por defesa técnica por ele indicada, e portanto se encontrando o feito devidamente instruído.

Da análise, conclui-se que o Revisionado não logrou em justificar sua conduta irr egular, demonstrando não possuir atributos indispensáveis ao desempenho da carreira policial militar, apr e- sentando em seu comportamento atitudes que levam à convicção de que não assimilou os ensiname n- tos que lhe fora ministrado em sua formação, sendo incompatível a sua permanência nos quadros da Corporação.

Assim sendo, o Comandante-Geral decide, concordando com o relatório do colegiado e do parecer do Comandante do 33º BPM:

1 - EXCLUIR, “ex officio”, a bem da disciplina, dos quadros da Corporação, o 2º SGT PM RG 35.583 DIORNES RODRIGUES GONÇALVES, do 32º BPM, nos termos do art. 120, III da Lei Estadual nº 443, de 01 JUL 81, c/c 13, IV, a , do Decreto Estadual nº 2.155, de 13 de outubro de 1978;

2 - Cumpra-se o contido no tópico nº 34, da 4ª Parte do Bol PM nº 012, de 17 JAN 02; e 3 - Arquivem-se os autos na CGPM/SJD.

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.PARTE COMUNICAÇÃO SOCIAL

(SEM ALTERAÇÃO)

RENATO SILVA HOTTZ – CORONEL PM