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4.1 Base de Dados

4.2.2 Ajuste do Modelo

Nesta subse¸c˜ao, ser˜ao realizados diversos ajustes de modelos sob os enfoques frequen- tista e Bayesiano para a temperatura compensada m´edia na esta¸c˜ao do ano de ver˜ao. Ser˜ao levados em conta os efeitos de primeira e segunda ordem. Por meio de crit´erios que avaliam a qualidade do ajuste, ser´a poss´ıvel comparar os modelos propostos a fim de avistar aquele que melhor se adequa aos dados amostrados e observados. A seguir, ser´a feito o ajuste sob enfoque frequentista.

4.2.2.1 Ajuste Frequentista

Ser˜ao adaptados quatro modelos sob o enfoque frequentista e ser˜ao eles o Modelo 1 que ´e uma fun¸c˜ao apenas das coordenadas e n˜ao leva em conta a estrutura de segunda ordem dos dados, o Modelo 2 ´e um modelo Gaussiano supondo uma superf´ıcie de tendˆencia constante, o Modelo 3 ´e um modelo Gaussiano que aceita uma superf´ıcie de tendˆencia linear e o Modelo 4 ´e um modelo Gaussiano pressupondo uma superf´ıcie de tendˆencia quadr´atica. S˜ao eles, respectivamente:

Modelo 1: Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ e(x) (4.2) Modelo 2: Y (x) = β0+ S(x) + e(x) (4.3) Modelo 3: Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ S(x) + e(x) (4.4) Modelo 4: Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ β3x12+ β4x22+ β5x1x2+ S(x) + e(x) (4.5) em que S(x) ∼ N (0, σ2R φ) e e(x) ∼ N (0, τ2).

O modelo 1 se trata de uma regress˜ao linear simples. Para os modelos 2, 3 e 4, foi estabelecida a fam´ılia de fun¸c˜ao de correla¸c˜ao exponencial. A escolha pela fun¸c˜ao exponencial se d´a pelo fato de possuir apenas um parˆametro a ser estimado e outra informa¸c˜ao a adicionar ´e que comparada `a fam´ılia Mat´ern, n˜ao encontra-se discrepˆancia significativa entre as duas fun¸c˜oes. As estimativas foram encontradas por meio do m´etodo de m´axima verossimilhan¸ca. A Tabela 2 tem em sua composi¸c˜ao as estimativas pontuais e intervalares dos parˆametros dos modelos.

4.2 Ver˜ao 50

Tabela 2: Estimativas dos parˆametros - ver˜ao Estimativas Ver˜ao

Modelo Parˆametro Pontual IC 95%

Modelo 1 β0 26, 73 (21, 32; 32, 14) β1 −0, 02 (−0, 18; 0, 13) β2 0, 19 (0, 06; 0, 32) Modelo 2 β0 24, 22 (23, 27; 25, 18) τ2 0, 97 σ2 3, 22 φ 1, 6 Modelo 3 β0 28, 83 (21, 29; 36, 36) β1 0, 05 (−0, 16; 0, 27) β2 0, 1 (−0, 09; 0, 28) τ2 0 σ2 3, 72 φ 0, 74 Modelo 4 β0 175, 02 (117, 68; 232, 35) β1 8, 08 (4, 88; 11, 28) β2 −3, 62 (−6, 14; −1, 1) β3 0, 12 (0, 07; 0, 17) β4 0, 07 (0, 03; 0, 11) β5 −0, 15 (−0, 23; −0, 06) τ2 0 σ2 2, 64 φ 0, 36

As medidas de qualidade de ajuste que ser˜ao apresentadas ser˜ao o crit´erio de in- forma¸c˜ao de Akaike (AIC) e o crit´erio Bayesiano (BIC). Como o AIC e o BIC aumentam conforme a soma dos quadrados explicada aumenta, o modelo com a menor medida de AIC ´e tido como o ajuste mais razo´avel entre os modelos contrapostos. Assim como, o modelo com mais baixo valor de BIC ´e julgado como o mais adequado.

Tabela 3: Medidas de qualidade de ajuste - ver˜ao

AIC BIC

Modelo 1 405, 8 416, 1 Modelo 2 392, 1 402, 4 Modelo 3 392, 4 407, 8 Modelo 4 379, 7 402, 9

A Tabela 3, constitu´ıda pelas medidas de qualidade de ajuste, detecta a existˆencia de dependˆencia espacial nos dados uma vez que todos os modelos que contam com a dependˆencia espacial em seu ajuste tiveram medidas menores que a medi¸c˜ao para o Modelo 1, que n˜ao sup˜oe dependˆencia espacial. O Modelo 4, que aceita uma superf´ıcie de tendˆencia

4.2 Ver˜ao 51

quadr´atica, apresenta menor valor de AIC. O modelo que aponta menor valor de BIC ´e o Modelo 2, por´em este valor ´e bem similar ao do Modelo 4. Assim, ser´a considerado que o melhor modelo a se enquadrar ao ajuste da temperatura compensada m´edia no ver˜ao ´e o Modelo 4.

Depois da escolha do modelo, pode-se retornar `a Tabela 2 com objetivo de interpretar os parˆametros estimados referentes ao Modelo 4. A fun¸c˜ao do software R utilizada para estimar os parˆametros dos modelos tem uma limita¸c˜ao por n˜ao retornar a variˆancia relativa aos parˆametros σ2, φ e τ2.

Primeiramente, pode ser notado que nenhum dos intervalos de confian¸ca referentes a β apresentam o valor zero em sua composi¸c˜ao. A medida estimada para o parˆametro τ2

expressa que n˜ao h´a varia¸c˜ao de pequena escala. Logo, o valor do patamar, ou seja, a quantidade em que a variˆancia se afirma constante conforme aumenta a distˆancia, ser´a expresso apenas por σ2, isto ´e, 2, 64 graus de varia¸c˜ao. O alcance ´e um parˆametro que est´a diretamente ligado ao patamar e a estimativa encontrada para tal foi de 0, 36, que corresponde a, aproximadamente, 40 quilˆometros, ou melhor dizendo, pontos que apre- sentam distˆancia maiores que 40 quilˆometros n˜ao est˜ao correlacionados, n˜ao apontando dependˆencia espacial.

4.2.2.2 Ajuste Bayesiano

Perante ao enfoque Bayesiano, apenas um modelo ser´a articulado e foi selecionado aquele que demonstrou ter obtido o melhor ajuste frequentista, ou seja, foi realizado o ajuste do modelo que supunha uma superf´ıcie de tendˆencia quadr´atica e uma estrutura de correla¸c˜ao exponencial. Logo, pode-se escrevˆe-lo como:

Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ β3x12+ β4x22+ β5x1x2+ S(x) + e (4.6)

em que S(x) ∼ N (0, σ2Rφ) e e ∼ N (0, τ2).

Seguidamente, deseja-se estimar o vetor θ = (β, σ2, φ, ν2). Para isso, ´e necess´ario definir as distribui¸c˜oes a priori de θ para que sejam calculadas a distribui¸c˜ao a posteriori e as condicionais completas de cada parˆametro que comp˜oe θ.

As distribui¸c˜oes a priori foram escolhidas de modo que n˜ao dominassem o resultado final e foram estabelecidas como:

4.2 Ver˜ao 52

β ∼ N (0, 10000I) (4.7)

φ ∼ exp(1/20) (4.8)

σ2 ∝ 1 (4.9)

ν2 ∼ U {0, 0.02, . . . , 0.98, 1} (4.10)

Utilizando m´etodos de aproxima¸c˜ao, encontram-se as estimativas dos parˆametros que formam θ. Foram utilizadas as m´edias como estimativas e estas s˜ao representadas por meio da Tabela 4 como tamb´em seus respectivos intervalos de credibilidade de 95%.

Tabela 4: Estimativas Bayesiana dos parˆametros - ver˜ao Parˆametros Estimativa Pontual IC 95%

β0 161, 2 (88, 16; 233, 53) β1 7, 58 (3, 77; 11, 47) β2 −3, 86 (−7, 14; −0, 87) β3 0, 11 (0, 05; 0, 18) β4 0, 06 (0, 01; 0, 11) β5 −0, 14 (−0, 25; −0, 04) τ2 1, 44 (0, 53; 2, 62) σ2 2, 19 (1, 23; 4, 33) φ 4, 16 (0, 85; 29, 07)

A escolha pelo uso da m´edia como estimativa foi devido a esta ser a ´unica a se manter totalmente dentro do intervalo de credibilidade do variograma te´orico.

Assim como no ajuste frequentista, os intervalos de credibilidade n˜ao contiveram o valor nulo de forma a acreditar que todos os parˆametros sejam significantes. As estimativas para os β’s foram parecidas com as observadas no ajuste frequentista. Para obter o reconhecimento da convergˆencia da estima¸c˜ao para cada parˆametro, foram retiradas as 1000 primeiras itera¸c˜oes, abolindo valores concebidos antes de se conquistar convergˆencia. Sob enfoque Bayesiano, as estimativas referentes a estrutura de segunda ordem di- vergiram ao serem comparadas com as vistas no ajuste frequentista. A estimativa para o efeito pepita n˜ao ´e mais nula, por exemplo. Agora, existe uma descontinuidade sobre o variograma equivalente a 1, 44 graus. Devido a um valor diferente de zero para τ2, consequentemente o valor relativo ao patamar cresce sendo, tamb´em, maior que no ajuste frequentista. Por ´ultimo, o alcance, que apresentou a maior discrepˆancia, similarmente aos outros parˆametros, apresentou um valor mais alto do que j´a tinha sido observado anteriormente, sendo este 4, 16, ou algo pr´oximo a 460 quilˆometros.

4.2 Ver˜ao 53

4.2 Ver˜ao 54

Figura 16: Cadeias de 1000 itera¸c˜oes e histogramas da posteriori de β3, β4 e β5

Os gr´aficos 15, 16 e 17 acompanham a convergˆencia das cadeias para cada parˆametro que ´e demonstrada pela linha vermelha sobre o tra¸co da cadeia e, tamb´em, sobre o histo- grama. O parˆametro φ costuma ser dif´ıcil de estimar e esta caracter´ıstica pode ser notada em 17, em que o tra¸co da cadeia por muitas vezes apresenta valores altos para φ.

Se comparadas as estimativas calculadas de forma Bayesiana com as estimativas re- ferentes ao Modelo 4 do ajuste Frequentista, ´e poss´ıvel, ent˜ao, notar a discrepˆancia entre os parˆametros estimados.

4.2.3

Predi¸c˜ao Espacial

A predi¸c˜ao espacial para lugares n˜ao amostrados tamb´em foi feita perante ambas perspectivas, frequentista e Bayesiana. Sob enfoque frequentista, ´e utilizada a krigagem universal pois o processo estoc´astico em quest˜ao aponta a existˆencia de tendˆencia nos

4.2 Ver˜ao 55

4.2 Ver˜ao 56

Figura 18: Ver˜ao: gr´afico de calor frequentista e Bayesiano dados.

`

A sombra da an´alise Bayesiana, a predi¸c˜ao espacial ´e feita considerando, similarmente, tendˆencia nos dados e o ajuste realizado anteriormente pela estima¸c˜ao Bayesiana para o ver˜ao.

Para realizar a krigagem, foi aplicado o modelo considerando aquele de melhor ajuste. Assim como, foram considerados pontos com afastamente de aproximadamente 45 quilˆometros em uma grade regular sobre a regi˜ao de estudo.

Os gr´aficos que indicam a predi¸c˜ao espacial por krigagem universal e krigagem Baye- siana s˜ao apresentados pela Figura 18.

Ao analisar os gr´aficos presentes na Figura 18, pode-se notar um comportamento muito similar sob ambos os enfoques. Pode-se constatar tamb´em que a temperatura compensada m´edia age de maneira bem homogˆenea na esta¸c˜ao do ano de ver˜ao para a regi˜ao de estudo. Ao calcular o desvio padr˜ao relativos `a krigagem frequentista e `a krigagem Bayesiana, atenta-se que estes s˜ao bem pr´oximos, sendo estes, respectivamente, 1, 3691 e 1, 3111.

4.3 Inverno 57

Depois das an´alises para a esta¸c˜ao do ano de ver˜ao, ser´a feita a mesma investiga¸c˜ao para o inverno. Dessa maneira, pode ser comparado o comportamento da temperatura compensada m´edia para estas duas esta¸c˜oes do ano e, desta forma, enxergar similaridades e diferen¸cas nas an´alises explorat´orias e modelagem da vari´avel de estudo para os dois per´ıodos em quest˜ao.

4.3

Inverno

Esta se¸c˜ao ´e deliberada `a interpreta¸c˜ao e visualiza¸c˜ao dos resultados obtidos para a esta¸c˜ao do ano de inverno. Similarmente ao caso do ver˜ao, ser˜ao feitas an´alise explorat´oria para, posteriormente, realizar o ajuste do modelo.

4.3.1

An´alise Explorat´oria

Primeiramente, ser´a apresentada uma tabela composta de medidas resumo de YI, ou

ainda, a temperatura compensada m´edia observada para a esta¸c˜ao do ano de inverno. Tabela 5: Medidas resumo inverno

M´ınimo 1 Quartil Mediana M´edia 3 Quartil M´aximo Desvio Padr˜ao

Distˆancia 0,01 21,36

YI 10,69 15,93 18,38 18,42 21,58 23,83 3,5049

Figura 19: Gr´aficos de dispers˜ao 3D inverno

Por meio do gr´afico de dispers˜ao 3D, apresentado pela Figura 19, pode-se ter uma suposi¸c˜ao de tendˆencia apresentada pelos dados observados. O gr´afico do inverno apre- senta uma maior discrepˆancia entre regi˜oes e zonas, exibindo temperaturas menores para latitudes menores.

4.3 Inverno 58

Figura 20: Tendˆencia constante: (superior) gr´afico de dispers˜ao separado por quartis de YI e gr´afico de YI contra latitude. (inferior) gr´afico de YI contra latitude e histograma de

YI.

Na an´alise sobre os gr´aficos para o inverno, por meio da Figura 20, ´e n´ıtida a pre- sen¸ca de tendˆencia nos dados. Tamb´em ´e poss´ıvel notar, atrav´es dos gr´aficos da vari´avel resposta contra as coordenadas, que conforme o valor da latitude e longitude aumentam, a temperatura compensada m´edia aumenta similarmente. Neste cen´ario, o histograma n˜ao tem uma aparˆencia similar com o de uma distribui¸c˜ao gaussiana sendo necess´aria a aplica¸c˜ao de testes para normalidade. Para investigar a normalidade dos dados foram ex- tra´ıdas 1000 amostras de tamanho 50 da amostra de estudo, como foi feito para o ver˜ao, e foram consideradas as amostras normais para analisar a propor¸c˜ao de normalidade. Ap´os a realiza¸c˜ao da propor¸c˜ao, a medida avistada foi de 0,995, isto ´e, os dados acompanham a distribui¸c˜ao normal.

Por meio da Figura 21 atenta-se a existˆencia de tendˆencia nos dados comprovando o que j´a havia sido visto nos gr´aficos anteriores.

A Figura 22 demonstra o funcionamento do variograma para diferentes dire¸c˜oes e aceitando anisotropia dos dados para a esta¸c˜ao de inverno. Para o inverno, fica bem claro que a dire¸c˜ao tem influˆencia no c´alculo do variograma. Al´em disso, os variogramas apresentam um evidente comportamento de presen¸ca de tendˆencia nos dados.

4.3 Inverno 59

Figura 21: Tendˆencia constante: gr´aficos de s´ımbolos proporcionais de YI

Figura 22: Tendˆencia constante: variograma direcional e variograma omnidirecional de YI

Averiguando uma suposta superf´ıcie de tendˆencia linear, todos os gr´aficos exibidos anteriormente ser˜ao feitos para os res´ıduos. Analisando os gr´aficos referentes `a esta¸c˜ao do ano de inverno pela Figura 23, encontra-se uma vis´ıvel melhora onde era n´ıtida a dependˆencia espacial. Pode-se atentar o aperfei¸coamento do histograma e tamb´em como o valor do res´ıduo se encontra pr´oximo de zero para qualquer localiza¸c˜ao.

4.3 Inverno 60

Figura 23: Tendˆencia linear: (superior) gr´afico de dispers˜ao separado por quartis dos res´ıduos de YI e gr´afico dos res´ıduos de YI contra latitude. (inferior) gr´afico dos res´ıduos

de YI contra longitude e histograma dos res´ıduos de YI.

4.3 Inverno 61

nais dos res´ıduos, como a tendˆencia se torna n˜ao tanto percept´ıvel como antes, no caso de superf´ıcie constante. Tamb´em pode-se notar pontos mais escuros perto do litoral. Assim, analisa-se o variograma emp´ırico dos res´ıduos.

Figura 25: Tendˆencia linear: variograma direcional e variograma omnidirecional dos res´ıduos de YI

Na Figura 25, para distˆancias bem elevadas, o valor associado do variograma emp´ırico come¸ca a diminuir. Uma raz˜ao para esse comportamento ´e o n´umero de pares que for- mam distˆancias maiores s˜ao menores que para distˆancias menores. O variograma dire- cional apresenta um comportamento muito mais similar paras as diferentes dire¸c˜oes se comparado com o variograma supondo uma superf´ıcie constante.

Analisando a Figura 26, supondo uma superf´ıcie quadr´atica, h´a uma grande melhora se comparada com os gr´aficos anunciados antecedentemente. Pode-se notar que a regress˜ao local que ´e feita nos gr´aficos das coordenadas contra os res´ıduos ´e exibida como uma linha aproximadamente reta em zero.

A Figura 27 confirma o que foi considerado nos conjuntos de gr´aficos anteriores mos- trando que n˜ao existe um padr˜ao nos res´ıduos.

Como foi visto para o caso do ver˜ao, pela Figura 28, ´e poss´ıvel notar que os vario- gramas direcionais admitindo uma superf´ıcie de tendˆencia quadr´atica est˜ao mais conden- sados que os demais e essa ´e uma caracter´ıstica positiva. O variograma omnidirecional, desconsiderando seu comportamento para distˆancias grandes, ´e conduzido praticamente de maneira constante para qualquer distˆancia. Essa a¸c˜ao pode ser chamada de pure nug- get, ou seja, puro efeito pepita. Esse aspecto denota que a distˆancia n˜ao influi na varia¸c˜ao dos dados.

4.3 Inverno 62

Figura 26: Tendˆencia quadr´atica: (superior) gr´afico de dispers˜ao separado por quartis dos res´ıduos de YI e gr´afico dos res´ıduos de YI contra latitude. (inferior) gr´afico dos res´ıduos

de YI contra longitude e histograma dos res´ıduos de YI.

4.3 Inverno 63

Figura 28: Tendˆencia quadr´atica: variograma direcional e variograma omnidirecional dos res´ıduos de YI

Ap´os investigar todos os aspectos referentes ao comportamento dos dados no espa¸co, o passo seguinte ´e o ajuste do modelo para a vari´avel em quest˜ao.

4.3.2

Ajuste do Modelo

Como j´a foi visto para o ver˜ao, ser˜ao executados ajustes de modelos distintos propostos sob os enfoques frequentista e Bayesiano para a temperatura compensada m´edia na esta¸c˜ao do ano de inverno. Ser˜ao levados em conta os efeitos de primeira e segunda ordem nesta subse¸c˜ao. Por interm´edio de crit´erios que apreciam a qualidade do ajuste, ser˜a comparados os modelos existentes para ver aquele que se acomoda mais adequadamente aos dados observados. A seguir, ser´a feito o ajuste sob enfoque frequentista.

4.3.2.1 Ajuste Frequentista

Para o inverno, ser˜ao adaptados os mesmos quatro modelos (Modelo 1, Modelo 2, Modelo 3 e Modelo 4) que foram apresentados para a esta¸c˜ao do ano de ver˜ao sob o enfoque frequentista e ser˜ao eles, respectivamente:

Modelo 1: Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ e(x) (4.11)

Modelo 2: Y (x) = β0+ S(x) + e(x) (4.12)

Modelo 3: Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ S(x) + e(x) (4.13)

4.3 Inverno 64

em que S(x) ∼ N (0, σ2Rφ) e e(x) ∼ N (0, τ2).

O Modelo 1 desvela uma regress˜ao linear simples. Para os Modelos 2, 3 e 4, foi acertado o uso da famil´ıa de fun¸c˜ao de correla¸c˜ao exponencial. A inclina¸c˜ao ao uso da fun¸c˜ao exponencial se d´a a favor do feito desta ter s´o um parˆametro a estimar e mais um informe seria que quando relacionada com a fam´ılia Mat´ern, n˜ao contata-se disparidade entre as fam´ılias. A Tabela 6 ´e constitu´ıda pelas estimativas encontradas dos quatro modelos por interm´edio do m´etodo de m´axima verossimilhan¸ca.

Tabela 6: Estimativas dos parˆametros - inverno Estimativas Inverno

Modelo Parˆametro Pontual IC 95%

Modelo 1 β0 28, 23 (22, 78; 33, 68) β1 −0, 13 (−0, 28; 0, 03) β2 0, 7 (0, 57; 0, 84) Modelo 2 β0 19, 15 (13, 54; 24, 76) τ2 0, 99 σ2 17, 75 φ 11, 51 Modelo 3 β0 32, 16 (24, 39; 39, 93) β1 −0, 01 (−0, 23; 0, 21) β2 0, 61 (0, 42; 0, 81) τ2 0 σ2 3, 79 φ 0, 78 Modelo 4 β0 124, 05 (60, 07; 188, 02) β1 7 (3, 42; 10, 58) β2 −5, 74 (−8, 59; −2, 9) β3 0, 12 (0, 07; 0, 18) β4 0, 08 (0, 04; 0, 12) β5 −0, 21 (−0, 31; −0, 12) τ2 0 σ2 2, 86 φ 0, 52

A medi¸c˜ao de qualidade do ajuste que ser˜ao feitas ser´a o crit´erio de informa¸c˜ao de Akaike (AIC) e o crit´erio Bayesiano (BIC). O modelo com m´ınimo valor de AIC ´e acre- dit´avel como sendo o melhor ajuste entre os modelos apresentados. Do mesmo modo que a medida AIC, o modelo com menor medida BIC ´e considerado, igualmente, como o melhor ajustado.

A tabela 7 montada com as medi¸c˜oes de qualidade de ajuste identifica, como j´a era esperado, a aparˆencia de uma dependˆencia espacial nos dados devido a todos os modelos que mencionam uma estrutura de dependˆencia espacial em seu ajuste desfrutaram de

4.3 Inverno 65

Tabela 7: Medidas de qualidade de ajuste - inverno

AIC BIC

Modelo 1 407, 1 417, 3 Modelo 2 402, 6 412, 9 Modelo 3 392, 5 408

Modelo 4 382 405, 1

mensura¸c˜oes menores que a medida para o Modelo 1, que n˜ao leva em conta a dependˆencia espacial. Do mesmo modo, essas medidas s˜ao capazes de indicar que o Modelo 4, que aceita uma superf´ıcie de tendˆencia quadr´atica, ´e o que melhor se emolda `as observa¸c˜oes da temperatura compensada m´edia no inverno.

Ulteriormente a triagem do modelo, voltando `a Tabela 6 com o prop´osito de interpretar os parˆametros estimados relativos ao Modelo 4. A fun¸c˜ao do software R exercida para estimar os parˆametros dos modelos tem uma limita¸c˜ao por n˜ao retornar a variˆancia relativa aos parˆametros σ2, φ e τ2. Assim, n˜ao foi poss´ıvel obter os intervalos de confian¸ca para

tais parˆametros.

Primeiro, ´e not´avel que nenhum intervalo de confian¸ca alusivo a β exibiu o valor zero na sua forma¸c˜ao. A medi¸c˜ao estimada para o parˆametro τ2 explicita que n˜ao h´a varia¸c˜ao de pequena escala, assim como houve no ver˜ao. Prontamente, a medida referente ao patamar ser´a dita exclusivamente por σ2, isto ´e, 2, 86 graus de varia¸c˜ao. O alcance

´e um parˆametro que est´a prontamente conectado ao patamar e a estimativa detectada para tal foi de 0, 52, que condiz a, aproximadamente, 58 quilˆometros, dessa maneira, locais que relatam distˆancias maiores que 58 quilˆometros n˜ao tˆem rela¸c˜ao, n˜ao mostrando dependˆencia espacial.

4.3.2.2 Ajuste Bayesiano

Diante do enfoque Bayesiano, s´o um modelo ser´a articulado e foi dada a preferˆencia em suceder o ajuste do modelo para o mesmo que apresentou um melhor ajuste frequentista, isto ´e, que aceita uma superf´ıcie de tendˆencia quadr´atica, al´em de uma estrutura de correla¸c˜ao exponencial. Prontamente, ´e tra¸cado como:

Y (x) = β0+ β1x1+ β2x2+ β3x12+ β4x22+ β5x1x2+ S(x) + e. (4.15)

em que S(x) ∼ N (0, σ2R

φ) e e ∼ N (0, τ2).

Posteriormente, espera-se estimar o vetor θ = (β, σ2, φ, ν2). Para tal, ´e preciso definir

4.3 Inverno 66

completas de todo parˆametro que constroem θ.

As prioris foram estabelecidas de forma que n˜ao governassem as estimativas de qual- quer modo e foram acertadas da mesma maneira que para o ver˜ao:

β ∼ N (0, 10000I) (4.16)

φ ∼ exp(1/20) (4.17)

σ2 ∝ 1 (4.18)

ν2 ∼ U {0, 0.02, . . . , 0.98, 1} (4.19)

Manuseando m´etodos de aproxima¸c˜ao, as estimativas dos parˆametros que elaboram θ s˜ao descobertas. As estimativas pontuais, em que foi usada a mediana, e intervalos de credibilidade de 95% s˜ao interpretados pela Tabela 8.

Tabela 8: Estimativas Bayesiana dos parˆametros - inverno Parˆametros Estimativa Pontual IC 95%

β0 119, 4 (33, 5; 205, 02) β1 6, 24 (2, 14; 11, 23) β2 −5, 7 (−9, 3; −2, 04) β3 0, 12 (0, 05; 0, 19) β4 0, 07 (0, 02; 0, 13) β5 −0, 2 (−0, 32; −0, 09) τ2 1, 29 (0, 26; 2, 44) σ2 2, 33 (1, 32; 4, 58) φ 2, 67 (0, 85; 12, 81)

A defini¸c˜ao da m´edia como estimativa do ajuste Bayesiano foi cab´ıvel por esta se conservar completamente no interior do intervalo de credibilidade do variograma te´orico. Diferentemente do ocorrido para o ver˜ao, a m´edia n˜ao foi a ´unica a permanecer dentro do intervalo. Por´em, a m´edia foi escolhida para que as an´alises se mantessem similares.

Como no ajuste frequentista, os intervalos de credibilidade n˜ao englobaram o valor zero fazendo crer que todos os parˆametros s˜ao significativos. As estimativas para os β’s foram similares com o que foi visto, tamb´em, no ajuste frequentista. Para conseguir convergˆencia sobre a estima¸c˜ao para todo parˆametro, foram exclu´ıdas as 1000 itera¸c˜oes iniciais, assim como no ver˜ao, revogando valores contemplados antes de se adquirir convergˆencia.

Ante `a perspectiva Bayesiana, as estimativas alusivas a estrutura de segunda ordem discordaram com o que havia sido visto no ajuste frequentista. O efeito pepita n˜ao possui

4.3 Inverno 67

Figura 29: Cadeias de 1000 itera¸c˜oes e histogramas da posteriori de β0, β1 e β2

estimativa nula, a t´ıtulo de exemplo. Neste momento, encontra-se uma descontinua¸c˜ao sobre o variograma pr´oxima a 1, 29 grau. Em virtude a uma medida desigual a zero para

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