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A Uriage®, marca de produtos dermocosméticos, desenvolveu um projeto de formação sobre cuidados solares destinados a crianças em fase pré-escolar e 1º ciclo. Para a implementação do projeto a marca associou-se à CESPU, cuja mais-valia que proporcionou foi angariar alunos em fase de estágio interessados em executar as formações nas escolas e que conseguissem o apoio das farmácias comunitárias onde estagiam de modo a veicularem o seu nome ao projeto. Uma vez aceite o desafio a Uriage® ficou responsável por dar formação aos estudantes que se voluntariaram, além de fornecer os ficheiros das apresentações (garantindo que em todas as sessões seriam abordados os mesmos temas) e o material de oferta para as crianças. Os estudantes ficaram responsáveis por realizar as apresentações e recolher o material de ofertas, sendo que a elaboração das mochilas finais deveria ser executada posteriormente.

Dado ter sido uma iniciativa de outra faculdade, foi-me dada a hipótese de aceitar integrar a atividade ou não, contudo, tratando-se de uma oportunidade onde poderia desenvolver as minhas aptidões de comunicação num público-alvo até então nunca experimentado, aceitei de imediato o desafio.

A escola selecionada foi a EB1/JI da Maia, do Agrupamento Vertical Gonçalo Mendes da Maia. No total, o número de crianças às quais realizei a formação perfez 376,

sendo que no Anexo 24 poderá ser encontrada a distribuição segundo o ano que frequentam.

De forma a facilitar a organização, quer da escola, quer da FCC, foi estabelecido um calendário (Anexo 25) com os respetivos dias e horas a que cada turma teria a formação. A apresentação dada foi selecionada tendo em conta a idade das crianças-alvo, sendo que existia uma destinada a crianças dos três aos seis anos (Anexo 26) e outra dos seis aos dez (Anexo 27). Naquela dirigida aos mais novos o material incluiu também sóis de papel de cor vermelha, amarela e verde. A cada criança era dado um conjunto dos três sóis com o intuito de tornar a sua participação mais ativa. Assim, durante a apresentação as crianças deveriam associar o sol vermelho a um sol “não amigo”, ou seja, a uma hora, situação ou comportamento perigosos que deveriam evitar; o sol amarelo a um sol “amigo, mas com cuidado”, ou seja, uma hora, situação ou comportamento que exige precaução e, por fim, o sol verde a um sol “amigo”, nomeadamente uma situação, hora ou comportamento seguros.

No final da apresentação foi distribuída a cada criança uma mochila contendo duas amostras de protetor solar, designadamente um Bariésun Creme SFP 50+ e um Bariésun Creme Mineral SFP 50+, um creme lavante, um livro de jogos didáticos, a mascote infantil da Uriage®, o Uri, destacável, roupas e acessórios de proteção solar destacáveis e para pintar e uma carta de agradecimento aos pais.

Por fim, em todas as sessões foi tirada uma fotografia na qual as crianças e as formadoras deviam aparecer, uma vez que segundo o protocolo do projeto era obrigatório apresentar uma prova de que a sessão foi executada, sendo o elemento fotográfico o método mais prático e exequível (Anexo 28).

Dado que as mochilas de oferta oferecidas pela marca se destinavam somente às crianças, não havia nenhum excedente que fosse possível oferecer a professores e funcionárias. Como tal, outra das tarefas realizadas foi a elaboração de sacos de oferta com amostras presentes na FCC, os quais incluíram folhetos de divulgação de produtos cosméticos, amostras de protetores solares da marca Uriage®, bolsas de viagem da marca Dr. Scholl® e amostras de creme de rosto adaptadas, no caso de se tratar de um professor ou funcionário do sexo feminino ou masculino.

As dificuldades encontradas estiveram em parte relacionadas com a organização da escola, já que por falta de salas adequadas ou por falhas técnicas houve, por vezes, a necessidade de atrasar ou mesmo interromper a apresentação para mudar de local. Outra das dificuldades encontradas foi manter a atenção das crianças do pré-escolar durante todo o período da apresentação. Uma vez que havia a necessidade de comunicar a um ritmo mais lento, percetível ao nível de desenvolvimento destas crianças, a apresentação tornava-se um pouco mais extensa, levando também a dificuldades de

concentração, sendo que facilmente pendiam para a brincadeira. Tal implicava fazer várias pausas na apresentação até conseguir prosseguir, o que por sua vez tornava a sessão ainda mais longa. Não obstante, as crianças do pré-escolar mostraram-se recetivas e motivadas pela interação através dos sóis, sendo que na maioria das vezes conseguiram fazer corretamente as associações pedidas. Nos casos em que não conseguiram, foi repetida a explicação de outra forma, de modo a fazer com que não restassem dúvidas.

Nas turmas do primeiro ciclo foi possível denotar uma grande diferença em termos de concentração, sendo que as apresentações conseguiram ser mais fluidas e consistentes, com espaço para colocação de perguntas ao longo da sessão sem que houvesse, no entanto, uma quebra de rendimento na mesma. Denotou-se que a maioria das crianças, mesmo do pré-escolar, já possuíam algumas noções sobre os cuidados a ter com o sol, o que permitiu obter uma participação produtiva, sem demasiadas noções incorretas.

A nível pessoal, denotei uma evolução desde a primeira sessão de formação, já que o à-vontade e confiança foram-se estabelecendo ao longo do tempo. O facto de ter realizado a formação para um número elevado de crianças, permitiu desenvolver as competências comunicativas adaptadas a um público-alvo infantil, no que toca ao modo como conseguir a sua motivação, atenção e respeito, além de ter trabalhado a postura com que se deve encarar este público. Como tal, possibilitou refletir sobre a forma como encaramos o público-alvo e a forma como este nos encara, tratando-se de formas muito divergentes quando se comparam crianças e idosos, por exemplo. Foi, sem dúvida, uma atividade enriquecedora.