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Canada EMR Adoption Model SM

Stage 0 All Three Ancillaries Not Installed 28.6% 28.3%

Data from HIMSS AnalyticsTM Database © 2011 N = 639 N = 639

97 São classificados, como estando no nível 0 os prestadores que possuam algum tipo de automatação na prática clínica, embora não apresentem nenhum sistema auxiliar de laboratório, radiologia ou farmácia. Os sistemas aplicados, neste caso, são focados a o nível departamental, não centrados no doente, nem com o objectivo de implementar um processo clínico único. O nível 1 é atribuído às organizações prestadoras de cuidados de saúde que possuam sistemas de informação aplicados aos serviços de laboratório, radiologia ou farmácia. Os prestadores catalogados no nível 2 possuem um repositório de dados clínicos, que permite ao médico recuperar informação sobre o doente. Este repositório contém um vocabulário médico controlado e um sistema de suporte à decisão. Informação referente aos documentos de imagem pode ser anexa a este repositório, permitindo trocas de informação. São considerados pertencentes ao nível 3 deste ranking os prestadores que possuam documentação clínica, mesmo em papel, em formulários específicos e estruturados de acordo com o fluxo de procedimentos clínicos. Estes prestadores devem, ainda, possuir um sistema PACS com comunicação transversal à organização.

No nível 4 são incluídos os prestadores que gozam, para além das capacidades referidas anteriormente, de uma aplicação que permita aos clínicos introduzir pedidos de forma computorizada. Os prestadores que possuam um sistema de prescrição electrónica através do qual o ciclo de prescrição-administração medicamentosa se encontra totalmente integrado, são classificados com o nível 5 do modelo de adopção de sistemas de informação da HIMSS. São considerados como pertencentes ao nível 6 deste modelo, os prestadores que contenham documentação bem organizada e estruturada, em sistemas de informação, baseada em ficheiros-padrão (templates), com campos específicos de preenchimento. Os prestadores que se encontram a este nível possuem, ainda, um completo sistema de apoio à decisão clínica. Por fim, no topo deste modelo, no nível 7, encontram-se os prestadores que fruam, na sua organização, de um sistema que possibilite aos clínicos documentar toda a informação clínica de forma electrónica. A rede de integração entre este tipo de sistema e os restantes existentes na organização, poderá constituir uma solução de processo clínico electrónico137.

137

Cf. HIMSS - Essentials of the U.S. Hospital IT market. The EMR adoption model, an EMR market

98 4.5 GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR

A gestão da informação projecta o sistema de informação de uma instituição, bem como a sua arquitectura, dirige o seu estabelecimento e operacionalidade, e monitoriza o seu desenvolvimento de acordo com os objectivos delineados. Diferentes níveis de gestão possuem diferentes percepções e interesses. Em relação à informação hospitalar, a gestão da informação pode ser dividida em estratégica, táctica e operacional, compreendendo, funções e actividades de planeamento, monitorização e gestão.

A gestão estratégica da informação lida com o processamento da informação da instituição de uma forma holística, estabelecendo estratégias e princípios para a evolução do sistema de informação. A gestão táctica da informação relaciona-se com as funções particulares de cada organização e as aplicações introduzidas, removidas ou alteradas. A gestão operacional da informação é responsável pela operacionalização dos componentes do sistema de informação.

Segundo Haux et al, esta separação é essencial, pois cada um destes níveis de gestão da informação possui diferentes perspectivas e utiliza diferentes métodos e ferramentas. Por exemplo, a gestão estratégica da informação focaliza-se em planos de gestão estratégica da informação. As necessidades da gestão táctica da informação convergem para a gestão de projectos, análises de pedidos de utilizadores e desenvolvimento de software. A gestão operacional requer métodos e ferramentas para marketing empresarial de serviços de help desk e gestão de redes138.

138

99

Fig. 18: Relações entre as fases de planeamento, gestão e monitorização durante a gestão táctica,

estratégica e operacional da informação (retirado de R. Haux [et al.], op. cit., p. 179).

A figura seguinte representa uma classificação tridimensional das actividades de gestão da informação. Esta apresenta os três principais objectos da gestão da informação (informação, aplicações e componentes físicos de processamento de dados), as três principais funções/actividades (planeamento, gestão e monitorização) e os três objectivos (estratégico, táctico, operacional).

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Fig. 19: Classificação tridimensional das actividades de gestão da informação (retirado de R.

Haux [et al.], op. cit., p. 180).

A gestão da informação, a nível hospitalar, prende-se com a gestão dos sistemas de informação hospitalares. As actividades de gestão da informação nos hospitais são o planeamento do sistema de informação hospitalar e sua arquitectura, gerir a sua execução e operacionalidade e monitorizar o seu desenvolvimento de acordo com os objectivos definidos. Em ambiente hospitalar, a gestão da informação é influenciada por vários factores. Por exemplo, decisões levadas a cabo pela gestão hospitalar influenciam directamente a gestão da informação. Da mesma forma, disposições legais influenciam a gestão da informação, tal como os utilizadores da instituição, com as suas atitudes, pedidos e comentários. Por outro lado, a gestão da informação, em si, afecta a gestão da instituição. A figura seguinte representa as relações existentes entre a gestão e a operacionalidade dos sistemas de informação e os seus factores de influência.

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Fig.20: Gestão estratégica, táctica e operacional da informação nos hospitais, operacionalização

dos sistemas de informação hospitalar e as suas relações (retirado de R. Haux [et al.], op. cit., p. 180).

A gestão estratégica da informação relaciona-se com o processamento da informação hospitalar de uma forma holística. Esta depende estritamente da estratégia negocial da instituição e dos seus objectivos estratégicos, traduzindo-os numa estratégia informacional apropriada. As actividades de planeamento na gestão da informação estratégica resultam na elaboração de um plano específico de gestão da informação estratégica, descrevendo o sistema de informação hospitalar, as funções por ele suportadas, a sua arquitectura e organização. Este plano inclui o direccionamento e a estratégia da gestão da informação e oferece directrizes para a construção e desenvolvimento do sistema de informação hospitalar, descrevendo a sua arquitectura. Este plano de gestão estratégica da informação serve de base para os portefólios projectivos estratégicos. Estes últimos contêm projectos concretos que implementam os objectivos estratégicos, devendo ser revistos regularmente. A gestão é a componente da gestão estratégica da informação que transforma o plano de gestão da informação em acção, isto é, que manipula sistematicamente o sistema de informação hospitalar para o colocar conforme o plano estratégico. A manipulação dos sistemas é usualmente elaborada segundo os projectos do portefólio projectivo estratégico, relacionados com a construção, desenvolvimento e manutenção dos componentes do sistema de informação hospitalar. A monitorização é a parte da gestão que avalia a qualidade do sistema de informação hospitalar, definida pelas directivas do plano de gestão estratégico da

102 informação. Esta avaliação deve determinar se o sistema de informação hospitalar possui capacidade para desempenhar as tarefas eficientemente, recuperando informação produtiva e obtendo uma logística do conhecimento.

A gestão táctica da informação relaciona-se com funções particulares da instituição ou das suas aplicações. Isto é, relaciona-se com a introdução, remoção, alteração ou manutenção dos componentes do sistema de informação hospitalar. Se ocorrerem problemas durante a operacionalização dos componentes do sistema de informação hospitalar, deverão ser executados projectos apropriados de gestão táctica da informação. Normalmente, estes projectos compreendem uma fase de planeamento, uma fase de execução e uma fase terminal, conforme podemos observar na figura abaixo.

Fig. 21: Fases gerais dos projectos de gestão táctica da informação (retirado de R. Haux [et al.],

op. cit., p. 183).

O planeamento na gestão táctica da informação significa o planeamento de projectos e de todos os recursos necessários à sua execução. Se bem que estes projectos se baseiem no plano estratégico, necessitam de um projecto específico de plano táctico. A este nível, a gestão corresponde à execução destes projectos. A monitorização corresponde à supervisão dos mesmos, observando se estes são executados conforme o

103 planeado e se produzirão os resultados esperados. Esta monitorização dos resultados influencia o planeamento do projecto e, como tal, este poderá ser adaptado ou alterado de acordo de acordo com os resultados.

A gestão operacional da informação é responsável pela operacionalização dos componentes do sistema de informação hospitalar, cuidando a sua operacionalização de acordo com o plano de gestão estratégica da informação. A este nível, o planeamento está ligado à delineação de estruturas organizacionais, procedimentos e de uma panóplia de recursos (financeiros, humanos, …) necessários para assegurar a perfeita operacionalização de todos os componentes do sistema de informação hospitalar. A gestão prende-se com a soma de todas as actividades de gestão necessárias para assegurar respostas adequadas aos problemas operacionais do sistema, isto é, facilitando backups, operacionalizando um help-desk, de forma a manter os servidores e um conjunto de tarefas para reparação dos componentes da rede, servidores, PC, impressoras, …. Neste sentido, a gestão significa o ajustamento dos recursos planeados pelo plano de gestão estratégica da informação de modo a que perfeição da operacionalização do sistema de informação hospitalar seja assegurada. A monitorização resume-se à verificação do funcionamento efectivo dos componentes do sistema de informação hospitalar.

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5.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO