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V ALORES N ATURAIS E P AISAGÍSTICOS

No documento PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE NAZARÉ (páginas 28-42)

III. OBJETO DE AVALIAÇÃO

III.3 C ARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

III.3.3 V ALORES N ATURAIS E P AISAGÍSTICOS

A identificação dos valores naturais do território da Nazaré baseou-se, essencialmente, nos seguintes pontos: destaque à forte presença de elementos naturais de relevo, assim como de locais com interesse paisagístico e vistas panorâmicas.

O concelho da Nazaré apesar de não estar abrangido por nenhuma área classificada encontra-se junto de uma Zona Proteção Especial (ZPE), da Rede Natura 2000 (RN2000)1 * - a ZPE Aveiro/Nazaré (PTZPE0060), criada ao abrigo do Decreto Regulamentar n.º 17/2015, de 22 de setembro (Mapa 4).

O facto do concelho da Nazaré estar localizado junto à costa continental de Portugal, permite o avistamento de espécies de aves migratórias, algumas das quais com estatuto de ameaça desfavorável, entre as quais se destaca a Pardela das Baleares (Puffinus mauretanicus) que utilizam o meio marinho da costa portuguesa para se alimentarem e repousarem, nomeadamente a frente marítima da Nazaré. Neste sentido, é fundamental a adoção de medidas que protejam e preservem os habitats naturais utilizados por estas espécies.

Mapa 4: Zonas de Proteção Especial da RN 2000

1As Zonas de Proteção Especial da Rede Natura 2000 foram definidas em resultado da transposição, para o Ordenamento Jurídico Português, das Diretiva do Conselho Europeu n.º 2009/147/CE, (Diretiva Aves) e Diretiva nº 92/43/CEE (Diretiva Habitats). As ZPE são áreas de importância comunitária no território nacional em que são aplicáveis as medidas necessárias para manter ou restabelecer o estado de conservação das comunidades de aves selvagens elencadas no Anexo A-I do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de fevereiro e pelo Decreto-Lei n.º 156-A/2013, de 8 de novembro, e dos seus habitats, bem como das espécies de aves migratórias não referidas nesse anexo e cuja ocorrência no território nacional seja regular.

Fonte: GeoAtributo, 2017.

O Monte de S. Bartolomeu localiza-se a sudoeste da vila de Nazaré e corresponde a uma elevação de origem magmática que emerge no meio de uma paisagem dunar coberta pelo pinhal de Leiria. Com 32 ha, é considerado uma “ilha” de flora mediterrânica, que se destaca do pinheiro bravo dominante na região, tendo grande valor paisagístico, geológico, ecológico, histórico e religioso.

O Sítio Classificado do Monte de S. Bartolomeu foi criado em 1979 através do Decreto-Lei nº 108/79, de 2 de maio. Através do Aviso n.º 20948/2010, de 20 de outubro abriu a discussão pública da reclassificação do sítio classificado do Monte de São Bartolomeu para Monumento Natural (dando cumprimento ao Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho com alterações no Decreto-Lei n.º 242/2015, de 15 de outubro), porém até ao momento ainda não foi publicado o estatuto.

Dentro das áreas florestais do concelho encontra-se o Pinhal dos Frades. Esta extensa área arborizada protege e harmoniza o ambiente natural, bem como representa uma área verde de grande valor ecológico. Dentro desta área de pinhal destacam-se duas zonas sujeitas a regime florestal: a Mata Nacional do Valado e o Pinhal da Nazaré.

A Mata Nacional do Valado, está situada nas freguesias de Valado de Frades e Nazaré, é um terreno do domínio privado do Estado, com 1.349,88 ha, sujeito ao Regime Florestal Total por força dos decretos dos anos de 1901 e 1903 (PGF da Mata Nacional do Valado, AFN, 2010).

A Mata Nacional do Valado foi alvo de um Plano de Gestão desde os primeiros anos do século XX. Em 1925 foi aprovado por Portaria publicada no designado Diário do Governo o “Projeto de Ordenamento”; em 1965 é elaborada a Revisão de Ordenamento, posteriormente na Revisão de Ordenamento 1973-1974 foi planeada a gestão até 1982/1983, época de cortes.

Com a aprovação do Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste (PROF Oeste) pelo Decreto Regulamentar n.º 14/2006, de 17 de outubro, surge a obrigatoriedade de elaboração de um Plano de Gestão Florestal para a Mata Nacional do Valado.

A Duna da Aguieira foi considerada a maior duna consolidada da Europa, apresentando uma altitude máxima de 158 metros2. A sul da vila de Nazaré, ocorre um afloramento paralelo à orla costeira onde afloram as rochas mais antigas da região de Nazaré, datadas de há cerca de 154 milhões de anos. As

2 Informação retirada da página oficial da Câmara Municipal da Nazaré: http://www.cm-nazare.pt/pt/duna-da-aguieira (acedido a 26 de maio de 2017).

estruturas presentes na Serra da Pescaria sofreram também alterações tectónicas devido à intrusão diapírica caracterizada por “Margas da Dagorda” que originaram o “vale tifónico” das Caldas da Rainha3. Em termos de praias de banhos, o concelho de Nazaré começou a ser procurada em meados do século XIX pela sua beleza natural e tipicismo que desde sempre atraíram os visitantes.

 Praia do Norte: Conhecida pelas suas ondas grandes, a Praia do Norte encontra-se sob a influência do fenómeno “Canhão da Nazaré”.

 Praia da Vila: A Praia da Nazaré é de ocupação humana relativamente recente. A área atualmente ocupada pelo casario era, à época, ocupada por dunas litorais que seriam recortadas, a montante, pela foz do rio Alcoa.

 Praia do Sul: Com ondulação de sudoeste e vento do quadrante nordeste, a Praia do Sul caracteriza-se por uma onda tubular junto ao molhe da saída do rio.

 Praia do Salgado: Protegida pela Serra da Pescaria (a norte) e pela Serra dos Mangues (a sul), localiza-se na freguesia de Famalicão.

Mapa 5: Áreas com valor natural do concelho da Nazaré

Fonte: GeoAtributo, 2017.

3Informação retirada da página oficial da Câmara Municipal da Nazaré: http://www.cm-nazare.pt/pt/serra-da-pescaria (acedido a 26 de maio de 2017).

Um geossítio corresponde à área de ocorrência de elementos geológicos com reconhecido valor científico, educativo, estético e cultural. Segundo o “Inventário Nacional do Património Geológico”, o território do concelho da Nazaré conta com a existência de um geossítio de relevância nacional, designado por “Rochas cretácicas do Sítio da Nazaré” e que integra a categoria temática “Sedimentos cretácicos na bacia lusitaniana”.

Por fim, a paisagem tem vindo a ser reconhecida como um elemento fundamental do património natural e cultural, constituindo um elemento crucial na identidade local e regional. A definição de Unidades de Paisagem (UP) surge da análise conjunta de vários fatores intervenientes na paisagem.

A caracterização das unidades de paisagem do concelho da Nazaré teve por base a classificação no estudo realizado pela Universidade de Évora, “Contributos para a identificação e caracterização da Paisagem em Portugal Continental” (promovido pela DGOTDU em 2004).

A UP 57 – Pinhal Litoral Aveiro-Nazaré abrange praticamente toda a zona norte do concelho da Nazaré e engloba uma enorme mancha de pinheiro bravo sobre dunas e terrenos arenosos da faixa litoral. Em termos morfológicos caracteriza-se por uma área plana no litoral com uma extensa mancha verde escura. As orientações de gestão a promover nesta unidade para a zona da Nazaré serão:

 Proteger a faixa litoral, através do ordenamento da construção urbana e proteção do cordão dunar;

 Acompanhar as ações de ordenamento e gestão florestal, nomeadamente através da manutenção de um sistema eficaz de prevenção, vigilância e combate dos fogos florestais, conversão de algumas manchas de pinhal ardidas ou sujeitas a corte total para instalação de povoamento de folhosas e/ou pequenas pastagens;

 Controlar estritamente a extração de inertes, evitando alterações profundas do uso dos solos e assegurando a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais.

A UP 71 – Oeste é onde se insere a parte sul do concelho sensivelmente a partir da vila da Nazaré, associada a uma diversidade policultural onde domina a pequena propriedade e o povoamento disperso, é muito significativa do carácter destas paisagens. As orientações de gestão a promover nesta unidade para a zona da Nazaré serão:

 O controlo da ocupação edificada, nomeadamente ordenando e qualificando as expansões dos centros urbanos, condicionando e valorizando a construção junto ao litoral, impedindo a dispersão nas zonas rurais;

 A qualificação da faixa litoral, onde se concentra a maior parte dos valores naturais presentes, procurando assegurar a proteção das vertentes das arribas, aplicando medidas adequadas de estabilização das arribas e condicionando cortes e terraplanagens, o condicionamento do acesso

a alguns troços de falésias e plataforma litoral, a proteção do corredor dunar, a criação de itinerários de acesso às praias, o condicionamento do acesso à circulação de veículos.

Analisando especificamente o concelho da Nazaré é possível constatar que, dentro destas unidades se distinguem quatro subunidades, melhor adequadas à realidade e escala do território:

 U1 - Faixa Litoral: abrange os areais das praias e as areias de dunas não consolidadas;

 U2 - Matas e Matos Urbanos: manchas de pequena dimensão de matos ou áreas com povoamentos de espécies arbóreas, nomeadamente eucaliptos e pinheiros;

 U3 - Mosaico Urbano-agrícola: ocupa a zona central e sul do concelho e uma mancha a nordeste do concelho, no interior do pinhal. Trata-se de povoamento pouco consolidado, com parcelas agrícolas essencialmente de reduzida dimensão, onde se cultivam hortícolas e pomares;

 U4 - Pinhal de Frades: corresponde à unidade de paisagem de maior expressão e notoriedade no concelho. Ocupa praticamente todo o norte do concelho, encontrando-se em muito bom estado de conservação, apesar do longo tempo de existência do pinhal.

Figura 3: Subunidades de paisagem do concelho da Nazaré

Fonte: Câmara Municipal de Nazaré, 2009.

III.3.4 P

OTENCIAIS

D

ISFUNÇÕES

A

MBIENTAIS

O concelho da Nazaré apresenta algumas situações que, potencialmente podem contribuir para a degradação do ambiente. Neste contexto, como principais fatores de degradação, referem-se os seguintes:

. Poluição em espaço agrícola: explorações pecuárias; . Monoculturas florestais de Eucalipto (Eucalyptus sp.); . Incêndios florestais;

. Outras potenciais disfunções: extração de inertes, parque eólico, áreas industriais, depósito municipal de entulhos, infraestrutura rodoviária (IC1/A8).

A poluição em espaço agrícola refere-se à produção essencialmente de suínos e bovinos. Embora não se disponha de dados concretos, regista-se a existência de três pecuárias, uma das quais de cariz familiar e as outras duas unidades de produção animal são para fins industriais e comerciais.

Quanto à produção de suínos, é necessário estar alerta quanto à poluição de águas e, em menor grau, dos solos. A poluição dá-se através da acumulação de azotos nos solos fertilizados pelo estrume produzido na atividade agropecuária. Para além deste processo de contaminação, é, ainda, necessário considerar as descargas diretas de efluentes em linhas de água. O Decreto-Lei n.º 81/2013, de 14 de junho (com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 165/2014, de 11 de maio e Decreto-Lei n.º 85/2015, de 21 de maio) aprova o novo regime de exercício da atividade pecuária.

Os ruídos, odores e impacte visual que estas unidades de exploração pecuária provocam no ambiente em que se inserem são, identicamente, potenciais disfunções ambientais, mas de muito reduzida expressão no concelho da Nazaré.

O concelho da Nazaré é ocupado, pontualmente, por manchas florestais de eucalipto. Essas manchas florestais localizam-se em maior quantidade no interior do Pinhal dos Frades e são, no âmbito do presente plano, entendidas como disfunções ambientais por determinarem uma reduzida diversidade paisagística e biológica e, principalmente, por serem espaços extremamente propensos a incêndios florestais.

Os impactes provocados no ambiente pelos incêndios florestais são de tal modo complexos que dependem dos fatores ligados às características do próprio incendio, como sejam a sua dimensão, intensidade, época do ano, a duração e frequência. Os efeitos mais frequentes dizem respeito à combustão de enormes volumes de materiais lenhosos e vegetais, formação de densas colunas de fumo, efeitos sobre a vegetação e organismos vivos do solo, efeitos sobre as aves e mamíferos e efeitos sobre o solo (infiltração e movimento de água no solo, escorrência, temperatura, erosão, entre outros).

De acordo com a informação geográfica disponível na página oficial do ICNF, relativamente áreas ardidas para anos 2007-20154, não se registou a ocorrência de incêndios florestais no concelho de Nazaré, apesar da extensa área de pinhal existente no território concelhio.

As explorações de inertes correspondem às áreas das pedreiras ativas e licenciadas com o n.º 6518 (Ribeiro Seco n.º1) e n.º 6530 (Vale da Corda) no concelho e à pedreira localizada no concelho de Alcobaça, junto ao limite administrativo da freguesia da Nazaré, denominada de Alva-Pataias (pedreira n.º 2031). Além destas são também consideradas áreas de antigas pedreiras localizadas no território, com exploração recente (e.g. pedreira de Camarção). As principais disfunções causadas por estas explorações

4Apesar da condicionante aplicar-se ao período de 10 anos, não se encontra disponível na página oficial do ICNF, a informação geográfica das áreas ardidas para os anos de 2016 e 2017.

centram-se ao nível da descaracterização da paisagem e de possíveis contaminações de cursos de água, superficiais ou subterrâneos.

A área em exploração encontra-se sob a concessão da empresa SARBLOCO – Areias Industriais, S.A., situada a norte do concelho, na freguesia de Nazaré, em área contígua ao concelho de Alcobaça. Esta empresa é especializada em extração e tratamento de areias, tendo atualmente em curso um processo de regularização e de expansão de atividade.

Para além das situações de degradação ambiental referenciadas, a pedreira abandonada de Famalicão é também uma situação de clara deterioração ambiental por se ter transformado numa autêntica lixeira clandestina, a céu aberto. A acumulação de resíduos e entulhos que ali se observa constitui um risco não só para a salubridade do local e dos ecossistemas, como para a própria saúde pública.

O parque eólico de Nossa Senhora da Vitória localiza-se no extremo NW do concelho. É constituído por oito aerogeradores e as principais disfunções destas máquinas são a alteração da paisagem, a perturbação e o potencial efeito barreira sobre espécies de aves e o ruído que as mesmas produzem enquanto estão em funcionamento, perfeitamente audível nas imediações.

Em relação às áreas industriais, estas localizam-se sobretudo na área central do concelho e as principais disfunções a elas associadas traduzem-se em impactes visuais, principalmente devido à falta de qualidade das construções e de arrumação do espaço, impactes ao nível de substâncias expelidas para a atmosfera, como fumos, assim como possíveis impactes decorrentes de resíduos resultantes do processo de laboração.

Neste contexto, há a referir a Área de Localização Empresarial de Valado dos Frades, que se encontra ainda em fase inicial de instalação e ocupação. Relativamente às indústrias localizadas no concelho, para além de um número alargado de outras empresas de menor expressão geográfica, destacam-se, fundamentalmente pela sua dimensão, as seguintes:

. SPAL – Sociedade de Porcelanas de Alcobaça, S.A., localizada na freguesia de Valado de Frades, junto ao limite do concelho entre o IC1 e a EN8-5. Corresponde a uma das indústrias mais antigas do concelho e uma das mais expressivas em termos de geração de emprego;

. VALBOPAN – Fibras e Madeiras, S.A., localizada na freguesia de Famalicão, é uma empresa de transformação de fibras e madeiras (painéis), apresentando também um considerável impacto social no concelho. Esta indústria estabeleceu recentemente uma parceria para gestão do Pinhal da Real Casa de Nossa Senhora da Nazaré, onde o desenvolvimento sustentável é uma prioridade.

Não obstante a dimensão das indústrias elencadas, importa referir a inexistência, no território concelhio, de qualquer indústria sujeita a licenciamento ambiental por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), quer no âmbito da Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), quer abrangidas pelo regime de prevenção de acidentes graves (Diretiva Seveso).

No que diz respeito ao depósito municipal de entulho, este encontra-se localizado na área da antiga lixeira municipal. Esta lixeira foi selada e agora funciona como depósito de entulho, devidamente legalizado e localizado a sudeste da vila da Nazaré. As disfunções ambientais decorrentes desta situação traduzem-se pela descaracterização da paisagem, principalmente pela falta de vegetação e alteração da morfologia do terreno, e pela possibilidade da libertação de maus odores.

Por último, foi considerada a infraestrutura rodoviária (IC1/A8) como uma disfunção ambiental. Esta situação deve-se à dimensão desta infraestrutura que resulta numa descontinuidade na paisagem. As disfunções estão associadas à alteração da paisagem ao longo desta via, ao ruído que a circulação viária provoca e, ainda, à produção de poluentes que são arrastados nas águas de drenagem da via, e que se não forem devidamente recolhidos poderão contaminar lençóis freáticos, linhas de água e campo agrícolas adjacentes.

III.3.5 U

SO E

O

CUPAÇÃO DO

T

ERRITÓRIO

Analisando o uso e ocupação do solo do concelho de Nazaré (Mapa 6), proveniente da Carta de Uso e Ocupação do Solo de Portugal Continental para 2007 (COS 2007) da Direção Geral do Território (DGT), pode-se observar que as florestas, meios naturais e seminaturais são o uso predominante no concelho, pois abrangem uma área de 5.819,3 ha (correspondendo a 71% da área total do concelho). As áreas agrícolas e agroflorestais ocupam 1.617,6 ha (correspondendo a 20% da área concelhia) e predominam na parte interior do concelho em especial, localizando-se a sul e sudeste, nas freguesias de Valado dos Frades e Famalicão. Por sua vez, os territórios artificializados, encontram-se dispersos um pouco por todo o concelho, mas destaca-se a mancha na zona norte, que diz respeito à maior zona urbana do concelho, este uso ocupa 731,2 ha (correspondendo a 8% da área concelhia) da área do concelho. As restantes ocupações do solo, zonas húmidas e corpos de água, encontram-se com pequena representatividade no concelho da Nazaré (abrangendo uma área total do concelho de 28,3 e 47,0 ha, respetivamente).

Mapa 6: Uso e ocupação do solo no concelho da Nazaré

Fonte: GeoAtributo, 2017.

III.3.6 V

ALORES

C

ULTURAIS

O concelho da Nazaré conta com 12 imóveis classificados, nomeadamente um Monumento Nacional, sete Imóveis de Interesse Público e três Imóveis de Interesse Municipal (Mapa 7 e Quadro 1).

Quadro 1: Património Classificado do concelho da Nazaré

ID DESIGNAÇÃO CATEGORIA FREGUESIA

1 Caminho Real (troço sul) SIM - Sítio Interesse Municipal Nazaré 2 Antiga Casa da Câmara MIM – Monumento Interesse Municipal Nazaré 3 Capela de Nossa Senhora dos Anjos IIP - Imóvel Interesse Público Nazaré 4 Ermida da Memória/Capela de Nossa

Senhora da Nazaré IIP - Imóvel Interesse Público

Nazaré

5 Fonte Antiga/Fonte da Vila MIM – Monumento Interesse Municipal Nazaré 6 Forte de São Miguel Arcanjo/Farol da

Nazaré

IIP - Imóvel Interesse Público Nazaré

7 Igreja da Misericórdia da Pederneira IIP - Imóvel Interesse Público Nazaré 8 Igreja de Nossa Senhora da Nazaré IIP - Imóvel Interesse Público Nazaré

ID DESIGNAÇÃO CATEGORIA FREGUESIA

9 Igreja de São Gião MN - Monumento Nacional Famalicão 10 Pelourinho da Pederneira IIP - Imóvel Interesse Público Nazaré 11 Quinta do Campo/Antiga Granja do

Valado IIP - Imóvel Interesse Público Valado dos Frades 12 Teatro Chaby Pinheiro MIM – Monumento Interesse Municipal Nazaré

Fonte: Direção Geral do Património e Cultura (DGPC), 2017.

Mapa 7: Localização do Património Classificado do concelho da Nazaré

Fonte: GeoAtributo, 2017.

Tendo como base de trabalho o inventário efetuado pelo IHRU, o Inventário do Património Imóvel com interesse no município da Nazaré efetuado pela Câmara Municipal e o trabalho de campo dos técnicos da equipa da empresa Plural, foram identificados alguns imóveis com valor patrimonial, devendo, por isso, ser objeto de proteção e preservação. No mapa que se expõem de seguida está representado cartograficamente o património arquitetónico existente no concelho da Nazaré.

Fonte: GeoAtributo, 2017.

Destacam-se alguns conjuntos notáveis de imóveis arquitetónicos que, pela sua unidade, pela sua integração na paisagem ou pelo seu valor histórico, se julgam de suma importância:

 Centro Histórico do Sítio da Nazaré – é o mais rico do concelho em termos patrimoniais. Este local é um excelente e privilegiado miradouro sobre o mar, sobre a praia da Nazaré e sobre o próprio aglomerado populacional.

 Centro Histórico da Pederneira – pela importância histórica do aglomerado da Pederneira, o seu centro apresenta um singular valor patrimonial e cultural. Dado a diferença de cotas entre este aglomerado e a praia, este local também se apresenta como um extraordinário miradouro sobre a praia e as construções da Nazaré.

 Centro Histórico da Nazaré – o aglomerado da Nazaré é de origem recente, tendo sido originada principalmente pela migração, dos habitantes da Pederneira e de Ílhavo, no final do século XVIII, que se vieram fixar na recente enseada.

Por fim, em relação aos valores arqueológicos, estes materializam-se em ruínas, objetos e fragmentos que estão no solo. O património arqueológico que a seguir se refere ao constante da página da internet do Portal do Arqueólogo, da DGPC, que correspondem a um total de 40 sítios arqueológicos inventariados.

Quadro 2: Listagem dos sítios arqueológicos inventariados

N.º DESIGNAÇÃO TIPO DE SÍTIO PERÍODO FREGUESIA

I "L' Aimable Catherine" (1791) -

Pederneira Naufrágio Moderno Nazaré

II "L'Espérance" (1744) - Nazaré Naufrágio Moderno - III "Le Désiré" (1786) - Nazaré Naufrágio Moderno - IV "Saint Jean de l'Isle Dieu" (1744) -

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