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Alunos de cursos tecnológicos que desejam prosseguir os estudos

Habilitações das Mães Restelo versus M Pombal

10. Desejo de prosseguir os estudos 1 Escola Secundária Marquês de Pombal

10.7. Alunos de cursos tecnológicos que desejam prosseguir os estudos

Tal como fizemos em 9.5., em relação aos alunos dos cursos gerais que não desejam prosseguir os estudos, vamos agora tentar compreender porque razão alguns alunos que desejam prosseguir os estudos se inscreveram em cursos tecnológicos, em princípio mais vocacionados para o ingresso na vida activa. Disso nos ocuparemos na secção seguinte.

10.7.1. Escola Secundária Marquês de Pombal

O curso tecnológico em que há mais alunos que desejam prosseguir os estudos é o de Informática, com 100% (5 alunos) de inquiridos nesta situação. São todos do sexo masculino e a média de idades é de 18,8 anos. Apenas 1 aluno (20%) fez testes de orientação profissional, concordando medianamente com a sua influência na escolha do curso que deseja tirar. No que diz respeito às habilitações dos pais, a mais elevada é o 12º ano - 2 indivíduos (40%), contando-se depois 1 com o 9º ano, 1 com o 6º ano e 1 com o 4º ano. 2 mães possuem o 9º ano. Das restantes, 1 é licenciada, 1 possui o 12º ano e 1 o 6º ano. Vejamos agora a profissão dos pais. 2 são trabalhadores de produção, havendo ainda 1 quadro técnico, 1 trabalhador administrativo e 1 trabalhador de comércio e serviços.

Quanto aos inquiridos do curso tecnológico de Construção Civil, 80% (8 alunos) desejam prosseguir os estudos. São todos do sexo masculino e a sua média de idades é de 18,9 anos. 3 dos pais (37,5%) possuem o 4º ano, 2 têm o 9º ano, 1 tem o 6º ano, outro o 12º ano e conta-se ainda 1 licenciado. A maior percentagem das mães (37,5%), tal como os pais, tem o 4º ano de escolaridade, 2 têm o 6º ano, 2, o 9º ano e 1 é bacharel. A nível profissional, predominam os empresários de comércio e indústria – 37,5%, seguindo-se os trabalhadores de comércio e serviços e os trabalhadores de produção (25% cada) e 1 (12,5%) empresário de serviços. A maioria das mães é doméstica (37,5%), havendo 1 empresária de comércio e serviços, 1 professora, 1 quadro técnico, 1 trabalhadora administrativa e 1 trabalhadora de comércio e serviços.

75% (9 alunos) é a percentagem dos inquiridos do curso tecnológico de Mecânica que desejam prosseguir os estudos, todos eles do sexo masculino e com uma média de idades de 19 anos. 33,3% dos pais possuem o 9º ano e igual percentagem têm o 12º ano. Há ainda 1 (11,1%) com o 4º ano, 1 bacharel e 1 licenciado. 44,4% das mães vêm referidas como possuindo o 12º ano, 33,3%, o 9º ano e 1 tem o 4º ano e outra o 6º ano. Quanto às profissões dos pais, 2 (22,2%) são trabalhadores administrativos, igual número são trabalhadores de comércio e serviços, ainda o mesmo número são

trabalhadores de produção, 1 é empresário de serviços, 1 é professor e 1 é trabalhador agrícola. 44,4% das mães são trabalhadoras administrativas. Contam-se ainda 1 enfermeira, 1 empresária de serviços, 1 doméstica, 1 trabalhadora administrativa e 1 trabalhadora de comércio e serviços.

69,2% (9 alunos) dos inquiridos do curso tecnológico de Electrónica/Electrotecnia querem continuar os seus estudos após o 12º ano. Destes, 88,9% são do sexo masculino e 11,9% (1 aluna apenas) do sexo feminino. A média de idades é de 18,2 anos. Quanto às habilitações dos pais, 33,3% possuem o 12º ano, seguindo-se, com 22,2% cada, 1 com o 4º ano, 1 com o 6º ano e 1 com o 9º ano. 33,3% das mães não passaram além do 4º ano. Com 22,2% cada, seguem-se o 12º ano e o 9º ano. Finalmente, há 1 mãe com o 6º ano e 1 licenciada. A análise da profissão dos pais revela que há 44,4% de empresários de comércio e indústria, 2 (22,2%) trabalhadores de comércio e serviços, 1 bombeiro, 1 trabalhador administrativo e 1 trabalhador de produção. Relativamente às habilitações das mães, 33,3% são domésticas, 2 são trabalhadoras administrativas, 1 é empresária de comércio e indústria, 1 quadro técnico, 1 trabalhadora de produção e 1 outra é referenciada como médica. Há que ressalvar aqui que a aluna que indicou “médica” como profissão da mãe havia seleccionado a opção “12º ano” para a respectiva habilitação. Daí que uma das informações não possa ser correcta. Pensamos que seja a relativa à profissão uma vez que a indicação “licenciatura” não vem, no inquérito, nem imediatamente antes nem imediatamente depois da de “12º ano”, o que poderia dar azo a troca involuntária. Esta é mais uma das contingências a que estão sujeitos estudos desta natureza, já que a sua fiabilidade também depende da veracidade das informações fornecidas pelos inquiridos.

O curso tecnológico com mais alunos é o de Comunicação e Difusão e é o que conta com menor percentagem de inquiridos que tencionam prosseguir os estudos - 64% (16 alunos), tendo-se registado, aqui, 1 não-resposta (4%). A média de idades destes 16 alunos é de 18,7 anos. 37,5% destes jovens são do sexo masculino e 62,5% são do sexo feminino. Saliente-se, entretanto, que este curso é maioritariamente feminino e que 75% dos rapazes querem prosseguir os estudos, contra 58,8% das raparigas. As habilitações dos pais dos inquiridos que declararam desejar prosseguir os estudos vão desde o que não sabe ler nem escrever (6,3%), ao licenciado (6,3%), passando pelo que tem menos do que o 4º ano (6,3%); 12,5% possuem o 9º ano, 25% têm o 12º ano e 43,8% têm o 4º ano. Relativamente às habilitações das mães, onde se registou a percentagem de 6,3% de não-respostas, é também ao nível do 4º ano de escolaridade que se situa a

percentagem mais elevada (56,3%). Seguem-se, com 18,8%, as que não sabem ler nem escrever e, com 6,3% cada, registam-se o 6º ano, o 9º ano e o 12º ano. No que diz respeito às profissões dos pais, verifica-se a existência de 25% de trabalhadores de produção e igual percentagem de trabalhadores do comércio e serviços; 12,5% são guardas-prisionais e outros tantos são trabalhadores administrativos. Há ainda a registar 1 empresário de comércio e indústria, 1 GNR, 1 professor e 1 trabalhador das pescas, o que corresponde a 6,3% cada. A percentagem mais elevada das mães (75%) é doméstica, 12,5% são trabalhadoras do comércio e serviços e 1 (6,3%) é trabalhadora administrativa.

10.7.2. Escola Secundária do Restelo

A Escola Secundária do Restelo está, como já vimos, mais vocacionada para cursos destinados ao prosseguimento dos estudos. Alguns dos inquiridos encontram-se, porém, matriculados em cursos tecnológicos e desejam prosseguir os estudos. Analisámos estes casos, numa tentativa de os compreender melhor.

Relativamente aos 7 alunos do curso tecnológico Artes e Ofícios (com 71,4% de rapazes e 28,6% de raparigas), verificou-se que todos afirmam desejar continuar os estudos para além do 12º ano. Porém, um desses alunos indica um curso que não é ministrado em escola de nível superior. Para além disso, as suas respostas sobre escolha de curso e profissão são inconsequentes: declara não ter ainda escolhido a profissão que deseja exercer, mas a que lhe parece mais provável é pára-quedista, isto apesar de ter indicado o curso de Fotografia como aquele que deseja seguir. Gostaríamos de chamar a atenção para o facto de o inquirido em causa, com 21 anos, ser um dos que, neste curso, não seguiu um programa de orientação escolar e profissional.

Os restantes alunos desejam ter acesso aos seguintes cursos: Arquitectura - 1 aluno; Design - 2 alunos; Publicidade - 2 alunos e Marketing - 1 aluno.

Perguntamo-nos, então: o que levou estes alunos, que declaram desejar tirar um curso superior, a inscrever-se num curso tecnológico e não num curso geral? A idade poderá, talvez, ser uma explicação. Na realidade, a média de idades dos alunos inscritos neste curso é elevada relativamente à média geral, repartindo-se entre os 18 (1 aluno) e os 22 anos (1 aluno). A média de idades situa-se nos 19,9 anos, com um desvio padrão de 1,25.

Mas será que uma orientação escolar e profissional teve alguma influência nesta escolha? Para responder a esta questão, fomos fazer o cruzamento com os resultados das

respostas à pergunta Fizeste testes de orientação profissional? e com a que se lhe segue sobre a influência que os testes terão exercido na escolha do curso a tirar. Os resultados foram os seguintes: 57,1% dos alunos fizeram testes e, de entre estes, 75% concordam que isso teve influência na escolha do curso que pretendem tirar. Todos os alunos que não fizeram testes se declararam medianamente esclarecidos (Concordo) sobre as profissões mais procuradas pelo mercado de trabalho, ao passo que nem todos os alunos que fizeram testes são desta opinião - 1 deles não se considera esclarecido, tendo respondido Discordo em absoluto da afirmação proposta: Estou esclarecido/a sobre as profissões actualmente mais procuradas pelo mercado de trabalho.

Se quisermos fazer o cruzamento com as habilitações dos pais, verificamos que existe apenas uma indicação de instrução primária e as outras sobem até ao doutoramento. A probabilidade, já atrás referida, dos inquiridos “aumentarem” as habilitações académicas dos pais leva-nos a fazer uma triangulação com as respectivas profissões. Deste modo, relativamente à habilitação do pai, verificámos a existência de 1 engenheiro, 1 economista, 1 quadro técnico, 1 empresário de serviços, 2 trabalhadores de comércio e serviços e 1 trabalhador administrativo. Todas as mães exercem igualmente uma profissão. Assim, há 1 economista, 3 trabalhadoras de comércio e serviços e 3 trabalhadoras administrativas.

Refira-se ainda que este curso é maioritariamente frequentado por indivíduos do sexo masculino (71,4%).

Ao invés do curso anterior, no curso tecnológico de Administração, constituído unicamente por raparigas, só 1 (20%) dos 5 inquiridos deseja prosseguir os estudos, pretendendo tirar o curso de contabilidade (bacharelato). Trata-se do mais novo - 17 anos, que declarou ter feito testes de orientação escolar e profissional e concorda medianamente (Concordo) que os testes tiveram influência na escolha do curso. Tanto o pai como a mãe são trabalhadores do comércio e serviços e têm ambos o 4º ano de escolaridade como habilitação literária.

77,8% dos alunos do curso tecnológico de Comunicação afirmam desejar prosseguir os estudos: 2 desejam tirar Psicologia; 1, Direito, 1 Comunicação, 1 Fotografia; 1 Relações Internacionais e 1 Teatro.

Gostaríamos de referir que, embora o curso de Fotografia exista como curso superior, conferindo o grau de bacharel, no ensino particular e cooperativo, mais precisamente na Escola Superior Artística do Porto, não contabilizámos, para a análise deste item, o caso da aluna que indicou este curso, uma vez que afirma, mais adiante, desejar ingressar na

vida activa logo após a conclusão do 12º ano, não tendo, também, respondido ao bloco do inquérito destinado exclusivamente aos alunos que desejam prosseguir os estudos para além do 12º ano.

De entre os alunos vocacionados para a prossecução dos estudos, não contabilizando a aluna atrás citada, pelos motivos avançados, 66,7% fizeram testes de orientação escolar e profissional e todos eles afirmam que os mesmos influenciaram as suas escolhas (3 alunos responderam Concordo e 1 respondeu Concordo Inteiramente).

O aluno que indicou o curso de Comunicação está incluído nos 66,6% que afirmaram desejar prosseguir os estudos após o 12º ano, uma vez que este curso existe, embora, no ensino público, só seja ministrado em Coimbra e, no ensino particular, em Santarém, no I.S.L.A. Regista-se, porém, alguma incoerência relativamente à profissão indicada: maquetista. Com efeito, de acordo com as informações que recolhemos, nomeadamente junto de um maquetista de um semanário lisboeta de grande tiragem, o exercício desta profissão não exige formação superior, embora se possa beneficiar com a frequência de alguns cursos, normalmente mais relacionados com Artes Gráficas e não especialmente com Comunicação. É interessante também reparar que o grau académico indicado por este aluno para o curso que pretende tirar é licenciatura. Mas o mesmo é indicado pela aluna que deseja tirar o curso de teatro, quando o grau conferido por este curso é o de bacharel. A ideia com que ficamos vai no sentido da existência de alguma confusão na mente destes jovens, provavelmente fruto de insuficiência de informação, não só relativamente aos cursos como ao mercado de trabalho, e ainda de algum irrealismo da parte deles. Talvez beneficiassem com oportunidades de contacto mais directo com as empresas. E porque não uma estrutura do Ministério da Educação vocacionada para informar os jovens sobre estas matérias, o que permitiria democratizar a informação, numa tentativa de nivelar os alunos de níveis socioeconómicos mais baixos com os dos níveis mais altos, gerando uma maior igualdade de oportunidades? E se essa meta não puder ser imediatamente atingível, que esse seja um ideal a perseguir, sendo a escola o local privilegiado onde devem convergir as iniciativas a ele conducentes.

Segue-se a informação sobre as profissões e habilitações literárias dos pais dos alunos deste curso tecnológico que desejam prosseguir os estudos. Quanto à profissão do pai, são assinalados 1 engenheiro; 1 empresário de comércio e indústria; 1 empresário de serviços; 1 trabalhador de comércio e serviços; 1 trabalhador administrativo e 1 trabalhador de produção. Relativamente à profissão da mãe, predominam as

trabalhadoras administrativas – 5, contando-se ainda 1 doméstica (Serviços Pessoais e Domésticos).

No que diz respeito às habilitações, 1 aluno não indicou nem a habilitação do pai nem a da mãe. Dos outros, e no que se refere ao pai, são declaradas 1 licenciatura; 2 casos com o 12º ano; 1 com o 6º ano e 1 com menos que o 4º ano. Das habilitações da mãe, destaca-se 1 bacharelato; 2 casos com o 12º ano e 1 com o 9º ano.

À parte 1 não-resposta sobre a idade, este é o curso tecnológico em que a média de idades é mais baixa – 18,0, com um desvio padrão de 1,32. Com efeito, 6 alunos têm 17 anos, 1 tem 19 e existe 1 aluno de 20 anos.

10.8. Comentário síntese

Na globalidade, a percentagem de alunos que desejam prosseguir os estudos é superior na Escola Secundária do Restelo. Curiosamente, a percentagem dos alunos dos cursos tecnológicos que desejam continuar os estudos é muito semelhante nas duas escolas. Já nos cursos gerais, contudo, é na Escola Secundária Marquês de Pombal, vincadamente mais elevada a percentagem de intenções de abandono escolar.

A média de idades dos jovens que não desejam prosseguir os estudos é, em geral, elevada, sendo superior na Escola Secundária Marquês de Pombal. Isto leva-nos a pensar que a tentativa de reduzir o insucesso escolar bem mais atrás, desde os primeiros anos de escolaridade, será determinante para o desejo de prosseguir os estudos.

O facto de a percentagem de inquiridos que não desejam prosseguir os estudos ser, maioritariamente, do sexo masculino, na Escola Secundária Marquês de Pombal, não surpreende, uma vez que, como se referiu anteriormente, se trata de uma escola vocacionada preferencialmente para os cursos tecnológicos e que estes, como já vimos, são maioritariamente frequentados por indivíduos do sexo masculino. Já na Escola Secundária do Restelo, são raparigas o grosso dos que não pretendem continuar a sua escolaridade, que constituem, de resto, a totalidade dos cursos tecnológicos de Administração e a esmagadora maioria do curso de Comunicação.

Na Escola do Restelo, o curso tecnológico em que se regista a maior percentagem de inquiridos que desejam prosseguir os estudos é de Artes e Ofícios. A generalidade destes jovens provém de estratos socioeconómicos favorecidos e será, provavelmente, a média de idades elevada, o que pressupõe reprovações durante o percurso escolar, que terá levado estes alunos a inscreverem-se num curso tecnológico. Só a entrevista aos inquiridos poderia confirmar ou não esta hipótese.

O curso em que há menos alunos com intenção de prosseguir os estudos, na Escola Secundária Marquês de Pombal, é o de Comunicação e Difusão, o mais numeroso dos cursos tecnológicos e aquele em que há mais raparigas. Saliente-se que são sobretudo os rapazes que desejam continuar a estudar para além do 12º ano. Paralelamente, é também um curso exclusivamente feminino que, na Escola Secundária do Restelo, regista menor percentagem de alunos que desejam prosseguir os estudos - o curso tecnológico de Administração - e a única aluna que manifesta esse desejo tem apenas 17 anos. Teria sido o factor idade, aliado à influência da psicóloga que realizou os testes de orientação escolar e profissional, a levar esta aluna ao desejo de continuar a estudar, mesmo não aspirando a mais do que um bacharelato? Poderíamos ser tentados a avançar esta hipótese, até porque esta aluna provém de um meio socioeconómico baixo. Mas então, como explicar que, no curso tecnológico de Comunicação esteja inscrito um aluno também de 17 anos, cujo pai é licenciado e a mãe bacharel? Este é o caso do aluno que deseja tirar o curso de Comunicação e gostaria de exercer a profissão de maquetista, atrás analisado e sobre o qual tecemos algumas considerações. Não é, pois, fácil tirar conclusões a este respeito, num trabalho desta natureza, a não ser constatar algumas tendências que podem ser verificadas numa e noutra escola.

Quando se verificam as profissões dos pais dos jovens que abandonam os estudos, observa-se que, tanto num caso como noutro, a percentagem mais elevada é a dos trabalhadores de produção e a maioria das mães são domésticas.

Do exposto, parece lícito afirmar que o grosso dos inquiridos que não pretendem prosseguir os estudos pertencem a um nível socioeconómico baixo e têm uma idade média superior em cerca de 1 ano à dos alunos que pretendem continuar os estudos. Será, talvez, também interessante, fazer notar que a percentagem destes inquiridos que não fizeram testes de orientação escolar e profissional é, em ambas as escolas, elevada, sendo, aliás, bastante superior na Escola Secundária do Restelo. A verdade é que, em alguns dos casos analisados, é patente a falta de orientação e de acompanhamento. Deter-nos-emos sobre a importância da orientação escolar e profissional em secção posterior.